13/9/06 — 6:36
— Maria, vê como estava eu orando…
— Sim, Eu vi. Diz como estavas orando.
— Meu querido Deus, faz descer a Tua Palavra à terra!
— Agora diz que achaste tu de estranho nessa oração. Eu acho-a tão bonita…
— É que estava iniciando um diálogo Contigo e agi como se aqui não estivesses, como se nada tivesses a ver com a minha oração.
— Já vamos falar nisso. Mas houve uma outra estranheza em ti, enquanto oravas…
— Sim: ao dizer Deus, eu estava vendo as Três Pessoas distintas e não sabia a qual delas me estava dirigindo.
— E ainda outra estranheza…
— Pois, é que não sei porque fiz aquela oração: quando dei conta, estava dizendo aquelas palavras, meio distraído.
— Vamos então agora examinar as tuas estranhezas começando por esta última. Vê: se estavas distraído, mais verdadeira é a tua oração. Concordas?
— Pois, sim… Se, distraído, disse aquelas palavras e não outras, o conteúdo que a oração revela era mesmo o que se realçava em mim – ele corresponde ao meu mais saliente desejo naquele momento, uma vez que o acaso não existe.
— Assim como não há acaso quando advertiste em que te estavas dirigindo a Três Pessoas e ficaste algo baralhado. Vamos só precisar melhor a que se deve tua baralhação. Foi o teres-te dirigido a Um só Deus e terem-te aparecido Três Pessoas? Foi o pensares que te deverias ter dirigido a Uma só das Três Pessoas? Foi o não estares conseguindo mais ver em Deus Um só?
— Pois… Foi talvez isso tudo junto. Foi talvez o ter advertido de repente em que a Palavra é Jesus, uma das Pessoas e…e talvez devesse então dirigir-me ao Pai…
— Excluindo da oração o Espírito?
— Não, também não me sentiria bem excluindo-O.
— Mas ao pedires ao Pai e ao Espírito que enviassem a Palavra, estavas excluindo o Verbo Eterno desse pedido…
— Não: eu sinto que, mesmo dirigindo-me apenas ao Pai, o próprio Verbo estaria implicado na resposta que Ele desse.
— Agora vamos ver outra coisa: ao fazeres aquele pedido, estavas pensando apenas em Jesus como a Palavra que querias ver descida à terra?
— Não; eu estava pensando na força da Palavra, por nela estar presente toda a Plenitude e Omnipotência de Deus.
— Então ao pensares em Jesus estás a ver n’Ele mais a “Palavra traduzida” em linguagem, em atitude, em gesto, enfim, em todo o movimento da Carne humana!?
— Sim, estou vendo Deus falando em toda a fragilidade e deficiência da nossa natureza.
— Mas hoje o que o teu espírito distraído queria mesmo era que Jesus Se tornasse a omnipotente e terrível Palavra de Yahveh, o Altíssimo Senhor!?
— Sim, na minha frágil oração o que eu intimamente desejava era que todos os ouvidos se abrissem à voz inexorável e doce de Deus.
— E achas tu que Eu não estive contigo orando!?
São 9:40!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário