11/9/97 — 2:02
Neste Sinal vejo as Duas Testemunhas unidas num só coração e também que elas serão as Testemunhas do Coração.
É impressionante o número de vezes e consequentemente a importância que todos os Profetas actuais dão ao coração, em especial aos Corações de Jesus e de Maria. É como se o Coração fosse um tesouro escondido que o Regresso do Senhor está revelando. Também a mim me levou o Mestre a contemplar muitas vezes o Mistério do Coração. E a luz em que mo apresenta é muitas vezes a do contraste com a ”cabeça”, com a Razão.
— Fala antes comigo, Mestre. Vê como tenho a cabeça cansada de procurar formulações em que encerre este Teu tão grande Mistério. Ah, se o Teu Coração fosse tudo em mim!
— Que sucederia?
— Teria acabado todo o meu sofrimento da cabeça, nesta busca de palavras com que a ele conduza os meus irmãos.
— Só para os outros são necessárias as palavras que escreves?
— Acho que sim: eu não precisaria de palavras para estar Contigo.
— Como estarias então Comigo?
— Vejo neste momento que também para contactar Contigo eu tento exprimir-me procurando formular os meus desejos com palavras.
— Não funciona então ainda em ti o coração apenas, quando queres aproximar-te de Mim?
— Acho que não… Deve estar ainda em mim muito reduzido o coração, não está, Mestre?
— Como acontece com todos os outros teus irmãos, o teu coração foi cercado à nascença, justamente para que se não revelasse e não comandasse a tua vida toda.
— E quem lhe montou o cerco?
— Este mundo é, todo ele, o grande inimigo do coração.
— Então, ao virmos ao mundo, tudo o que nos foi sendo dado nos afastou cada vez mais do coração!?
— Sim: nascestes para morrer.
— Como?
— O processo em que fostes inseridos à nascença é um processo de morte.
— E o nosso coração, onde ficou ele?
— Cada vez mais enterrado debaixo do vosso corpo em decomposição.
— Então, Mestre, se fatalmente é a morte que nos espera, como podemos salvar o nosso coração e fazê-lo desabrochar, para que nos comande durante o curso da nossa vida terrena?
— Não resistindo à morte.
— Como?
— O que os homens têm feito, desde Adão, desde Caim, é agarrar-se a este processo de morte como sua glória, o verdadeiro território da sua possessão.
— Querendo fazer da morte vida?
— Sim. Por isso lhes custa tanto morrer. Repara no absurdo de todo o trabalho do homem: toda a sua canseira se resume em gerir a Morte, tentando evitar o inevitável.
— Por isso não levamos connosco o coração!?
— Sim: o coração espera justamente a morte do corpo para se poder libertar desta cercadura de matéria em decomposição. Deixai-vos morrer e o vosso coração será livre!
— Duras são estas Tuas palavras, Mestre!… Há entre nós pessoas, grupos inteiros que se suicidam, para – dizem eles – mais rapidamente se libertarem. Quase pareceu teres sugerido que façamos o mesmo.
— Não! Por favor, pedi ao Meu Espírito sempre o Dom do Discernimento! Vede até onde pode ir Satanás: também por este processo ele tenta abolir o Meu Sacrifício!
— Explica-nos, Mestre, onde está a cilada de Satanás.
— Não vedes? Ele mascara de entrega da vida um acto de rebelião contra a vida.
— Porquê, Mestre?
— Porque aqueles que assim fazem se substituem a Deus, ousando tentar a salvação por suas próprias mãos!
— Que nos queres então dizer, Jesus, ao pedir-nos que nos deixemos morrer?
— Quero dizer-vos que ameis o vosso corpo de morte no seu caminhar para o fim. Que ameis até ao fim o corpo de morte dos vossos irmãos sempre como o encontrais.
— Ah! Foi por isso que nunca mataste, nem nunca deixaste matar nenhum dos Teus inimigos?
— Sim: é preciso que cada processo de morte siga o seu caminho.
— Mesmo que seja matando outros?
— Um corpo em decomposição sempre matará outros corpos por contágio.
— É este o caminho das Tuas Testemunhas para o coração?
São 5:01.
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