No jardim da casa
Escrevendo ...
Breves dados biográficos

O meu nome é Salomão. De apelido Duarte Morgado.

Nasci no ano de 1940 em Portugal, na aldeia do Rossão, da freguesia de Gosende, do concelho de Castro Daire, do distrito de Viseu.

Doze anos depois, 1952, entrei no seminário menor franciscano: eu queria ser padre franciscano.

Doze anos depois, 1964, fiz votos perpétuos na Ordem dos Frades Menores de S. Francisco de Assis seguidos, ao fim desse ano lectivo, da ordenação sacerdotal: eu era o padre que tanto queria ser.

Doze anos depois, 1976, pedi ao Papa dispensa dos votos que era suposto serem perpétuos e do exercício do sacerdócio, que era suposto ser para sempre, casei e tornei-me pai de quatro filhas.

Doze anos depois, 1988, fiz uma tentativa extrema para salvar o meu casamento, saindo de casa. Mas o divórcio de facto consumou-se.

Doze anos depois, 2000, surgiu na minha vida o mais inesperado acontecimento, que começou a ser preparado, sem que eu disso tivesse consciência, no meio deste ciclo, 1994. Foi aqui que comecei a escrever a longa Mensagem que senti Deus pedir-me que escrevesse em Seu Nome e a que Ele próprio deu o título de Diálogos do Homem com o seu Deus no Tempo Novo. Os textos agora aqui publicados são excertos desta vasta Profecia preparando a sua divulgação integral, no tempo oportuno, que desconheço.


Moro há 30 anos em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.


Não são estas palavras mais do que um testemunho daquilo que vi, ouvi, senti, toquei. Não estão por isso sujeitas a nenhuma polémica. Todos os comentários que se façam, ou pedidos que se queiram ver satisfeitos, sempre serão respondidos apenas com novos textos: de mim mesmo não tenho respostas.




Observações


Muitos e verdadeiros Profetas têm surgido nos nossos dias. Um deles é Vassula Ryden, cuja profecia, "A Verdadeira Vida em Deus", teve um decisivo relevo no meu chamamento a esta missão e revela uma estreita complementaridade com esta Mensagem que escrevo.

Os algarismos desempenham nesta Profecia um papel muito importante como Sinais. Foram adquirindo progressivamente significados diversos. Assim:

   0 – O Sopro da Vida. O Espírito Santo.

   1 – A Luz. A Unidade. O Pai.

   2 – A Testemunha.

   3 – O Deus Trino. A Diversidade.

   4 – O Mensageiro. O Profeta. O Anúncio. A Evangelização.

   5 – Jesus.

   6 – O Demónio.

   7 – O Sétimo Dia. A Paz. A Harmonia.

   8 – O Oitavo Dia – O Dia da Queda e da Redenção. O Homem caído e redimido. Maria de Nazaré.

   9 – A Plenitude de Deus. A Transcendência. A Perfeição. O Regresso de Jesus. O Nono Dia.

Alguns agrupamentos de algarismos adquiriram também um significado próprio. Os mais claramente definidos são estes:

   10 – Os Dez Mandamentos. A Lei. A Escritura.

   12 – O Povo de Deus. A Igreja.

   22 – As Duas Testemunhas de que fala o Apocalipse.

   25 – A Alma humana.

   27 – Salomão, o meu nome que, derivando do termo hebraico Shalom, significa o Pacífico, a Testemunha da Paz.

sábado, 30 de março de 2013

965 — Heresias


   Sabemos como a Igreja chegou a perseguir e mesmo a matar no meio de indescritíveis torturas muitas pessoas, a quem chamava hereges, por alegadamente terem violado qualquer definição dogmática por si estabelecida como doutrina supostamente baseada na Bíblia. Foi também sob a acusação de blasfemo e herege que Jesus foi perseguido e torturado até à morte. E foi ainda como seita herética que a primitiva Igreja foi perseguida pelos poderes religiosos. Também nestes Diálogos há várias heresias face à teologia oficial. É este o tema da mensagem seguinte:

   Sabia já com o coração que Deus sofre com o nosso sofrimento, sempre, enquanto houver sofrimento. E se a Teologia me objectar que isto é uma heresia, que o sofrimento é contrário à Natureza de Deus, eu admito-o logo, sem hesitar: é verdade, é uma heresia o que tenho escrito, o sofrimento é um absurdo em Deus. Mas Deus ama contra a Sua Natureza, ama até ao absurdo! – assim respondo eu à Teologia, também sem hesitar. E acrescento agora que Ele amará assim, com a Sua Natureza sempre violentada, até que, no Fim de Todos os Tempos, todo o Universo tenha renascido sem mancha de sofrimento! Esta é a Segunda Criação, marcada pela morte do Homem como criatura e pelo seu Nascimento como Filho de Deus! E será assim, pelo Amor poderoso dos incontáveis Filhos de Deus, que toda a Primeira Criação renascerá sem mancha de dor.

   Por isso também os Filhos de Deus sofrerão, até que o Universo renasça e só descansarão ao Sétimo Dia desta Nova Criação. Quanto àqueles que não tiverem aceitado renascer Filhos, permanecerão criaturas, habitando eternamente o Abismo. Mas também eles, depois do Fim Último, deixarão de sofrer. (Dl 29, 10/2/05)


   São incontáveis as heresias gravadas nesta escrita, se as entendermos como desvios da Teologia oficial. É sempre neste sentido que é aqui assumida a palavra heresia. É assim que se chama à Cruz a “Heresia Máxima”, por constituir o que se pode conceber de mais contrário à natureza e ao conceito teológico de Deus: que Deus Se tenha feito homem, verdadeiro, não fingido, tenha levado uma vulgaríssima vida de homem, executando a vulgaríssima profissão de carpinteiro, e tenha sido morto como um marginal e malfeitor às mãos da Sua própria criatura – isto não podia de maneira nenhuma ser admitido pela Teologia institucional do povo judaico, o Povo eleito de Deus. Admitir tal coisa era, obviamente, uma hedionda heresia. Não foi, pois, a Teologia que acabou por aceitar, rendida de espanto, este comportamento de Deus; foi o Coração. E a Heresia hedionda, sacrílega frente ao mais tolerante conceito teológico de Deus tornou-se, pela via do Coração iluminado pelo Espírito, a mais luminosa Expressão da Essência de Deus – o Amor. E logo a Teologia tradicional se apressou a tentar harmonizar o conceito tradicional com este verdadeiro absurdo teológico. E conseguiu elaborar um novo sistema teológico cheio de subtilezas racionais. Fixou-o em dogmas nucleares e desdobrou-o em inumeráveis normas morais, sociais, jurídicas, litúrgicas. E assim se refez do terrível abalo da Cruz.

   Agora, quando Jesus regressar, o choque com a Teologia será porventura maior. Agora, segundo as palavras de Jesus, os próprios fundamentos da terra serão abalados. Para nunca mais voltarem à segurança antiga. (ibidem, 11/2/05)

sexta-feira, 29 de março de 2013

964 — Como vai ser?


   Esta Profecia anuncia um verdadeiro Renascimento da Igreja. Não uma renovação. Um recomeço. Obviamente à margem da Igreja institucional, como aconteceu com a Igreja primitiva. É uma ingenuidade - dizem todos. Uma impossibilidade - concordam todos de novo. Mas Jesus não se move no território do possível e por isso Ele avança e diz: não há mais remendo que se lhe ponha; a Igreja deverá começar de novo desde o princípio, com gente de Fé ingénua, como foi há dois mil anos. A mensagem seguinte é só uma das inúmeras que para aí apontam:

   Poderá alguém perguntar, face à razia que estes Diálogos fazem em toda a instituição, desde a familiar até à religiosa: se não há normas, se não há pelo menos um rito universal na Igreja de Jesus, nem mesmo o rito do jejum quaresmal preparando a Páscoa, se tudo terá que ser feito a partir de impulsos individuais e secretos como resposta às indicações de Deus segundo o carisma específico de cada um, se não vai haver na nova Igreja nenhum sinal exterior visível e universal que identifique os seus membros e manifeste a sua unidade, como poderá ela aparecer perante as nações como um Povo único? Como evitar que a Fé se torne puro assunto privado, exposta, portanto, a todo o tipo de manipulações, quer em função dos interesses do próprio, quer de interesses alheios, porventura malévolos e perversos?

   Parece, de facto, uma perfeita ingenuidade o cenário que estes Diálogos têm desenhado relativamente à Igreja de Jesus. Sabemos, de facto, como estão distorcidos os corações dos homens e não temos visto até hoje outra forma de os ordenar e conduzir senão através de uma “autoridade forte”, de um “pulso firme”. Mas eu, de ouvido reclinado sobre o Coração do Mestre e da Rainha do Céu, continuo proclamando o Impossível: o governo exclusivo do Espírito. (Dl 29, 9/2/05)

quinta-feira, 28 de março de 2013

963 — A tentação de legislar


   Toda a lei é injusta porque uniformiza aquilo que por natureza é diverso e único. Vivemos submergidos em leis de todo o género, que nos bloqueiam, mutilam e escravizam, mas achamos que isto é uma fatalidade: tem que ser - dizemos nós, resignados. Claramente, Jesus não acha assim e nestes Diálogos trava uma batalha sem tréguas pela nossa libertação de toda a lei, iluminando a sua natureza perversa, conforme vemos na mensagem seguinte:

   É muito difícil não darmos receitas a pessoas que no-las pedem. Até porque um tal pedido nos lisonjeia: quem nos pede uma norma de conduta manifesta reconhecer em nós autoridade bastante para lhe indicar o seu caminho. É tão fácil sermos tentados!…

   Acresce que as pessoas geralmente não se sentem bem quando lhes não indicamos, a seu pedido, uma qualquer via concreta por onde elas devam seguir. É como se lhes desse imenso trabalho decidir. Então, quando descobrem em alguém a capacidade de decidir, logo tentam servir-se dele para tomar decisões em sua vez. É muito mais cómodo: além de lhes evitar todo o trabalho necessário à elaboração de uma necessária decisão, têm em quem descarregar as culpas no caso de a decisão não se revelar acertada.

   Cuidado! Por muitas vias Satanás nos pode tornar seus servos. Aqueles que estabelecem normas para os outros são os seus mais eficazes servidores: para além de se tornarem seus cúmplices directos na usurpação da Autoridade de Deus, subtilmente escravizam os seus semelhantes. (Dl 29, 3/2/05)

quarta-feira, 27 de março de 2013

962 — O Dragão


   O Apocalipse chama à Serpente antiga Dragão, como se o frágil e simpático animal que tentou Eva, viesse sempre engordando até se tornar nesta imponente e intimidatória Besta. Trata-se de um símbolo, é verdade, mas por isso mesmo capaz de visualizar de forma particularmente sugestiva a sistemática e impune esterilização da vida na Terra levada a cabo pelo “príncipe deste mundo”. Fala dele a mensagem seguinte, mas também da sentença que sobre ele pronunciou Yahveh, na própria hora do primeiro Pecado:

   Que mais obstáculos será necessário derrubar até atingir a raiz do Mal e aí fazer descer o Fogo do Céu com o seu poder purificador e a sua inebriante Luz?

   Já muitas vezes me pareceu estar bem perto deste tenebroso antro do Dragão. Mas sempre surgiram novos obstáculos ainda não derrubados, novas armadilhas ainda não detectadas. Dentro do próprio território da Carne, para onde desde o início, sem descanso, me dirigiu o meu Amigo e Senhor e que tão grande escândalo irá provocar, há muito que eu julguei os obstáculos todos derrubados, tal foi a razia que vi diante dos meus olhos. E no entanto veja-se como eles continuam levantando-se diante de mim, teimosos e brutos, todos eles protegidos por uma respeitável lei moral, ou social, ou mesmo religiosa. Jesus acaba de o confirmar, advertindo de que não está ainda tomada a central de comando do Dragão. E veja-se como logo a seguir, no fim da vigília, aparece justamente o Sinal da grande Besta (8:06) opondo-se, de forma muito significativa, ao Espírito e à Rainha do Céu. A Eles, de facto, está entregue a decisiva missão de preparar o Regresso de Jesus: ao Espírito a de abrir os corações à Luz; à Rainha, a de vencer o Dragão, acorrentando-o no Abismo por mil anos. (Dl 29, 30/1/05)

terça-feira, 26 de março de 2013

961 — A Unidiversidade


  A palavra “Universo” poderíamos, atendendo à sua raiz e formação, dizê-la desta outra maneira: “Desabrochado de Um”, ou “Unidiversidade”. Como se, sem a Diversidade, não pudesse haver Unidade. E como se, sem a Unidade, nenhuma diversidade pudesse existir. Se repararmos bem, o que fizemos, desde o Pecado, foi destruir sistematicamente este fundante dinamismo da Vida, conseguindo como resultado a Divisão, que tanto nos faz doer. Mas a mensagem seguinte lança sobre esta realidade a Luz da Visão do nosso Redentor…

   Separar é fácil, para nós: nós já nascemos na Divisão. Por isso nos custa superar esta nossa tendência para dividir, devido ao Projecto traidor inicial de subtrairmos a Deus o domínio do Universo: ficámos nesse momento com o mundo físico nas mãos, privado, aos nossos olhos, da fonte da Harmonia, que o mantinha na sua espantosa unidade. Os nossos olhos passaram a ver coisas, mas deixaram de ver a ligação entre as coisas. Até a nós próprios nos passámos a ver como coisas opacas e separadas que cada um, guloso de ser deus, julga poder ordenar em seu proveito, segundo a sua ambição. A ordem assim estabelecida nunca conduzirá a uma unidade verdadeira, porque sempre terá que ser forçada e portanto maior divisão ainda produz.

   O Regresso do Príncipe da Paz não pode, por isso, deixar de revelar a grande tragédia da Divisão e de escandalizar as nossas mentes e os nossos passos com a Sua Luz, que simultaneamente virá revelar a Unidade original e os caminhos para a ela voltar.


   A Diversidade é a mais poderosa força unificante de tudo quanto existe. Porque cada ser assim diverso está clamando pela Totalidade, sem a qual ele perde o sentido. Porque todos vieram de Um, apenas. Como de um, apenas, vieram todos os órgãos do nosso corpo, que perdem todo o sentido e morrem, se os separarmos uns dos outros. E no entanto cada um é perfeitamente individualizável e transporta uma missão específica, diferente de todos os outros.

   É uma Unidade assim que Jesus vem anunciando nestes Diálogos. É que, para Jesus, esta verdadeira fábrica de sofrimento que é a Divisão instalada nas nossas vidas não é uma fatalidade. O nosso Redentor veio justamente dizer-nos com o Seu louco acto amoroso que a Terra não tem que ser um perpétuo Purgatório; pelo contrário, foi na Terra que Deus derramou a Sua própria Vida como um cego apaixonado – é aqui que há-de surgir, inexoravelmente, o mais belo e precioso fruto do Seu Amor. A Terra há-de ser o Encanto de todos os mundos!… (Dl 29, 29/1/05)

segunda-feira, 25 de março de 2013

960 — E serão uma só Carne


   O Amor de Deus não é abstracto. Ele não nos ama só porque nos deu a contemplar e a fruir o espectáculo de grandeza e beleza que é o Universo; Ele ama-nos porque Se fez connosco uma só Carne. Ele ama-nos como ama o noivo apaixonado a sua noiva. O amor de Deus é um Amor com nervos e prazer carnal. Ele ama-nos perdidamente. Fala deste Amor a mensagem seguinte:

   Em Jesus e Maria se uniu definitivamente Criador e Criação, Espírito e Carne.

   Com muita paciência e cuidado me foi conduzindo Jesus a este mais que todos escondido e desfigurado Mistério da nossa existência. Até que por fim me fez participar nele da forma mais íntima e directa que se possa imaginar, vencendo o gigantesco Obstáculo que no-lo ocultava, feito de intrincadas armadilhas, de austeras e brutas muralhas, de assustadores fantasmas. Agora contemplo, tranquilo, a maravilha máxima do Amor: Criador e Criatura unidos como noivos apaixonados, como jovens esposos rendidos aos encantos um do outro!

   Para isso foi obviamente necessário que o Criador Se fizesse Criatura até ao nível em que ela, pela sua Traição, Lhe descera. Vimo-Lo assim e chamamos-Lhe hoje Jesus. E foi necessário que a Criatura assim tocada por este louco Acto de Amor, se Lhe entregasse sem cálculos, sem entender semelhante Loucura. E fê-lo um dia a Criatura, na pessoa da nossa pequenina e inocente Irmã de Nazaré, a Quem chamamos Maria, de forma tão ingénua, tão pura, que apaixonou até ao fascínio puro o Criador, a ponto de A fazer Sua Rainha. Deste modo, Espírito e Carne se tornaram verdadeiramente Um só: Deus tem Carne e a Carne tem Deus!


   Toda a Criação, destinada a ser apenas uma Obra de Deus, passou a ser, por força da Redenção levada a cabo por Jesus, Carne de Deus!

   – Quem me entenderá, Jesus?

   – E tu? Tu próprio entendes o que acabas de escrever?

   – Eu… Neste momento só sinto que é verdade!…

   – Sentes o que escreveste?

   – Sinto como sempre sinto quanto me revelas: sinto com a sensibilidade possível em situação de Deserto…

   – Então Deus não pode, agora, dispensar a Criação, sob pena de Se retalhar e de Se mutilar a Si próprio!…

   – E como Te hei-de responder, meu doce Mestre? Se respondo que sim, é uma heresia; se respondo que não, rolo eu próprio um bruto obstáculo para o caminho que vimos seguindo…

   – Tu sabes que nunca te pode condenar qualquer resposta que deres quando assim estás unido a Mim. Diz o que sentes, diz!

   – Desde que a Criação, em Maria, se enamorou de Ti e Tu Te deixaste enamorar por ela a ponto de a desposares, já não podes rejeitá-la sem Te mutilares. Criador e Criação são, agora, uma só Carne! (Dl 29, 28/1/05).

domingo, 24 de março de 2013

959 — Importâncias


   Sabemos que a maior parte de nós não vai ficar importante na História; ser importante é só para alguns, muito pouquinhos – é assim que pensamos, como se esta fosse uma fatalidade; na verdade, acabamos por concordar, resignados, que não podem ser todos igualmente importantes. Há momentos, no entanto, em que sentimos que as coisas não deveriam ser assim. Achamos isto muito injusto. E é nestes momentos que mais próximos estamos de Deus, porque Ele também acha. E não só; dói-Lhe muito que assim seja. E quer muito mudar esta situação. Veja-se isto na mensagem seguinte:

   Não há grandes e pequenos, para Deus. Para Ele, a Humanidade não é uma massa incaracterística, donde Ele seleccione aqueles a quem pretenda entregar uma missão especial, fazendo deles então os Seus amigos privilegiados. O mais insignificante e anónimo dos homens é-Lhe tão querido como o mais célebre pregador da Sua Palavra.

   O que acontece mesmo é que o homem quis tomar conta do seu próprio destino, construindo-o ele próprio, à revelia do Destino para que fora criado. E foi justamente esta insensata empresa em que o homem se meteu que produziu os insignificantes e os anónimos, que transformou a Humanidade numa massa confusa como se fosse só a matéria-prima donde os que por qualquer via se tornaram os grandes deste mundo escolhem os que lhes convêm para executarem os seus tenebrosos projectos, que Satanás coordena e dirige superiormente a nível planetário.

   Foi nesta massa insignificante e anónima que Deus incarnou. Vede-o nos trinta anos insignificantes e anónimos da vida de Jesus. Foi justamente estes, os que não têm importância nem nome, que Ele veio individualizar e personalizar. E é aí mesmo que se vão revelar os grandes que este mundo nunca viu.



   Deus ama cada um de nós apaixonadamente. Já escrevi isto centenas de vezes. E continuo a ter medo de que as pessoas não tenham ouvido. Viver esta proximidade apaixonada de Deus por nós implica uma alteração completa da nossa vida. Mas o que vejo à minha volta são vidas que nada mudaram na sua relação com o mundo e com Deus; são vidas que fazem parte de uma engrenagem que nos reduziu a todos a uma massa confusa em que se dilui a nossa individualidade. Mesmo daqueles que se realçam da massa ganhando uma notoriedade que parece individualizá-los é frequente ouvirmos dizer que são todos iguais. Padres? São todos iguais. Políticos? São todos iguais. Vedetas do cinema, das passerelles, da música, do desporto? Todos iguais.

   Foi para nos livrar a todos desta igualdade cinzenta que Deus suscitou ao longo de todos os tempos Profetas com a missão de revelar às pessoas a sua única e irrepetível individualidade, mostrando a cada um a sua grandeza divina. (Dl 29, 27/1/05)

sábado, 23 de março de 2013

958 — Definições


   Prezamos muito a exactidão. Esforçamo-nos muito por definir conceitos. Levamos esta nossa obsessiva tendência ao ponto de presumirmos definir Deus! Eis o que a este propósito diz a mensagem seguinte:

   Não há, nesta Profecia, nada de exacto, nada de definido. Porque a exactidão e a definição não existem no Reino dos Céus: ele é o Reino da Vida e Vida eterna. A exactidão e a definição só existem no nosso mundo justamente porque ele é feito de coisas desvitalizadas. Para impor a sua obra frente à Criação, o homem precisa de tornar tudo exacto e definido, caso contrário não o poderia dominar e controlar. Inclusivamente ele precisa de exactificar e definir o próprio Homem. Mas é aqui que surge o seu maior problema, o seu drama maior: o Homem é originariamente um vulcão de vida impulsionada sem descanso por um misterioso Princípio interior, que pode ser temporariamente cercado, abafado, silenciado, mas que não morre nunca e que por isso, volta e meia, se manifesta, quase sempre de forma anárquica, justamente pela revolta de que vem possuído por causa da agressão permanente a que está sujeito.

   É este Princípio que agora vai definitivamente romper o diabólico cerco a que foi submetido desde o primeiro Paraíso. Nunca mais o cerco voltará a refazer-se. É por isso que esta será a maior revolução de toda a História! Doravante ninguém mais poderá levar nada até à exactidão, definir o que quer que seja. O Amor vencerá! (Dl 29, 26/1/05)

sexta-feira, 22 de março de 2013

957 — A Igreja Renascida


 
   É tão radical a Mudança que o Regresso de Jesus implica, que não há renovação possível para a Igreja-instituição: a Igreja tem mesmo que renascer, o que implica a morte, oxalá voluntária e jubilosa, da Igreja-poder que conhecemos. É este o tema da mensagem seguinte:

   Só o Espírito poderá reunir a Igreja, porque ela só poderá ser feita de corações renascidos e isto é prodígio que nunca poderá ser feito por uma qualquer força exterior, mas pela Fonte íntima da nossa Alma, justamente pelo Espírito, a Quem Jesus chama Poder Interior.

   É tão outra a Ordem no Reino que Jesus e a Senhora virão agora governar, tamanha Novidade será a Vida que circulará entre todos os súbditos deste Reino e entre eles e o sei Rei e a sua Rainha, que facilmente o mundo a asfixiaria de novo, dada a ameaça que para ele representaria. É verdade que a Igreja, quando surgir, parecerá tudo, menos uma ameaça: ela surgirá com a fragilidade inocente de um bebé, sem nenhuma das armas que protegem os poderes deste mundo. Mas é aí justamente que residirá toda a sua inesperada, indefinível Força, que ameaçará o mundo. Foi esta Força que ameaçou e assanhou até ao desespero o império romano. Mas desta vez o Espírito não deixará que aconteça o que aconteceu naquele tempo. Ele não deixará que a Fragilidade seja ferida pela força deste mundo, que a Inocência seja manchada pela ambição manhosa de um poder alternativo ao Poder amoroso de Deus. Desta vez a Igreja manter-se-á na dependência directa deste seu Poder Interior até à Vitória completa do seu Inocente Cordeiro-Rei e da feminilidade inocente da sua Rainha. (Dl 29, 22/1/05)

quinta-feira, 21 de março de 2013

956 — As promessas de Deus


   Deus é inexorável em tudo o que diz. Cada palavra Sua entra em execução no próprio momento em que é pronunciada, mesmo que aparentemente se refira ao futuro, nomeadamente aquelas a que chamamos promessas. Uma destas promessas, porventura a mais veemente e solene de todas, foi a chegada do Messias e, pela boca do próprio, o Seu Regresso. No próprio momento em que Jesus disse que voltaria, entrou esta Palavra em execução irreversível. Esquecemo-nos sempre de que Ele é o “Fiel e Verdadeiro”. Quando nos parece que Ele não cumpre as Suas promessas, o defeito é sempre nosso, conforme diz a mensagem seguinte:

   Deus cumpre sempre o que promete, mas não pode dizer quando. Falo da manifestação desse cumprimento. Porque, como sabemos, cada promessa de Deus entra em realização no momento em que Ele a pronuncia. É preciso, porém, esperar a realização vitoriosa, perante os nossos olhos e o nosso entendimento, de cada coisa prometida.

   A única causa de não vermos as promessas de Deus cumpridas é o facto de não acreditarmos nelas. Acreditar é entregar o coração às palavras do nosso Deus e, naturalmente, viver em conformidade com essa entrega. A manifestação mais clara de que não temos verdadeira Fé é a evidência gritante de que o nosso coração está ocupado com tudo, menos com a entrega às promessas de Deus e, em geral, a todas as Suas palavras; esperamos que Ele cumpra as Suas promessas como se Ele fosse um escravo ao nosso serviço. Somos nós que decidimos como devem ser cumpridas as promessas do nosso Deus e por isso, na verdade, não O deixamos cumpri-las; sempre queremos que Ele cumpra as promessas que gostaríamos que Ele tivesse feito e não aquelas que Ele fez. (Dl 29, 17/1/05)

   A actuação de Deus na História vai acontecer hoje através do Espírito e de Maria. O Espírito despertando os corações; Maria vencendo-os pela Ternura de Deus. E desta forma estará preparada a Terra para receber, enfim, o seu Rei para sempre. Então Jesus descerá do Céu sentado sobre o Seu Trono, para tomar posse do Reino que conquistara com a entrega sangrenta da Sua vida. Por fim, com a Rainha ao lado e o Espírito brilhando de felicidade em todos os olhos, Ele nos mostrará o Pai, por Quem, todos abraçados, desfaleceremos de gratidão e ternura.

   Sim, o Pai será a última Pessoa da Trindade a conquistar definitivamente o nosso coração. Mas há-de tê-lo, tão vivo e inteiro, que não mais nos afastaremos da Sua e nossa Casa e por Seu amor desceremos a todas as ruas do mundo à procura dos nossos irmãos perdidos, dando por eles a vida, como Jesus, até que o último seja encontrado e regresse connosco ao Lar. Nunca mais deixaremos que aquela Lágrima enorme se Lhe desprenda dos Olhos tranquilos. Porque nunca mais daremos ao nosso Pai motivo para chorar sozinho!… (Ibidem, 20/1/05)

quarta-feira, 20 de março de 2013

955 — A Ordem Nova


   A Mudança que a chegada de Jesus nos vai trazer será tão radical, que por momentos sentiremos o chão fugir-nos debaixo dos pés, porque as antigas referências de segurança terão desaparecido e as novas serão apenas Princípios; o resto é um Mundo todo para descobrirmos, porque não haverá mais nenhum “magistério oficial” a dizer-nos o que havemos de fazer. É ainda este o  tema da mensagem seguinte:

   A mudança será tão grande, no Dia em que o Senhor voltar, que é inútil tentarmos sequer imaginá-la: haveríamos de nos enfiar sistematicamente em becos sem saída. É, pois, óbvio, que tal mudança só o Espírito a poderá realizar.

   A nós interessa-nos em cada momento apenas ouvir Jesus; Ele nos dirá sempre, pela inesperada intervenção do Seu Espírito, qual o passo a dar em seguida. Até agora a mim próprio Ele apenas me tem pedido que grave os territórios escondidos na Névoa venenosa que envolve a nossa terra e que a Sua Luz foi pondo a nu, tornando-os acessíveis à visão limitada da Carne. Nunca são territórios futuros os que Ele nos ilumina; apenas, contemplando os já revelados, vamos adivinhando os que estão para vir e se amplia assim a nossa sede. São como que as traves mestras da Harmonia Nova que se vai desenhando. São, por isso, elementos fundamentais de uma estrutura viva sobre os quais se levantará a Ordem Nova que nunca na terra foi vista. São só Princípios, Directrizes, Marcos inamovíveis balizando o Caminho por onde em segurança atingiremos o Novo Paraíso. (Dl 29, 16/1/05)

terça-feira, 19 de março de 2013

954 — Uma realidade que nunca ninguém viu


   É ainda do Regresso de Jesus que fala esta mensagem:

   A situação que continuo vislumbrando para breve na terra é, de facto, uma realidade que nunca ninguém aqui viu, nem mesmo Adão e Eva antes do Pecado! Porque a natureza de Adão e Eva era a de criaturas e a minha visão contempla já a Terra habitada por Filhos naturais de Deus. O Paraíso será, portanto, muito mais belo que o original, porque será cultivado e guardado não já por um zeloso jardineiro, mas pelo seu próprio Criador!

   Disse que vejo esta situação concretizar-se em breve. Obviamente, ninguém acredita. Mas acreditaria imediatamente se sentisse a poderosa vaga que se me levanta do fundo do ser, não sei donde, e que me quer rasgar as paredes da Carne. Esta Vaga é o Espírito do Senhor, que traz Consigo todos os sonhos calados, recalcados, desfeitos, de todos os biliões de pessoas que viveram na terra, até hoje. Todos esses sonhos os vejo agora acordados e reanimados pelo Fogo e pela Luz imortal do seu Redentor. É uma Vaga invencível, porque a sua Fonte não pára de a encher e de a projectar para o alto e para o longe, e a sua força é omnipotente. Quando se manifestar, vai ser o mais impressionante fenómeno alguma vez visto e sentido sobre a terra. Não sei quanto tempo levará até submergir todo o Planeta Azul. Mas vai manifestar-se em breve, e muitos poderão viver já, em plenitude, o seu completo triunfo futuro! (Dl 29, 15/1/05)

segunda-feira, 18 de março de 2013

953 — O inesperado raiar da Verdade


 
   É inimaginável o alcance do Regresso de Jesus. A Profecia de Garabandal diz que ele se iniciará pela revelação abrupta da Verdade, ou, por outras palavras, pela chocante descoberta da Mentira em que temos vivido. É este o tema da mensagem seguinte:

    A amplitude da Novidade que antevejo e espero no Nono Dia, o do Regresso vitorioso de Jesus, é tal, que nem o impacto da Sua Primeira Vinda se lhe pode igualar! Ora, como sabemos, tão vasta e profunda foi a Novidade da chegada do Messias, há vinte séculos, que não só não pôde ser aceite pela Instituição religiosa do tempo, como conquistou rapidamente o mais longo e mais vasto Império histórico do Ocidente.

   Agora a Novidade será muito mais profunda e vasta e não será conquistado só um império, mas todos os impérios e nações deste mundo! E mais rápida e inesperada será esta nova conquista do que a primeira. Refiro-me à conquista dos corações, pelo raiar inesperado e intensíssimo da Verdade, que porá em causa toda a Construção humana desde que o primeiro homem e a primeira mulher decidiram, instigados pela Serpente, começar a construir um reino próprio, desvinculando-se da Harmonia em que haviam nascido. Agora os corações não poderão deixar de ver a Verdade e a Mentira. A revelação da Obra humana como a Grande Mentira desde que existe homem, a par da jubilosa descoberta do Novo Mundo, será a Grande Novidade que da Primeira Vez não chegou a acontecer. (Dl 29, 14/1/05)

sábado, 16 de março de 2013

952 — O Regresso de Jesus

.
   Vimos colocando o Regresso de Jesus, ou Segunda Vinda, anunciada na Escritura, cada vez mais longe, muito longe, no Dia do Juízo final, de modo que se tornou uma informação sem interesse para o nosso Presente. Ora, em todos os Profetas actuais (eles existem, e são muitos!), Jesus repete incansavelmente que este Seu Regresso está muito próximo e adverte que está falando agora a nossa linguagem. É a esta proximidade que se refere a mensagem seguinte:

 
Os meus Sinais continuam a apontar-me o desencadear do Regresso de Jesus para muito breve e a minha missão de O anunciar de viva voz.

   Viva voz será a desta escrita, se os corações forem previamente despertos pelo Espírito. Mas uma poderosa vaga me sobe do centro fundo do meu ser, preparada para inundar as ruas todas da Cidade, ampliando a frágil voz desta escrita. Tenho sentido nos últimos tempos esta imensa vaga enchendo-se, querendo forçar os meus limites. E isto sucede ao mesmo tempo que vejo o meu corpo cada vez mais frágil, no típico processo do envelhecimento. Mas nada me preocupa esta fragilidade. Ela será tanto mais viva Voz do meu Amigo Deus quanto mais se acentuar. A imagem do ancião, todo revestido de brancura, do capítulo sétimo de Daniel, parece ser a minha meta final neste mundo. Não tenho, pois, outra preocupação que não seja ser redimido e purificado pelo meu Apaixonado celeste até à perfeição.

   E eu creio nesta radical possibilidade, porque Ele disse que veio tirar todos os pecados do mundo a partir do momento em que O recebermos sem reservas como O Caminho, como A Verdade, como A Vida. E eu não vejo nenhuma reserva em mim nesta entrega. Estou só esperando o Toque do Espírito, que muito gostaria fosse dado pela Mão delicada e leve da Rainha do Céu… (Dl 29, 11/1/05)




 

sexta-feira, 8 de março de 2013

951 — Pedro e o Papa


   Suspenso desde o primeiro dia do ano de 2004 (ver texto 860, Dezembro 2012) todo o diálogo, uma das mais marcantes características distintivas desta Profecia, foi ele, nos últimos meses deste mesmo ano, retomado por Jesus. Eis um desses diálogos, seguido de uma explanação discursiva, também muito frequente nesta escrita, sobre um tema de indesmentível actualidade:

   – Jesus, os Sinais apontam-me de novo para a minha missão profética…

   – E isso surpreende-te?

   – Surpreende pela insistência.

   – E como interpretas essa insistência?

   – Sinto que assim me estás dizendo várias coisas: que não pare de escrever, que está muito-muito próximo o tempo em que eu deverei tornar vivas, em gesto e voz, estas palavras que venho escrevendo e…

   – Não hesites, escreve.

   – E que em breve as pessoas me reconhecerão como o Pedro que Tu escolheste.

   – Que tem a ver o reconhecimento das pessoas com a tua missão profética?

   – Um outro Sinal teu, este interior e muito forte, fez-me recordar a Tua promessa de que vou ser Papa…

   – E essa promessa deveria ser o objecto prioritário do teu anúncio?

   – Não adverti nisso na altura, mas vejo agora que sim.

   – Diz então o que te sobressaiu no coração ao recordares aquela promessa.

   – Com muita veemência e muito claramente Tu me dizias naquele impulso interior que eu serei verdadeiramente Papa quando as pessoas me reconhecerem como tal.

   – É por isso que é prioritário apresentares-te logo como o Papa que Eu escolhi?

   – Vejo agora que sim: é este anúncio que desfará à partida todas as dúvidas quanto à tua intenção de refundares a Tua Igreja.

   – E viste já porque nesse impulso dizia Eu sempre Papa e não Pedro!?

  – Sim, agora vejo: justamente para que fique logo de início bem claro que o Papa institucional que conhecemos desapareceu definitivamente da Tua Igreja.

   – Será muito difícil as pessoas abandonarem o Papa institucional, não?

   – É uma autêntica impossibilidade aos nossos olhos. Vejo agora que foi justamente por isso que todos os Sinais insistiam na minha missão profética: eu devo ser tão límpida Voz Tua, em palavra e gesto, que as pessoas reconheçam imediatamente em todo o meu comportamento a Tua Autoridade.

   – Vês como arde o Meu Coração na expectativa desse Dia?


   Não pode haver Igreja sem Pedro. Mas para que haja Pedro é necessária sempre uma escolha clara de Jesus e, obviamente, a aceitação desta escolha pela Igreja.

   Uma escolha clara de Pedro por Jesus é tão importante, que tenho expresso aqui várias vezes o desejo de que seja sempre directamente Jesus a escolhê-lo, como fez comigo. A minha ânsia de que assim seja vai ao ponto de admitir que a Igreja espere por esta escolha pessoal, mesmo que ela seja revelada um longo tempo após a morte do Pedro anterior! De qualquer forma, Pedro será sempre reconhecido pela sua Fé e Amor indefectível a Jesus. Pela sua Humildade também, é claro, mas este fundamento é sempre o primeiro pressuposto do Amor e da Fé. A Humildade de Pedro há-de ser sempre a de Maria: aquela que o levará a reconhecer-se como o “escravo do Senhor”, mas que aceita com simplicidade de coração as “grandes coisas” que nele o Omnipotente tiver feito.

   É importante também a aceitação da escolha de Jesus por parte da Igreja. Tão importante, que não haverá Pedro, nem Igreja sequer, se esta aceitação simples e jubilosa não acontecer: haverá novamente um Papa que imporá uma uniformidade em vez de uma unidade, e haverá novamente uma Instituição em que ninguém verá Jesus. Por isso o primeiro Pedro do Tempo Novo deverá marcar o fim do Papado e da Instituição!


   Sempre o Profeta, seja ele qual for, terá o próprio Satanás como adversário. O príncipe das Trevas não suporta que nós ouçamos a Voz de Deus: se a ouvirmos, límpida e intensa, ele tem um tremendo medo de que a sigamos. Porque a Voz de Deus é extremamente sedutora. E os Profetas é justamente esta Voz que transmitem.

   Só por eles, pois, pode ser congregada a alimentada a Igreja, até que ela se torne, inteira, um Povo de Profetas perante as nações. Outro objectivo aliás não tem toda a Profecia senão chamar todas as pessoas a ouvir a Palavra da Vida, até se tornarem elas próprias Palavra Viva de Deus!

   É por isso que Pedro será sempre um Profeta: nas suas palavras, nos seus actos, ele deverá transmitir o Amor que o inunda, de tal sorte que toda a sua vida proclame, sobre todos os outros discípulos de Jesus, esta mensagem: Deus é Amor! E assim estará Ele proclamando para cada momento e para todo o sempre a única Lei que todos os Profetas desde sempre proclamaram e que sempre deverá governar a Igreja de Jesus: o Amor! (Dl 29, 14/12/04)

                                         Veja também o texto 873 (Dezembro 2012)

quinta-feira, 7 de março de 2013

950 — Reencarnação e Unidade


   Conforme se poderá largamente verificar, Jesus dá, nesta Profecia, uma quase obsessiva atenção à nossa Carne, ensinando-nos a nunca a desprezarmos, a tratá-la sempre com muito carinho e sobretudo a nunca a considerarmos como uma componente descartável do nosso ser. Ela é, em nós, o “Pó da Terra” das Origens, sem o qual simplesmente não existe Homem. É este ainda o tema da mensagem seguinte:

   A grande característica do Regresso de Jesus é a Reencarnação definitiva do Espírito! Todas as intervenções de Deus na História dos homens até hoje, se dirigiram para este Acontecimento definitivo. Rejeitado o Espírito pela Carne, era necessário que a Carne reconhecesse a sua traição e, chorando-a amargamente, voltasse, agora por escolha livre, a receber em si, com verdadeira sede devoradora, o Espírito que lhe restituiria a sua unidade e a sua verdadeira natureza de Imagem e Semelhança de Deus. Mas, chegado a este ponto, não posso deixar de repetir o Prodígio: a forma como Deus Se entregou à Carne rebelde e o caminho paciente e doloroso que com ela e nela percorreu, deram-lhe uma condição superior à original. Ela tornou-se verdadeira Carne de Filho natural de Deus!

   A primeira criatura em que isto aconteceu foi Maria. Por isso Ela pôde dar a nossa Carne rebelde à Carne do próprio Filho Unigénito de Deus, para que Ele a pudesse acordar para a sua situação tenebrosa e moribunda e nela despertasse aquela ânsia ardente de receber de volta Aquele que era toda a sua Vida e a sua Luz. Por isso a Incarnação do Verbo não foi ainda a definitiva Reencarnação; foi só o Dom da Carne de Deus à nossa Carne. Recordemos que Jesus é o “Primogénito de toda a criatura”! (Dl 29, 11/12/04)



   Um Pentecostes novo, que se desenha já no horizonte, iniciará na terra, agora sem paragem ou retorno, o êxodo da Escravidão para a Liberdade. Jesus está relacionando esta descida do Espírito à Carne com a primeira inundação do nosso Pó da Terra pelo Sopro da Vida e por isso lhe tem chamado, mais recentemente, Reencarnação. É então como se fosse a repetição do Acto divino criador do Homem. Agora vai tornar-se pública e firme a Nova Criação, que ultrapassará substancialmente a primeira, na medida em que agora não se trata apenas de uma moldagem, mas de um verdadeiro nascimento.

   Não é, portanto, desta vez uma verdadeira criação, isto é, o surgir de um ser tirado do Nada, mas a transmissão harmoniosa e festiva da Vida, a partir do próprio Seio de Deus, como a um filho transmitem a vida os seus pais. Haverá, portanto, uma verdadeira Reencarnação do Espírito, mas efectuada no Útero materno da própria Mãe de Deus, que será também a Mãe dos Renascidos! (ibidem)


Existe carne espiritual? Existe espírito carnal? Se a Carne se tornar luminosa, isso equivale a dizer que ela se espiritualizou?

   De tal maneira a nossa rebeldia, orquestrada por Satanás, quis afastar para longe o Espírito de Deus, que agora, quando falamos em espírito, sempre excluímos a carne, e quando nos referimos à carne sempre a consideramos autónoma, se não mesmo inimiga do espírito. Temos, de qualquer forma, uma grande dificuldade em harmonizar espírito e carne numa perfeita Unidade Vivente. E foi assim mesmo, como uma consubstancial Unidade entre Pó da Terra e Sopro da Vida que o Homem foi concebido. Não era então possível nenhuma distinção entre matéria e espírito na criatura humana: No Homem Deus tornara-se carnal e o Universo tornara-se espiritual. Tentemos então avaliar o Prodígio que a Redenção conseguiu: a Carne de tal maneira se pode agora unir ao próprio Deus através do Seu Espírito, que o Homem, outra vez perfeita Unidade, se pode tornar todo Luz. Como Deus! (ibidem, 12/12/04)

  

   A Divisão destrói a Unidade; a Diversidade é a mais natural força construtora da Unidade.

   Mas até onde deve ir a Diversidade na Igreja de Jesus? Se alguém, por exemplo, a quem eu me sinta muito unido por amarmos ambos muito Jesus, me contar experiências suas e de outros que remetam para a reencarnação como ela é tradicionalmente entendida e eu não conseguir compatibilizar a sua visão com aquela que eu próprio recebi de Jesus, mesmo assim eu não me devo separar deste irmão; antes devo ouvi-lo com toda a atenção e carinho por tudo quanto me conta, respondendo-lhe com muita humildade aquilo que em cada momento eu estiver vendo naquele território. O mais provável é que nem um, nem outro tenha que abandonar simplesmente a sua visão, mas ambos avancem para uma inesperada harmonia. Vede o caminho que eu próprio já andei em direcção à visão daquele meu irmão. (ibidem, 13/12/04)

 Veja também o texto 780 (Maio 2012)

quarta-feira, 6 de março de 2013

949 — Reencarnação e Incarnação


   Como não podia deixar de ser, por se tratar de um dos grandes factores de divisão no Corpo da Humanidade, há nesta Profecia várias referências ao tema Reencarnação. Eis como, lentamente, conforme a Pedagogia de Deus, a Luz se vai intensificando, nas palavras do Profeta:

   A importância que Jesus dá à nossa Carne, não a uma imaginária carne liberta de toda a mancha, mas a esta Carne, esta bem física, com a sua deficiência, as suas dores e os seus prazeres, não me deixa a mínima margem para aceitar doutrinas que atribuam à componente material do homem com todas as suas capacidades supra-materiais, a que vulgarmente chamamos Carne, uma importância marginal no Ser humano.

   Ora são muitas as doutrinas que hoje atribuem à Carne esse papel acidental na nossa natureza. Destacam-se aqueles que crêem na chamada reencarnação. Está hoje ganhando uma expressão espectacular esta crença, a ponto de me deixar de vez em quando especado no meu caminho, interrogando-me para onde apontará este tão fortíssimo Sinal do nosso tempo. É que há, entre os grandes crentes e divulgadores desta doutrina, pessoas de cuja sinceridade e testemunho eu não posso duvidar. Será este fenómeno, globalmente, uma gigantesca armadilha de Satanás? Mas se vem de Deus esta crença, como a posso conciliar com o que Jesus me tem feito escrever sobre o Seu Amor louco à nossa Carne? (Dl 29, 6/12/04)


   Estes Sinais (19:11:07) continuam falando-me de Paz, de Luz, do Dia Novo que está mesmo a chegar. E deste modo me está o Céu dizendo que não tenho razão para ter medo: que a Luz continua iluminando-me o Caminho da Paz, que vai desembocar, direitinho, no grande Dia do Senhor.

   A passagem que a Luz está prestes a iluminar-me é, de facto, empolgante e assustadora ao mesmo tempo: a Verdade, seja ela qual for, vai provocar um novo, violento abalo em concepções milenares que mantiveram até hoje a Humanidade como que dividida em duas grandes partes. A palavra que designa este muro divisor é Reencarnação. Mas neste momento agiganta-se no meu coração uma outra palavra muito semelhante a esta, que parece carregar em si todo o Mistério de Deus e do Homem: Incarnação. Aquilo que até agora a Luz me iluminou posso resumi-lo num dilema: ou a Reencarnação é uma monstruosa armadilha satânica ou, se a Incarnação a viesse iluminar como Verdade, eu estaria em vias de gravar nesta Profecia um outro, monumental Escândalo…(Ibidem, 7/12/04)


   Jesus volta a insistir em que a verdadeira Reencarnação, a única a que devemos atribuir uma importância decisiva não só na História da Humanidade, mas na história de cada um, é o Regresso do Espírito de Deus à Carne humana, na Plenitude dos Tempos, purificada e divinizada pela entrega da Carne e do Sangue do seu Redentor.

   Foi, pois, necessário ser resgatada a carne de cada um de nós, para que o Espírito a pudesse de novo habitar. O início deste processo de reencarnação aconteceu na Virgem de Nazaré, nossa Irmã, cuja Carne se uniu ao Espírito no próprio acto da Sua Concepção no útero de Ana, Sua mãe carnal! Estava assim, nesta nossa pequenina Irmã, a Carne de toda a Humanidade preparada para receber em si o próprio Filho de Deus, o Verbo, a Expressão viva e visível da própria natureza de Deus. O Verbo incarnou, pois, para que o Espírito pudesse reincarnar. E isto acontecerá à medida que aceitarmos, como Maria, a Carne inocente de Jesus na nossa. É aí que, ao incarnar em nós o Espírito, receberemos o verdadeiro Baptismo de Jesus! (Ibidem, 8/12/04)

 Veja também os textos 928 e 929 (Fevereiro 2013)

terça-feira, 5 de março de 2013

948 — Os tempos estão maduros


   Os grandes acontecimentos da História ocorrem sempre quando os tempos se tornaram maduros. Não adianta, por isso, violentar o tempo. Deus nunca o faz. Porque a Vida tem os seus ritmos e o homem tem o espantoso Dom do Livre Arbítrio, que Deus respeita com enternecedora fidelidade. Todas as Profecias mais recentes anunciam para muito breve o Regresso de Jesus, porque todos os Sinais dos tempos dizem que eles estão maduros, agora, para O receber. É deste Acontecimento que fala a mensagem seguinte:

   O Espírito Santo conseguirá agora, no Dia do Senhor, aquilo que muitos milénios não conseguiram – assim me dizem os Sinais e sobretudo um fortíssimo impulso interior.

   Deixai que o repita mais uma vez: nunca foi visto em toda a História aquilo que está para se manifestar! Nunca. Nem há vinte séculos, quando Deus viveu como homem na mesmíssima situação que nós. Nesse tempo Ele não podia ainda mostrar tudo o que Ele significava para nós e para o Universo, porque não estávamos ainda preparados para a grande Explosão da Verdade Plena.

   Agora sim, agora aquilo que permaneceu escondido a sucessivas gerações desde a criação do Homem, poderá finalmente sair da sua presença oculta e mostrar-se às claras, perante os olhos e particularmente perante os corações do mundo inteiro. Porque agora já o nosso coração pode comportar uma Revelação de tamanha amplitude: já a nossa Obra está prestes a revelar-se como uma gigantesca Mentira e já o Sangue do nosso Redentor ensopou a terra, levando-lhe às entranhas a Luz! (Dl 29, 5/12/04)

                               Veja também o texto 372 (Março 2011)

segunda-feira, 4 de março de 2013

947 — O Sonho de Deus


   Durou muito pouco tempo o Sonho de Deus realizado naquela Imagem e Semelhança Sua a quem chamou Homem. Logo à primeira prova, tudo se desmoronou. A mensagem seguinte tenta visualizar a distância que vai da felicidade de Deus ao criar-nos para a realidade que nasceu no Dia do nosso Pecado e que sempre se ampliou até hoje:

   A diferença entre o Sonho de Deus a nosso respeito e a situação em que o Pecado nos colocou é semelhante à que vemos entre uma árvore e os móveis de uma sala, feitos da madeira daquela árvore: mesas, cadeiras, estantes, armários, revestimentos, tudo assim dividido em elementos cada um servindo o seu objectivo – assim nos vê Deus: transformados, mutilados, desconjuntados, imobilizados, servindo gostos que em nada correspondem à nossa natureza.

   Mas Deus vê também a árvore do Seu Sonho presente na madeira destes objectos esterilizados, como se cada tábua estivesse gemendo de dor, clamando por regresso à árvore, lugar da sua natureza feliz. Mas o nosso Criador sabe que, na situação em que estamos, nada podemos fazer de nós mesmos. E chora, de coração dilacerado, com a árvore original diante dos Seus Olhos, bela a amorosa, feliz por poder mostrar a todo o Universo, a Bondade, a Beleza e a Generosidade do seu Criador.

   E Deus ali está, tenso, na expectativa de fazer regressar toda aquela madeira à árvore, ressuscitada, percorrida de uma seiva mais poderosa que outrora. Nos mostrengos mortos da madeira Deus vê sempre a árvore, enlevo dos Seus Olhos. E ama com ardente ternura os próprios mostrengos, na ânsia de neles ver de novo, reunida, a criatura viva que sonhara.(Dl 29, 4/12/04)

                               Veja também o texto 40 (Março 2010)

sexta-feira, 1 de março de 2013

946 — O Príncipe da Paz


   Não se cansa esta Profecia de chamar a atenção para a natureza da Paz de Jesus, em contraposição com a paz deste mundo. Mesmo assim, talvez a mensagem seguinte surpreenda ainda muita gente…

   O Príncipe da Paz introduzirá na terra uma divisão insolúvel. Ele vai manter a Sua Luz viva e intensa, marcando uma separação radical, perante as nações, entre o Seu Reino e o reino das Trevas. Nunca mais deixará que se misturem estes dois reinos, na promiscuidade em que temos vivido até hoje, criadora fatal da Apostasia.

   É esta presença da Verdade, nua e firme, alastrando sempre, que tornará perpétuo o Seu Sacrifício. Mas fará habitar nos corações daqueles que aceitarem sem reservas a Luz, a Alegria Perfeita. O Reino dos Céus ficará agora definitivamente implantado neste mundo e não se deixará mais corromper; antes se purificará e se tornará luminoso em ciclos naturais de Vida pura sempre desabrochando. É o conhecimento e a vivência desta realidade que dará toda a força aos Amigos do Rei e da Rainha. E nascerá desta vez na terra um Povo em que todos verão, concreto e activo, o próprio Deus incarnado sucessivamente em todos os tempos. Por isso este mundo, enquanto subsistir, alimentará uma permanente guerra contra a Luz. (Dl 29, 29/11/04)

      Há uma surpreendente oração ao Príncipe da Paz no texto 103 (Junho 2010)