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Seria suposto que nesta altura já a visão de Deus Trino me não deixasse baralhado: afinal eu sempre admiti em Deus Três Pessoas distintas. Ensinaram-me assim desde criança, é verdade, mas o conhecimento que hoje tenho não é de armazém: eu senti assim, de forma brutal quando, depois de abandonar toda a teologia que aprendi, reencontrei Deus pela via do coração. A esta revelação interior de Deus como Trindade chamei-lhe agora mesmo “brutal”, porventura inadequadamente, porque me fartei de procurar e não encontrei melhor forma de caracterizar aquilo que naquele Setembro de há doze anos me aconteceu: a revelação foi intensíssima e completamente inesperada, nomeadamente a Presença do Espírito como Pessoa com um espectacular recorte individual, que O distinguia do Pai e do Filho a tal ponto, que me achei confrontando-O com o próprio Jesus, chegando a senti-Lo mais pessoal, mais concreto, próximo, mais fascinante, mais…querido do que o meu antigo Herói e Mestre!
Julgo agora que assim foi porque assim era necessário que fosse: o Espírito era para mim ainda uma força abstracta que poucas vezes ocupava o meu espírito e era, ao que agora vejo, manifestamente prioritário logo no início do meu reencontro com Deus que aparecesse claramente como Pessoa distinta Aquele que eu e muitos vemos como uma vaga e diluída Presença da Vontade actuante e eficaz do Pai. Estranhei esta noite, por isso, esta súbita dificuldade em ver, nas Três Pessoas, a Unidade Indivisa que Deus é, em todas as Suas manifestações. Mas a Senhora tranquilizou-me, mostrando-me que justamente no meu pedido eu me estava dirigindo às Tres Pessoas, mas a Um só Deus.
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