21/9/97 — 2:40
De novo o mesmo fenómeno: julguei que tinham passado uns breves minutos e ao levantar-me para escrever eram já 3:48! Por isso é uma nova interrogação que vou pôr hoje ao Mestre:
— Se me acordaste e eu readormeci, que sentido tem o teres-me acordado? É que eu não me sinto culpado de ter readormecido…
— Olá, Meu pequeno companheiro fiel! Recebe a Minha Paz. Diz-me o que tem andado a fazer o teu irrequieto espírito.
— A procurar hipóteses de explicação.
— Então a Minha resposta não seria outra coisa senão o fruto dessa tua pesquisa!
— Pois era!…
— E seria uma resposta Minha?
— Seria: é esta a minha Fé. Se Te ouvisse distintamente, escusava de andar pesquisando e quanto mais fácil para mim não seria!
— Como pode então ser o fruto de uma pesquisa tua uma resposta Minha?
— É que a minha pesquisa não é outra coisa senão uma tentativa de Te encontrar, já que não recebo as Tuas palavras por audição interior directa.
— E quando decides por uma das várias hipóteses que pões nessa tua busca, em que se funda a tua decisão?
— Num qualquer “toque” Teu dentro de mim.
— Não é uma simples dedução lógica?
— Pode ser. Mas tenho que sentir igualmente o Teu “toque” nessa dedução da minha lógica. Tu aceitas todos os caminhos por onde me meto para Te encontrar.
— Diz-Me então agora: em que consiste esse “toque” de que falas?
— Nestes casos, em que a Tua resposta não é imediata e às vezes avanço no meio de uma completa frieza, esse “toque” consiste apenas na Tua Paz: enquanto me não sentir tranquilo, não avanço.
— Mas não tem acontecido já manter-se a dúvida, mesmo depois de o texto ter sido gravado?
— Sim. Mas é significativo que eu nunca tenha ido emendar nada do que ficou escrito. Quando isso acontece, a Tua Paz repousa-me na esperança em que me venhas posteriormente a esclarecer o que na altura escrevi sem entender plenamente.
— Nesses casos, se não tens a certeza do que escreves, porque avanças?
— Simplesmente porque estou escrevendo e escrever é um imperativo Teu a que com muita afeição obedeço. Sinto, por isso, que não tenho que entender tudo o que me fazes escrever.
— E tenho-te confirmado sempre posteriormente o que ficou escrito?
— Sempre, de várias maneiras. E é esta uma extraordinária simpatia Tua. Mesmo quando, ultimamente, verifiquei colidirem alguns pontos desta Profecia com outras contemporâneas que vou conhecendo, logo Tu Te apressaste a tranquilizar-me, mostrando-me que tais discrepâncias são apenas aparentes.
— Queres então agora dizer-Me qual foi a conclusão que tiraste daquela tua pesquisa inicial?
— Não consegui tirar conclusão nenhuma ainda. Mas um sentido acabas Tu de dar àquela interrogação: ela despoletou este diálogo sobre a via da Fé, em que, no fundo, se baseia tudo quanto escrevo e que Tu abençoaste de forma muito especial depois da Tua Ressurreição: “Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditaram”.
— E, para além desta explicação, não sentes necessidade de encontrar outra para o facto de Eu te ter acordado e te ter deixado readormecer?
— Não. Se ma quiseres dar, ela há-de vir.
São 5:23!
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