No jardim da casa
Escrevendo ...
Breves dados biográficos

O meu nome é Salomão. De apelido Duarte Morgado.

Nasci no ano de 1940 em Portugal, na aldeia do Rossão, da freguesia de Gosende, do concelho de Castro Daire, do distrito de Viseu.

Doze anos depois, 1952, entrei no seminário menor franciscano: eu queria ser padre franciscano.

Doze anos depois, 1964, fiz votos perpétuos na Ordem dos Frades Menores de S. Francisco de Assis seguidos, ao fim desse ano lectivo, da ordenação sacerdotal: eu era o padre que tanto queria ser.

Doze anos depois, 1976, pedi ao Papa dispensa dos votos que era suposto serem perpétuos e do exercício do sacerdócio, que era suposto ser para sempre, casei e tornei-me pai de quatro filhas.

Doze anos depois, 1988, fiz uma tentativa extrema para salvar o meu casamento, saindo de casa. Mas o divórcio de facto consumou-se.

Doze anos depois, 2000, surgiu na minha vida o mais inesperado acontecimento, que começou a ser preparado, sem que eu disso tivesse consciência, no meio deste ciclo, 1994. Foi aqui que comecei a escrever a longa Mensagem que senti Deus pedir-me que escrevesse em Seu Nome e a que Ele próprio deu o título de Diálogos do Homem com o seu Deus no Tempo Novo. Os textos agora aqui publicados são excertos desta vasta Profecia preparando a sua divulgação integral, no tempo oportuno, que desconheço.


Moro há 30 anos em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.


Não são estas palavras mais do que um testemunho daquilo que vi, ouvi, senti, toquei. Não estão por isso sujeitas a nenhuma polémica. Todos os comentários que se façam, ou pedidos que se queiram ver satisfeitos, sempre serão respondidos apenas com novos textos: de mim mesmo não tenho respostas.




Observações


Muitos e verdadeiros Profetas têm surgido nos nossos dias. Um deles é Vassula Ryden, cuja profecia, "A Verdadeira Vida em Deus", teve um decisivo relevo no meu chamamento a esta missão e revela uma estreita complementaridade com esta Mensagem que escrevo.

Os algarismos desempenham nesta Profecia um papel muito importante como Sinais. Foram adquirindo progressivamente significados diversos. Assim:

   0 – O Sopro da Vida. O Espírito Santo.

   1 – A Luz. A Unidade. O Pai.

   2 – A Testemunha.

   3 – O Deus Trino. A Diversidade.

   4 – O Mensageiro. O Profeta. O Anúncio. A Evangelização.

   5 – Jesus.

   6 – O Demónio.

   7 – O Sétimo Dia. A Paz. A Harmonia.

   8 – O Oitavo Dia – O Dia da Queda e da Redenção. O Homem caído e redimido. Maria de Nazaré.

   9 – A Plenitude de Deus. A Transcendência. A Perfeição. O Regresso de Jesus. O Nono Dia.

Alguns agrupamentos de algarismos adquiriram também um significado próprio. Os mais claramente definidos são estes:

   10 – Os Dez Mandamentos. A Lei. A Escritura.

   12 – O Povo de Deus. A Igreja.

   22 – As Duas Testemunhas de que fala o Apocalipse.

   25 – A Alma humana.

   27 – Salomão, o meu nome que, derivando do termo hebraico Shalom, significa o Pacífico, a Testemunha da Paz.

sábado, 31 de março de 2012

732 — Conheço as vizinhanças da morte

17/7/99 2:37

    De tal maneira a minha fragilidade se tem acentuado, tal é a sensação de que todas as minhas energias estão diminuindo, que se diria ter eu entrado em processo acelerado de envelhecimento e estar, portanto, para muito breve, a minha morte física.

   Já passei, contudo, várias vezes, por situações semelhantes. Numa dessas vezes julguei mesmo, mais do que agora, estar iminente a morte. Foi nessa altura que Jesus me curou instantaneamente, como se me tivesse ressuscitado. Também de todas as outras vezes pareço ter renascido, com redobradas energias. Espero assim, do mesmo modo, um regresso à plena vitalidade física, ainda desta vez.

   Conheço, pois, as vizinhanças da morte e certamente por isso se me tem aberto diante dos olhos o Abismo, com impressionante nitidez, no seu terrível e fascinante Mistério. Foi assim que toda a fragilidade e toda a dor mas transformou o Senhor de todas as Energias e de todo o Bem em tesouros que nem sequer tive ainda tempo de gozar em toda a sua riqueza. Nem terei tempo, nunca, porque os levarei comigo para a Eternidade, onde se farão puro Mistério crescendo à medida que se revela.

   Mas são dolorosas estas situações. Mais ainda pelo facto de, no meu caso, ter desaparecido todo o interesse por este mundo. Quem me segurará, neste colapso de todas as minhas forças? Onde me posso agarrar, para me manter vivo, executando todas as tarefas que a vida profissional e familiar me impõe? Sobretudo, nestas ocasiões, ao realçar-se-me assim a minha insignificância, me interrogo como poderei eu cumprir a missão que Jesus me trouxe, da parte do Pai. E uma devastadora onda de dúvida me varre, ainda agora, a Alma. Tudo de repente me parece impossível, absurdo, e por isso ridículo. Nesta Profecia realçam-se-me então todas as deficiências; se me vejo Pedro, logo a minha incapacidade sobressai e interrogo-me como foi possível eu ter acreditado em semelhante impossibilidade. Nestas ocasiões sinto-me então abandonado por todo o Céu e as Pessoas que de lá falam comigo prece perderem de repente toda a consistência.

   E o Céu permanece fechado. Às vezes até o meu Companheiro do Deserto O julgo ter perdido, na Escuridão. Devagarinho, muito devagarinho, ponho-me então a tactear qualquer apoio onde possa colocar os pés para sair deste Poço. A maior parte das vezes só encontro os meus mudos algarismos. Um 7 que me apareça, como esta noite ao acordar, já me serve. E atrás dele acaba por voltar sempre o meu frágil Mestre, tão caído como eu.

   São 4:55!

sexta-feira, 30 de março de 2012

731 — Nunca mais a Igreja terá posições oficiais

            10:21:04

   Assinalei esta hora e de repente vi-me perdido nos meus pensamentos… Que posição tomaria eu se me pedissem que respondesse sim ou não às “grandes questões da actualidade”, por exemplo se concordo ou não com o aborto, com o preservativo, com a pena de morte, com a eutanásia, com a fecundação in vitro…? Que posição deverá tomar Pedro, o guardador do Rebanho do Senhor? Qual será a “posição oficial” da Igreja de Jesus?

   E imaginava-me irritando todo o mundo, em especial os jornalistas: eu responderia sempre que não tenho posição, que não há nenhuma “posição oficial” da Igreja. Acusar-me-iam todos de deixar angustiadas as pessoas, de as abandonar à sua sorte, de tomar uma posição cobarde. Mas eu haveria de manter sempre esta mesma posição: o caminho de cada Alma é único e confidencial. A posição que em cada momento ela tomar há-de vir directamente da relação que mantiver com Jesus, seu único Mestre e único Libertador. Ninguém de fora poderá condicioná-la com a sua autoridade ou com qualquer posição “oficial”. As respostas a todas as questões são tantas quantas as pessoas que com elas se virem confrontadas. As “posições oficiais” são sempre expressão de doutrinas, que acabam por se corporizar em leis, em proposições dogmáticas.

   E na Igreja de Jesus não poderá haver mais nem doutrinas, nem dogmas, nem leis!

   Mas como se valerá à angústia das pessoas? Não deve a Igreja ser expressão de concreto e puro Amor? Deve. E é justamente por isso que não deve levantar uma única lei! Se o fizer, em vez de acolher cada coração que a procura, passará a apontar-lhe a lei. E a lei, que não pode ter em conta a irrepetível individualidade de cada um, tornar-se-á um ídolo abstracto e mudo, sem coração, sugando justamente a personalidade inviolável de cada Alma e fazendo dela peça desvitalizada de uma engrenagem: quando parecer que retirou dela toda a angústia, isso quer dizer apenas que a personalidade original estará completamente morta.

   A Igreja de Jesus, perante qualquer dor, apenas levará, com toda a paciência que puder, cada Alma a ouvir-se a si mesma, ouvindo Jesus. A Igreja não será mais uma entidade abstracta; será feita de corações próximos. A Igreja será onde dois ou três se reunirem em Nome do seu Mestre comum. É aí, junto do seu próximo, que cada um aprenderá a ouvir a sua Alma, para nela encontrar, em cada momento, a resposta adequada ao seu problema específico. E Jesus, o Príncipe da Paz, há-de retirar do seu coração toda a angústia. Depois voltará a reunir-se com o seu irmão próximo para lhe contar como o Senhor o curou da sua chaga, lhe aliviou a sua dor, ou como lhe pediu que a suportasse por mais um tempo, para também ele participar, feito agora amor puro, na mesma dor que o seu irmão suporta, mas de que desconhece o poder redentor.

   A Igreja nunca mais estará longe. Nunca mais terá posições oficiais, tão distantes do meu caso, da minha dor ou da minha alegria, enfim, do meu coração. Nem Pedro estará longe nunca, porque ninguém mais o ouvirá proferir uma sentença que esmague a minha individualidade, que obstrua o caminho da minha Alma; ele será só o que estará mais próximo de todos os corações, porque será sempre o que mais ama e, feito um só com o Coração do Mestre, saberá manter sempre vivas as pastagens do Rebanho e saberá detectar com muita lucidez todas as tentativas de obstrução dos corações através de qualquer encapotado ídolo que ouse erguer-se na Cidade com vestes de anjo.

   Não sei se é desta Sua tão querida, tão inocente Igreja que me quer falar o Mestre em
                                                                  Mal 3,1-3
 
Está assim escrito:

Eis que vou mandar o Meu Mensageiro, o qual preparará o Meu caminho diante de Mim. E imediatamente virá ao Seu templo o Senhor que vós buscais, o anjo de aliança que buscais. Ei-lo, aí vem, diz o Senhor dos exércitos. Quem poderá suportar o dia da Sua vinda? Quem poderá resistir quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do fundidor, como a barrela dos lavandeiros. Sentar-se-á para fundir e purificar a prata; purificará os filhos de Levi e os depurará como se depura o ouro e a prata, para que ofereçam ao senhor um sacrifício de justiça”.

    Guia a minha mão, Mestre, para que estas Tuas palavras, escritas há tantos anos, se tornem hoje vivas neste diálogo entre o Teu Coração e o meu.

   Quem é o Mensageiro de que fala o texto?

   Sou eu, Mestre, sou eu!

   Se és tu, não poderá ser mais viva, hoje, aquela palavra! És tu?

   Sou, Mestre. Não vejo a quem Te possas estar a referir senão a mim.

   Porquê?

   Porque foi a mim que Tu levaste àquele texto e eu estava justamente falando da preparação da Tua Vinda.

   Que dizias tu, que vejas neste texto?

   Exactamente, que Tu, o Senhor, virás ao Teu “templo” e “como o fogo do fundidor, como a barrela dos lavandeiros”, Te sentarás “para fundir e purificar (…) os filhos de Levi (…) para que ofereçam ao Senhor um sacrifício de justiça”. Aqui falas exactamente do coração da Tua Igreja, que Tu purificarás e lavarás com uma radicalidade nunca vista.

   E de que forma prepararás tu essa Minha Vinda?

   Justamente assim, anunciando agora o que Tu farás, para que os corações Te aceitem, quando vieres.

quinta-feira, 29 de março de 2012

730 — Tem que ser Deus a fazer em mim o que tem que ser feito

16/7/99 5:19

   Continua a acontecer-me passar uma boa parte das vigílias divagando. Também os impulsos interiores parecem ser cada vez menos vivos e também parece haver menos vivacidade em todos os outros Sinais, isto é, parece estar-se fechando progressivamente o meu ouvido.

   Mas eu rodeio o meu Mestre, agarro-me àquilo que posso para não O perder, continuo a ocupar com Ele todas as horas que a Cidade me deixa livres. E continuo a esperar tudo do caminho que estou seguindo. Acredito com a mesma Fé em que tudo aquilo que escrevo se vai realizar no tempo oportuno, segundo os Desígnios do Pai do Céu que eu, obviamente, não conheço. Sobretudo me violento cada vez menos e estou convencido, no coração, de que este é o caminho certo para poder suportar toda a violência que a Grande Batalha, já tão próxima, me vier a impor.

   Causa-me ainda alguma apreensão este progressivo abandono aos impulsos interiores, aos Sinais que, como acabo de declarar, me parecem cada vez menos vivos. Tenho ainda receio, às vezes, de que isto possa ser a manifestação de um gradual desleixo interior em que me tenha deixado cair. Mas na mesma proporção toma conta de mim, a par da visão da minha incapacidade, o desejo de me entregar completamente nas Mãos de Deus. E isto traduz-se num estado de espírito muito claro, que a mim próprio me surpreende: tudo quanto eu tiver que fazer tem que ser Deus a levar-me a fazê-lo através de qualquer meio que igualmente Ele próprio terá que escolher.

   Todo o meu percurso veio dar aqui e aqui estou agora. Ponho-me, por exemplo, muito atento aos acontecimentos, quer a nível familiar, quer a nível profissional, e muito raramente interfiro neles; antes os aceito, os agradáveis e os desagradáveis, e de coração expectante me interrogo o que irá Deus fazer com eles. Estou largando da mão, sem o mínimo constrangimento, antes com um secreto entusiasmo, qualquer protagonismo. Sou como alguém que, pasmado, assiste ao trabalho de um artista que de repente lhe chamou a atenção e o seduziu com a sua arte. Mas a situação ganha, neste caso, um interesse especial e proporções inesperadas, porque a Obra é em mim que está acontecendo e o Artista é o próprio Deus, o mesmo Artista que criou os mundos e toda a energia e beleza que eles contêm!

   É assim que, abandonado mesmo a este frágil ouvido, eu vou procurar o próximo toque do Artista em “Malaquias três, um…e dois…e três” que logo no início deste texto ouvi.

   São 7:47!

quarta-feira, 28 de março de 2012

729 — O que é ser testemunha?

15/7/99 0:28

   Que significa ser Testemunha de Maria? Que vi ou ouvi eu d’Ela, para que o possa testemunhar?

   Vem ajudar-me, Jesus. Diz-me: esta mágoa de me estar ausente a Voz da minha Mãe, o Encanto da minha Rainha, é testemunho que eu possa dar?

   Não sabes que grande número dos que Me invocam nem sequer A reconhecem como sua Mãe?

   Esta minha mágoa então…

   Sim, diz que sentido tem essa tua mágoa.

   É sentir em vez deles o vazio de não terem Mãe. E é também participar da grande mágoa da Mãe pelos filhos que A não reconhecem.

   A que comparei Eu já esta ausência que estás sentindo?

   À ausência da felicidade que os Teus três Apóstolos sentiram na Tua Transfiguração.

   Que sentido tem essa ausência?

   Sentirem a distância que vai daqui deste Deserto onde todos nos encontramos até à felicidade da Casa dos nossos Pais. Sentirem a distância que os separa da sua própria Imortalidade.

   Para quê?

   Para terem sede do seu verdadeiro Lar.

   E porque levei Eu só três Comigo para o Tabor?

   Para se tornarem perante os outros testemunhas do que viram.

   Mas que sentido tem a revelação aos outros através de testemunhas? Não seria mais natural e lógico que Eu os levasse a terem também eles próprios directamente aquela experiência?

   Todos vão tê-la, um dia, e é para lá que caminham, pela Fé. Mas é preciso que a sua Fé seja amparada por alguém que vá junto deles, no mesmo Deserto.

   É essa a verdadeira missão da testemunha?

   Estou vendo agora que é justamente essa: é viver a mesma situação dos seus irmãos perante os quais testemunha, revelando-lhes a felicidade de ter visto, mas sentindo por eles a mágoa de não terem o que já viram. É terem junto dos outros a sede que eles não têm ainda, de modo a contagiá-los com a ânsia de chegar.

   Em que estás a pensar agora?

   Nos três pastorinhos de Fátima.

   E que estás vendo neles?

   Eles foram justamente escolhidos para serem as Testemunhas de que estávamos falando − Testemunhas do Coração da nossa Mãe, das ânsias que nele moravam.

   E tu? Não foste tu também escolhido para seres Testemunha da tua Mãe?

   Mas eu, Mestre, eu não vi nem ouvi nada!…

   Não te tenho Eu dito tantas vezes que a visão da Fé é a mais nítida, que o ouvido da Fé é o mais seguro?

   Então também da Senhora o meu testemunho deverá ser o da Fé? Da Fé, apenas?

   Não te escolhi Eu para seres o Apóstolo da Fé? Não é a Fé de Pedro que solidificará a grande Paz sobre a qual refundarei a Minha Igreja?

   Meu Senhor! Faça-se conforme Tu queres.

   Está sendo muito duro para ti este caminho, não está?

   Pois está. Caminhar sempre nesta Escuridão cansa, Mestre, Tu sabes.

   Sei, Meu pequenino. Já não falta muito. Já não falta mesmo nada para chegarmos à Luz plena.

   Desculpa, estava esquecido de que Tu vais aqui comigo, na mesma Escuridão que eu. Tu, a própria Luz!

   Não te sentes já Luz, também tu, em todo o teu ser?

   Se o estar assim junto dos meus irmãos neste Deserto com a permanente mágoa de os não ver a eles e a mim já no nosso Lar é Luz da Tua Luz, então sim, eu sou certamente todo Luz. Eu vivo já, de facto, a felicidade de ir vendo, mas pareço reduzido à mágoa de não ter ainda o que vejo.

   Tu já tens o que vês, Meu pequenino. Ninguém já to vai tirar!

   Eu sei, meu querido Amigo. Mas custa muito não poder gozar tudo o que já tenho, em plena Luz.

   Havemos de fazer sem desvios o caminho que falta.

   O que falta é o mais difícil, não é, Mestre?

   É. Mas tu estás bem preparado: vais aguentar bem.

   Não me deixes presumir, Mestre, mas acho que vou gostar especialmente deste último troço do caminho.

   Gostar? Normalmente de feridas e de dores não se gosta muito…

   Contigo por perto, as dores hão-de desfazer-se em pura Alegria!

   Olha: já sabes agora o que é ser Testemunha da tua Mãe e da tua Rainha?

   Sim, creio que entendi o que Tu me quiseste dizer: ser testemunha é também ser mártir; a par da felicidade de ter visto, implica sempre a mágoa de ter que partilhar a cegueira dos que ainda não viram e de ter sede por aqueles que ainda a não têm. Ser Testemunha é ir sempre onde vão os meus irmãos, tendo já visto o que eles não viram, e ouvido o que eles não ouviram.

   Eu amo-te muito, Meu amigo! Recebe a Minha Paz!

   São 2:58!!

terça-feira, 27 de março de 2012

728 — Tudo o que Deus prometeu está já cumprido

            10:34:26

    A minha condição de Mensageiro do Deus Trino implica que dê um tão claro testemunho do que anuncio, que não pode senão provocar a medonha raiva de Satanás.

   Mas se assim é, porque não me esmagou ele já? Não duvido de que o teria feito, se o pudesse fazer. Mas não pode. Satanás só pode aquilo que Deus lhe deixa poder. Assim, se por um lado é constante o assédio do senhor das Trevas à fortaleza de Luz que de mim o Pai está fazendo, é por outro lado muito clara e eficaz a protecção constante que todo o Céu está mantendo à minha volta. Deste modo, posso iluminar por dentro todas as armadilhas do Tentador, desmascarando-o, sem que as Trevas encubram a Luz que transporto. Pelo contrário, mantendo por perto o Demónio, Deus está continuamente pondo à mostra a sua natureza e assim invadindo com a verdadeira Luz o seu reino de escuridão.

   Tem no entanto o eterno Senhor do Tempo um Olhar omnisciente e é por isso que mantém ainda esta Luz escondida aos olhos do mundo, em misteriosos raios invisíveis mas de uma rigorosíssima eficácia; quando chegar a Hora, Ele fará com que estes raios se incendeiem, iluminando de repente as mais recônditas cavernas do reino da Besta, num espectáculo nunca visto. Por isso Jesus repete muitas vezes, através dos Profetas deste nosso tempo de graça, que tudo quanto vem anunciando se realizará mais depressa do que julgamos.

   Muitos declaram pressentir já aqueles raios misteriosos invadindo todo o corpo da nossa Terra. O próprio reino da Besta, lá mesmo onde ele parece mais solidamente implantado, dá já sinais de intranquilidade e começa a duvidar da sua própria segurança. Para Deus, porém, aquilo que nós apenas pressentimos é já uma realidade vitoriosa, em pleno desenvolvimento. Assim, muitas profecias que nos parecem incumpridas, estão já realizadas. O Plano de Deus está sendo deste modo executado com extrema precisão. Nada falha neste processo que conduzirá à Vinda vitoriosa do nosso Jesus, cujo Nome quer dizer Yahveh Salva! Um dia de repente verificaremos, atónitos, que tudo foi cumprido com espantosa perfeição; apenas não se tinha manifestado aos nossos olhos.

   Este mesmo fenómeno verificamo-lo sempre a nível individual, quando o nosso coração finalmente se deixa converter à Luz: percorremos com o novo olhar o nosso passado e constatamos que todo um cuidadoso plano para a nossa salvação foi cumprido; estava apenas oculto aos nossos olhos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

727 — Nunca te julgues santo, para poderes sê-lo

14/7/99 4:01

   Novamente insiste o Mestre em me chamar Mensageiro da Luz. Ao mesmo tempo constantemente me confirma esta visão nova e radical que me deu da Sua Igreja e do caminho para lá chegar. A Luz que de mim se desprende é, pois, o Anúncio que nestas páginas vou gravando.

   Mas eu anseio por aparecer em público, um dia destes, a dar um testemunho vivo de tudo quanto escrevo. E queria que Jesus me abençoasse esta ânsia, de modo que nela não caísse a mínima mancha de vaidade. Ir por todo o mundo anunciar esta Boa Nova! Creio que é, em si, uma ânsia pura.

   Não é, Mestre?

   Nunca te julgues santo, para poderes sê-lo.

   Esta minha ânsia não é ainda pura?

   Sentes que ela vem de Mim?

    Só pode vir, Mestre: eu quero tanto dar-Te a conhecer!…

   É então um Dom Meu?

   É.

   E pode vir de Mim algo de impuro?

   Pois não. Mas vê quantos Dons Teus não deixamos manchar! Eu não queria a mínima mancha neste meu tão abrangente desejo. Não deixes que isso aconteça.

   E como o poderias manchar?

   Tu já me ensinaste que toda a mancha nos vem de cairmos na tentação de sermos deuses e portanto de Te substituirmos como Fonte de todo o Bem.

   E tu o que queres ser, então?

   Uma tão perfeita reprodução Tua, que as pessoas, vendo-me, Te vejam a Ti.

   Sendo tu uma reprodução perfeita de Mim, as pessoas hão-de contentar-se em ver-te a ti, não? Para que precisam elas de Mim?

   Como, Mestre? Que me estás querendo dizer?

   Regista o que sentiste agora mesmo.

   Uma nítida interferência do Demónio.

   E como se manifestou ela?

   Numa espécie de irritação contra Ti. Como se estivesse aqui aninhado no seu esconderijo e Tu o tivesses posto à mostra.

   Tenta ver e mostrar onde estava ele aninhado.

   Deu-me a sensação de que era a sua última armadilha para me perder. Era, pelo menos, uma das que ele julgava decisivas.

   Em que consiste a armadilha?

   Em conduzir-me à convicção de que sou tão santo, tão igual a Ti, que acabasse por atribuir todo o êxito da minha pregação a mim próprio, esquecendo-me de Ti.

   Foi a primeira vez que advertiste nessa armadilha?

   Assim com esta clareza, foi. Eu venho-Te pedindo, de facto, que me configures Contigo até à mais leve expressão do rosto… Nunca me tinha ocorrido que pudesse estar aqui assolapada tamanha tentação.

   E como evitarás cair nela?

   Só Tu me impedirás de cair em todas as tentações, por mais subtis e camufladas que se aproximem. Exactamente como acabas de fazer. Assim farás sempre, se neste Teu Silêncio eu me mantiver Contigo.

   Diz-Me então agora: o pedido que Me fizeste, de te configurar inteiramente Comigo, é mau?

   Não: Tu próprio dizes muitas vezes que até os nossos desejos devem ser os Teus Desejos.

   Quer isso dizer que Eu pretendo eliminar os vossos desejos? E quando te levo a pedir-Me que te configure Comigo até à mais leve expressão do rosto não estou a querer eliminar até a tua própria identidade física?

   Não: o que Tu estás assim desejando ardentemente que eu Te peça é que me restituas a minha mais genuína identidade.

   Sois todos parecidos Comigo, uma cópia de Mim?

   Todos fomos criados à Tua Imagem.

   Todos, portanto, iguais a Mim? Ou, pelo menos, muito parecidos Comigo!?

   O Teu Nome divino, meu frágil Companheiro deste Desterro, é EU SOU! Só quando nos esquecemos deste Teu Nome é que Te reduzimos à visão dos nossos olhos carnais. Tu és todo o Ser. Tu és toda a Diversidade que existe! Em Ti está toda a Plenitude de Deus Trino Três-Vezes-Santo! É por Ti e em Ti que toda a Criação vive e subsiste. Assim como no Princípio o Sopro da Vida se uniu ao Pó da Terra para formar o Homem, assim também, na plenitude dos tempos, Tu Te uniste ao Universo ferido de corrupção por causa do Pecado, restituindo-o à sua marcha imparável para a Vida, em toda a sua Beleza e Diversidade. Configurar-se Contigo é, pois, restituir-se cada ser à sua própria identidade, ao seu irrepetível carisma.

   Se Eu te configurar inteiramente Comigo, as pessoas verão mais nitidamente a tua própria personalidade, diferente da Minha?

   Sim, Mestre. Mas por isso mesmo chegarão mais directamente a Ti como Plenitude e Distribuidor de todos os Dons de Deus.

   Se tu fores cada vez mais tu próprio diante do Meu Rebanho, melhor as pessoas Me verão a Mim como seu único Pastor?

   Sim. O pecado dos pastores do Teu Rebanho foi terem-se deixado desfigurar, adaptando-se à figura dos chefes deste mundo, eles sim, todos saídos do mesmo molde, todos mecanicamente iguais.

   Recebe então as pulsações do Meu Coração, Meu querido amigo, para que com ele bata em uníssono o teu coração!

   São 6:30.

domingo, 25 de março de 2012

726 — A infalibilidade de Pedro

           9:38:14

    Não posso deixar de assinalar a insistência dos algarismos no conjunto 14. E estou vendo-o agora em paralelo com o conjunto 15, que significa Jesus ressuscitado, glorioso, vencedor, e com o conjunto 18, que significa a Mulher vestida de sol, isto é, Maria, Rainha do Céu. O conjunto 14 significaria então o Portador da Luz!

   Mas neste momento advirto em que Portador da Luz é exactamente o que significa a palavra Lúcifer. Encerra, portanto, este título, a lembrança da Perversão Original. Ora eu sempre me vi a mim próprio como este Mensageiro, Portador da Luz e sempre considerei que assim vi com o coração, possuído, portanto, pela lucidez do Espírito do Senhor. Se, pois, isto não for verdade, não vejo que eu possa ser outra coisa senão um ambicioso, ridículo Lúcifer, um perfeito demónio.

   Sempre me persegue o medo da vaidade. Ela infiltra-se tão facilmente no nosso coração… Veja-se a facilidade com que caiu Eva, a mais perfeita obra da Criação! E nem os Dons do Céu, caídos sobre mim em catadupa, me imunizam contra o desprezo de Deus. Veja-se como caiu Pedro, o mais ardoroso admirador do seu Mestre!

   Está-me prometido que Jesus permanecerá ao meu lado até ao fim dos meus dias e se alguma vez eu cair, sei que Ele me levantará, como fez ao Pedro. Por isso também escolheu este Seu Apóstolo para guardar a minha Alma: é bom que sempre me acompanhe o exemplo do Pedro. Jesus não escolheu o mais certinho, o mais prudente, o mais seguro dos Apóstolos para apascentar o Seu Rebanho; escolheu o mais ingénuo, o mais impulsivo, o mais ardoroso. Aquele que, se cair, logo se levante. Aquele que mais claramente visualize a fragilidade humana e ao mesmo tempo a Misericórdia de Deus.

   É assim que Pedro poderá ser sempre, através dos séculos, o imanchável Portador da Luz. Imanchável sim, porque não é mancha exibir até à morte a deficiência da carne, já que nela, mais do que de qualquer outra forma, se pode manifestar o Amor de Deus. Nem sequer é mancha a falha ou queda, se logo a seguir a lavar um rio de lágrimas. Vede se as lágrimas do Pedro não fizeram daquela negação uma pura fonte de Luz revelando o Coração de Deus.

   E assim, transportando na sua carne a falibilidade que levou, aquando da primeira Criação, Lúcifer à Rebelião, Pedro deverá, na Nova Criação, transportar também em si a infalibilidade da Misericórdia de Deus. Deste modo, as suas próprias deficiências guiarão infalivelmente o Rebanho para a Luz!

sábado, 24 de março de 2012

725 — O sentido da vida é abandonar o útero materno, na morte

13/7/99 2:14

    É espantoso o modo como as pessoas se agarram à vida! Se lhes perguntamos para que vivem, elas normalmente ficam surpreendidas, como se isso não fosse pergunta que se fizesse, acabando quase sempre por não responder. Temos a percepção de que a vida se justifica por si mesma: vivemos porque somos seres vivos; vivemos para viver! E no entanto a maior parte das vidas parece não terem sentido: terminam, com a morte, no puro esquecimento, depois de terem cumprido uma das funções mais naturais à vida − procriar, conservando a espécie.

   Vale a pena viver para isto? A esta pergunta também todos hesitam e acabam por não saber justificar qualquer resposta que dêem. Eu próprio começava a descrer do sentido da vida: tudo aquilo em que me metia, terminava em fracasso. Punha-me à procura de qualquer obra concreta que tivesse feito e que apresentasse alguma consistência: não via nenhuma. Sobretudo começava a achar tremendamente desproporcionado e portanto injusto o resultado final dos meus dias sobre a terra relativamente ao sofrimento, tão fundo e permanente, que neles passei.

   Até que entendi: o sentido da minha vida na terra é mesmo a morte. Só ela é capaz de tornar fecundos todos os meus dias. Tão fecundos, que o seu fruto será a Vida eterna − será a Imortalidade!

   É preciso morrer. Só a morte dará sentido a todo o sofrimento. Ela é o lugar da vida para onde se dirigem todas as dores. Aí se juntam todas, com o seu potencial explosivo. A morte é como um mar para onde se dirigiram, ao longo da vida, todas as gotas, todos os regatos, todas as torrentes de sofrimento, que foi tanto, tanto!… Foi todo aquele que deixámos ver e todo aquele, muito mais vasto, que escondemos, ou que tentámos abafar. Todo se reúne na morte, como última Dor.

   Esta gigantesca Dor tem o potencial de um grande mar! Dele pode surgir tanta vida, que chegue para cobrir, até ao fim da sua existência, um planeta inteiro, tão grande ou maior que a Terra! Basta que este Sofrimento traga em si o sal do mar, que o não deixe corromper. Isto é, basta que seja sempre inundado da Fé no seu poder de curar, de reconstruir a Vida!

   A morte será então o alicerce de uma nova construção. Esta sim, Vida pura, sem pranto, nem dor. Sem sombra de morte! A própria vida terrena terá então a pujança de um feto que nas trevas do útero cresce e com espantosa lucidez se forma, até à hora de nascer. O sentido desta vida é mesmo abandonar este mundo, como o feto abandona o útero materno!

   São 4:33!

sexta-feira, 23 de março de 2012

724 — Esta Profecia é a última Sementeira do Verbo

            10:11:56/7

    Aproxima-se a Vitória do meu Herói! assim me falam os algarismos. Falta pouco mais de um ano para que esta Profecia comece a sair para a rua, conforme a surpreendentemente precisa indicação do próprio Mestre, a que eu não posso desobedecer, pelo simples facto de ter ficado aqui gravada e de pertencer, portanto, a esta mesma Profecia.

   Mas sair para a rua é só ainda a sementeira. E quer dizer apenas que a terra está preparada para receber as sementes. Como estava preparada para receber o Messias, aquando da Sua Primeira Vinda. Mas é preciso contar com a raiva do Inimigo, que levará à morte as Duas Testemunhas, conforme está profetizado.

   A Vitória do meu Herói será só depois. Três dias e meio depois, conforme está escrito.

   Mas esta Hora eu não a conheço: não sei quanto durará o tempo da sementeira, nem o tempo da germinação, nem o tempo do crescimento, nem o tempo do fruto. Não sei nada da força nem da eficácia da raiva do Inimigo: não sei quanto tempo demorará até ele abolir, no Santuário, o Sacrifício Perpétuo, segundo está também gravado na Escritura.

   Não sei quando regressará Jesus, vitorioso, sobre as nuvens, tendo ao lado a Rainha do Céu. Só sei que esta Profecia é a última Sementeira do Verbo de Deus e que o Regresso de Jesus é, a partir daí, irreversível.

   Porque me deixaste escrever isto, Mestre?

   Porque é a Verdade.

   E está na hora de anunciar esta Verdade?

   Tu nem sequer sabes quando sairá para a rua, para ser semeada, esta concreta Verdade que acabas de escrever! Quantos volumes têm que sair antes deste?

   Vinte e nove volumes que tenho manuscritos.

   Já vês: nada sabes ainda dos prazos exactos do Meu Regresso em glória.

   É preciso ainda que a Sementeira dê o seu fruto?

   Sim. É preciso esperar ainda pelo tempo da ceifa, que só o Pai determinará. Então será recolhido o trigo nos celeiros e será queimada a cizânia, num enorme incêndio.

   É então que o grande semeador da cizânia será acorrentado?

   Sim! É então que, às ordens da Rainha do Céu, descerás, com a outra Testemunha, ao Antro do Dragão e, depois de o terdes acorrentado, regressareis, três dias e meio depois, para anunciar o Meu Regresso vitorioso, sobre as nuvens do céu.

   E a Rainha virá ao Teu lado, não virá?

   Sossega: virá também a tua Rainha, sim! Vestida de sol. Com a lua debaixo dos pés. E, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas.

quinta-feira, 22 de março de 2012

723 — Só discutimos porque não amamos

12/7/99 4:28

    Ao considerar que o conjunto 28 me diz que sou Testemunha de Maria, ouvi à maneira costumada “Marcos nove, dezasseis”. Interrogo-me, é claro, que relação poderá haver entre a condição de Testemunha da minha Rainha e aquela citação.

   Agarro-me, de facto, a qualquer pequeno elemento que me possa transportar para o Reino da minha Rainha e do meu Rei, tais são as saudades que dele tenho e a ânsia de lá voltar. Creio, pois, que Deus não pode senão abençoar esta minha tentativa tão persistente, tão dolorosa, de O encontrar. E tão ternamente deve olhar para nós quando nos vê assim tão frágeis, tão indefesos e tão persistentes, que fará de tudo aquilo a que nos agarramos sólido degrau para avançarmos com segurança, mesmo que para isso tenha que aproximar dois degraus que por natureza estavam muito afastados.

   Assim neste caso. Eu perguntava-me que sentido teria ser Testemunha da Senhora e estar Ela assim há tanto tempo calada frente à minha ânsia de convívio com o Seu Encanto e esta minha interrogação é certamente um degrau a que me estava apoiando para continuar a caminhar no Mistério de Deus. Porque me apareceu, num contexto destes, aquela citação? Se também a ela me agarrei, também ela é sem dúvida um degrau para subir no Mistério. Que relação haverá entre os dois degraus? É o que vou tentar saber. Em

                                                       Mc 9, 16

leio assim

Ele inquiriu: Que estais a discutir uns com os outros?”.

    Mestre, ninguém vê relação nenhuma entre os dois degraus e se finalmente alguma for encontrada, todos dirão que será uma relação artificial, forçada.

   Deixa os outros. Tu que pensas?

   Penso que o caminho por onde me vais conduzir é um caminho perfeito.

   Não será artificial?

   Não sei: será perfeito, porque será o caminho do Amor.

   Não será forçado?

   Não sei: às vezes, para sairmos da nossa lógica, é preciso forçar e não raras vezes dói muito. De qualquer forma, o caminho que seguires será sempre o do Amor e o Amor é o que há de mais natural ao nosso ser de criaturas e filhos de Deus.

   Vamos, então?

   Vamos, Mestre.

   Em que contexto se insere aquele versículo?

   No meio de uma grande multidão, uns escribas discutiam com os Teus discípulos por eles terem tentado curar um endemoninhado e não terem conseguido.

   E onde estava Eu?

   Tu acabavas de chegar do Tabor, onde tinha acontecido a Transfiguração.

   Eu estava então ausente enquanto aquela discussão ocorria!?

  Estavas.

   Se estivesse presente, ter-se-ia dado a mesma discussão?

   − Discussão poderia haver, mas não pelos mesmos motivos: eles discutiam por não ter sido possível a cura e, se estivesses presente, o enfermo teria com certeza sido curado.

   Porque não puderam os Meus discípulos curar o doente?

   Porque não tinha para eles chegado ainda a hora.

   Acabou por chegar para todos eles a hora de curar?

   Não sei. Curar é um Dom especial que nem a todos é concedido.

   Houve então, por parte dos Meus discípulos, uma precipitação!?

   Sim: eles parece terem presumido demais das suas forças; eles não esperaram pelo Teu Dom.

   Adveio para os Meus discípulos daquela discussão algum ensinamento?

   Veio, por certo.

   Qual, por exemplo?

   Que sem Ti nada podiam fazer.

   Mais algum?

   Também poderiam ter aprendido que proceder precipitadamente, sem uma sólida Fé em Ti, traz como consequência a discórdia.

   Porque não concede então o Pai do Céu os Seus Dons de uma vez, mas espera uma determinada hora para os conceder?

   Porque nós somos vida e a vida não faz aparecer os ramos e as folhas e os frutos antes que se forme e cresça o tronco.

   Então agora diz-Me: ser testemunha da Rainha do Céu é um Dom?

   Claro que é! Um Dom enorme.

   É assim como o fruto de uma árvore?

   Sim, é um Dom que saciará muitos corações.

   Assim à maneira de quem cura muitas doenças?

   Sim: a grande doença da Humanidade é a falta de Ternura nos corações, por não conhecer a sua Mãe.

   E querias saciar os corações com tão necessário fruto antes que viesse a flor e as folhas e os ramos e o tronco?

   Isso que me estás agora dizendo não é bom que fique escrito?

   Sim, escreve-o: aquela discussão acontecia enquanto Eu mostrava a outros Meus discípulos o Meu Poder escondido.

   Que desapareceu para se mostrar mais tarde de novo, de forma definitiva!?

   Sim, era preciso que primeiro crescesse a árvore. Entendes agora porque parece desaparecida a tua Mãe?

   Sim, Mestre. Os Teus caminhos são perfeitos!

   São 6:52!