No jardim da casa
Escrevendo ...
Breves dados biográficos

O meu nome é Salomão. De apelido Duarte Morgado.

Nasci no ano de 1940 em Portugal, na aldeia do Rossão, da freguesia de Gosende, do concelho de Castro Daire, do distrito de Viseu.

Doze anos depois, 1952, entrei no seminário menor franciscano: eu queria ser padre franciscano.

Doze anos depois, 1964, fiz votos perpétuos na Ordem dos Frades Menores de S. Francisco de Assis seguidos, ao fim desse ano lectivo, da ordenação sacerdotal: eu era o padre que tanto queria ser.

Doze anos depois, 1976, pedi ao Papa dispensa dos votos que era suposto serem perpétuos e do exercício do sacerdócio, que era suposto ser para sempre, casei e tornei-me pai de quatro filhas.

Doze anos depois, 1988, fiz uma tentativa extrema para salvar o meu casamento, saindo de casa. Mas o divórcio de facto consumou-se.

Doze anos depois, 2000, surgiu na minha vida o mais inesperado acontecimento, que começou a ser preparado, sem que eu disso tivesse consciência, no meio deste ciclo, 1994. Foi aqui que comecei a escrever a longa Mensagem que senti Deus pedir-me que escrevesse em Seu Nome e a que Ele próprio deu o título de Diálogos do Homem com o seu Deus no Tempo Novo. Os textos agora aqui publicados são excertos desta vasta Profecia preparando a sua divulgação integral, no tempo oportuno, que desconheço.


Moro há 30 anos em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.


Não são estas palavras mais do que um testemunho daquilo que vi, ouvi, senti, toquei. Não estão por isso sujeitas a nenhuma polémica. Todos os comentários que se façam, ou pedidos que se queiram ver satisfeitos, sempre serão respondidos apenas com novos textos: de mim mesmo não tenho respostas.




Observações


Muitos e verdadeiros Profetas têm surgido nos nossos dias. Um deles é Vassula Ryden, cuja profecia, "A Verdadeira Vida em Deus", teve um decisivo relevo no meu chamamento a esta missão e revela uma estreita complementaridade com esta Mensagem que escrevo.

Os algarismos desempenham nesta Profecia um papel muito importante como Sinais. Foram adquirindo progressivamente significados diversos. Assim:

   0 – O Sopro da Vida. O Espírito Santo.

   1 – A Luz. A Unidade. O Pai.

   2 – A Testemunha.

   3 – O Deus Trino. A Diversidade.

   4 – O Mensageiro. O Profeta. O Anúncio. A Evangelização.

   5 – Jesus.

   6 – O Demónio.

   7 – O Sétimo Dia. A Paz. A Harmonia.

   8 – O Oitavo Dia – O Dia da Queda e da Redenção. O Homem caído e redimido. Maria de Nazaré.

   9 – A Plenitude de Deus. A Transcendência. A Perfeição. O Regresso de Jesus. O Nono Dia.

Alguns agrupamentos de algarismos adquiriram também um significado próprio. Os mais claramente definidos são estes:

   10 – Os Dez Mandamentos. A Lei. A Escritura.

   12 – O Povo de Deus. A Igreja.

   22 – As Duas Testemunhas de que fala o Apocalipse.

   25 – A Alma humana.

   27 – Salomão, o meu nome que, derivando do termo hebraico Shalom, significa o Pacífico, a Testemunha da Paz.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

345 — Três dias e meio depois

4/10/97 5:11

Mas, no momento em que olho, aquela imagem virou 5:12, que me une estreitamente Jesus à Sua Igreja como seu Centro e sua Fonte. Na primeira imagem, Jesus é a Luz da Luz. Juntas, as duas imagens apontam-me a Igreja como Luz da Luz entre os povos. Ela é em verdade, assim, Jesus permanentemente incarnado, concreto e vivo entre os homens.

Mas não posso evitar contemplá-la, neste passo, em toda a sua traição e ruína. E continuo vendo Jesus incarnado nela, até ao órgão mais apodrecido do seu corpo! Vejo então Jesus arrastando-Se penosamente, com os espinhos da traição enterrados na cabeça, chaga viva vergada ao peso de uma cruz de séculos, encaminhando-Se sempre para cima, para o Calvário, para a crucifixão.

Vai morrer agora, outra vez. Vai haver trevas por toda a terra. O véu do templo vai rasgar-se, escancarando o Santo dos Santos. Vai haver depois um silêncio tenso em todo o Universo: Jesus estará descendo aos Infernos, ao próprio antro de Satanás. Durante este tempo todos pensarão que o Filho de Deus de novo fracassou.

Mas, três dias e meio passados, o silêncio começará a ser inundado por um alvoroço imparável, crescendo em avalanche. Começará naqueles que foram ferida voluntária da ferida imposta a Jesus, sangue voluntário derramado junto com o sangue arrancado violentamente ao corpo de Jesus. Mas depois o alvoroço avançará em cadeia, contagiando multidões, em ondas sucessivas a partir do Calvário, onde estará a Cruz erguida como uma Sedução irresistível. Olhando-a, todos estes dirão, muito espontaneamente, Sim, também eu quero participar dela! E dirão isto com uma alegria nova, louca, no coração.

Assim, em ondas inesgotáveis, o sangue do Calvário avançará por toda a terra como fogo purificando e como bálsamo extinguindo toda a dor dos homens. Chamar-se-á a este fogo e a este bálsamo e a esta alegria que jorram ininterruptamente a partir do Calvário Igreja, e a Cruz será de novo e para sempre o luminoso Sinal da Paz.

Escrevi este texto sem nada sentir; apenas como um cinzel que grava na pedra, seguro nas Mãos frenéticas do Artista.

São 7:31.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

344 — O titânico esforço do Pobrezinho de Assis

                      – 19:21:22

Acaba de se pôr o sol. E dizem que foi a esta hora que morreu Francisco de Assis, neste mesmo dia, há quase nove séculos.

Eu fui um frade franciscano. E desde criança me foi dado conhecer o carisma deste grande amigo de Jesus. E por isso me dói ver este carisma também enquistado no grande quisto em que a Igreja de Jesus se tornou. O ingénuo fulgor que o caracterizava, morreu; a lucidez da simplicidade que o animava, apagou-se; a pobreza, seu alicerce e sua força, amoleceu e engelhou, provocando a ruína de todo o edifício. Hoje os franciscanos são mais um emblema que a Igreja Católica traz ao pescoço, entre as suas jóias de pechisbeque.

Tudo perdeu a força na Igreja de Jesus. Até o carisma franciscano, que até ao fundo das entranhas a revitalizou, no seu tempo. E isto sucede sempre pelo mesmo motivo: os discípulos de Jesus deixaram de perpetuar no seu corpo o Sacrifício do Mestre. Neste momento é como se estivesse assistindo ao titânico esforço do Pobrezinho de Assis para impedir que o explosivo grupo dos seus companheiros evoluísse para uma estrutura de poder, à imagem das instituições deste mundo, inclusivamente já da Igreja do seu tempo. Dizia ele aos seus companheiros, por exemplo, que sempre vivessem em “pequeninas moradas” e que trabalhassem com as suas mãos “em ofício honesto”, mas os frades construíram grandes igrejas e conventos, reproduzindo ali as estruturas de poder deste mundo e afastando-se assim do convívio natural e próximo com o povo, nas suas dores e nas suas esperanças.

Jesus, diz-me se tens algum desejo para me confiar, neste aniversário do momento em que o teu amigo Francisco se encontrou Contigo, no Céu.

Diz aos franciscanos que ouçam o seu irmão mais velho e executem à letra as suas palavras. Elas eram Minhas, porque o seu coração Me amava com uma Fé pura e forte.

Também a Comunidade Franciscana há-de ser refundada?

Não quero na Minha Nova Igreja remendos. Nenhum remendo em sítio nenhum do seu vestido branco!

Nada mais queres senão que ouçam e executem à letra as palavras do Teu Francisco?

À letra, como se ele as tivesse pronunciado agora pela primeira vez. E Eu próprio farei descer o Espírito aos seus corações, como naquele tempo.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

343 — Energias rejuvenescidas

3/10/97 1:52

É enternecedora a afectividade com que o Mestre me rodeia. Exprime-a sobretudo através dos costumados Sinais. O 52, acima, mostra-nos juntos e, quase todas as vezes que olho o relógio, lá me aparece o Sinal 7, o da Paz, a dizer-me que está em harmonia comigo, que me ama. E, junto d’Ele, sempre a Senhora! E vejo-A quer na ternura da sua condição de Mãe, quer na protecção e fulgor com que se me apresenta na Sua condição de Rainha.

Isto sucede ao mesmo tempo que me continua submetendo a duras provas, como foi a de anteontem, de que ainda não me refiz totalmente, para me impedir de virar falso profeta, e a de ontem, ao dar-me a sensação de que tudo em mim era oco, para de novo me amarrar à humildade e me livrar da presunção.

Ao mesmo tempo, através da presença do Sinal 6, a espaços, Ele me adverte de que sempre me devo conservar vigilante. Assim me conserva o Mestre sempre num alerta tenso. E poder-se-á supor que isto implica um tremendo desgaste de todas as energias vitais. Mas uma tranquilidade funda me percorre: Ele sabe o que está fazendo. Todas as minhas energias Lhe pertencem e eu estou tentando restituir-Lhas todas, integralmente, para que Ele faça delas o que quiser, pois Lhas tinha roubado e posto ao serviço de planos e objectivos meus em que, aí sim, as gastaria inutilmente.

Não sei, de facto, quando se me acabarão as energias. A verdade é que até agora só as senti rejuvenescer! Há uma ebulição nova dentro de mim, feita de uma Fé inquebrantável, de uma Esperança jubilosa, de um Amor cada vez mais sereno, mais terno, mais fundo e vasto, como um mar. Apesar da aridez que permanentemente me recobre, do cansaço até, que às vezes me prostra, sem forças, no chão, há em mim uma contínua excitação, na perspectiva de surpresas inesgotáveis que para cada momento o meu Amigo Deus me reserva.

Jesus, gosto mesmo muito de Ti. Tanto que, se mo pedisses distintamente, eu queimava estes já quase vinte volumes de páginas escritas e ficaria só neste buraquito da terra em que estou, irredutivelmente feliz, perscrutando ainda e sempre a Tua Vontade.

São 4:03.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

342 — O Dom do espaço vazio

2/10/97 3:48

Porque vagueia o meu espírito por coisas que não me interessam minimamente? Não se trata sequer de problemas que me estejam preocupando: parece haver só uma recusa de alguém em deixar-me estar onde eu verdadeiramente quero estar.

É nestas ocasiões que me sinto outra vez no início da minha conversão. E invade-me uma profunda sensação de absoluta nulidade: o que tenho de meu é só este espírito incapaz de estar onde o coração deseja. E nem sequer coração tenho, porque esse deveria ser quente e sensível e está neste momento completamente desaparecido; se bate, é dentro de um qualquer invólucro gelado, porque nada sinto.

Mãezinha, diz ao Teu Jesus que Lhe agradeço muito estes momentos…

Como pode alguém agradecer uma coisa que lhe dói essa situação dói-te, não dói?

É tudo o que há de mais contrário ao que sempre quis. Mas até a dor a não sinto agora: a dor manifesta vida e eu pareço estar todo desactivado.

E é essa situação que tu queres agradecer ao teu Mestre?

É: vejo-a agora como um grande Dom Seu. E espero que mo conceda até ao fim dos meus dias.

Porquê? Queres a insensibilidade até ao fim dos teus dias?

Quero que o meu Mestre, sempre que qualquer pequenina sombra de vaidade poise no meu coração, me faça ver, como hoje, a minha absoluta nulidade, reduzindo-me àquilo que é em verdade só meu.

E porque consideras isso um Dom?

É um Dom enorme, Mãe: é todo o alicerce da minha grandeza.

A tua grandeza assenta em seres nada?

Pois assenta, Mãe! Como a Tua grandeza. Não foi sobre a Tua completa insignificância que pôde Deus fazer de Ti a Rainha do próprio Céu?

Tu queres ser grande?

Quero. Sempre tive sonhos megalómanos e permitiu Deus que eu tivesse sempre uma ambição do tamanho do mundo.

E isso é bom?

Se eu conservar todo este espaço vazio, é.

E para que te serve um tão grande espaço vazio?

Para nele receber nem mais nem menos do que a Plenitude de Deus!

De teu só queres ter esse espaço vazio?

Só. Sempre. Quero ser só esta possibilidade de Deus viver à larga em mim.

Em que consiste então a tua personalidade?

Em ser o que Deus quiser ser em mim.

Então quando pedes esses momentos de vazio ao teu Mestre, estás-Lhe pedindo que Se ausente?

Acho que estou. Mas se Ele assim fizer como Lhe peço, o próprio vazio torna-se o maior do Seus Dons.

O vazio, o nada, podem ser Dons de Deus?

Podem: foi do Nada que Ele tirou Tudo!

Não estás só a fazer frases bonitas, filhinho?

Queres dizer, vazias? Estou. Hoje nada mais consigo fazer do que coisas vazias, do que nada. Mas são verdade, aquelas frases. Pede, Mãezinha, ao Teu Filho que as encha da Sua Plenitude e elas serão pura Luz. Abençoa-me, Mãe, enquanto espero…
 
 São 5:58!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

341 — Eu, um falso profeta!

                      – 9:48:47

Aqui temos, de novo, os Sinais 7-8! Como um apaixonado que continuamente me estivesse dizendo Amo-te, Jesus continuamente me apresenta aqueles Sinais, no mostrador do meu relógio! De facto, todas as vezes que me aparece no relógio o algarismo 7 e eu diria que é sempre que para lá olho! sinto Jesus dizendo-me: Gosto muito de ti. E a minha reacção é sempre a mesma: Também gosto muito de Ti, Jesus! diz o meu coração, mesmo que nenhuma palavra saia da minha boca. Isto acontece-me no meio de uma aula, no meio de uma refeição, no meio de uma conversa com qualquer pessoa, no meio do caminho, de bicicleta. Sobretudo me aparece depois de qualquer decisão, a confirmar que Jesus ficou feliz por eu a ter tomado. E no meio da escrita destas páginas, quando paro, tenso, hesitante, quantas vezes Jesus me diz, naquele 7: Avança! Eu estou aqui e amo-te muito!

Mas de vez em quando sucedem-me coisas como a que vou relatar. Acabo de receber, em excerto, as últimas Mensagens de Jesus e da Senhora à Vassula. Aumenta sempre em mim uma invencível afeição por este Profeta e quando leio uma Mensagem escrita pela sua mão frágil, é como se estivesse saboreando o melhor dos manjares. De repente, porém, leio isto agora, referido aos falsos profetas do nosso tempo: “Eles procuram ventos que levem as suas vozes mais alto que as do rei Salomão, que as do profeta Elias ou de Moisés, julgando-se incomparavelmente maiores, coroando-se a eles próprios e interrogando-se: Não será maravilhoso ter tanto poder?” (12/4/97).

Estas palavras assentam-me como uma luva. Já nestas páginas mais que uma vez me proclamei a mim mesmo rei, maior que o rei judeu Salomão, me visionei mais espectacular que Elias, me considerei um novo Moisés, mais universal que o primeiro, ao escrever de novo a Lei de Deus e ao reunir e guiar o Seu Povo transviado. E ainda esta noite proclamei que tenho dentro de mim o Poder do próprio Yahveh!

Já não é a primeira vez que Jesus me faz isto. Desta vez, é como se tivessem sido escritas só para mim aquelas palavras! Quem mais poderá estar nas minhas circunstâncias? Quem se poderia atrever a tanto como eu? Quem mais se chama Salomão como eu me chamo, quem percorre tão estranhos caminhos como eu percorro, quem escreve como vinda de Deus tamanha Novidade como eu escrevo, quem já viu em si próprio, literalmente, um Filho de Deus, herdeiro de todo o Seu Poder, como eu?

Ah, Mestre, se não me acodes, eu viro Lúcifer, e sou o mais ridículo e miserável pecador do mundo!

Foste sincero no início deste texto ao dizeres que ouves no teu coração a Minha Voz declarando-te o Meu Amor?

Fui, Mestre.

Há alguma hipótese de estares enganado?

Só se a minha própria sinceridade for falsa.

O que é uma sinceridade falsa?

Não sei… Vejo agora que não existe: se a sinceridade não for sincera…não há mesmo sinceridade nenhuma.

Se assim é, diz-Me de novo: amas-Me?

Amo. Não posso responder de outra maneira. Eu sei que o meu amor é frágil, intermitente, manchado. Mas, assim como ele está, dia e noite eu To ofereço todo e não sei que mais possa fazer.

Olha: Quem dita à Vassula aquelas palavras?

É a Tua Mãe.

E não A sentes também como tua Mãe falando contigo?

Sinto. Nos Sinais Ela aparece-me sempre unida a Ti na mesma declaração de Amor.

E sentiste que Ela estava aplicando a ti aquelas palavras?

Foi isso que me fez tremer todo. A situação parecia absurda: por um lado as palavras aplicavam-se literalmente a mim, mas por outro lado a minha Mãe, que tão ternamente sinto amar-me, não poderia estar assim com tão duras palavras chamando-me falso profeta!

Resolveste já o absurdo?

Ainda não, mas tenho uma serena esperança de que Tu mo resolvas.

Então vem Comigo e diz-Me: não são para ti as palavras a que te conduzo, na Escritura, nos Meus actuais Profetas?

São é essa a minha Fé.

Então são mesmo para ti aquelas palavras da Minha Mãe em que te fixaste!?

Não tenho dúvidas de que são.

Se não é para te chamar falso profeta, que pretendi Eu ao levar-te lá?

Mostrar-me, de forma chocante para que o não esquecesse, o permanente perigo que corro. Tu precisas, a todo o custo, de me curar da vaidade.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

340 — O Poder de Yahveh em mim

1/10/97 3:55

Para onde me queres levar a atenção, Mestre, com estes tão claros Sinais da Tua Presença como Plenitude de Deus?

Que dizias tu da Minha Presença no início deste nosso encontro?

Que ela era uma realidade nova dentro de mim.

Não sabias já, antes, da Minha Presença em toda a Criação?

Sim, mas estavas presente só como um arquitecto está presente no edifício que concebeu e que de qualquer forma nos dá nas vistas.

Também a Mim Me vias então fora da Minha Obra!?

Sim. Eu já proclamava que a Tua passagem na terra não poderia ser vista apenas como uma recordação, mas era isso, no fundo, que ela era para mim: cheguei a reduzir-Te a uma personagem histórica, viva apenas na memória do seu feito acontecido há muito tempo.

Agora não é assim?

Não. Agora Tu estás vivo e convives comigo como um de nós! Agora Tu és em verdade Aquele-Que-É. O Teu Nome é agora, na verdade EU SOU.

Diz EU SOU em hebraico.

YAHVEH.

Mas diz-Me: este Nome não te faz de novo colocar-Me muito longe, num Céu fora daqui?

É verdade, Mestre: quando considero este Teu Nome, não Te vejo tão próximo de mim como quando Te chamo pelo Teu doce Nome humano de Jesus – em hebraico YESHUAH. Como Yahveh, tu és o Dono dos mundos, terrível no Teu impressionante Poder.

Não posso Eu então, como Yahveh, estar dentro de ti!?

Certamente que podes: Tu és toda a Plenitude de Deus em mim. Mas vejo agora: também isto é uma coisa que eu sei, mais do que vivo. Mestre! Eu tenho o Poder de Yahveh dentro de mim!?

Tu és, em tudo, Imagem e Semelhança Nossa, pela Criação; e és verdadeiro Filho de Deus pela Redenção.

E Tu queres que eu tome consciência deste Poder em mim?

Quero que tu sintas tudo quanto és. Porque te admiras? Deveria eu manter-te na ignorância do teu próprio ser?

Não parece ter sentido, de facto. Mas…já viste, Mestre? Se eu me convenço de que tenho em mim o Poder de Yahveh!…

Sim…? O que vai acontecer?

Eu posso sentir-me Lúcifer e outra vez Te enfrento, provocando um novo mar de trevas e de sofrimento!

Eu vim restaurar-vos. E esta restauração não foi um arranjo superficial, como um pintor restaura um quadro. Eu restaurei-vos morrendo e levando-vos à morte Comigo. Vede se entendeis a Minha Morte – e a vossa! Quem se recusar a morrer Comigo, esse sim, poderá presumir ser Lúcifer de novo, destruindo assim todo o Poder de Deus em si e nos outros. Mas quem vier morrer Comigo ver-se-á renascido como Filho eterno de Deus, sentado à Sua Direita Comigo.

Se consentirmos em morrer Contigo, não conheceremos mais o pecado?

Foi na morte que eu venci o Pecado. Definitivamente. Quem vier por este Caminho Comigo, e não voltar atrás, tornar-se-á Amor, apenas, como Nós. Definitivamente.

Mas isso só acontecerá quando este nosso corpo de carne morrer e for transformado no nosso definitivo corpo glorioso, não é, Mestre?

Em verdade vos digo: se Me acompanhardes na Minha Morte perpétua, pela vossa contínua humilhação, recebereis, já nesta vida – como dizes tu? – mil por um!

São 6:13.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

339 — Ah, o Espírito!

30/9/97 1:53

Fixei tão bem estes algarismos, que lamentei não ter olhado um minuto antes, para que me aparecesse a imagem 52, conjunto que me está visualizando cada vez mais a intimidade com o Mestre e revela assim uma nítida aproximação do “nós”, como Jesus deseja. Mas quando olhei agora de novo ao levantar-me, julgando terem decorrido poucos minutos, eram já 4:00, a mesma imagem do início da vigília de ontem.

Concluo, pois, de toda esta sinalização, que o meu Amigo está confirmando esta cada vez mais intensa relação afectiva entre nós e que isto o quer proclamado como obra do Espírito Santo.

Ah, o Espírito! Poisaram ontem os meus olhos sobre um passo da mais recente Carta Pastoral dos Bispos portugueses, onde se confessa termos nós dado muito pouco relevo ao Espírito Santo na nossa vida. E Jesus dá-Lhe uma importância toda singular através dos Seus Profetas actuais!… Ele proclama-O, com enorme ênfase, como sendo todo o “Poder Interior” da Sua Igreja. Também a mim o Mestre me conduziu, de forma inteiramente inesperada, ao Espírito Santo, logo no início deste nosso encontro. Foi como se Ele próprio Se tivesse retirado, para que inteiramente me enchesse, me comandasse e me cativasse Aquela misteriosa Presença. Tão forte, tão subtil e ao mesmo tempo tão leve, tão delicada, que para sempre me conquistou este respeito de Deus por mim. Ele era um Amigo, tão próximo de mim e tão personalizado, que cheguei a estranhar esta experiência tão clara da Sua distinção relativamente às outras Duas Pessoas da Trindade Santa. Ora eu, que sempre admiti a Sua existência como uma das Pessoas da Altíssima Trindade, era como se nunca O tivesse conhecido. Não me recordo de alguma vez, fora das orações litúrgicas, espontaneamente, Lhe ter dirigido qualquer oração! E no entanto, se alguém me tivesse perguntado se eu acreditava no Espírito Santo, eu teria respondido sem pestanejar, que sim, obviamente.

Compreendi então com o coração aquilo que já sabia com a cabeça: que a Fé não é a adesão intelectual a uma qualquer verdade abstracta. Só se pode ter fé em pessoas. A Fé implica uma relação afectiva personalidade a personalidade, coração a coração. Como a criança pequenina tem fé nos pais; como os pais têm absoluta fé no amor do seu filhinho. É assim a Fé em Deus. Tão pessoal é ela, que não conhecemos em verdade Deus enquanto não estivermos afectivamente presos a uma relação com cada uma das Três Pessoas da Trindade.

Tudo isto foi Jesus que mo ensinou. Mas Ele ensina de uma forma diferente dos outros mestres: Ele ensina não impondo “verdades”, mas satisfazendo as mais fundas sedes do nosso ser, mesmo que delas não tenhamos consciência. Ele apenas identifica, acorda e traz à consciência as profundas ânsias que moram dentro de nós. É aí que Ele nos encanta e nos conquista para sempre, por causa deste absoluto respeito pela nossa inviolável identidade. Com Ele somos em verdade uma pessoa lidando com outra Pessoa. Foi assim que Ele me levou também à Unidade das Três Pessoas em Deus: a Unidade é uma sede primordial do meu coração. Foi assim que Ele me deu a conhecer a minha Mãe: estava já no fundo do meu ser esta sede estranha de um colo fofo, onde me sinta protegido porque amado como se nenhuma mancha de maldade tivesse poisado em mim. E estava já cá dentro esta sede do Rio Feminino de Deus que não sei caracterizar, mas que me aparece de vez em quando na Face misericordiosa do nosso Pai, na subtileza do Espírito, na terna afeição do nosso Irmão Jesus, mas sobretudo no Frágil Encanto da Senhora!

Jesus é o único Mestre!

São 6:02.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

338 — As pérolas e os porcos

29/9/97 4:00

Já não tenho febre, já toda a dor de cabeça e do corpo em geral me passou. E não tomei nenhum medicamento! Dirão as pessoas sensatas que não era muita a febre e que a cura se deve a uma longa viagem que eu fiz de bicicleta, de tarde, para ir ao teatro. E se alguém me perguntasse como fiquei bom assim tão depressa, era certamente isto mesmo que eu responderia. A razão da cura guardo-a eu muito dentro de mim, como se fosse um tesouro só meu. De facto, o não ter encontrado, de noite, o medicamento, tê-lo tido nas mãos ao fim da manhã, doer-me a cabeça e não ter tomado; a ida ao teatro – tudo isto são Sinais da Bondade do meu Senhor que, evitando o remédio da Cidade, me curou de forma saudável.

Mas não tenho a certeza de que faça bem em não proclamar perante toda a gente esta minha Fé. Acontece-me isto sempre: sou levado a calar perante o mundo este meu segredo. Porquê?

Diz-me Tu, Mestre, se faço bem. Esclarece-me sobre este ponto.

Diz-Me então porque não comunicas às pessoas essa tua Fé.

Porque sei que elas não vão acreditar, que se vão rir de mim.

É por cobardia que não falas?

Cheguei a pensar que era, mas sinto cada vez mais que não é.

Porquê?

Porque se eu tivesse a certeza de que Tu querias que eu falasse, eu falava.

E achas que Eu não quero que tu fales?

Acho. Tu disseste que não se devia dar o que é santo aos cães, nem atirar pérolas para a frente dos porcos.

É então por teres em grande apreço a tua Fé que a não comunicas?

Acho que sim: a Fé é o meu maior tesouro.

Não te lembras de ter ficado escrito, logo no início destes Diálogos, que Eu te quero para dar?

Lembro.

Porque não dás então o que te dou?

Não sei… Eu ardo na ânsia de poder dar às pessoas o que Tu me dás… Talvez porque ainda não tenha chegado a hora.

E a hora, como a reconhecerás?

Hei-de senti-la dentro de mim.

Como?

Hei-de senti-la como um imperativo Teu.

Passarás a dar o santo aos cães e as pérolas a porcos?

Ia responder que não, mas sinto que vais correr esse risco, quando chegar a hora.

Porquê?

Porque Tu não seleccionas os Teus ouvintes: falas para todos aqueles que acorrem a Ti. E alguns hão-de vir com más intenções…

Alguém acorre a ti, para te ouvir?

Não. Ninguém.

Sabes porquê?

Porque eu não sou célebre.

E é preciso seres célebre para que os homens acorram a ti?

É. Não vejo outra forma. Contigo foi exactamente assim. Não consta que alguém acorresse a Ti antes de ficares célebre.

E eu fiquei célebre porquê?

Pelos milagres que fazias.

Que tipo de milagres?

Começou pelos milagres físicos, visíveis, e passou depois para os milagres interiores – a conversão dos corações. Por sua vez estes milagres invisíveis, os mais importantes, continuavam a ser confirmados por prodigiosos sinais exteriores.

Mas tudo acabou com a Cruz, não?

Sim. Se não fosse a Ressurreição, terias terminado num completo fracasso e não restaria de Ti a mínima memória.

Que fez a Minha Ressurreição?

Alvoroçou os corações.

E esse alvoroço o que fez?

Uniu fortemente, de novo, todos os Teus discípulos.

Só os Meus discípulos?

Sim. E talvez alguns amigos íntimos deles.

Era então ainda só um segredo que guardavam entre eles!?

Era.

Porquê?

Porque era um assombro grande demais para ser atirado a…porcos.

Traduz “porcos”.

Incrédulos. Insensíveis. Se eles dissessem publicamente que Tu ressuscitaste, todos haviam de se lhes rir na cara.

Mas não foi isso exactamente o que aconteceu? Eles não passaram a proclamar desassombradamente a Minha Ressurreição?

Passaram. Mas só quando chegou a Hora.

E a Hora, o que foi?

O Pentecostes. A Hora é a Vinda do Espírito. Hoje também.

São 6:16!?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

337 — Sempre pela via do Coração

                      – 10:56:06

Estou vendo na reacção do padre F. a dificuldade que a Instituição terá em se pôr em causa. Ora é isso mesmo que a Instituição terá que fazer para aceitar o caminho que nesta Profecia é traçado.

Acabo de ler o que escrevi no dia de S. Pedro, há quase quatro anos (29/6/97, às 10:19:59), em que ficou gravado mais um dos objectivos impossíveis do meu Herói:

Preciso de te dizer hoje como deves proceder perante o Invasor, quando ele assolar a Minha Igreja, penetrar no Meu Santuário e nele abolir o Meu sacrifício Perpétuo.

Não devo resistir-lhe?

Quero que o venças, conquistando-lhe o coração”.

Não quer, pois, Jesus a Sua Igreja refundada sobre a excomunhão da velha Igreja. O Mestre acredita poder vencer o próprio Rebelde pela via do coração! Como alguém que atravessa montes e vales para encontrar o remédio com que espera curar o seu corpo atacado de doença incurável, assim também agora os discípulos de Jesus esperarão que a Igreja se reconheça doente até aos ossos e aceite ir procurar o remédio onde o mundo diz que ele não se pode encontrar: na entrega de si própria à morte, segundo o caminho que o seu Mestre lhe indicou e que Ele próprio percorreu.

Jesus confia em nós até ao último alento do Seu Coração. Confiará sempre, até à Consumação dos Séculos, em que se tornará eterna toda a decisão de anjos e homens. Mas não deixará nunca de proclamar, com toda a radicalidade e clareza, a distinção entre Bem e Mal, justamente aquilo que a Serpente antiga quis destruir para sempre no coração do homem. Nunca tentará comprar o coração das pessoas com o sacrifício da Verdade. Há-de sujeitar-Se certamente, no corpo e no espírito dos Seus discípulos, a toda a dor que esta proclamação inflexível Lhe acarretar.

Mas há-de anunciar a Verdade sempre pela via do coração. Nunca avançará com proposições doutrinárias para serem aceites pela Razão; dará só o testemunho simples da ingenuidade de quem confia sem reservas e por isso entrega o coração. Ele será agora, de novo, outra vez e em verdade, o indefeso Cordeiro de Deus avançando até à boca do lobo, porque até o lobo Ele ama, até no lobo Ele vê, escondido, um coração capaz de amar. Ele crê em que até o lobo se pode tornar Seu irmão.

Desta vez o Cordeiro de Deus avançará ao encontro de todos os lobos, se assim se pode dizer, com uma Fé mais sólida ainda, com uma Esperança acrescida. É que Ele leva Consigo a inocente Pomba de Sião. E sabe que o Espírito não resiste ao mínimo dos Seus desejos. E sabe do Encanto do Pai ao ver a Sua Rainha tão leve e frágil encandeando com a Sua inocência os olhos e o coração de todos os lobos.

E considero agora deveras significativo que o Mestre tenha situado no dia de S. Pedro aquela Sua tão ingénua declaração de que o próprio Invasor Ele espera conquistar pela via do coração. Acentua assim a base em que assenta a designação do Seu Pedro na Igreja que vai renascer: o Amor, exclusivamente. Ele vê na Igreja o Cordeirinho inocente envolvido sempre pela ternura quente de Maria.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

336 — Não consigo encaixar-me

26/2/01 - 2:02 - Estarreja

- Maria, vem guiar o meu coração ao território da minha Alma que Jesus deseja que eu contemple

- Várias coisas, desta vez, parece reclamarem a tua atenção…

- Sim, nestes dias eu saí da rotina, há vivências mais salientes…

- Escolhe tu uma, ao acaso.

- E aquela que eu escolher é a que corresponde ao desejo de Jesus?

- Tu sabes que Jesus fica feliz por poder corresponder às escolhas da nossa Liberdade quando elas são feitas na ânsia de Lhe agradar.

- Então queria dizer-Te, para começar, que fiquei muito feliz ao verificar que no dia do encontro em Beja, naquela mesma casa estavam representantes de toda a diocese, reunidos em congresso sobre a Mensagem que vieste proclamar em Fátima.

- E porque te fez isso especialmente feliz?

- Porque vi nessa coincidência um claro Sinal de que me estavas guiando e abençoando na entrega daqueles quatro livros destes Diálogos àqueles meus amigos.

- Ias a escrever uma coisa que Me agrada muito…

- Eu ia escrever “destes Teus Diálogos”.

- Não tenhas receio de dizer assim. Estes Diálogos são verdadeiramente Meus não só porque para eles muitas vezes Me tens pedido a protecção, mas porque, como tu sabes, o próprio Jesus Mos deu a comer.

- Sim, eu senti que a divulgação desta Mensagem é parte importante da Batalha que Tu agora estás comandando. E senti que com muita atenção acompanhas os meus passos.

- Mas há também uma mágoa aí dentro…

- Sim, verifiquei que o interesse do padre F. por estes Escritos parece ter esmorecido… Ele parou na leitura do segundo volume… Parece tê-los considerado apenas uma coisa curiosa e ter já satisfeito a sua curiosidade. Ora é esta a posição que mais me fere; preferia que as pessoas rejeitassem com violência esta Profecia.

- Viste, no entanto, outras coisas neste contacto com o padre F.…

- Sim, vi que não consigo encaixar-me nas coisas em que ele gostaria de me ver encaixado.

- Por exemplo.

- Nas orações muito ritualizadas que ele faz e numa associação de padres que ele quer fundar. E o padre F. parece-me ser um homem de muita Fé e ter a Bênção do Céu em muitas coisas que faz.

-v Notaste nele uma vontade grande de renovar a Igreja?

- Notei. Ele parece muito aberto à acção do Espírito.

- E sabes porque não consegues encaixar-te nas coisas que ele faz e promove?

- É certamente por ele me querer inserir, apesar de tudo, na Igreja como instituição e Jesus tem-me dito que quer Tudo Novo, nomeadamente eliminando da nova Igreja qualquer tentativa de a institucionalizar.

- Queria então que tivesses muita paciência para com os teus irmãos, especialmente para com aqueles que te parece quererem acertar nos caminhos do nosso Jesus. Entretanto não tenhas medo de seguir o caminho solitário do teu Mestre.

São 4:27!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

335 — E se a pregação nem sequer começa?

25/2/01 - 3:48 - Évora

Entreguei ontem mais quatro exemplares dos Diálogos a outras tantas pessoas. Disse-lhes que era com “temor e tremor” que lhes oferecia aquele livro. São, de facto, quatro pessoas de quem me sinto mais próximo, por haver uma aceitação mútua mais evidente, mais natural, mais calorosa. Mas não me admirava nada de que me respondessem com desinteresse ou mesmo rejeição. Admito, portanto, perder estes amigos.

- Maria, vem amparar esta minha débil Fé. Eu não deveria estar mais tranquilo interiormente ao entregar aqueles livros?

- O que deves é ser sempre sincero em cada momento.

- Mas aquele meu receio não significa uma falta de confiança no Espírito, em Jesus, no Pai, em Ti?

- Não escreveste já tantas vezes que Jesus te vai conservar todas as deficiências da carne até à morte? Não é claro para ti que te encontras ainda no Deserto?

- Então esta insegurança pode ser uma insegurança boa?

- Não entregaste, apesar de tudo, os livros?

- Eu falava em público do meu Segredo, se Tu mo pedisses claramente.

- Não Me pediste que abençoasse todos os teus passos?

- Sim, havia uma especial expectativa relacionada com esta viagem…

- E porque não acreditas no que pedes? É aqui que eu queria muito forte a tua Fé: acredita sempre no que pedes ao Céu.

- É que tudo parece querer esvaziar as minhas expectativas, uma a uma…

- Lembra-te de quanto tempo teve Jesus que esperar, para que as Suas expectativas se realizassem! E não acabou toda a Sua pregação num fracasso?

- Eu também espero o fracasso da minha pregação. Mas se ela nem sequer começa…

- E sabes tu por acaso os passos que Jesus deu antes das bodas de Caná?

- Ele também tentou fazer passar a Sua Mensagem, sem o conseguir?

- Não viveu Ele todos os anos da Sua vida escondida constatando que o rumo das pessoas O deixava em total solidão?

- Sim… E lembro-me agora também do que Tu própria tiveste que esperar para veres realizada a Promessa que na Anunciação Te tinha sido feita.

- E vê que expectativas e que sobressaltos teve que padecer a minha Fé!

- Sim, imagino com que ansiedade Tu acompanhavas todos os passos da vida anónima de Jesus e que sobressaltos não terás vivido na Sua vida pública!…

- Achas que estou agora menos presente na tua vida do que estive na de Jesus?

- Tu estás acompanhando todos os meus passos?

- Com que ansiedade!…

- E vives já os meus sobressaltos nesta véspera da minha vida pública?

- Com que expectativa!…

- Minha Pequenina! Como desejava sentir-Te mais!… Que falasses nítido…que Te visualizasses, sei lá…

- Não tenhas medo. Está sendo muito bom, em cada momento, aquilo que te vai acontecendo. Eu sei que crês na eficácia do Espírito…

- Ah, sim! Como uma criança completamente fascinada!

- São 5:54!