No jardim da casa
Escrevendo ...
Breves dados biográficos

O meu nome é Salomão. De apelido Duarte Morgado.

Nasci no ano de 1940 em Portugal, na aldeia do Rossão, da freguesia de Gosende, do concelho de Castro Daire, do distrito de Viseu.

Doze anos depois, 1952, entrei no seminário menor franciscano: eu queria ser padre franciscano.

Doze anos depois, 1964, fiz votos perpétuos na Ordem dos Frades Menores de S. Francisco de Assis seguidos, ao fim desse ano lectivo, da ordenação sacerdotal: eu era o padre que tanto queria ser.

Doze anos depois, 1976, pedi ao Papa dispensa dos votos que era suposto serem perpétuos e do exercício do sacerdócio, que era suposto ser para sempre, casei e tornei-me pai de quatro filhas.

Doze anos depois, 1988, fiz uma tentativa extrema para salvar o meu casamento, saindo de casa. Mas o divórcio de facto consumou-se.

Doze anos depois, 2000, surgiu na minha vida o mais inesperado acontecimento, que começou a ser preparado, sem que eu disso tivesse consciência, no meio deste ciclo, 1994. Foi aqui que comecei a escrever a longa Mensagem que senti Deus pedir-me que escrevesse em Seu Nome e a que Ele próprio deu o título de Diálogos do Homem com o seu Deus no Tempo Novo. Os textos agora aqui publicados são excertos desta vasta Profecia preparando a sua divulgação integral, no tempo oportuno, que desconheço.


Moro há 30 anos em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.


Não são estas palavras mais do que um testemunho daquilo que vi, ouvi, senti, toquei. Não estão por isso sujeitas a nenhuma polémica. Todos os comentários que se façam, ou pedidos que se queiram ver satisfeitos, sempre serão respondidos apenas com novos textos: de mim mesmo não tenho respostas.




Observações


Muitos e verdadeiros Profetas têm surgido nos nossos dias. Um deles é Vassula Ryden, cuja profecia, "A Verdadeira Vida em Deus", teve um decisivo relevo no meu chamamento a esta missão e revela uma estreita complementaridade com esta Mensagem que escrevo.

Os algarismos desempenham nesta Profecia um papel muito importante como Sinais. Foram adquirindo progressivamente significados diversos. Assim:

   0 – O Sopro da Vida. O Espírito Santo.

   1 – A Luz. A Unidade. O Pai.

   2 – A Testemunha.

   3 – O Deus Trino. A Diversidade.

   4 – O Mensageiro. O Profeta. O Anúncio. A Evangelização.

   5 – Jesus.

   6 – O Demónio.

   7 – O Sétimo Dia. A Paz. A Harmonia.

   8 – O Oitavo Dia – O Dia da Queda e da Redenção. O Homem caído e redimido. Maria de Nazaré.

   9 – A Plenitude de Deus. A Transcendência. A Perfeição. O Regresso de Jesus. O Nono Dia.

Alguns agrupamentos de algarismos adquiriram também um significado próprio. Os mais claramente definidos são estes:

   10 – Os Dez Mandamentos. A Lei. A Escritura.

   12 – O Povo de Deus. A Igreja.

   22 – As Duas Testemunhas de que fala o Apocalipse.

   25 – A Alma humana.

   27 – Salomão, o meu nome que, derivando do termo hebraico Shalom, significa o Pacífico, a Testemunha da Paz.

quinta-feira, 31 de março de 2011

376 — Estranhas maneiras de Deus Se revelar

                       - 11:29:32

O comportamento de Deus quanto à oportunidade de revelar os Seus ilimitados Mistérios é deveras surpreendente: às vezes parece esperar tempos infinitos e outras vezes parece revelar tudo de rajada, sem ter em conta a situação concreta de cada coração; num momento parece dar prioridade a um coração sobre todos os outros, noutro parece agir indiscriminadamente, impondo, sem contemplações, determinada revelação a todos por igual. Espera milénios até escolher um Povo a que chama Seu, no espaço de poucas gerações multiplica-o e dá-lhe prosperidade, mas de repente deixa-o tornar-se todo escravo; mantém-no na escravidão até ao insuportável, mas de repente liberta-o por um processo fulminante e espectacular; enche-lhe o coração de sonhos com uma Terra onde corre leite e mel e obriga-o a passar quarenta anos em pleno deserto, até à beira da desesperança, para de repente o lançar numa conquista fulminante de uma terra própria, enfim, mas…onde, de facto, o leite e o mel nunca mais se vêem correr, continuando negras as perspectivas, ainda hoje. Incarna como Verbo - como Palavra! - mas mantém-Se trinta anos calado perante o mundo, e quando fala despeja-Se literalmente sobre as pessoas, indiscriminadamente, com uma intensidade que chega à violência sem, pelo menos na aparência, Se importar de saber se as pessoas estão ou não preparadas para receber uma avalanche daquelas!

Maria, como sabemos, é a Delicadeza personificada, mas não interfere neste comportamento de Deus, que Ela entende e sabe necessário; apenas Se coloca junto de nós, aliviando com o Seu jeito encantador o nosso doloroso processo de entendimento. Onde bate, na nossa Carne, o Coração? Eu fixo atentamente a Escuridão, ponho as objecções dos nossos conceitos e da nossa lógica e Ela dá uma resposta brincalhona, a dizer-me o óbvio, a reforçar a minha Esperança, mas mantendo-me na busca dolorosa…

quarta-feira, 30 de março de 2011

375 — Onde fica situado o Coração físico?

13/1/07 - 6:38

- Maria, tenho uma coisa a partilhar Contigo, mas talvez seja melhor esperar mais um pouco para a gravar e assim abrir a toda a gente…

- É então uma coisa muito importante!?

- Até não… Ou será… Mas nem é inteiramente nova e está só ainda aflorando levemente… e tenho ainda receio de cansar as pessoas, porque se situa num território turbulento e percorrido até à exaustão.

- Até à exaustão não é certamente, uma vez que contém pelo menos alguma novidade e no Reino por onde nós vimos caminhando nada se esgota, como tu sabes…

- É sobre o coração físico…o lugar onde ele se situa…

- Como? Não sabe toda a gente onde se situa o coração físico?

- Não me refiro a esse, mas ao Coração que comanda toda a nossa vida e que ninguém sabe onde se situa, porque o consideramos a habitação dos sentimentos e os sentimentos sempre os temos visto como realidades invisíveis, enfim, muito transcendentes relativamente aos sentidos físicos.

- E é esse Coração, centro de comando do Homem, invisível e incontrolável por qualquer poder exterior, que tu queres localizar no corpo físico, a que mais frequentemente temos chamado carne - Carne, com maiúscula!?

- Pois… Se inicialmente nós somos um ser perfeitamente uno, há-de haver um lugar na nossa Carne que forma, com o Coração invisível, uma unidade perfeita!

- Vamos então ver… Não é o coração que bate dentro do peito!?

- Não parece: esse é só um órgão, bem identificado, que bombeia o sangue e que, perante emoções fortes acelera, de facto, as suas batidas, mas tão-somente como consequência, ao que parece, e não como causa.

- E o cérebro? Não é ele um centro?

- Parece. Mas eu já lhe chamei as mãos omnipotentes do coração: ele é um executor, rápido e eficaz, das ordens do coração, obviamente servido por um sem-número de súbditos, a que chamamos nervos.

- Já sei! E é disso que tu tens receio de falar: fisicamente, o Coração está no sexo!

- Pois…eu tenho dito que deve ser para aí o lugar do Coração… Mas agora colocou-se-me no espírito um a objecção: o sexo não o sentimos sempre funcionando e nas crianças e nos velhos parece até geralmente não funcionar de todo!…

- Já viste? Nunca mais chegas ao limite do Mistério!…

São 6:13!

terça-feira, 29 de março de 2011

374 — A Verdade apaixona

                      - 19:49:33

- Como Tu sabes, meu frágil Amor do Deserto, continuo lendo e gostando muito do livro “Diálogo com os Anjos”.

- Por algum motivo em especial?

- Por todos os motivos. É uma Mensagem enternecedora, desta vez comunicada por Anjos e transmitida através da voz de uma mulher, Hanna… Mas neste momento sobressai-me aquilo que parece estar directamente relacionado com o nosso diálogo de hoje: quando as pessoas são tocadas pelo Céu, obedecem à Voz que lhes fala com indizível alegria.

- E sem reservas! Uma obediência inteiramente dócil, não é isto que queres destacar?

- Exactamente! Obedecer torna-se um verdadeiro prazer. Até a censura se aceita sem o mínimo constrangimento.

- E porque será?

- Porque a Verdade se revela óbvia e queima como um fogo vivo.

- Queima?

- Sim, arde como um fascínio, como uma paixão. As nossas paixões vulgares aproximam-se deste estado de Alma: os amantes obedecem cegamente um ao outro.

- Então a Verdade apaixona!?

- Sim! A Verdade límpida é Amor puro.

segunda-feira, 28 de março de 2011

373 — Ah esta alergia à Vontade de Deus!

                       - 10:56:54/5

Em mais clara Luz vi esta noite o motivo pelo qual eu não devo dar nenhum passo sem que um impulso interior claramente divino me convide a dá-lo: para além de estar escrito que sem Deus nada podemos fazer, parece agora óbvio que ninguém poderá, sem que Deus lho peça, tomar qualquer iniciativa para supostamente se entregar à salvação do mundo, porque ninguém pode conhecer o passo adequado a dar em cada momento, uma vez que o Plano de Salvação não é, nem nunca poderia ser seu.

Está escrito que Jesus veio para fazer a vontade do Pai. Todos os dias aqueles que se dizem discípulos de Jesus pedem ao Pai que seja feita a Sua Vontade aqui na terra com a mesma entrega e precisão com que ela é feita no Céu. Donde nos vem, então, tamanha relutância em assumirmos esta atitude de entrega total à Vontade de Deus, esta alegria em esperarmos apenas ordens Suas para darmos todos os passos da nossa vida? Mais uma vez, parece claro haver aqui uma distorção trágica da nossa natureza original, em que éramos felizes. Não nos diz claramente a Escritura, considerada Santa por todo o Povo de Deus, que a felicidade do Paraíso consistia precisamente em que todas as criaturas, sem excepção, executavam voluntária e amorosamente a Vontade do Seu Criador? E não está aí claríssimo que essa Vontade, longe de ser de qualquer forma opressiva, era de tal maneira aberta à Liberdade das criaturas, que duas delas, anjos e homens, puderam rebelar-se contra ela, sem que lhes fosse oposto o mínimo obstáculo? Porque somos então possuídos de tamanha desconfiança quando nos é pedido que aceitemos entregar-nos inteiramente à Vontade de Deus para sairmos do Labirinto e da Escuridão em que nos enfiámos por nossa livre vontade?

domingo, 27 de março de 2011

372 — O mais santo dos medos

12/1/07 - 7:27

- Com tantos cuidados e mimos do Céu, Maria, é claro que não há cansaço que me derrube, é claro que vou até onde o nosso bom Senhor precisar que eu vá!

- Preparado então para a luta nas ruas e na grande praça púbica?

- Já várias vezes afirmei estar preparado.

- Deve ser então bem difícil suportar a tua solidão e o teu anonimato. Não te dá vontade de fazeres tu a Hora, de te atirares às ruas e às praças, de dares a conhecer os tesouros que transportas?

- Estranhamente, ir sem receber ordens é coisa que se tornou impossível para mim.

- Impossível? Não era isso exactamente o que tu fazias antes do teu encontro pessoal com Jesus? Não eras tu o homem das iniciativas e dos factos consumados?

- Justamente por isso: a experiência revelou-se estéril.

- Tanto trabalho e resultados nulos?

- Eu creio em que o nosso amoroso Senhor, que tudo pode e para Quem não há tempo, me vai transformar todo esse tempo estéril em tempo fecundo, porque eu, na verdade, não sabia o que estava fazendo, eu queria sinceramente converter o mundo ao Amor.

- Tu, converteres o mundo todo?

- Era esse o meu erro, a verdadeira desgraça da minha vida: quem precisava de ser convertido era eu; eu era uma fonte seca julgando poder inundar de água toda a terra.

- É por isso que agora nada fazes sem receberes ordens?

- Sim, agora eu sei que, se o meu horizonte é o mundo inteiro, é impossível eu saber o passo que em cada momento deve ser dado; só quem vê o mundo todo ao mesmo tempo e o ama todo apaixonadamente pode determinar a Hora em que ele está maduro para receber a centelha primeira do Amor que lhe abra os olhos pela primeira vez.

- Estás então à espera de que os corações acordem!?

- Eu nem sequer sei se vou ser chamado a acordá-los, ou se só os vou alimentar quando estiverem acordados. Agora eu não sei mesmo nada, nada, sobre os passos a dar. Vês? Como posso eu atrever-me a dar um pequeno passo sequer, sem que me seja comunicada a oportunidade de o dar?

- Tens medo de perturbar o Plano de Deus?

- Um medo inultrapassável. Mas julgo que este é um medo santo, o mais santo dos medos. É um verdadeiro Dom do Céu - o Dom do Santo Temor!

São 8:46!?

sábado, 26 de março de 2011

371 — São as “anormalidades” de Deus que me fascinam

                       - 19:24:16

- Eu devo ter um espírito muito rude, Maria!…

- Sim? Porquê?

- Porque às vezes parece que Deus tem que arredar do Seu caminho em mim autênticas montanhas para Se me revelar.

- Não se entende muito bem isso que dizes. Não afirmas tu que em todos estes milhares de páginas Se está Deus revelando continuamente? E não é de dentro de ti que Ele vem sempre?

- É verdade. Mas a sensação é muitas vezes a de que Ele tem que fazer um enorme esforço, remover vários obstáculos para aparecer à Luz, de modo que eu O veja!

- Segundo dás a entender, supões que haja muita gente de espírito muito menos rude, onde Ele Se pudesse manifestar mais facilmente. És capaz de Me dizer porque te escolheu Ele a ti?

- Não. E é estranho esse comportamento de Deus. Parece fazer de propósito: as pessoas menos aptas são as que Ele escolhe e parece ter um prazer especial nessa escolha. Por exemplo, eu tenho dificuldade de expressão e nunca gostei de escrever. Porque me entregou Ele a mim esta missão, justamente a mim?

- Estás aborrecido com Ele, por isso?

- Pelo contrário, são estas Suas “anormalidades” que me fascinam.

- Então vê: Ele é que sabe como nos há-de fascinar. E não é bom assim?

sexta-feira, 25 de março de 2011

370 — Só um gesto mudo dizendo que vou bem

                       - 11:13:50/1

Pode o Céu deixar-nos chegar ao limite das nossas forças, porque é preciso que o nosso coração alargue, se robusteça e assim esteja preparado para se entregar a horizontes sempre mais vastos. Mas nunca somos abandonados nesta situação extrema: quando isso parece, de facto, estar acontecendo, como no caso desta vigília, em que a situação extrema de ausência de Fé se prolonga finalmente na perspectiva de a Hora não vir a acontecer em nenhum dos prazos esperados, ainda aqui Deus está actuando e da forma mais intensa e terna, ampliando para dimensões desconhecidas a nossa Fé e atenuando o sofrimento que daí nos advém com gestos e palavras carinhosas.

Repare-se no gesto de Maria, ao fim da vigília: não há palavras, porque elas só viriam perturbar este mergulho interior no Desconhecido; há só um gesto mudo dizendo-me, naquela Voz que só o coração ouve até às suas íntimas fibras, que vou bem, que vou aguentar, que é muito bom o que se está operando em mim, que todo o Céu me está amando muito. E veja-se agora o que esta folha marcava, na Profecia da minha companheira Vassula: “Que o Meu jugo em ti seja suave e não seja para ti um fardo, e acabará por não ficar em ti qualquer sinal de fadiga” (28/11/96). O cansaço é, de facto, claramente a minha situação dominante dos últimos dias, a ponto de me parecer estar devorando todas as minhas energias. Sei, assim, que esta situação vai ser ultrapassada, sem deixar em mim o menor sinal de fadiga, porque situações destas nunca as tenho sentido como uma carga pura, como um fardo apenas, mas como passos necessários e prenunciadores de uma nova, particularmente vigorosa subida da onda da Vida. Por isso é aqui, neste passo que parece de morte, que não só é possível manter-se a nossa Alegria, mas que ela se torna perfeita!

quinta-feira, 24 de março de 2011

369 — Pressão satânica

11/1/07- 5:26

- Como vês, Maria, tenho tanta dificuldade em escrever, que até me interrogo se isto não será um Sinal de que devo parar por aqui a escrita.

- Já leste os Sinais numéricos?

- Já. Dizem que Jesus me ama muito e que o Diabo me odeia muito.

- Onde é que vês o “muito”?

- No facto de 52 sempre ter significado para mim uma união íntima com Jesus e nesta imagem me ver afastado de Jesus e amarrado ao Diabo. Ora para assim me manter, o Diabo tem que exercer “muita” violência sobre mim.

- Então está tudo explicado, não? É o Diabo que te quer calado a todo o custo!

- Será… De facto, já me apareceu também a imagem 5:46, em que eu apareço como aquele que fala em Nome de Deus. Mas porquê esta violência agora?

- Em algum momento te viste liberto da pressão satânica?

- Na verdade, tirando talvez os primeiros tempos da minha conversão, tenho vivido numa permanente luta contra as suas arremetidas.

- E viste já também onde está a lógica dessa situação, que parece absurda, uma vez que, tendo tu escolhido Deus, ele não dá um passo na tua vida sem que Deus lho permita!?

- Sim, vejo que o Pai lhe permite comigo aquilo que lhe permitiu com Jesus: eu devo visualizar a Incarnação Permanente do Verbo.

- O Diabo, então, é a presença permanente na tua vida do reino da Carne que ele mantém prisioneira e em que tu deverás incarnar!?

- Sim, faz todo os sentido que assim seja: ele tem que ter um permanente cuidado com aqueles que permanentemente lhe ameaçam o reino.

- Mas tu dizes sentir agora uma especial violência; seria lógico que para isso houvesse também um motivo especial, não?

- Sim, seria, mas não estou a ver nada… A não ser que esteja acelerando-se a aproximação da Hora e ele pretenda a todo o custo calar e desacreditar esta Voz.

- E como a desacreditaria?

- Levando-me a escrever sem conteúdos e sem forças, penosamente, de modo a convencer as pessoas de que eu estou escrevendo sem nenhuma Fé, que toda esta Obra é, afinal, construção minha.

- Agora escreve o que acabas de sentir.

- Que esta própria justificação está sendo forjada apenas pela lógica, que a Hora continuará sem aparecer e que portanto os próprios factos se encarregarão de me desacreditar.

Maria só me abraça e acaricia agora em silêncio…

São 7:00!!

quarta-feira, 23 de março de 2011

368 — Incarnar até à falta de Fé

                      - 19:52:31

- É preciso incarnar até à falta de Fé - é esta a mensagem do dia de hoje, Maria?

- Daquilo que viveste hoje, diz-Me: depois do ponto em que não sabias mais da tua Fé, que encontraste?

- Encontrei aquilo que me fez continuar a escrever.

- Uma vez que, segundo afirmaste, sem a Fé não te seria possível escrever, devo deduzir que, para lá desse ponto em que não sentiste mais a Fé, o que encontraste foi ainda a Fé!?

- Sim: eu escrevi também que a essência da Fé está justamente na entrega ao absoluto Desconhecido, lá onde ninguém nos pode garantir nada.

- Julgo estar vendo uma Luz surgindo dentro de ti… Essa entrega a um mundo onde ninguém pode garantir nada deve então exercer uma enorme sedução - neste caso sobre ti!?

- Sim, a par da dor de nada ver, de nada sentir, de nada ter a que me agarrar, mora nesse território uma permanente sedução que me arrasta.

- Sem saberes para onde?

- Sim. E acho que está aí a sedução: se eu soubesse aonde me levaria a minha entrega, não estaria lançando o pé para o absoluto Desconhecido. E o que seduz é justamente o facto de tudo ser desconhecido.

- Desconhecido mas bom. Não é só o Bem que lá esperas?

- Sim: A Fé não pode encontrar outra coisa senão Deus - o puro Bem!

terça-feira, 22 de março de 2011

367 — Não se sentir nem capaz de ter Fé

                      - 11:42:38

A incapacidade que sinto neste momento é tal, que nem de ter Fé me julgo capaz. E, a ser assim, eu não deveria sequer iniciar este texto, já que é suposto ser ele, desde a primeira letra, desde o próprio titulo numérico, Palavra viva de Deus, que só pela Fé alguém pode transmitir.

Mas eu, dominado pela sensação de que nem capaz sou de ter Fé, continuo a escrever. E nem sequer admito em mim a mínima possibilidade de, ao menos conscientemente, eu ofender Deus, o que seria o caso se eu continuasse a escrever convencido, por uma qualquer via, de que não vem de Deus o que estou escrevendo. A Fé pode, portanto, existir na própria sensação de não ter Fé! É mesmo nesta extrema indigência que está a essência da Fé: ela nasce justamente onde as nossas capacidades entram em colapso.

Esforço-me por continuar a escrever, à procura, talvez, das raízes da Fé, mas o meu espírito, cansado, distrai-se e divaga.

- Maria, não consigo escrever mais, se me não vieres ajudar.

- E qual é o teu mais forte desejo neste momento?

- Dizer às pessoas que nunca desistam de ver um dia despertar-lhes no coração a Fé verdadeira, aquela que arrasa montanhas com uma só palavra.

- E uma Fé assim é aquela que nasce onde já nem há forças para a procurar?

- Sim, a Fé é um Dom absoluto. Não se consegue à força de planos e de esforços.

- Mas tu falaste em nunca desistir…

- De ver, apenas. De ver um dia surgir no coração a Fé, a única força que nos pode tornar felizes.

- O que é não desistir de ver?

- É querer muito. É esperar muito. É pedir muito…

segunda-feira, 21 de março de 2011

366 — O fascínio de uma insignificância desajeitada

10/1/07 - 5:35

- Hoje não sei mesmo por onde avançar, Maria; preciso do estímulo das Tuas palavras.

- Sabes que não há nada sem importância em nós. Podes começar por essa leve sensação que te percorreu.

- Sim, foi uma sensação leve, mas repentina, despoletada pela própria escrita. Ia escrever Companheira e escrevi Maria, por me parecer mais próximo e íntimo do que Companheira, mas logo a seguir escrevi Tuas com maiúscula, como de costume, mas este facto logo me remeteu para a Tua condição de Mãe de Deus e Rainha do Céu, o que contrasta fortemente com o tratamento íntimo de Maria.

- Achaste estranho teres a Mãe de Deus e Rainha do Céu como simplesmente a tua Maria!?

- Achei, de repente, quase um milagre! Como pode Quem tem tal lugar no Coração de Deus e rege o Universo todo estar aqui neste frio de Janeiro em tão natural e íntima união com esta desajeitada insignificância que neste canto desconhecido da Terra escreve?

- Sentes-te mesmo uma insignificância desajeitada?

- Sim, julgo que não é fingimento ou uma simples força de expressão: só as pessoas mesmo muito próximas, uma meia dúzia, sabem alguma coisa da vida que levo, só para elas a minha vida tem algum interesse, e sinto as energias da minha carne cada vez mais débeis.

- E isso não será motivo suficiente para a Mãe de Deus e Rainha do Céu te amar com toda a Sua ternura?

- Mas aqui, ao meu nível, assim tu-cá-tu-lá, como se tivesses só as mesmas débeis energias que eu?

- Um amor grande só pode estar a uma distância grande?

- Pois…perguntado assim, não faz muito sentido, de facto… Mas parece fazer sentido que um amor assim grande não caiba numa insignificância com aquela em que Te vejo!

- Ah! Também Eu só uma insignificância!

- Saiu-me assim…

- Desajeitada?

- Isso não! Nunca me teria ocorrido aplicar a Ti a palavra desajeitada. Tu és sempre bem jeitosinha.

- Atraente?

- Fascinante!

- Muito?

- Até ao delírio, ou ao desfalecimento.

- Ah, sim? E tudo isso cabe na insignificante Maria que está junto de ti?

- Pelos vistos, cabe. E quando esse fascínio se atenua, claramente a causa não está em Ti, mas na minha incapacidade.

- Já alguma vez te disseram que é justamente a tua incapacidade, a tua insignificância desajeitada que Me fascinam até ao delírio, ou ao desfalecimento?

- São 8:20!

domingo, 20 de março de 2011

365 — Nenhuma igreja é possuidora exclusiva da Verdade

                       - 19:32:27

- Maria, todo o Céu está muito feliz com o que eu venho escrevendo sobre a Revelação de Deus à Humanidade, não está?

Como sabes tu isso?

- Eu sinto assim. E a presença do meu nome acima, entre os Sinais, confirma-o.

- É, então, muito importante o que vens escrevendo!?

- Sem dúvida: várias instituições religiosas até hoje se têm reclamado de possuidoras exclusivas da Verdade e isto é uma grande ofensa a Deus e a toda a Humanidade em geral.

- Porquê?

- Porque faz da Humanidade em geral “gente de segunda”, ferindo Deus no Seu próprio Coração e retirando, afinal, à Humanidade a sua condição de Imagem de Deus.

- Mas os visados como gente de segunda não têm, por sua vez, feito aos “de primeira” a mesma coisa que estes lhes fizeram a eles, isto é, invertendo os níveis e considerando-os a eles de segunda?

- Pois…Ainda mais essa! A indignidade transformou-se em revolta e em conflito.

- Vês agora como aquilo que estás escrevendo atinge a essência íntima da condição humana, revelando-lhe o seu coração único num corpo único?

sábado, 19 de março de 2011

364 — Não há conversões a igrejas

                       -  12:18:06

O Sinal do fim da vigília configura a oposição de Satanás à nova visão que o texto acabado de escrever revela. Esta imagem agora confirma: o Inimigo opõe-se a que o Espírito irrompa indiscriminadamente por toda a terra. Mas a Senhora, Comandante da Batalha deste bendito Tempo Novo, vencerá o temível Dragão que tem subjugado ao seu Projecto a Humanidade inteira.

Todos os homens, sem excepção, se encontram, de facto, inseridos na concretização de um empreendimento diametralmente oposto à sua natureza original. Não há ninguém sobre esta nossa terra que possa viver alheio a esta Construção perversa, porque ela foi na verdade assumida por todos nós a partir da Primeira Traição. Todos nós, pois, pertencemos a este Corpo traidor. E nunca será possível separarmo-nos deste Corpo: se, hipoteticamente, o conseguíssemos fazer, viveríamos necessariamente mutilados de uma parte de nós. Atenção, pois: todo o homem, sem excepção, é parte indispensável do meu Corpo: só quando a última célula deste Corpo se tiver arrependido da Traição e tiver abandonado a Construção perversa, é que a nossa Natureza estará inteiramente reconstituída e será plena a nossa Libertação. Deste modo ninguém, neste Corpo, nem indivíduo, nem comunidade, se pode considerar segregado deste Corpo ao ponto de poder viver dispensando, muito menos excomungando todos os outros. Nenhuma igreja, nenhum povo, por mais dotado que se considere, e de facto tenha sido, pelos Dons do Criador comum, poderá alguma vez assumir-se como o depositário exclusivo das Revelação de Deus, mas sempre e apenas investido de uma especial missão relacionada com o seu próprio corpo. Outros órgãos deste Corpo receberão outras missões dirigidas ao mesmo Fim. Ninguém, pois, tem que se converter a uma qualquer igreja, ou povo, ou religião. Mas todos sem excepção terão que se converter à sua própria Natureza original.

sexta-feira, 18 de março de 2011

363 — Buda, Maomé…Profetas verdadeiros

9/1/07 - 5:33

- Maria, podemos avançar ainda no Mistério da Revelação?

- Claro! Começa já por esse problema que se levantou dentro de ti.

- Eu disse ontem que, se as igrejas reduziram Deus à medida da sua compreensão, Ele, que é sempre vivo e activo, deve ter-Se revelado mais fora das igrejas do que dentro! Mas depois lembrei-me de que ele nunca nos substitui: se Ele escolheu um Povo para ser a Luz dos outros povos, é através desse Povo que Ele tem que comunicar a Sua Luz!

- Isto é, se esse Povo não tiver Luz, também os outros povos não a receberão!?

- Ficam certamente prejudicados pelo pecado do Povo eleito, como todo o Universo ficou prejudicado pelo Pecado inicial do Homem. Como todo o Povo de Deus fica prejudicado se os seus pastores o não souberem apascentar ou, pior ainda, se o abandonarem, deixando-o faminto e desgarrado, para servirem os ídolos com que se deixaram corromper.

- Como ficamos então? Deus abandonou todos os povos porque o Povo eleito não cumpriu a sua missão?

- É claro que Deus não abandonou ninguém. O Povo que dizemos escolhido não é mais que os outros; apenas foi escolhido para uma missão bem específica: revelar aos outros povos o Deus pessoal e invisível que Se lhe tinha revelado a ele. Mas isso não implica que os outros povos não tenham recebido igualmente cada um o seu específico Carisma. O Dom de Deus jorrou sempre sobre toda a Humanidade e é superabundante.

- Podes apontar então para onde se dirigiu a acção de Deus nos outros povos?

- Para a mesma direcção para onde foi dirigido o Seu próprio Povo eleito: para ouvir aqueles que escolhera para lhe falar em Seu Nome. E quando estes traíam a sua missão, ele suscitava Profetas no meio do Povo com a missão específica de lhes acordar os corações.

- Assim fez Deus relativamente aos outros povos? Também neles suscitou Profetas que lhes acordassem os corações?

- Sim, há verdadeiros Profetas em todos os outros povos.

- Maomé, Buda…são verdadeiros Profetas?

- Assim os vejo, agora. No povo grego, por exemplo, houve verdadeiros Profetas, mesmo que se lhes chame filósofos ou poetas.

- É preciso então ouvi-los a todos agora, de novo!?

- Sim, é preciso ouvi-los todos, na pureza das suas palavras.

São 7:26!?