— 20:23:28/9
— Maria, aqui no café está muito barulho; estão a ver um jogo de futebol.
— Tu também vieste para o café à espera de ver futebol…
— Pois vim. Mas não era este clube que eu queria ver jogar; era o meu, que está jogando ao mesmo tempo que este…
— Então escreves só porque não podes ver o teu clube jogar! Presumo que não escreverias se tivesses na televisão o que querias ver.
— É verdade: eu vim para ver o jogo.
— Vejo, no entanto, que trouxeste a folha, onde resta um pequeno espaço para preencher. Se não tivesses aqui a folha, também não escreverias!?
— Não; veria este jogo, mesmo não sendo o meu preferido. Não iria a casa propositadamente buscar a folha.
— Parece então claro que o interesse pelo futebol está em ti acima do interesse pela escrita!…
— Assim parece, de facto. Mas estranhamente eu não sinto que Te esteja magoando: o teu ar, neste diálogo, continua sempre bem disposto e não seria essa a Tua disposição se eu estivesse ofendendo o nosso único Amor.
— Crês então em que Jesus continua sendo a Palavra de Deus que estás escrevendo!?
— Creio, sim, de todo o meu coração: Ele sabe que é mesmo o meu único Amor; o futebol é só uma distracção que nos proporciona este mundo, de que Ele nunca nos quer ver separados.
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