- Maria, dirige o nosso olhar para dentro, cada um para dentro de si mesmo…
- Ias acrescentar “e para dentro de todas as coisas”, mas hesitaste e acabaste por ficar por ali. Diz porquê.
- Porque adverti de repente em que é dentro de nós próprios que podemos olhar por dentro todas as coisas.
- Como? Como é isso? Só se podem ver as coisas por dentro olhando para dentro de si próprio?
- Sim: só a viagem para dentro de nós próprios nos abrirá os olhos, os olhos novos, de visão mais aguda que os originais, que o Pecado nos fechou.
- E só esses olhos interiores podem ver as cosas por dentro?
- Sim, só esses podem ver toda a Beleza; os olhos que temos, distorcidos e modelados pelo mundo que edificámos, só vêem, e muito desfocada, a expressão superficial da Beleza.
- Teremos então, quando a Igreja nova vier, muita gente embasbacada contemplando os galhos despidos das árvores, no Inverno.
- Teremos, sim. Mas eles não estarão vendo apenas os galhos; eles estarão vibrando com a cavalgada da seiva dentro, e com o Centro vegetal da Vida.