22/9/97 — 1:58
Mas ao levantar-me para escrever eram já 4:03. Resisti, desta vez, em assinalar aqueles algarismos, registando apenas estes como início da vigília. A verdade é que, como nos dois dias anteriores, a primeira imagem surge estranhamente intensa, de modo que a fixo com muita segurança e como que fica pairando durante todo o tempo posterior em que readormeço. Desta vez tive até um sonho com ela relacionado, de que já nada me lembro, a não ser que se tratava de uma igreja não católica que, como eu, aceitava também os algarismos como Sinais. Parece haver, pois, um qualquer tipo de vigilância neste tempo em que readormeço.
Mas desta vez ainda por outro motivo fixei aqueles primeiros algarismos. É que eles mostram-me, juntos na mesma Luz, o meu Mestre e a minha Mãe. E isto enche-me de uma tranquila alegria. De facto, embora não tenha registado nenhum diálogo com a Mãe, tenho-Lhe pedido sempre nestes últimos tempos que proteja estes Escritos. Senti, portanto, aquela imagem numérica como uma simpatia do Céu, a confirmar a especial Presença de Jesus e Sua Mãe abençoando tudo quanto escrevo.
De facto, tem-me mantido o Mestre de há uns tempos para cá em “retiro”, conforme Ele chama a esta mais exclusiva intimidade com Ele, em que as mais espectaculares revelações parecem ter sido suspensas. Ora isto eu não o entendia, de início: sentia esta ausência de revelações como um tempo de aridez, em que nada de novo eu via florescer. Mas Jesus tem muito cuidado em me amparar quando assim me vê apreensivo e solitário: através dos Sinais 7-8 Ele aparecia com a sua Mãe dando-me a Sua Paz, como se viessem os Dois fazer-me uma carícia. Tem sido, de facto, surpreendente a linguagem dos Sinais: são raras as vezes em que, olhando o relógio, me não aparecem aqueles algarismos no mostrador, sobretudo seguidos, na imagem dos segundos! Outras vezes é também o conjunto 52 ou 25, a falar-me justamente desta minha união íntima com o Mestre.
Sinto, de facto, uma crescente ternura do Céu para comigo, sobretudo por causa da minha fragilidade e do difícil caminho da Fé que me foi dado, sempre dependente de mudos Sinais, de "“acasos", de “coincidências”, de subtis sensações e às vezes…de nada, pois avanço completamente às cegas, confiado apenas em que, “a posteriori”, Jesus abençoará o caminho andado. E abençoa sempre, com uma solicitude enternecedora! E tão funda é a intimidade em que às vezes O sinto envolver-Se comigo, que chego a ter receio de manchar a Sua Transcendência de Deus, esquecendo-me de que Ele é o Absolutamente Outro, Aquele que “mora numa Luz Inacessível”, o Deus Três Vezes Santo!
Mas não, nunca O senti, nem de leve, zangado comigo, nem sequer me recriminou nunca por qualquer desleixo meu. Parece apenas esperar, com muita paciência, que eu dê os meus passos de deficiente. Mas a Paciência d’Ele não é uma paciência pesadona, de quem está fazendo um frete: é uma paciência leve, terna, feliz por poder esperar por nós – há tantos filhos Seus que nem sequer Lhe querem a Mão, nem sequer querem caminhar em direcção a Ele, ou ao lado d’Ele… Mas é quando O vemos esgotado de forças, caído no mesmo caminho que nós, que a Sua Paciência faz brotar de nós uma ternura feita de lágrimas.
São 5:55!!
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