No jardim da casa
Escrevendo ...
Breves dados biográficos

O meu nome é Salomão. De apelido Duarte Morgado.

Nasci no ano de 1940 em Portugal, na aldeia do Rossão, da freguesia de Gosende, do concelho de Castro Daire, do distrito de Viseu.

Doze anos depois, 1952, entrei no seminário menor franciscano: eu queria ser padre franciscano.

Doze anos depois, 1964, fiz votos perpétuos na Ordem dos Frades Menores de S. Francisco de Assis seguidos, ao fim desse ano lectivo, da ordenação sacerdotal: eu era o padre que tanto queria ser.

Doze anos depois, 1976, pedi ao Papa dispensa dos votos que era suposto serem perpétuos e do exercício do sacerdócio, que era suposto ser para sempre, casei e tornei-me pai de quatro filhas.

Doze anos depois, 1988, fiz uma tentativa extrema para salvar o meu casamento, saindo de casa. Mas o divórcio de facto consumou-se.

Doze anos depois, 2000, surgiu na minha vida o mais inesperado acontecimento, que começou a ser preparado, sem que eu disso tivesse consciência, no meio deste ciclo, 1994. Foi aqui que comecei a escrever a longa Mensagem que senti Deus pedir-me que escrevesse em Seu Nome e a que Ele próprio deu o título de Diálogos do Homem com o seu Deus no Tempo Novo. Os textos agora aqui publicados são excertos desta vasta Profecia preparando a sua divulgação integral, no tempo oportuno, que desconheço.


Moro há 30 anos em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.


Não são estas palavras mais do que um testemunho daquilo que vi, ouvi, senti, toquei. Não estão por isso sujeitas a nenhuma polémica. Todos os comentários que se façam, ou pedidos que se queiram ver satisfeitos, sempre serão respondidos apenas com novos textos: de mim mesmo não tenho respostas.




Observações


Muitos e verdadeiros Profetas têm surgido nos nossos dias. Um deles é Vassula Ryden, cuja profecia, "A Verdadeira Vida em Deus", teve um decisivo relevo no meu chamamento a esta missão e revela uma estreita complementaridade com esta Mensagem que escrevo.

Os algarismos desempenham nesta Profecia um papel muito importante como Sinais. Foram adquirindo progressivamente significados diversos. Assim:

   0 – O Sopro da Vida. O Espírito Santo.

   1 – A Luz. A Unidade. O Pai.

   2 – A Testemunha.

   3 – O Deus Trino. A Diversidade.

   4 – O Mensageiro. O Profeta. O Anúncio. A Evangelização.

   5 – Jesus.

   6 – O Demónio.

   7 – O Sétimo Dia. A Paz. A Harmonia.

   8 – O Oitavo Dia – O Dia da Queda e da Redenção. O Homem caído e redimido. Maria de Nazaré.

   9 – A Plenitude de Deus. A Transcendência. A Perfeição. O Regresso de Jesus. O Nono Dia.

Alguns agrupamentos de algarismos adquiriram também um significado próprio. Os mais claramente definidos são estes:

   10 – Os Dez Mandamentos. A Lei. A Escritura.

   12 – O Povo de Deus. A Igreja.

   22 – As Duas Testemunhas de que fala o Apocalipse.

   25 – A Alma humana.

   27 – Salomão, o meu nome que, derivando do termo hebraico Shalom, significa o Pacífico, a Testemunha da Paz.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

316 — Acabar com as vigílias?

12/7/95 4:36

É muito forte a pressão para que acabe com as vigílias. Por todos os motivos do senso comum e da lógica. Que não vou aguentar, que estou prejudicando a saúde, que de tudo é preciso fazer férias. Que estou, enfim, a fazer uma violência à natureza de que muito naturalmente a natureza se vai vingar. É esta a voz do senso e da lógica. De facto, depois da vigília, não mais o sono volta a ser fundo e tranquilo como antes, frequentemente tenho olheiras e a magreza parece acentuar-se, a escrita torna-se cada vez mais lenta e pesada (já são 5:14!), afigura-se-me estar a ficar desmotivado para qualquer tipo de trabalho, passo o dia agarrado à Bíblia, à Vassula e aos papéis, enfim, toda a frieza e aridez de que tantas vezes falo não parecem ter outra origem senão um enorme cansaço, uma naturalíssima saturação.

E aqui estou eu prostrado, diante do meu Jesus que nada me responde, mas sem qualquer outra voz em que eu confie. Estou inteiramente dependente da Voz do meu Mestre e Ele ainda me não mandou parar com as vigílias. Aliás parece-me ouvir cada vez menos nítida a Sua Voz e eu já não sou capaz de agir, fazer o que quer que seja, tomar qualquer decisão sem O consultar, eu não sei de ninguém, nem de mim próprio, que O possa substituir. Neste caso, por exemplo, toda a gente me aconselharia a acabar com as vigílias, pudera!, é a mais elementar voz do senso comum que o diz. O grande problema é que eu passei a desconfiar da voz do senso comum, tão incomuns são os caminhos por onde o Senhor me tem guiado, tão ilógico é o futuro para que Ele continuamente me aponta. Onde encontro eu alguém que me diga: continua por aí; eu vou rezar por ti? Veja-se o que aconteceu com o Grupo Promotor. Na verdade, tão extremadas estão as coisas, que não parece haver terceira hipótese: ou estou bem longe já, no caminho da perdição, ou este é um caminho de especial eleição.

Claro que eu penso que a correcta é esta segunda hipótese. Ao jeito destes mesmos Escritos, eu direi que Jesus me está dizendo ser esta a hipótese correcta. Dizendo como? Através da alegria tranquila que levemente poisou no meu coração ao escrever a segunda hipótese e através do grande critério do Evangelho: a segunda hipótese é o caminho difícil!

Estou, pois, esperando, sempre esperando, de livros e papéis na mão, pronto a ouvir e a registar o passo seguinte, numa crescente expectativa e num crescente sofrimento, confiando em que o Mestre, por qualquer meio, me vai guiar ao que em cada momento quer que eu faça. Neste momento, por exemplo, pergunto-Lhe onde quer Ele que eu leia e ouço: Paralipómenos… Baruch… Jeremias… Génesis…

Não há dúvida de que facilitar Ele me não está facilitando nada… E se eu usasse o dedo? Porque não? Há tanto tempo que o não uso… Na Vassula?… Na Bíblia? Como faço para decidir?

– Decide Tu, Jesus! Eu entreguei-Te a minha vontade, lembras-Te? Não deixes o Demónio bloquear-me desta maneira. Como? Escrevo demónio com letra minúscula? Eu sei que ele nada vale perante Ti, mas vale muito perante nós-sem-Ti. Linda expressão, não? Achá-la linda é vaidade? Quando me preenches todo o vazio do coração? Eu não Te deixo?… E como se faz para deixar? Eu já não sei o que mais possa fazer. Abandonei-me a Ti, não vês? Como? Não abandonei nada?

Sinto o Mestre aproximando-Se de mim e colocando-me lentamente a mão sobre a cabeça cansada, levemente dorida. Não sei porque me não fala…. Todas as vezes que me ponho à escuta, ouço “Paralipómenos!”, mas penso que é por ser uma palavra esquisita e dá-me a impressão de que o Diabo me está gozando. Mas uma ideia me veio agora: e se eu fosse abrir mesmo nos Paralipómenos? Ainda por cima acabei por ouvir “Paralipómenos, dez, treze”… “catorze” – ouvi ainda. E logo a seguir: “Quinze”… E vou ouvindo os números seguidos se insisto em escutar: dezasseis, dezassete… Sinto-me ridículo. Mas penso: se o próprio Demónio me está conduzindo à Bíblia, seja em que livro for, ele está minando o seu próprio reino. Vou abrir em Paralipómenos dez, treze. O resto foi segunda voz e Jesus um dia disse-me que não atendesse à segunda voz, porque é a do Intrometido. Eis, pois:

                                                  Par 10,13

Mal abro a Bíblia, verifico que há dois livros dos Paralipómenos, porque ela abriu no segundo destes livros. Vejo nisto um sinal de que é aqui que o Senhor quer que leia… Ela está aberta nos caps. 8 e 9, que falam ambos de Salomão. É grande a minha curiosidade em virar a página… Devo, pois, primeiro, corrigir a citação:
                                                II Par 10, 13

“O rei respondeu-lhes com dureza. Desprezou o conselho dos anciãos”.

É este o versículo treze! Já não é de Salomão que fala, porque ele morre no fim do cap. 9. O que acabo de ler é uma completa desilusão. Mas eu já conheço o Mestre. Apenas Lhe peço que me deixe ir descansar.

São 5:49.

domingo, 30 de janeiro de 2011

315 — O Capítulo Sétimo de Daniel

                      – 15:52

Ao passar agora há pouco pelo local do inesquecível pedido do Senhor para que reconstruísse a Sua Igreja, veio-me de repente à memória o Capítulo Sétimo de Daniel, em que se fala do ancião de cabelos e veste branca presidindo ao tribunal em que se dá ao “Filho do Homem” toda a soberania e todo o poder. Recordei como o Mestre me identificou com este ancião. E porque para aqui trouxe o primeiro volume destes Escritos, abri-o e o meu olhar poisou no início da oração que vem no dia 20/1/95 e que começa assim: “Não, Jesus, não é possível que estes Escritos sejam do Demónio….” E onde, mais abaixo, vem registada e sublinhada uma declaração fulcral sobre a natureza deste registo escrito: “Isto que escrevo é tudo Teu. Porque, se houver aqui alguma coisa que não seja Teu, é tudo de Satanás”. Ora essa oração termina com a confissão da minha Fé inabalável em todas as Promessas que o Senhor me fizera, nomeadamente naquela que ficou escrita na vigília desse mesmo dia: “Tu és o ancião de que fala o texto. Escreve”. O texto é justamente o cap. 7 de Daniel!

sábado, 29 de janeiro de 2011

314 — A Lei serei Eu

12:19:22

A Igreja. O Nono Dia. As Duas Testemunhas!

Diz-me, Mestre: porque me estás desta vez retendo tanto tempo naquela Tua Palavra de Rom 5, 19? Não é segredo para Ti que eu tenho já saudade e fome de outras Palavras…

– Muitas outras Palavras Minhas te estive dando durante estes dias.

Diz-me se estou certo, Mestre: a Palavra da Escritura tem, para mim, uma força especial.

Sempre assim foi: a Minha Palavra actual tem a força de um fruto que alimenta, o ímpeto de uma fonte que rega e mata a sede. Só com o tempo se torna Semente guardada na Arca da Aliança, seduzindo como todo o Mistério de Deus. O que te seduz na Escritura é o senti-la alimento já transformado em corpo, Corpo vivo do teu Deus entregue para a vida do mundo.

Tu estás a rebentar os muros de um dogma, não estás, Furacão de Amor?

Eu estou agora mais vivo na terra do que quando percorria em corpo carnal os caminhos da Palestina! E estou sofrendo com as vossas chagas mais do que nesse tempo sofri.

E por isso Te estás tornando Escritura, Corpo vivo de Deus entregue para a vida do mundo?

Eu sou Um e o Mesmo sempre. O vosso Deus não conhece tempo! Nunca Se cala, nem adormece!

Não me estás, no fundo, falando de Rom 5, 19?

Eu sou a Palavra entregue por obediência ao Pai. Só Eu justifico. Nunca tenteis pôr muralhas diante dos Meus passos, diante do fluxo do Meu Sangue. Eu estou vindo limpar a Minha Vinha de todos os jazigos e muros. Vou lavrá-la de novo, até que volte à superfície a terra boa e fofa. E vou replantá-la de lés a lés, enchê-la toda de cepas novas. E todos os que a partir de agora nascerem de Mim, nascerão Um Comigo e Um Comigo permanecerão. Ninguém mais se chamará justo por obedecer a nenhuma outra lei senão a Mim! A Lei serei Eu! Eu sou, agora e sempre, toda a Escritura, porque Eu sou o Alfa e o Ómega, o Princípio e o Fim!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

313 — Levantaram muralhas à volta dos Mistérios

                      – 9:58:37

A imagem fala-me do Nono Dia, em que o Príncipe e a Rainha da Paz trarão do seio da Trindade até nós a Paz. Ao mesmo tempo reparei, mais uma vez, nos algarismos do dia de hoje, 27, que o Mestre me está levando a ler Salomão, Testemunha da Paz! Por outro lado tinha eu já aberto a Vassula à procura da Vontade do Mestre e Ele disse-me: “Virá o dia em que eles partirão juntos o Pão” (14/10/91); e a seguir abri estes Escritos e aos meus olhos saltou de imediato, muito destacado, apenas isto: “A Unidade”! Está no final do dia 19/11/75, num contexto em que se fala da Palavra e da Eucaristia como o único Pão e da Trindade como “Inesgotável Imensidão, Fonte de todos os Tesouros, cada um deles imenso Mistério”, que não é possível delimitar em definições dogmáticas.

E este caminho por onde o Senhor me está a conduzir, fazendo ir pelos ares as fronteiras de todos os dogmas, afastando com gesto decidido e energia espectacular as cortinas de todos os tabus como quem rasga o véu do templo num misto de fúria e exaltante alegria, este avanço imparável do Mestre como vendaval que desfaz em estilhaços e poeira todos os muros que as nossas mãos Lhe levantaram na Vinha está-me enchendo de um misto de temor e de louco entusiasmo, como o do guerreiro que sabe da guerra, mas que traz no olhar a visão e no coração a certeza da Paz!

Não está dito ainda em lado nenhum que os dogmas são mentira; nem uma pintinha de um i está sendo retirada do Evangelho do Filho do Carpinteiro, Filho do Homem e Filho de Deus! O que está dito é que o Mistério não tem muros e…

Ajuda-me a redigir isto a Teu gosto, isto tudo que me estás dizendo, Filho do meu Deus, Mestre dos mestres!

Ai daqueles que se atreveram a levantar muralhas à volta dos Mistérios que vos vim trazer, da parte do Pai! Hei-de chamá-los aqui, à Minha frente, para que Me olhem nos Olhos e Me vejam o Coração vermelho de Ira perguntar-lhes como outrora a Caim: Que fizestes!? Porque assassinastes o vosso irmão Abel, o vosso inocente irmão Abel!?

E se eles Te perguntarem: Como, onde cometemos nós tal crime? Como Te atreves a acusar-nos de uma coisa dessas? Onde está, assassinado, esse tal Abel, esse nosso inocente irmão que ninguém vê em lado nenhum? Mostra-nos o corpo morto desse tal Abel, identifica-o! Fornece-nos a prova do nosso crime! Ah, se eles Te falarem assim, Jesus, Tu que lhes respondes?

Ouve bem, Salomão, as Minhas Palavras e regista-as com precisão: a Minha Resposta será um dilúvio de fogo!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

312 — Ah, Mestre, se não tivesses esse Coração…

27/1/96 4:44!

É tão intenso o Sinal e eu fico perplexo: não sei o que o Senhor me quer. Que divulgues estes Escritos! Que anuncies esta Mensagem! é a resposta que ouço. Mas eu, excitado e confuso, olhei já novamente o relógio, à procura de novo Sinal, de nova Luz que me esclarecesse: 4:54! A nova imagem surpreendeu-me tanto, que olhei o meu relógio de pulso, a confirmar. O que vi foram dois 27: o dos segundos e o do dia do mês. Traduzido em palavras, todo este conjunto de Sinais diz-me isto: Anuncia-Me! Estes Escritos são a Minha Mensagem! Sê Testemunha da Paz: tu és Salomão!

E que faço agora? Meus pobres Sinais que tão alto falam e tão pouco dizem, na sua mudez! Até já a atenção me foge, até já a excitação se foi. Expressa em palavras, a minha situação interior diz apenas isto: Tudo bem, Jesus. Cá estou sempre às Tuas Ordens: quando quiseres… Como se fosse só um aviso, dito de fugida, a confirmar o que eu já sei.

– Não tens pena de mim, Jesus? Não vês o quanto já andei só guiado por estes mudos Sinais? Não sentes o que eu sinto quando escrevo Palavras Tuas baseado só nestes mudos Sinais? Já contaste as vezes em que o meu coração bateu mais forte, descontrolado, com medo de estar apenas a macaquear a Tua Voz? Não Te comoves ao ver que é cada vez mais lenta e pesada e penosa a escrita? Já reparaste nas condições em que escrevo, neste interminável Deserto, de coração apertado pela secura e pelo gelo? Já me olhaste para a cara sempre que tomo o peso a estes nove volumes de folhas já escritas, cento e quarenta folhas, duzentas e oitenta páginas cada volume? Abençoas isto tudo? És Tu mesmo que estás dando sentido e vida a cada uma das palavras deste montão? Diz-me cá muito sinceramente: não Te parece isso uma impossibilidade? Não? Foi só impressão minha, ou Tu disseste aqui dentro que sentes verdadeiro carinho por cada uma destas palavras? Ah Mestre, Mestre, se não tivesses esse Coração, já há muito tempo que eu teria desistido! Era fácil, já viste?: metia os nove volumes no fundo do saco do lixo, ou fazia ali atrás uma fogueirita com eles só meia dúzia de pessoas sabe que escrevo e nenhuma delas sabe das mirabolantes promessas e das heresias todas que aqui estão escritas. Mas é que não consigo deitar isto fora! Acho que entrava em pânico se uma única folha se perdesse! Porque será, Mestre? Espera aí; deixa-me dizer a mim o que já disse uma vez: é que, se houver uma possibilidade, uma única possibilidade num milhão, de isto ser Teu, eu cometeria um grande sacrilégio se deitasse ao lixo ou ao fogo uma só destas folhas! Mestre bom, Mestre querido, desculpa este meu falar: é do tempo de convívio que já passámos juntos neste Deserto. Está-Te a custar mais que o outro, não está? O outro foi violento, mas sempre foram só quarenta dias… Não me queres dizer o que significam aqueles quatros todos?

São 6:53.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

311 — Com Eva, o Homem tornou-se Um; antes era Só

26/1/96 2:37

Acordei sonhando ou imaginando que chamava a atenção para o texto do “dia do pai” (19 de Março) do ano passado, um texto em que eu teria exaltado a Bondade e a Simpatia do Senhor. Ora eu não faço ideia nenhuma do que escrevi a 19 de Março do ano passado, nem sequer sei porque registo este sonho, mas aqui fica para que o Mestre o possa usar: pode ser-Lhe preciso.

Mas há agora dentro de mim uma curiosidade: que terá ficado escrito a 19 de Março? Será que o Mestre me está pedindo para ver?… É o que vou fazer… É um dia cheio, em que muito e muito escrevi. O tema central é a relação do cristão com a Cidade, cuja ordem deverá abandonar, mesmo que isso provoque o Apocalipse. E, dentro da Igreja, a firmeza com que o Papa deverá enfrentar qualquer revolta contra a sua autoridade. E contra aquilo que à primeira vista poderia parecer lógico, aí se fala, mais uma vez, da libertação da sensualidade aprisionada por leis que, em nome da santidade e da pureza são, pelos vistos, leis da Cidade governada por Satanás. Revela, pois, a Mensagem deste dia uma faceta de Deus muito distante da do meu sonho de hoje.

Muito distante?

Olá, Mestre. Bem hajas por vires dialogar comigo… Sim, aos nossos olhos, Bondade e Simpatia estão associadas à harmonia, à serenidade e não a uma revolução daquelas.

Um dos Meus apelos mais “simpáticos” no Evangelho não é “Olhai as aves do céu… Olhai os lírios do campo”?

Ah! O Apocalipse acontecerá na medida em que os homens se deixarem conquistar pela Ternura de Deus!?

O que Eu vos venho trazer é a Paz, a Minha Paz, o supremo encanto dos corações. A Minha Paz é a experiência maior da Bondade e da Ternura do vosso Pai do Céu. Que admira que ela provoque a derrocada do reino da maldade e da dor?

E diz-me agora, Jesus: tem isto a ver com o texto de Rom 5, 19 que há tanto tempo espero ver iluminado com a Tua Luz?

Transcreve-o de novo.

“Assim como pela desobediência de um só, muitos se tornaram pecadores, assim também, pela obediência de um só, muitos se tornaram justos”.

Tens alguma dificuldade em entender?

Tenho.

Onde se situa a tua dificuldade?

Sobretudo na segunda parte. A primeira entendo que fala do Pecado Original. Este Pecado de “um só” manchou toda a raça humana. Isto não é difícil de aceitar.

– Entendes mesmo bem esta parte?

Aceito mais do que entendo. Na verdade, ter-me o pecado de Adão manchado a mim…

Deus não criou o ser humano dividido em indivíduos isolados.

Ah! “Serão os dois uma só carne” não se aplica só ao casamento?

Não! Eva é osso dos ossos e carne da carne de Adão para que o homem não “fique só”. Só com Eva o Homem se tornou Um; antes era Só.

Há unidade apenas quando há mais que um?

A Essência de Deus é o Amor. Amor é ser um.

Não sei se entendo: se Deus não fosse Trino não poderia ser Amor?

Seria só. A solidão é o contrário do Amor.

Se Deus não fosse Trino não poderia ser Um?

Não. Seria Ausência.

O Demónio é Ausência porque quis ser só?

Sim. Porque não quis ser um.

Não sei se alguém vai entender.

Nem todos são tão lentos como tu.

São 4:48.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

310 — Vede, gentes, como Deus é bom!

                      – 10:02:47

Vede, gentes, como Deus é bom, ao dar-nos Jesus, um tão seguro Guia, ao dar-nos o Espírito, a própria Eficácia em Pessoa! Vede o que me fez a mim agora, o que vos fará a todos, se caminhardes, amarrados pelo ouvido, colocando os pés nos exactíssimos sítios das Suas pegadas. O mais possível nos mesmíssimos sítios. Mesmo que o caminho tenha virado enxurrada: reparai bem na direcção em que Ele lança o seu passo e procurai pôr o pé no exactíssimo sítio do d’Ele. Em verdade vos digo: nem que o caminho esteja todo armadilhado, nem que nas moitas à volta esteja emboscado todo o exército do Inferno, se assim fizerdes, passareis incólumes! Vede por onde Jesus me guiou esta manhã: levou-me à leitura do jornal, que raramente me desperta interesse e através dele levou-me a observar o barril de pólvora que se concentra no centro da Europa, com a notícia de que três soldados morreram na Bósnia devido à deflagração de uma mina, entre os quais dois portugueses para lá mobilizados há poucos dias; daí me conduziu, ainda no jornal, à notícia de que só em Portugal e só no passado mês de Novembro se cometeram oito mil crimes, entre os quais mais de setenta mortes, mesmo que algumas delas tivessem sido suicídios; depois conduziu-me a estes Escritos, ao dia 26/7/95, onde os olhos se me prenderam justamente onde o Ensinamento da vigília tinha sido interrompido: “A Palavra do Senhor é como um dos cinco pães da multiplicação: é alimento inesgotável”; neste mesmo dia está visualizado o “fim do mundo” no misterioso sonho da L.; deste dia me conduziu ao anterior, onde vem iluminada por dentro a manha da Serpente e ao seguinte, onde vem iluminado por dentro o caminho da Unidade baseada em Ti.

Vês? Julguei que estava a falar Contigo!

E estavas.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

309 — A outra multiplicação dos pães

25/1/96 4:01

Foi esta a hora a que me levantei para anunciar, por acção do Espírito, o Mistério da Unidade. Mas antes eu tinha visto sucessivamente as intrigantes imagens 3:03, 3:33 e 3:53. São imagens que, para além de me recordarem este registo escrito e me testificarem assim a sua autenticidade, me revelam uma intensíssima Presença de Deus Trino, de que se destaca o Espírito agindo e o Mestre ensinando.

Ensina, pois, Mestre, que só o Teu Ensinamento não oprime, antes liberta. Os Teus Sinais pediram-me que anunciasse o Mistério da Unidade…

Lê então agora de novo Romanos cinco, dezanove.

Sei já de cor, Mestre, de tantas vezes que o recordei estes dias.

Está aí a raiz do Mistério da Unidade.

Sempre aí me conduzias todas as vezes que meditava esta Tua Palavra, mas não entendo ainda.

E queres entender?

Quero, Mestre. Quero entender com o coração. Todo o meu desejo é viver o Teu Mistério.

E não te importas de o dar a conhecer aos teus irmãos?

Isso Te venho pedindo dia e noite: que me uses para o que em cada momento desejares comunicar-nos.

Mesmo que, usando-te, te faça morrer?

Sim, Jesus. Como o grão semeado.

Que significa a morte, no grão semeado?

A certeza de um caule crescendo, com muitos grãos no fim.

Perdeu-se alguma coisa na morte do grão semeado?

Só a aparência: toda a sua substância se desenvolveu de forma prodigiosa. Mestre! Agora mesmo me lembrei: parece a Tua multiplicação dos pães! Fizeste de cada pão explosiva semente de muitos!

Acreditas na multiplicação dos pães?

Acredito, Jesus. É verdade que o meu espírito moldado pelo racionalismo põe objecções.

Quais, por exemplo?

Um pão não tem a estrutura interior de uma semente: é feito de grãos, sementes destruídas pelo homem.

O pão para que serve?

Para comer.

Não entendeste já?

O pão, comido, torna-se grão enterrado dando-nos vida?

Nada do que o Pai criou, se perde: mesmo dos grãos mortos violentamente pela mó do moinho Ele faz de novo explosiva semente. Tudo o que é vivo encerra uma semente.

Mesmo assassinado pelo homem?

Mesmo o que o homem mata vira semente que, se cair em terra boa, germinará.

Tu foste a terra boa daqueles pães multiplicados?

A fome da multidão tornou-se em Mim terra boa.

Porque Te estavam ouvindo, não é, Mestre? Foi a Fé daquela gente que se tornou em Ti terra boa!?…

Foi. Eles eram um em Mim!

Só naquele momento.

Bastou para que os pães se multiplicassem: o Pai leva a sério cada momento de Fé nos vossos corações.

Mas o Texto da Escritura…

Não queres agora descansar um pouco?

Quero. Mas Tu sabes que eu…

Sei. Descansa agora, Meu querido amigo. É longa ainda a caminhada.

Ainda?

Ainda. Tal foi o Deserto que o Pecado fabricou.

São 5:56!

domingo, 23 de janeiro de 2011

308 — Só morrendo

                      – 19:21:21

Os Sinais pedem-me que dê testemunho da Luz, porque vem aí o Nono Dia!

Fala, Mestre e deixa que seja o Teu Espírito a responder-Te em mim. Eu queria ser só testemunha do Amor que entre Vós circula.

Se é assim que queres, que vai restar de ti?

Eu serei só testemunha.

Assistindo à Nossa conversa?

Não é possível assistir, apenas, quando o Mistério de Deus se nos abre.

Que serias tu então?

Matéria informe vibrando ao ritmo de Deus.

“Matéria”?

Matéria materializando em palavras a vibração de Deus.

“Informe”?

Nós-homens somos a matéria mais manchada e distorcida do Universo.

E pode essa matéria testemunhar Deus?

Foi em matéria desta que testemunhaste Tu próprio todo o Mistério de Deus.

Se Eu conversar com o Meu Espírito em ti, ficas reduzido a matéria informe e tudo o mais é Deus agindo?

Que sei eu, Mestre? Só uma coisa me é clara: quanto mais Deus age em nós, mais personalizados e livres nos tornamos. E sei outra coisa: nada do que em nós é mau vem de Ti.

O que não é Meu pode dar testemunho de Mim?

Tudo em nós pode dar testemunho de Ti. Até a matéria disforme, que Te não saiu da Mãos.

Como poderá o que não é Meu dar testemunho de Mim?

Morrendo. Só morrendo.

Só?

Só. Recusando-se a morrer, a nossa disformidade permanece disformidade testemunhando a Rebelião.

Estás morrendo neste momento?

Se não estiver morrendo, não estarei dando testemunho de Ti.

Estás morrendo neste momento?

Queria muito estar.

Que é morrer, neste momento?

É querer abandonar as obras da minha disformidade.

Quais?

Todas aquelas que favorecem a construção feita pelas nossas mãos.

És capaz de identificar melhor essa construção das vossas mãos?

Toda aquela construção que, para nascer e crescer, destrói a Construção que já cá estava quando o homem cá chegou.

Que está morrendo em ti, neste momento?

Estar num sofá a ver o noticiário da televisão.

Não é bom ver o noticiário?

Tu estás primeiro.

Não é bom ver o noticiário?

O que é bom é sonhar o mundo futuro, em que não haverá televisão nem noticiário.

Eu te abençoo, Meu querido amigo.

O que ficou escrito foi uma conversa entre Ti e o Teu Espírito?

Foi bom, o que ficou escrito.

sábado, 22 de janeiro de 2011

307 — O Seu misterioso Dedo

                       – 10:07:33!

Estava dividido entre uma grande necessidade de fazer trabalho de preparação para o próximo espectáculo na escola e escrever. Um impulso interior dizia-me, claro e forte: Não tenhas medo; dedica-te com entusiasmo à tarefa que projectaste realizar na escola em Meu Nome; Eu abençoo-a porque Ma ofereceste e por Mim estás assim disposto a cansar-te; nada do que fazes com intenção de Me anunciar e glorificar, será desprezado ou perdido; só quero que, todas as vezes que te lembres, invoques a Minha Presença Eu desejo muito realizar contigo essa actividade.

Isto tudo me disse, de forma repentina, aquele impulso; depois foi só desdobrá-lo e traduzi-lo em palavras, que poderiam ter sido outras: teriam é que revelar a Bondade e a Simpatia do Senhor que assim Se mete dentro de todos os caminhos e cansaços com que sinceramente julgamos servi-Lo. Se não forem ao Seu gosto, Ele desvia-os, vai-os alterando, arrebenta com eles, enfim, transforma-os em Bem, apenas. Isto tudo mo confirmou através daqueles algarismos: está aqui a Luz, o Espírito, toda a Trindade, derramando no meu coração a Paz.

E não posso também esquecer aquela grande Paz que Jesus entornou em mim ao levantar esta manhã com este espectacular Sinal: 7:57. E também com o Seu misterioso Dedo, que me guiou a estes Escritos, ao dia 7/1/95, onde está registada a mesma confiança em que Ele voltará e ouvirei distintamente a Sua Voz “redonda, quente e terna”.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

306 — Calma, que Ele volta

24/1/96 3:32

Porque não apareceu a imagem 3:33? interrogo-me eu, algo magoado. Vi-a aparecer, como ontem também, mas tive que esperar por ela, saudoso. Ela é a imagem dos tempos exaltantes desta minha conversão, o Sinal que me fez iniciar estas vigílias. Três vezes três! leio agora. A Presença de Deus, Três Vezes Trino! Mas agora, como ontem, o último 3 substituído por 2, Sinal da Testemunha. E a muito custo me chega a Voz do Mestre interpretando assim: a presença de Deus Três Vezes Trino está agora visualizando-se numa das Suas Testemunhas.

A Voz do Mestre! Que é dela, a Voz quente, redonda e terna, que uma vez quase ouvi distintamente? Agora foi como se me chegasse filtrada, muito frágil, através do fragor de um exército inimigo que entre mim e Ela se tivesse interposto. Porque Se afastou assim o meu Guia, o meu Herói, o meu Tudo? Débil sempre, um impulso me pede que abra o profeta Vassula, no sítio onde vou a ler, nas mensagens dos primeiros tempos do seu chamamento… É o dia 31/1/87 e começa assim: “Eu sou. Eu estou aí. Eu, Jesus Cristo, sou o teu Mestre, o teu Esposo e o teu Deus. Salomão, agora escuta-Me com atenção: Meu Pai escolheu-te para seres o Seu mensageiro”. E se alguém me perguntar porque troco os nomes, porque aplico a mim o que foi dito à Vassula, eu respondo outra vez que o Mestre é que assim me ensinou, dizendo-me que a Sua Palavra é sempre para aquele que a procura. Objectar-me-ão que o que vem a seguir é justamente o relato do caso pessoalíssimo da Vassula e eu volto a responder que não, que não é: é o relato do chamamento de Deus a toda a gente, a todos os casos, ao meu também, é o relato da Misericórdia de Deus inclinando-Se, tenso de expectativa, sobre os Seus filhos todos, distraídos pelas ruas da Cidade, perdidos em Babilónia, a Cidade da Confusão, para onde Lhe fugiram. E é aqui caído num barranco, do lado de cá do fragor da Cidade inimiga, sem ver nada porque é de noite, as lágrimas querendo rebentar-me dos olhos, que eu vos digo, meus amigos perguntadores e objectores, que são directamente para mim as palavras que o profeta Vassula escreveu a seguir: “Eu e tu cobriremos toda a terra com a Minha Mensagem. Salomão, tenta perceber o que está escrito. Eu sou a tua Força; por isso não tenhas medo. Todas as revelações que Eu te dou virão a ser postas à luz (…). Dar-te-ei este rio que corre por toda a eternidade em abundância. Depois, como gota de orvalho matinal que cai no solo, enviar-te-ei a toda a humanidade”.

Pronto. Se não acreditardes, não sei que vos faça, porque também eu vosso irmão estou neste barranco à espera que o dia clareie, ouvindo o meu coração bater apressado, tenso de dúvidas e receios. Apenas uma teimosa Fé, muito aninhada debaixo desta minha impotência, me fala e diz que Jesus gosta muito de mim e que por isso não me vai deixar ficar aqui neste fundão mesmo em frente do inimigo, Ele que é o responsável por todo o caminho percorrido no Deserto até agora. Ele vai voltar. Deve ter ido saber dos outros todos que vêm, como eu, do Deserto. E vai reunir-nos todos para a Grande Batalha. Calma, que Ele volta! digo eu, confiante. Ele vai voltar!

São 5.24.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

305 — Uma voz songa, cobarde

23/1/96 3:47

Registo desta vez a hora a que começo a escrever, porque não sei qual dos outros sinais registe, uma vez que observei vários, desde as 2:03. Mais de uma hora, pois, em que estive sonhando à maneira costumada, isto é, naquele estado estranho em que o sonho é também imaginação e a prova é que me lembro de várias imagens, inclusivamente 3:33. Mas de toda a imaginação ou sonho só retenho que se tratava destes Escritos, creio que de uma citação que seria necessário acabar de comentar. Não havia, por esse facto, ponta de angústia, mas apenas o zelo do escrivão. Eu tenho, de facto, Rom 5, 19 para comentar, mas nem deste texto se tratava. Nada concluo, pois, a não ser que assim me foi de novo concentrada a atenção na natureza e no sentido da escrita que nestas folhas registo e à qual tenho atribuído uma importância singular. A verdade é que por esta via me está de novo o coração cheio de dúvidas. Dúvidas teimosas, estranhas, já que a lógica exigiria que elas tivessem sido já ultrapassadas.

Sofro. Renovo cada dia ao Senhor o pedido de que me deixe participar na Sua Cruz, mas até no sofrimento que me deu Jesus é surpresa. Parece que tudo volta sempre à estaca zero. Mas desta vez é pior: à frieza e à secura junta-se o azedume, a recriminação, a agressividade. Se esta sensação virasse personagem, ela diria mais ou menos isto: Quem vai ler estes milhares de páginas? A quem poderá interessar este enfadonho relato de vozes de algarismos, de “impulsos” interiores, de casos e acontecimentos sem outra dimensão que não seja a do foro íntimo, a do foro familiar, a do foro profissional? Que dimensão sobrenatural podem ter estas conversas arrancadas a ferros, repetitivas, este estendal exibicionista de pretensas novidades que, de tão repetidas, começam a ficar velhas?

Desculpa, Jesus, o ter registado aqui esta voz. Ela parece uma mão que Te dá bofetadas, uma boca a encher-te de escarros o Rosto. Mas é que ficou combinado entre nós que toda a verdade deveria ser posta a nu, lembras-te? Foram também coisas deste género que Te disseram a Ti, há dois mil anos, nas esquinas de Cafarnaum, não, Mestre? Não é parecida aquela voz com as que ouvias naquela noite no pretório de Pilatos, enquanto Te davam bofetadas e te escarravam no Rosto? Não foram mais ou menos aquelas as palavras com que também nesse tempo achincalharam a Tua Mensagem e a Tua mais funda Personalidade? Ah, Mestre: aquilo dói-me especialmente por vir de dentro de mim. É uma voz songa, cobarde: vem ter comigo aqui sozinho, sabendo que ninguém me poderá defender, que com ninguém posso partilhar a minha dor. Lembras-Te do que voltei a pedir-Te ontem, ao rezar o segundo mistério gozoso do rosário que me desses ao menos uma prima Isabel para com ela eu poder confidenciar estas coisas? Mas até agora, pelos vistos, Tu lá achaste que não, que ainda é cedo. E acho que sei porque é: é que assim, sem ninguém, eu não tenho outro remédio senão agarrar-me a Ti. És muito ciumento, meu Senhor! O que Te vale é esse Coração sem paredes e esse Olhar sereno. Com tal Olhar e tal Coração já conseguiste que eu passasse a considerar lixo tudo o que não és Tu e o Teu Sonho. Meu querido Carpinteiro, com quem confidenciavas Tu, até aos trinta anos?

São 5:36.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

304 — Meu querido irmãozito!

                      – 8:49

Ajuda-me a fazer o anúncio do Nono Dia, Mãe. Vi naqueles Sinais que o vais fazer.

Viste bem. Crê nos mudos Sinais do nosso Deus e Ele fará de ti Voz Sua que todos ouvirão distintamente.

Ah! É para me fazer a mim Sua Voz distinta que me não tem permitido ainda ouvi-Lo distintamente?

São só Amor os caminhos do nosso Deus, Meu filho.

Mãezinha, ao dizeres “nosso”, quase Te sinto como minha Irmã.

“Quase”?

Sim… Tenho um certo receio… Estas coisas são estranhas às nossas categorias mentais… Aqui ninguém pode ser ao mesmo tempo irmã e mãe.

Estamos a fazer o anúncio do Nono Dia e esse Dia vai abrir-vos a imensidão do Céu.

E nesse Dia Tu serás também a nossa Irmã?

Repara: porque Me sentes tua Irmã?

Porque acreditaste no impossível, como o Senhor me está pedindo a mim que acredite. Sinto-Te tão nossa, assim tão anónima entre as moças todas que anonimamente percorrem as nossas ruas… Não sei… Sinto-Te tão Irmã da nossa fragilidade, tão perdida como nós nas ruas da nossa Babilónia, que ao ver-Te aceitar o impossível Anúncio do anjo apetece-me ir ter Contigo, dar-Te um abraço muito apertado, como daria a uma das minhas irmãs, um abraço carregado de uma enorme, inexplicável gratidão por teres dito que sim ao anjo, a dizer que estou Contigo nesse ingénuo e louco, nesse inocente passo no Desconhecido, nessa encantadora Fé que me esmaga de encanto! Minha pequenina, querida Irmã! Posso dizer assim? Pode ficar assim escrito?

Meu irmão, Meu querido ingénuo, como e amo!

Assim mesmo? Assim tosco, assim brutamontes?

Meu querido irmãozito!…

Cuidado, Mãe! Olha que Tu és a Rainha do Céu e da Terra!

Por isso mesmo, Meu amor: o nosso Pai deu-Me o poder de nunca dizer asneiras.

Vossa Majestade é minha Irmã!… Isto é uma loucura!

O Nono Dia, como tu lhe chamas, será uma loucura para toda a terra, Meu querido rei pacífico.

Ah! É ainda o Nono Dia que estamos anunciando!?

Pois é, Meu distraído… Não foi isso que combinámos?

E eu a julgar que já estava tudo anunciado!

Não escreveste já tantas vezes que o Mistério de Deus é inesgotável?

Sim. Compreendo que se o não fosse, Deus não seria Deus. É inconcebível à nossa mente a eternidade e a infinitude!

Compreendes então porque é tão ridículo o orgulho do homem?

Sem a nossa televisão veríamos mais longe?

Quanto mais!

Então quanto mais Cidade, mais cegueira!?

A Criação, como Deus a fez, é inultrapassável em sabedoria e em perfeição. Porque a destruís?

Virás aqui para o pé de nós, no Nono Dia, ensinar-nos a inverter os nossos caminhos, tirar-nos todo o medo do coração?

Eu sempre estive convosco.

Ajuda aqui, Mãe… Se não quiseres que escreva isto, desvia-me para outro lado: os que viveram antes de Tu nasceres em Nazaré, antes de seres glorificada, não tinham Mãe, no Céu, nem Irmã?

Só não Me tiveram antes de Mim aqueles que Me não tiveram depois de Mim.

Como?!

Não sabes que o tempo faz parte da carne e que só a ele ficou o homem amarrado porque pecou?

Então…

Não há antes nem depois, para Deus. A Minha Ternura materna, o Meu Carinho de Irmã, desde sempre poisou no coração daqueles que viveram do Céu.

Não sei se entendo, mas abençoa o que escrevi, minha Mãe, minha Irmã, minha Rainha!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

303 — Não Te rias, Mãe!

22/1/96 3:42

Anunciar e testemunhar a Trindade o que será?

É anunciar e testemunhar todo o Mistério de Deus. Nada mais existe, para além da Trindade Santíssima. Ela é Yahveh!

És Tu, Mãezinha?

Sou Eu, sim, Meu filho. Não distinguiste ainda a Minha Voz, pois não?

Não. Só suspeitei que fosses Tu… Lentamente senti que eras Tu.

Deixa que seja assim, por enquanto. Jesus quer fazer de ti um verdadeiro Rochedo, para sobre ele refundar a Sua Igreja.

Tu sabes, Mãe, que isto para mim é mais do que um sonho; isto é uma verdadeira impossibilidade.

Pois é, Meu filho: aos olhos dos homens é impossível. Mas por isso mesmo: o que está para vir não tem nada a ver com o mundo mental dos homens e seus cálculos. É Tudo Novo o que está para vir, Salomão. Uma Novidade tal, que encherá de espanto os pobres e confundirá todos os sábios e poderosos deste mundo.

É todo o Mistério de Deus que se abre de novo, não é, Mãe?

Sim. Como naquele tempo, em que também a Mim me parecia uma impossibilidade tudo quanto Me era anunciado.

Este é um tempo comparável ao Teu tempo de Nazaré?

É maior ainda a amplidão do Prodígio neste vosso tempo. É a Segunda Vinda anunciada no Evangelho.

Faça-se então em mim segundo a Promessa do Senhor. Eu creio, com todo o coração que tenho. Robustece então a minha Fé, Mãe.

Eu tratarei dela e a protegerei como um precioso tesouro.

Sinto-me tão frágil, tão lento e rude… E depois Satanás não me larga…

Também Eu não te largo e sou a Tua Mãe. Não sabes o que uma mãe é capaz de fazer pelo seu filho?

Então ensina-me a ser Teu filho.

Já és.

Mas assim rude…

Meu amorzinho!

Foi assim que eu senti, Mãe.

Sentiste a Verdade.

Tu gostas assim de mim?

É um louco amor de mãe o que Eu sinto por ti.

Eu também Te queria amar assim.

E amas já. É pequenina ainda a planta do teu amor, mas está vindo da mesma semente donde nasceu o Meu.

Tenho tanto medo de que esta planta se parta, que não cresça… Tenho tanto medo de mim…

Meu tolinho…

E depois o Diabo não me larga. Bloqueia-me tudo, não me deixa escrever… Porque não me libertas deste Monstro?

Porque tu és Salomão e sobre a Paz vai o Meu Jesus refundar a Sua Igreja.

Por isso mesmo!

Por isso mesmo não podem as portas do Inferno prevalecer contra ela.

Por isso mesmo!

Por isso mesmo tem que ser inabalável o Rochedo da Paz.

E é assim que se torna firme o Rochedo?

E como haveria de ser, Meu tolinho? Não estás já vendo os embates que ela terá que suportar?

Ah! Olha, Mãe: Tu viste esta alegria agora aqui dentro?

Vi.

E é má?

Conta essa alegria.

Eu imaginei-me assediado de todos os lados por ondas fortíssimas e resistindo! Ondas mesmo de ódio e resistindo! Ondas umas atrás das outras e resistindo!

Não notaste vaidade nessa alegria?

Olha, Mãe, não. Não notei vaidade. Eu sentia-me resistindo só pela Força de Jesus. Eu sentia-me empolgado com o Poder do meu Senhor e dizia a todos os demónios: Vinde, que haveis de partir os cornos de encontro a mim todos vós os fabricantes da iniquidade!

E não é vaidade, isso?

Não, Mãe, não é! Eu sinto-me nada! Eu sinto que o meu coração está dissolvido no Coração do meu Mestre, que é ele que enfrenta tudo!

Vês, Meu filhinho? Porque tens medo?

Aquilo que eu agora vi, vai acontecer, Mãe?

Não é para isso que te estamos preparando?

E eu não me vou portar mal?

Às vezes podias portar-te melhor.

É a do jejum, Mãe? Essa não me sai da cabeça… Não Te rias, Mãe!

Sente este tempo como o tempo de andares com Jesus, teu Mestre, aprendendo. Preocupou-Se Ele com o jejum dos Seus Apóstolos enquanto com eles percorria os caminhos da nossa terra? Vigia e reza sempre; o que Jesus em cada momento quiser que faças, Eu mesma to ajudarei a fazer. Nunca tenhas medo, Meu pequenino!

Está bem, Mãe. Olha: e aquela Palavra que me trouxeste…?

Deixa-a estar. Não a sentes germinando?

São 5:30