No jardim da casa
Escrevendo ...
Breves dados biográficos

O meu nome é Salomão. De apelido Duarte Morgado.

Nasci no ano de 1940 em Portugal, na aldeia do Rossão, da freguesia de Gosende, do concelho de Castro Daire, do distrito de Viseu.

Doze anos depois, 1952, entrei no seminário menor franciscano: eu queria ser padre franciscano.

Doze anos depois, 1964, fiz votos perpétuos na Ordem dos Frades Menores de S. Francisco de Assis seguidos, ao fim desse ano lectivo, da ordenação sacerdotal: eu era o padre que tanto queria ser.

Doze anos depois, 1976, pedi ao Papa dispensa dos votos que era suposto serem perpétuos e do exercício do sacerdócio, que era suposto ser para sempre, casei e tornei-me pai de quatro filhas.

Doze anos depois, 1988, fiz uma tentativa extrema para salvar o meu casamento, saindo de casa. Mas o divórcio de facto consumou-se.

Doze anos depois, 2000, surgiu na minha vida o mais inesperado acontecimento, que começou a ser preparado, sem que eu disso tivesse consciência, no meio deste ciclo, 1994. Foi aqui que comecei a escrever a longa Mensagem que senti Deus pedir-me que escrevesse em Seu Nome e a que Ele próprio deu o título de Diálogos do Homem com o seu Deus no Tempo Novo. Os textos agora aqui publicados são excertos desta vasta Profecia preparando a sua divulgação integral, no tempo oportuno, que desconheço.


Moro há 30 anos em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.


Não são estas palavras mais do que um testemunho daquilo que vi, ouvi, senti, toquei. Não estão por isso sujeitas a nenhuma polémica. Todos os comentários que se façam, ou pedidos que se queiram ver satisfeitos, sempre serão respondidos apenas com novos textos: de mim mesmo não tenho respostas.




Observações


Muitos e verdadeiros Profetas têm surgido nos nossos dias. Um deles é Vassula Ryden, cuja profecia, "A Verdadeira Vida em Deus", teve um decisivo relevo no meu chamamento a esta missão e revela uma estreita complementaridade com esta Mensagem que escrevo.

Os algarismos desempenham nesta Profecia um papel muito importante como Sinais. Foram adquirindo progressivamente significados diversos. Assim:

   0 – O Sopro da Vida. O Espírito Santo.

   1 – A Luz. A Unidade. O Pai.

   2 – A Testemunha.

   3 – O Deus Trino. A Diversidade.

   4 – O Mensageiro. O Profeta. O Anúncio. A Evangelização.

   5 – Jesus.

   6 – O Demónio.

   7 – O Sétimo Dia. A Paz. A Harmonia.

   8 – O Oitavo Dia – O Dia da Queda e da Redenção. O Homem caído e redimido. Maria de Nazaré.

   9 – A Plenitude de Deus. A Transcendência. A Perfeição. O Regresso de Jesus. O Nono Dia.

Alguns agrupamentos de algarismos adquiriram também um significado próprio. Os mais claramente definidos são estes:

   10 – Os Dez Mandamentos. A Lei. A Escritura.

   12 – O Povo de Deus. A Igreja.

   22 – As Duas Testemunhas de que fala o Apocalipse.

   25 – A Alma humana.

   27 – Salomão, o meu nome que, derivando do termo hebraico Shalom, significa o Pacífico, a Testemunha da Paz.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

458 — Se for o Espírito a rezar…

                          9:23                                                                                                                  

  Não sei ainda o que Jesus me quer com este Salmo. Ele é uma “súplica contra os maldizentes”, segundo diz o título, na minha Bíblia. É que maldizentes, neste momento… não os tenho ainda. Nem o Grupo Promotor o considero propriamente maldizente, gente de “lábios mentirosos”, de “língua enganadora”: eles apenas me rejeitam e fazem-no às claras.

                    15:40                                                                                                                   

   Dentro de dez minutos tenho que ir para a escola, onde estive toda a manhã. Peso na cabeça, secura interior. Ainda não sei o que me quer hoje o meu Guia com este Salmo. Não tenho a sensação de viver entre inimigos, como o texto sugere: eu, de facto, não “vivo entre os de Mesek”, nem “habito nas tendas de Cedar”. Numa palavra: eu, neste momento, não me sinto “no meio da angústia” nem é neste momento saliente em mim a sensação de que “a minha alma viveu tempo demais com aqueles que odeiam a paz”. Porque me dá então o Senhor assim este alimento, se o meu organismo não está predisposto para o saborear regaladamente? Uma oração de agradecimento seria até mais adequada. Que me quer o Mestre?

                   19:01                                                                                                                          

  Cheguei agora da escola. À vinda , na minha bicicleta, pedi ao Senhor que me tornasse ágil e expedito o corpo, de modo a servir com docilidade e presteza a nova construção que dentro de mim está crescendo. Falei para dentro, onde sei que está o Espírito, minha Felicidade e minha Força, pedindo-Lhe que tornasse cada vez mais viva e mantivesse em plena sensibilidade esta massa placentária que protege e canaliza para o interior o alimento material de que também lá dentro sou feito e vou crescendo: o meu novo ser é também feito de corpo, que no dia da Ressurreição da Carne irá associar-se em personalidade una à visão e à felicidade deste filho de Deus e irmão de Jesus que eu sou, sinto que estou sendo cada vez mais. Não sei porque me surgiu hoje esta oração. Talvez porque o meu corpo se sinta pesado, com a sua energia vital bloqueada por um motivo qualquer. Mas não sinto qualquer tipo de angústia. Apenas esta perplexidade meia anémica de não saber ainda porque me deu Jesus a ler este texto.

   Uma das explicações que me ocorreu foi o poder ser este mais um meio de que o Senhor Se está servindo para purificar e robustecer a minha Fé. É que a indicação parece ser perfeitamente aleatória e portanto mesmo a calhar ao Diabo para mais uma vez me insinuar que o meu ouvido é falível, que no fundo não existe ouvido nenhum, que todo este volume de Escritos não passa de construção da minha fantasia activada por um espírito carente de afectividade, refinadamente egocêntrico.

   Mestre, ainda não sei o que me queres… Olhei agora o relógio. Foste Tu que para lá me levaste os olhos?

   Que viste no relógio?

   19:44.

    E que te diz o que viste?

   Além do Pai e da Transcendência, diz-me que escreva, que escreva.

   Não te basta saber do Meu Desejo de que escrevas, escrevas?

   Às vezes, como agora, o que me custa é saber o que hei-de escrever.

   Quando isso acontecer, escreve que não sabes o que hás-de escrever. Fica sempre Comigo!

   Julguei que fosse para acabar aqui. Mas um impulso fez-me abrir estes próprios Escritos. O maço das folhas abriu em 12/5/95: Os temas são exactamente os do anúncio, da ressurreição da carne e da Fé cega no Senhor, necessária à nossa reconstrução a partir de dentro. Jesus mostra-Se aqui quase irado. E neste momento uma luz está iluminando o meu coração: enquanto o meu corpo amodorrado, pesado, lhe apetece deitar-se, dentro dele o Espírito quereria elevar a súplica deste Salmo ao Pai. Se for o Espírito de Jesus a rezar, repare-se no sentido novo que estas palavras adquirem: “A Minha alma já viveu tempo demais com aqueles que odeiam a paz. Sou todo pela paz, mas, quando Eu falo, eles estão sempre pela guerra”!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

457 — A historia do passarinho morrendo por insolação

19/7/95 4:29                                                                                                                           
   As impressões de ontem terminaram de forma muito insólita: depois de rezar o Terço ajoelhado, levantei-me na escuridão do quarto e pareceu-me ficar muito alto, em cima de um pedestal ou de uma elevação qualquer. Durou uns momentos relativamente longos esta sensação. Só terminou quando me aproximei da cabeceira da cama para me deitar. E era como se, neste percurso, eu tivesse que descer. Não sei ainda o que significou. Não sei se foi Jesus exaltando-me. Mas pedi-Lhe a Humildade.

   Tudo me diz agora, porém, que foi Graça do Senhor. E que há também um tempo para receber humildemente as Suas Graças e nos sentirmos felizes. De facto, todo o dia de ontem foi dominado pela sensação de que Jesus me elegeu para uma missão bem especial na Sua Igreja e me quis dar isso a conhecer como recompensa depois de um longo tempo de sofrimento na solidão do Deserto durante o tempo que Ele achasse necessário, até ao fim da vida, se preciso fosse.

   Mesmo agora me faz Jesus relacionar este facto com um outro episódio curioso do dia de ontem: ao encaminhar-me, depois do almoço, para a bouça, debaixo de um sol abrasador, encontrei no asfalto um passarinho muito pequenino. Julguei-o morto. Mas ao baixar-me verifiquei que respirava ofegante, de biquito muito aberto. Deixou-se apanhar sem se mexer. Julguei que estivesse ferido, mas não: o seu mal era só calor. Nitidamente ele não era já capaz de se mexer e morreria ali na imensidão do asfalto, por insolação. Levei-o na mão para a bouça e senti uma grande ternura por aquele passarinho, ali tão quieto, tão abandonado, tão dependente de mim, do que quisesse fazer dele. Na bouça, sob a sombra fresca das árvores, escavei a terra até encontrar humidade e lá coloquei aquela pequenina criatura, que se deixou tombar de lado sempre de olhito aberto. Num impulso muito espontâneo, ajoelhei-me e beijei-o. Depois fiz uma armação com paus e coloquei por cima ramagens, para intensificar a sombra. Passado um pouco, o pardalito respirava mais devagar, de olhos fechados. Enterneceu-me esta imagem do passarinho dormindo. Andei ali no meu passeio do costume até que resolvi espreitar: aquela coisinha já lá não estava. Fiquei feliz.

   O dia de ontem significou para mim algo de parecido. Como se Jesus me tivesse levado também na Sua Mão a descansar num pequeno oásis. Por isso sei que Ele me ama. Li-o ontem na Vassula… Vou ver e… os meus olhos caem exactamente na frase que eu procurava!: “Meu menino, Meu menino… Eu, o Senhor, quanto te amo! Eu amo-te até às lágrimas!… Deixa de escutar o Maligno, que tenta destruir todas as coisas boas que te dei. Tem fé no Meu Amor. Eu nunca deixarei de vir a ti… Nunca… Por isso tem a Minha Paz” (15/11/92).

   Continua hoje Jesus mantendo este clima de intimidade comigo. Desde o princípio deste Escrito que Ele me está dizendo, sempre através do meu típico ouvido mas muito distintamente: “Salmo cento e vinte”! Eis, pois:

                                            Sl. 120 (119)
 
  Não era, em verdade, isto que eu esperava. Parece até nem ter relação nenhuma com o ponto em que me encontro. Mas é a típica lógica deste meu Guia: o ponto em que me encontro é sempre a andar, sempre mais à frente!…

   São 5:57.

terça-feira, 28 de junho de 2011

456 — Deus desfaz-Se em Dádiva

                        22:21
                                                                                                                
   Só um pouco ainda, neste anoitecer, para deixar gravado o pasmo do meu ser perante este Deus que Se desfaz em Dádiva! Não só confirmou a Presença do Espírito na minha incapacidade comandando o meu corpo disforme para que ele registe sem desvios o Seu Ensinamento, como me revelou a Presença da Rainha do Céu acarinhando e protegendo estes Escritos: Jesus não pára. Andei hoje fazendo coisas várias, mas sempre envolvido numa encantadora sensação de Presença permanente do Céu em mim. Até a Voz do Mestre me pareceu ouvir nitidamente quando Lhe pedi que me desse a comer o Seu Pão:

                                Dt. 10, 14ss
               
   “Vê: ao Senhor teu Deus pertencem os céus e os céus dos céus, a terra e tudo quanto nela se encontra. No entanto foi a teus pais que o Senhor Se apegou com amor…”.

   Yahveh é Amor!

domingo, 26 de junho de 2011

455 — Os judeus tinham razão: o Nome de Deus é impronunciável

                   9:30 em ponto!
                                                                                                              
 Na sequência da aula desta noite, em que o Mestre abençoou estes Escritos, vem Ele agora reforçar a minha Fé na Presença de Yahveh, o indizível Deus Trino, através do Espírito.

   Tremo ao escrever Yahveh e tremo ao escrever Espírito. Yahveh, porque foi a única palavra que me ocorreu ao querer adjectivar aquele 9: este algarismo significa para mim uma Transcendência e uma Santidade tais, que é completamente impossível ao ser humano exprimir esta Realidade. Deve ter sido a consciência deste facto que levou os hebreus a evitar, a proibir mesmo pronunciar o Nome de Deus. Ousar pronunciá-Lo sequer, seria já conspurcá-Lo. Por isso o Tetragrama[1] a dizer que nós, cuidado!, nós simplesmente não somos, perante AQUELE-QUE-É!  Os hebreus tinham razão. Tem sempre razão aquilo em que Deus toca! É uma tremenda sensação esta de nos sentirmos completamente incapacitados de exprimir Deus, porque Ele ultrapassa tudo aquilo que jamais olho humano viu, ouvido ouviu, mente humana entendeu, mesmo para aquele que O viu em carne humana, mesmo para aquele que viu Jesus de Nazaré, mesmo para aquele que viveu Deus com o coração! Mesmo em Jesus, aquilo que Deus revelou ainda é muito pouco, comparado com toda a Realidade que Deus É.

   – Jesus, trava-me, se quiseres. Quem sou eu para ousar meter-me por estes Caminhos? Não me leves a mal: eu só quis, como Tu sabes, dizer aos homens meus contemporâneos que os Teus irmãos hebreus tinham e têm razão, que nenhuma boca humana é digna de pronunciar sequer o Nome d’Aquele que Tu vieste revelar.

   – Mas Eu, Eu então, Quem sou, para ti?  

   – Tu és toda a Revelação de Deus que o ser humano pode comportar, até ao Fim dos Tempos, o Fim Último!

   – Queres tentar explicitar melhor isso que dizes?

   – Contigo no coração, eu direi tudo o que desejas: Também a Ti ninguém Te poderá nunca conhecer inteiramente; mas o que de Ti e do Pai podemos conhecer arromba completamente as fronteiras do ser humano como criatura, até à inabarcável dimensão de filho. Mas mesmo assim, nesta nossa dimensão de filhos em que a nossa felicidade quase a diríamos insuportável, mesmo como filhos, nunca teremos a dimensão de Deus. Por isso será sempre, no Céu, por toda a eternidade, total em cada momento a nossa felicidade. Nunca a Riqueza de Deus se vai esgotar! Deus nunca deixará de ser, para o filho homem, completa Surpresa! Disse alguma coisa de jeito, Jesus? Vale a pena, ao ser humano, falar ou ouvir coisas destas?

   – Vale a pena tudo o que puder abrir a Deus o coração do homem.

   – Tu és o Amor, Jesus!

   – Sou. Todo o Amor que é possível caber num coração humano!

   – Olha, Jesus: eu disse que tremia também ao escrever Espírito. Não queres explicar agora Tu porquê, por que é que eu tremia?

   – Sim. Escreve.

   – Estou pronto.

   – Então escreve.

   – Escrevo… eu?

   – Quem escreve és sempre tu.

   – Ah! Eu sou o Teu Corpo no acto de escrever?

   – Não queres ser o Meu Corpo escrevendo?

   – E posso?

   – Se quiseres, podes.

   – Que é querer?

   – É só deixar o meu Espírito actuar em ti.

   – E como se deixa?

   Pedindo e sentindo.

   E como se sente?

   Sentindo e pedindo.

   Nós só podemos pedir?

   Pedir e agradecer.

   Só?

   Só.

   E fazer coisas, agir… nada?

   Só Deus É! Só o Espírito FAZ!

   Por isso tremia?

    O Meu Espírito, agindo, abala a terra inteira!


[1] Tetragrama significa “quatro letras”. O Nome de Deus (Yahveh) escreve-se, em hebraico, com quatro letras.

sábado, 25 de junho de 2011

454 — É a Fé que autentica estes Escritos

18/7/95 4:08

Que valor têm estes Escritos, que até escrevo com maiúscula? Já os considerei uma revelação pública, aproximando-os da Escritura pela assistência do Espírito e já várias vezes me passou pela cabeça que eles nada mais são do que um vulgaríssimo, maçudo diário de uma alma complicada. Também aqui caminho sem certezas e só a minha Fé me ilumina. E no meio deste silêncio da noite ela diz-me… neste preciso momento reparo nos algarismos acima registados e que me fizeram levantar com rapidez, porque… porque continham uma Mensagem importante. Só isso. Apenas sublinhei o 8, porque me sobressaiu como Sinal da Pequenina de Nazaré. Mas agora eles adquiriram de repente um significado inesperado. Assim tal e qual: Estes Escritos (4) são assistidos pelo Espírito (0) e pela Mãe de Deus (8)!!!

E estou também agora mesmo relacionando a Presença da Senhora nestes Escritos com as Aparições várias dos últimos tempos, desde Fátima: eles são mais uma “Aparição” Sua, a preparar os caminhos do Senhor que aí vem! E tenho consciência do que estou a fazer: por estranho que pareça, eu nem pestanejo ao dar a estes Escritos a mesma importância das Mensagens de Fátima, Garabandal, Medugorje, da Vassula e de todas as outras que eu conheço menos ou mesmo desconheço por completo, em que a Mãe de Deus aparece anunciando a Vinda próxima do Seu Filho, assumindo desta vez Ela própria, por especial Graça de seu Filho para o nosso tempo, o papel de João Baptista. De facto, em todas as recentes Revelações, ou é Ela directamente que fala (Fátima, Medugorje, etc.) ou vem chamar a atenção para as palavras de Seu Filho (Vassula)! Sim, eu estou consciente do que estou fazendo! E como me atrevo eu a fazer isto? Só pela minha Fé, que me parece um fiozinho apenas, mas que sempre escrevo com maiúscula porque tem feito o milagre de me manter ligado ao Céu através do meu Herói Jesus, desde o princípio da minha existência! Sim, eu tenho consciência de que isto que afirmo ou é um imperdoável sacrilégio, ou é um esmagador Dom do Senhor!

De facto, não há nada nestes Escritos que possa atestar a sua autenticidade como Revelação de Deus, a não ser a minha Fé. Eu posso chamar a atenção para o fenómeno inicial, quando a minha mão foi movida por força estranha: quem acreditaria, a não ser que acredite em mim? Eu posso apontar as coincidências, os conteúdos, enfim, todo o percurso que os Escritos vão registando: quem verá aqui o Dedo de Deus, a não ser que n’Ele acredite sem reservas?

A especificidade destes Escritos está na Fé.

A Fé radical daqueles que acreditam sem terem visto nem ouvido e que Jesus chamou bem-aventurados. Bem Lhe peço, mas o Senhor não me tem dado a Graça de ver, nem ao menos de ouvir. E creio que é de propósito: o que Ele quer de mim é uma Fé inabalável.

São 5:50.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

453 — Entre forças duras e contraditórias

9:42

O 4 e o 2 juntos intensificam a ideia de anúncio. Trata-se de um anúncio que ultrapassa as palavras e se estende ao testemunho de toda uma vida: das escolhas, das atitudes, dos gestos, da simples expressão do rosto. Neste preciso momento ouço: Todo o teu ser deve dar testemunho como os céus, que proclamam a glória de Deus: como o firmamento, que anuncia as obras das Suas Mãos! (cfr. v.1). Assim claro. Assim sem mancha!

Olhei de novo o relógio, sem motivo algum, a não ser porque o meu Companheiro quis: 9:55. E o que Ele me sugeriu, com base naqueles algarismos, foi isto: Ele próprio é o perfeito Testemunho Humano da glória de Deus (expressa no 9). Humano porquê? Por causa do 5: nada exprimiu tão bem a Humanidade do nosso Deus como as Cinco Chagas que para sempre Lhe ficaram gravadas no corpo. Foi com elas, com esta marca indelével que testemunhou perante o incrédulo Tomé a Sua Realidade Humana. Por isso me estabeleceu Ele o 5 como Sinal de Si próprio, de que é indissociável o Corpo, a característica específica da Segunda Pessoa da Trindade. Por isso Ele, que é desde toda a eternidade Verbo, isto é, Capacidade Comunicadora de Deus ad extra e ad intra, tornou-Se no momento da Criação Voz e ao incarnar tornou-Se linguagem: não falou, apenas; nas escolhas, nas atitudes, nos gestos, nas expressões do rosto Ele foi Perfeita Testemunha da Glória e do Amor do Pai! É este radical testemunho que Paulo registou na conhecida afirmação: “Cristo fez-se por nós obediente até à morte e morte de cruz”! Não, não foi morte natural, nem morte por acidente: Jesus foi assassinado como malfeitor. É isto que quer dizer “morte de cruz”! Há mais um aspecto ainda que importa realçar: a “morte de cruz” remete para malfeitor público. Confrontado com Barrabás, malfeitor célebre, portanto, público, Jesus foi considerado malfeitor tão grande, tão perigoso para todo o povo, que Barrabás foi à vista de Jesus considerado inocente.

Jesus deu do Amor do Pai um testemunho tão eloquente, tão altifalante, tão público, como da Glória de Deus dão testemunho os céus, o firmamento inteiro! “Um dia transmite ao outro a palavra; uma noite à outra noite dá a notícia”. Não, não. “Não são ditos nem discursos de que não se perceba a voz: por toda a terra caminha o seu eco, até aos confins do universo a sua palavra”, tão claro, tão radical é este Testemunho!

Porque me conduziu Jesus para aqui, para esta interpretação deste Salmo? Nitidamente porque sim, porque quis. Como sei eu isso? Pelos Sinais que me forneceu: 4-2 e 5-5. À imagem do meu Mestre, também eu tenho que ser uma radical testemunha do radical Amor de Deus. Porque fala o Salmo, a seguir ao testemunho dos “céus”, da “lei”, dos “testemunhos”, dos “mandamentos”, dos “preceitos”, do “temor”, dos “juízos” do Senhor? Justamente porque a Voz da Criação se tornou Voz audível pelo coração do homem, ao fazer-se lei, testemunho, mandamento, preceito, temor, juízo do Senhor, a que se apõem os atributos de aprazível, fiel, recto, puro, verdadeiro, equitativo. Por isso observá-los reconforta o espírito, torna sábio o homem simples, deleita o coração, ilumina os olhos. E finalmente se diz que tudo isto, se for comido, é mais doce que o mel (cfr. vs. 8-11). Lido com olhos de Novo Testamento, este Salmo, depois de falar do testemunho dos “céus”, fala do testemunho da Voz incarnada de Deus, Jesus. Observar tudo aquilo é agora mais simples: é seguir Jesus. Seguindo-Lhe o estranho caminho, viramos Testemunhas Suas “até aos confins do universo”.

Mas é aqui que se situa uma oração minha várias vezes repetida, mas ainda ontem apresentada ao Senhor de forma mais veemente. Está aqui, chapadinha: “Quem poderá discernir todos os erros? Purifica-me das faltas escondidas”! Podia acrescentar aqui a oração inicial: Dá-me a Tua Paz, Jesus! Não é sossego, não é parança, não é comodidade o que eu estou pedindo; são decisões, são atitudes, são gestos, são expressões de rosto que correspondam com inteira precisão à Vontade d’Aquele a Quem eu me entreguei para ser refeito. Ora enquanto Ele nos não libertar inteiramente do homem velho, são duras e contraditórias as forças que nos acompanham no nosso caminhar. Então, porque nos sentimos imperfeitos e impotentes, paramos muitas vezes neste nosso caminhar e perguntamos no Silêncio: Onde está o meu erro? Onde está a minha culpa? Em resposta, apenas, esta sensação de disformidade. Então só nos resta, como ao salmista, admitir que há em nós “faltas ocultas” e pedir ao Senhor que as lave, embora delas não tenhamos consciência.

Ter consciência das nossas faltas é também um Dom de Deus!

E reparo, surpreendido, como neste contexto o salmista refere a soberba. Eu chamo-lhe ambição e vaidade e também eu a considero o grande perigo nesta caminhada. É, pois, também a minha a oração do salmista: “Preserva também o Teu servo da soberba, que ela não domine sobre mim. Então serei perfeito e absolvido das grandes faltas”.

É pelo caminho contrário ao do mundo que atingimos a perfeição. A este caminho chama-se Humildade. A Humildade lava. Ela é, na nossa vida, a Cruz do Senhor que destruiu a morte e tirou os pecados do mundo. É a Humildade que nos absolve.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

452 — Discernir entre a voz de Deus e a do Diabo

17/7/95 5:00

Jesus, dá-me a Tua Paz!

Já ontem, sem querer, me achei rezando assim. E esta oração surgiu-me, porque ao meu espírito vieram várias coisas em monte, sem que eu atinasse em qual delas me deveria fixar. Depois ouvi, com maior nitidez, “Salmo 19”! Só que a voz, quando o meu ouvido se quis apurar, não me pareceu – não era certamente! – a de Jesus. Porquê? Porque o Demónio não consegue ser bom: a sua voz não é serena. A Voz de Deus, mesmo quando vem do Seu Coração irado, é uma Voz tranquila. Veemente, mas harmoniosa. A voz do Diabo não tem classe: é insegura, irregular, artificial. Tem sempre, no timbre, algo de desagradável: ora é estridente, ora é de um cavernoso forçado; ora é cínica, ora é delambida; ora é aduladora, ora é achincalhante. Mas como distingo eu tão bem a Voz das outras vozes, se ando sempre a dizer que nada ouço? Não sei. Acho que é pelo sentir. Há um lugar dentro de mim que sente como… como um aparelho receptor de sinais rádio… Emprego esta desajeitada comparação, porque me parece que pode levar também à noção de interferência. É que o Diabo consegue interferir e distorcer a comunicação, não sei porquê, não sei como. No caso de hoje, por exemplo, pareceu-me ouvir “Salmo 19!”, com a Voz de Deus. Mas logo a seguir, ouvi as mesmas palavras, repetidas em tons vários, desagradáveis por um motivo ou por outro. Tentei já decidir este caso e pus-me à escuta: era, desta vez, a Voz de Deus, serena, redonda, amiga. Mas Satanás não me larga hoje e volta a meter bedelho. Por isso peço ao Pai a Paz necessária para que só o Espírito reze em mim, para que decorra serena a aula do meu Mestre Jesus, conforme indicavam os algarismos iniciais. Vou, pois, destacar:

                                                                Sl 19 (18)

É como se esta noite no Deserto Jesus me pedisse que olhasse as estrelas: “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das Suas Mãos”! Não sei ainda que coisas escondidas o meu Guia me está querendo desvendar para lá das estrelas: a letra do salmo percebo-a eu toda muito bem, mas a Mensagem que se destina ao coração está sempre para lá da letra.

São 6:33.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

451 — É um Dom o tempo de andar, como o de parar

10:08

O 8, embora signifique, para mim, uma realidade complexa, sempre que aparece remete-me para a Mãe de Deus, como Protótipo de criatura redimida. Mas há uns dias largos que Ela me não ocupa o coração com o Seu encanto. Ainda hoje de madrugada me lembrei d’Ela e pedi-Lhe, como sempre faço desde o encontro com a Vassula, que tome conta da minha família. Mas foi de fugida que falei com Ela. Com total confiança, como sempre desde que A conheci, mas de coração árido, em estado de Deserto. Conversar com Ela longamente, de coração encantado, como já me aconteceu, isso há tempos que não acontece.

Mas diz-me a Mensagem de hoje que devo ficar tranquilo: que receba como o melhor dos alimentos o maná que em cada momento o Senhor me der. Que não force e espere. Afinal o abandono completo nas Mãos do Senhor não aconteceu ainda em mim. Ontem, na minha oração, agradeci-Lhe em primeiro lugar logo o Deserto. Hoje o Senhor veio dizer-me que não basta saber que o Deserto é um enorme Dom Seu; é preciso senti-lo como Dom. É preciso que também com este Dom a alma exulte no Senhor e aclame o rochedo da sua salvação. Não basta agradecer-Lhe a saída do Egipto; é preciso agradecer-Lhe do mesmo modo todo o tempo de Deserto, todo o caminho que for preciso andar, todo o tempo que for preciso parar, até que venha o tempo oportuno para a entrada decisiva na Terra da Sua Promessa. É preciso confiar inteiramente no Senhor como “um Deus grande, Rei poderoso maior que todos os deuses”; é preciso abandonar-se totalmente à Sua Sabedoria e ao Seu poder; é preciso crer que Ele é o Amor! Importa não “provocar”, não “pôr à prova” nunca o nosso Deus, como fizeram os nosso pais “em Meriba, como no dia de Massa, no deserto”, a ponto de O levarem a “jurar” na Sua “ira”: “Não entrarão no lugar do Meu repouso!”.

É admirável este Jesus!: o Salmo 95, que na altura me pareceu despropositado, sem relação nenhuma com a minha situação do momento, provocador até, relativamente à frieza do meu coração, tornou-se autêntico maná neste meu Deserto! É nitidamente a continuação e o aprofundamento da aula de ontem. Este Mestre é de tal ordem, que não Lhe encontro a mais pequenina imperfeição a dar aulas. Sucede até que, justamente aquilo que parece mais estranho, vira a mais surpreendente descoberta, a mais evidente Verdade!

Por isso, porque tanto gosto de estar nestas aulas, nem me apetece ir à Missa! Mas, se for Vontade d’Ele que eu vá, também a Missa se tornará Surpresa pura!

Sinto que devo ir

20:16

Fui hoje de tarde dar um passeio de bicicleta, a ver as obras da Ponte do Freixo e respectivos acessos. Senti que Jesus quis que fosse e para lá me guiou. Eu dizia: Vê, Mestre, que grandiosas construções! E Ele respondia-me: Em verdade te digo: não ficará pedra sobre pedra!

terça-feira, 21 de junho de 2011

450 — Um salmo exaltante para um coração abatido

16/7/95 5:35
                                           Sl 95 (94)

Foi outra vez a falta de assunto que me levou à oração: o Senhor tem, na verdade, engenhosos processos de manifestar o Seu Querer…

Li, mas o meu coração não canta este Salmo. E sei que vai cantá-lo quando o Espírito encharcar por completo as minhas células. Entretanto, que faço, com este vazio? Como o preencho, se não tenho assunto, nem oração para rezar? Leio de novo. Eu acredito no meu Jesus. Eu acredito no Espírito Consolador irrompendo no meu ser. É Ele que reza em nós. Se não for Ele, não há oração. Este Salmo é um apelo a que nos juntemos todos e “exultemos no Senhor, aclamemos o rochedo da nossa salvação”. Não é sequer para se rezar na intimidade de uma cela, mas na praça pública, mais até do que no templo. É o cântico de alguém inflamado que chama muitos outros, todo o povo para ir à presença do Senhor “com hinos de louvor”, para O saudar “com salmos jubilosos”. É clima de festa, de exaltação.

E eu não estou aí. Ninguém que esteja como eu neste momento pode subir a um qualquer monumento no centro da praça e dizer “Vinde”! “Vamos”! “Vamos”! “Vinde”! Não consigo fazer mais nada senão análise textual! E Jesus não me quer fazendo isso: se me deu este Salmo, é para eu o cantar, não para o analisar. Este Salmo não tem nada que explicar, nem sequer é para entender: é para viver e cantar! Então, se mo deu para eu cantar, porque me não põe música no coração? São já 7:02 e veja-se o que até agora do meu coração saiu! Tudo o que escrevo é sentido; se não sinto, não escrevo. Calcule-se, pois, o que eu senti durante hora e meia!

Agora reparo: estou resmungando contra o Senhor que me não fez ainda chegar à Terra Prometida, que me retém neste Deserto tempos sem fim. Então leio de novo e ouço: “Ele é o nosso Deus; nós, o povo do Seu pasto, e ovelhas por Ele conduzidas”! Se estou, pois, a ser conduzido por Ele, se estou nas pastagens a que Ele me trouxe, porque me queixo? Não tenho recebido, em abundância, o maná que gratuitamente me desce todos os dias do Céu? Que tenho eu que protestar, se “O Senhor é um Deus grande, Rei poderoso, maior que todos os deuses” se nada há que Ele não conheça e comande, se “em Suas Mãos estão as profundezas da terra e os cimos das montanhas Lhe pertencem”, se “d’Ele é o mar; foi Ele quem o criou e a terra firme é obra das Suas mãos”, se o fundo e o cimo, o perto e o longe, tudo Lhe pertence? Como posso pensar, eu, mísera criatura, que o meu Pastor me não está dando o melhor pasto que para a minha alma neste momento se pode encontrar sobre a terra? Que melhor quero eu no Deserto, se não há outro caminho, se a Terra que o Senhor me prometeu fica para lá do Deserto, se é, portanto, pelo Deserto que é preciso caminhar? Que mais pode fazer por mim o meu Deus que o não tenha feito? Cuidado!: “Não torneis duros os vossos corações como em Meriba, como no dia de Massa, no deserto”! assim fala a Voz do meu Senhor.

São 7:33.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

449 — Por isso nos ardia o coração

                       – 15:44

Este repetido 4 diz-me que escreva, que escreva sempre. Que continue contando a história do nosso Deserto e do Invisível Espírito. É estranho: vejo o mundo todo, mesmo todo árido, seco, mirrado, morto. Tudo reduzido a barro amarelado esboroando-se e as elevações na paisagem calvas, lívidas e mudas como espectros. Procuro nos mais fundos vales vestígios de algum rio, um magrinho fio de água que seja, e só vejo lama ressequida, gretada. Um brilho de zinco no espaço. Um sol queimando muito, sempre mais. Um silêncio só entrecortado, aqui e além, por estalidos secos, de novas fendas abrindo-se.

É por esta paisagem que eu caminho com o meu Jesus. Há-de haver outros que também assim com Ele caminham, mas nunca nos encontrámos todos juntos na mesma encruzilhada. A culpa disto é toda de Jesus: Ele veio ter comigo, perguntou-me se eu não queria parar com a empreitada da minha destruição e da dos outros. Destruição? Olhei à minha volta e disse: Eu bem me queria parecer! E foi com um baque no coração que eu constatei: andamos todos a construir uma ruína! Olhei então para dentro de mim à procura de uma explicação e encontrei Jesus lá, bem vivo no coração. Começámos a conversar como amigos. Ele falou-me na possibilidade de fazer de novo jorrar rios caudalosos por estes vales e encher de florestas virgens estes outeiros. Falou-me em fontes jorrando das mais altas montanhas. Eu estava encantado, mas de repente caí em mim e perguntei-Lhe: E… e água? A Água sou Eu respondeu-me Ele sem pestanejar.

E não é que eu acreditei!?

A partir daí temos andado sempre juntos. Ele fala-me de coisas que eu nunca vi, umas curiosas, outras muito estranhas e outras mesmo impossíveis, mas eu acredito. Acredito sempre. Acredito não por Ele ser Deus, que isso eu já sabia; acredito por Ele ser assim tão meu Amigo, tão tu-cá-tu-lá, que isso eu não sabia e foi uma descoberta que me encantou e me prendeu para sempre. Por isso Lhe tenho anotado as palavras todas, que eu não quero perder pitada. É um Amigo que a gente ouve tão encantado, que quando dá conta está-Lhe aos pés, pasmado, como aqueles alunos antigos perante os mestres.

O que nos mostra é tudo invisível. Quase sempre contrário ao que pensávamos. Surpresa sempre. Mas tanta autoridade tem, tão certeiro é tudo o que diz, que vai provocando em nós uma reestruturação completa, a partir do âmago da alma. Então começamos a ver com o coração tudo quanto víamos com os olhos e com a razão: a paisagem é radicalmente outra e tudo o que era impossível passa a ser um Mundo Novo já avançando com fúria imparável, por baixo das areias do Deserto e dos rochedos das montanhas!

Esta Vaga de fundo, fresca e verde, avançando assim inexorável em direcção à superfície do Deserto sabemos que será chamada ESPÍRITO SANTO, O INVISÍVEL!

Então este nosso Irmão, que assim nos ensinou todas estas coisas havemos de O ver descer do Céu num trono, sobre uma nuvem. E só agora nos recordamos de que Ele é Deus e murmuramos: Por isso nos ardia o coração quando Ele nos falava!

domingo, 19 de junho de 2011

448 — Abandonar-se custa muito; sentimo-nos perdidos

                       – 10:03
Mais uma vez se me realça nos algarismos a Transcendência. E hoje, em especial, o Invisível Espírito. Vejam-se os algarismos do início da vigília: eles acentuam a minha qualidade de testemunha daquela Realidade transcendente e invisível!

O mundo invisível! O mundo para além da realidade física – metafísico, como dizem os nossos sábios! Eu costumo dizer aos meus alunos que aquilo que eu deles vejo com os olhos é secundaríssimo: eles são, essencialmente, invisíveis. Normalmente ficam de expressão parada, tensa, uns momentos. Creio que acreditam, mas não sei com que fogo. Não sei se esta fé juvenil lhes irá inverter o processo de fixação no mundo visível a que os vejo agarrar-se com unhas e dentes. Se nem na minha própria casa consigo ver outra coisa que não seja uma sôfrega exploração do mundo físico! Se nem eu, que isto prego, consigo evitar as desordenadas solicitações e impulsos da carne!

O Pecado atingiu e atinge em nós essencialmente o mundo invisível, esse que faz a nossa específica identidade, aquele que nos distingue de todos os outros seres. Ficámos dependentes do barro, porque o Sopro da Vida foi n’Aquele Dia ferido de morte. E, por via d’Ele, também o barro foi atingido: foi-se-lhe a força que o iluminava, vivificava e unia. Depois do pecado, o próprio barro ficou sujeito a esboroar-se ao primeiro abalo. Como barro só. E quantos montículos de barro não há aí na paisagem deste Deserto, esboroados, restos de figuras vivas com que Deus sonhou correndo loucas de felicidade por entre o Verde que deveria existir, onde agora são morros despidos e areias escaldantes!

Como se volta lá, ao Princípio, ao Sonho de Deus? É absurdo pensarmos que poderemos fazer alguma coisa nós só, nós-montículos de barro esboroado, espalhado pelo Deserto. Do Sonho de Deus só Deus sabe – diz a nossa lógica. Então, porque, ainda segundo a nossa lógica, para nada prestamos assim montículos esboroados secando mais e mais ao sol deste Deserto, deixemos Deus trabalhar. Ele, pelo facto de ser Deus, pode tudo, pode ressuscitar mortos, pode fazer de pedras filhos de Abraão. Então? Porque hesitamos? Que temos a perder? Já vimos que não há alternativa: a contar só com nós próprios, o Deserto fica mais deserto, o nosso corpo mirra, esboroa-se cada vez mais. A hipótese é deixar Deus agir. Para isso, o primeiro passo é parar. Parar literalmente com o trabalho de secagem e esboroamento que estávamos fazendo. O segundo passo – ainda segundo a nossa lógica! – é deixar-se literalmente manipular pelas Mãos de Deus!

Primeiro que eu entendesse isto!… É claro que este abandonar-se assim custa muito: é tudo ao contrário do que era, a gente não entende nada, sentimo-nos perdidos. Mais: sentimo-nos morrer. Só então, lentamente, se começam a tornar vivas em nós palavras que haviam ficado cristalizadas na nossa mente. Por exemplo esta: “Se o grão de trigo não morrer…”. Ou esta: “Não vos preocupeis com o que haveis de comer ou de vestir…”. Ou esta, do Salmo que o Senhor hoje utilizou para me moldar a capacidade de agradecer: “É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos Seus fiéis”. Só agora começamos a ter a noção de onde nos encontrávamos e com crescente assombro nos perguntamos como foi possível termo-nos agarrado àquilo.

sábado, 18 de junho de 2011

447 — Querido Mestre, estou muito feliz Contigo

15/7/95 3:02

Andei alguns minutos à espera de assunto, sem o encontrar. Mas uma vigília não é para rezar? – interrogo-me. E concluo: o que eu tenho que fazer é rezar. Mas como, se está seco o meu coração? Foi então que me lembrei de rezar com a própria Palavra de Deus e logo ao coração me veio:

                                               Sl 116 (114-115)

 
Pronto, já li. É um Salmo de acção de graças, exactamente aquilo que eu estava para fazer, mas nada me saía, por causa da absoluta aridez do meu coração. Não consegui cantar este Salmo, como o Senhor ontem me ensinou. Nada vibra em mim, apesar de aquela oração exprimir o meu estado de alma: “Eu sou um débil, Ele há-de salvar-me”… “Que darei eu ao Senhor, por todos os seus benefícios?”.

Só se for esta frieza. De resto, nada mais tenho para Lhe dar. É deveras impressionante, hoje, a aridez da minha alma: entre cada frase que escrevo há dois, três, cinco minutos de total vazio dentro de mim. Puxo pela cabeça até ela ficar dorida, mas era o coração que deveria ser carne viva palpitando de gratidão. Porque ah, isso sim, como eu desejava que todas as fibras do meu ser vibrassem de agradecimento!… O que o Senhor me fez até agora deveria levar-me a passar dias seguidos e inteiros apenas a agradecer-Lhe! E porque não começo já, assim mesmo, como estou?

Jesus, meu querido Mestre, estou muito feliz Contigo por tudo o que me tens dado. Pela aridez, pela frieza, pelo Deserto. Por este Deserto de maneira muito especial: aqui me fizeste penetrar no Teu Mistério e me revelaste as riquezas do Teu inesgotável Coração. Bem hajas pela Solidão que tanto me aproximou de Ti. Bem hajas por Ti: conhecer-Te é todo o tesouro da minha vida. Tu ensinaste-me a força explosiva do Sofrimento e também que é ele que faz nascer a Ternura. Tu deste-me a Fé como prenda de anos, como prenda maior da minha vida: ela sempre me levanta depois de cada queda e me faz ultrapassar toda a montanha e todo o barranco do vale. Só por ela eu sei que me deste o dom da cura, o dom das línguas, o dom da profecia, me fizeste Abraão, Jacob, Moisés, Elias, David, Salomão, Papa! Tu não tens feito outra coisa senão dar-me Coisas, meu querido Jesus. Diz ao Pai que estou muito feliz por Ele me ter criado e diz ao Teu Espírito que não Lhe conseguirei nunca transmitir o Encanto que me inunda o coração no Silêncio em que Ele é tudo em mim. Diz-Lhe que eu gosto muito d’Ele por ser Espírito e morar em todas as minhas células e em todos os átomos do Universo e não se ver! Deixa-me dar-Te um abraço, Jesus, porque Tu és o Mestre mais espectacular que eu conheci, de tal maneira que desprezei todos os outros mestres e só às Tuas aulas quero assistir. Bem hajas por ainda me não teres dado a Terra Prometida. Bem hajas por me não teres dado ainda o Amor. Bem hajas por estares a fazer em mim a Tua Vontade. Bem hajas pelo divórcio e pelo Z. D. e pela família que me deste. Bem hajas pelos Teus insondáveis Desígnios. Bem hajas porque és Surpresa pura. Amen!

São 4:55.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

446 — Mãezinha, que Te faço?

                       – 10:37

Ia fechar a escrita, por agora, porque tenho aulas e um montão de coisas a fazer. Mas um impulso em mim pedia ao Céu que me confirmasse o que acabava de escrever. A minha mão procurou, entre os três volumes destes Escritos que trouxe aqui para o café, o que estava no fundo, e ele abriu-se-me no dia 4/11/95, onde está precisamente a afirmação da nossa Mãe que nunca mais me esqueceu: “A Fé sem dúvidas é morta”!! Porque teima a nossa carne em arranjar dúvidas para evidência tamanha?

Mãezinha, que Te faço?

Ama o Meu Jesus. Nada de melhor Me podes fazer.

Deixa-me amar-Te muito a Ti também!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

445 — Não façais das palavras monumentos

                      – 8:58:39

A imagem dos segundos chama-me a atenção para o Mistério dos Mistérios abrindo-Se de forma inaudita no Nono Dia. E nos outros Sinais Jesus como que me mete pelos olhos dentro a Sua Mãe, com Quem há já muito tempo não dialogo em forma escrita.

Mãezinha, eu sei que estás aqui, certamente muito mais ansiosa do que eu por que a disformidade da minha carne desapareça… Quem sou eu, Mãe? Repara no que ainda há pouco na vigília escrevi.

Tu és Moisés, não to disse já o Meu Filho? Acredita no teu Jesus.

Eu acredito, Mãe. Tu sabes que eu acredito em todas as Suas Palavras, estou atento até ao Seu tom de voz, ando sempre a espiar tudo o que Ele faz, para ver se Lhe descubro os Desejos mais pequeninos.

Ele não tem Desejos pequeninos.

Pois… Tudo n’Ele é do tamanho de Deus, eu sei. Mas por isso mesmo: eu não quero perder nada do que Ele deseje comunicar-me. Eu não tenho é a certeza da fidelidade do meu ouvido, nem dos meus olhos, nem do meu coração! Não vês como estou, Mãe? Diz-me muito francamente, Tu que sabes o que se passa dentro de mim: também era este o Teu estado de espírito há dois mil anos, perante os acontecimentos todos que Te abalavam a vida em Nazaré?

Meu filhinho, Eu sou tua Mãe. Mas sou também tua Irmã em tudo-tudo-tudo.

Excepto no Pecado, Mãe!

Apenas na mancha; não nas consequências. Como podes pensar que Eu vivi uma vida sem tentações, se o Meu Filho e Meu Senhor foi também tentado?

E dúvidas também as tiveste, Mãezinha?

A dúvida é justamente o primeiro passo da tentação. Lembra-te de Eva.

Duvidar não é pecado?

Que te disse Eu já sobre as dúvidas?

A Fé sem dúvidas é morta.

Duvidas de Deus?

Não!

De que duvidas então?

De mim. Das minhas faculdades todas. Eu só duvido de mim, Mãe.

Tens a certeza?

Não, nem disso tenho a certeza: só não encontro dentro de mim nem um cantinho que ponha em causa a omnipotência e a perfeição de Deus. Mas sei lá… Satanás é tão manhoso e o nosso pecado tornou-nos tão frágeis… Tu sentias certamente dentro de Ti toda a Força do Espírito de Deus.

Não foi assim, Salomão; era necessário que Eu fosse vossa Irmã em tudo, para poder vir a ser vossa Mãe. Todas as consequências do Pecado Eu tive que as suportar como qualquer criatura. Como o Meu próprio Filho também.

Também tiveste dúvidas?

Tantas!

Duvidar não é pecado?

Pecado é fazer Deus do nosso tamanho, duvidando d’Ele. Duvidar de Deus é ter caído na Tentação.

Então também o Teu Filho teve dúvidas!?

Hás-de perguntar-Lho um dia a Ele e Ele te revelará o Mistério da Sua Humanidade!

Duvidar de si próprio é bom?

Responde tu, Meu filhinho. Que te ensinou já a Sabedoria?

A dúvida de nós próprios é a garra que afasta a escuridão a caminho da Aurora.

Quiseste fazer uma frase bonita, não quiseste?

Acho que quis. E Tu, que pretendeste Tu ao fazer-me esta pergunta?

Quis fazer-te duvidar de ti.

E isso é Amor, Mãe?

É. É manter o teu coração vigilante. Deixas-Me vigiar o teu coraçãozito?

Já sabes que é tudo o que eu quero. Mas olha: porque quiseste que eu escrevesse “coraçãozito”?

Que te parece? Tu não és especialista em análise de palavras?

Sou, sou professor disso. E costumo dizer que os diminutivos servem para diminuir.

Sentiste-te diminuído?

Senti-me amado. E o Amor é sempre aumentativo.

Nova frase bonita, não?

Que me queres dizer desta vez, Mãezita?

Que não te prendas ao jogo das palavras. Nunca te deixes deslumbrar por qualquer construção verbal. Repara nos Dez Mandamentos que Yahveh escreveu em tábuas de pedra e que está hoje escrevendo de novo, também nestas folhas. Repara também nas Minhas palavras aos pequeninos, em Lourdes, em Fátima, em Garabandal, em Medugorje. Considera a Palavra do próprio Deus que a Vassula regista! Atenção, Meu filho: as palavras são só um invólucro de carne que com o tempo murcha e se corrompe; querer fazer delas monumentos imorredoiros é soberba igual à dos construtores da Torre de Babel.

Mas há também as Parábolas de Jesus…

Construção verbal, as Parábolas de Jesus?

Mas há também o Cântico dos Cânticos…

Acho que Me apanhaste. Mas tem muito cuidado: o Cântico dos Cânticos não tem palavras ociosas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

444 — Não queres ser a montanha onde Eu falo?

5/2/96 4:50

Mais uma vez me dizem os Sinais que no que escrevo está Jesus através do Seu Espírito. Sei também que Jesus me dá a Sua Paz, porque me fez ver 5:07 no relógio antes de me levantar, e me quer falar do Deus Altíssimo, Uno e Trino, porque ao levantar me fez ver a imagem 5:13. De facto, o Texto que o Senhor ontem me indicou está situado a seguir ao Decálogo, que termina justamente no versículo dezoito. Diz assim:

Estas são as palavras que o Senhor dirigiu com voz forte a toda a assembleia, sobre a montanha, do meio do fogo, da nuvem e das trevas, sem acrescentar mais nada; depois escreveu-as em duas tábuas de pedra, que me entregou”.

Não sei o que me quer o Senhor. Mas se foi este Texto que me indicou, é a mim que com ele quer falar. Estou insensível e até distraído, mas Ele tem uma paciência infinita e espera que eu, sobre os Seus joelhos, qual criança, pare de rodar a cabeça e os olhos e n’Ele me fixe. É tudo sempre muito importante o que Ele me quer dizer, mas desta vez alvoroça-se-me o coração por baixo desta aridez, porque é especialmente solene esta Palavra, pelo contexto em que se encontra.

Jesus, não me deixes escrever nem uma pintinha que possa trair o Teu Desejo. Escreve sempre e só o Teu Amor nestas folhas tão frágeis que desta vez escolheste para escrever.

Eu lhes darei a dureza do rochedo.

Diz então, Jesus, o que me queres, que eu farei à letra o que disseres, farei tudo o que o meu ser paralítico permitir. Que me queres, meu Senhor? Fala “com voz forte” de novo e faz de mim um instrumento de Luz executando instantaneamente o mais pequenino Desejo do Teu Coração. Que me queres, meu Amor?

Que escrevas agora o que será dito no tempo oportuno sobre a montanha, do meio do fogo, da nuvem e das trevas…

…sem acrescentar mais nada?

Escreve, não tenhas medo: sem acrescentar mais nada!

Explica então, Jesus, esta Tua última Palavra, se for o tempo, segundo o Teu Plano.

Virá o tempo em que por um pouco Me não vereis falando palavras de carne, porque as que agora estou registando através dos Meus Profetas Eu as farei gravar na rocha…

Mestre, não me deixes escrever nada que não venha de Ti.

Acrescenta: para todo o sempre!

Acrescenta então também isto que me estás dizendo.

Sim: Eu não ficarei mudo; pelo contrário, a todos os que lerem estas palavras de carne Eu mesmo falarei com voz forte no coração.

Meu Senhor e meu Deus, que estás fazendo de mim?

O que ainda há pouco Me pediste que fizesse de ti.

Luz?

Sim. E fogo e nuvem e trevas. Não queres ser a montanha de onde eu fale?

Eu quero ser tudo o que Te convier. Trevas também. E nuvem e fogo, contanto que a Tua Vontade seja feita.

Eu te abençoo, Meu amor!

São 7:05!

terça-feira, 14 de junho de 2011

443 — Ali só se ouvem rezas e a voz do padre M.

                            – 19:52

Estive hoje, domingo, outra vez no local onde vi a Vassula. Numa das palestras do padre M. adormeci. Nada me dizem as palestras e as orações ritualizadas que ali vou acompanhando. Que me prende ali então? Creio que é só o facto de naquele local se acolherem os Profetas do nosso tempo, de aí eu ter visto, em carne, a “secretariazinha” do próprio Deus. Mas hoje só ali senti frio e sono. Queria ouvir ali narrar as Maravilhas do Senhor naqueles corações, mas nada ali se ouve, a não ser o murmúrio das orações e a voz do padre M. Regressei frio e cansado. Uma enorme sensação de impotência: nem a Eucaristia eu vivi com maior calor. Pergunto nestas ocasiões com mágoa maior quando me tirará o Senhor desta aridez que só me deixa viver este Encanto intermitente e mesmo assim fechado dentro de mim. E mais uma vez me invade a consciência de que tudo o que de bom vou tendo é puro Dom do Senhor e que Ele só, me poderá reconstruir como perfeita Testemunha Sua, conforme me dizem aqueles algarismos.

Deste modo, ainda não foi agora que encontrei os meus companheiros do Deserto e recebi licença do Mestre para O anunciar na praça pública, como tanto desejo. Só Ele me acompanha ainda com a Sua Voz paciente e sábia, a dizer desta vez: “Deuteronómio cinco, dezanove”.

                                                       Dt 5, 19

segunda-feira, 13 de junho de 2011

442 — A Cegueira, a grande consequência do Pecado

4/2/96 5:21

Senhor, faz de mim uma perfeita testemunha da Tua Luz, conforme a Esperança que aqueles Sinais me dão.

Não te está prometido vires a ser um Comigo?

Ser Tua testemunha perfeita é ser perfeitamente um Contigo?

É ser Eu.

E como se pode ser Tu, revestido desta carne imperfeita, atacada com o vírus da corrupção?

Não ficou em ti há dias semeada uma Palavra Minha que ainda não germinou?

Sim, Mt 23, 19-21.

Vê-a agora germinando.

Mal consigo ver: ela está tão revestida da roupagem verbal e dos usos daquela época…

Disseste bem: a carne que o Pecado vos legou é só um vestido que se gasta e deita fora. Revesti sempre as Minhas Palavras com vestes novas, em que todos se reconheçam.

Ajuda-me então a pôr àquela Tua Palavra as vestes do nosso tempo.

Como chamo Eu aos escribas e fariseus?

“Cegos”.

Essa é uma palavra de todos os tempos.

Sim, mas…

Desnudai as Minhas Palavras como quem tira a casca a um fruto: elas são para comer.

É da cegueira que estás falando naquele texto?

Sim. Da cegueira de todos os tempos. A grande consequência do Pecado é a cegueira.

Estou vendo, Jesus: ficámos prisioneiros do nosso barro.

A ponto de por ele jurardes.

Bem hajas, Jesus, pelo que me estás ensinando.

Expõe o que já viste.

As pessoas juram pelo que para elas tem muito valor: pelos filhos, pela Constituição da República, pela Bíblia… A quebra do juramento implica castigo ou pelo menos desonra.

Abri os olhos, que é tempo.

Ah! Entendo agora porque me bloqueaste frente ao versículo vinte e dois: Tu querias que a minha atenção se concentrasse no “altar” e no “santuário”.

Sê então testemunha da Minha Luz.

Enchemos o Teu Altar e o Teu Santuário de coisas inúteis, com que amarramos as pessoas e com base nas quais as julgamos. Estão cheios os Teus altares de ritos, o Teu Santuário de normas e dogmas, em nome dos quais chegámos a matar milhares de filhos Teus!

Limpai os Meus altares e o Meu Santuário de tudo o que não sou Eu.

E que Te vestimos, Mestre?

O vosso amor. Não quero de vós outra veste senão sempre o vosso amor.

E dos ritos e das normas e das leis e dos dogmas o que lhes havemos de fazer?

Renunciai a eles e dai-Mos: Eu os transformarei em Luz que o Meu Espírito levará até ao íntimo de cada coração. Vereis então o que os ritos e os dogmas vos escondem.

Jesus, mostra-nos o Pai e isso nos basta!

São 7:07!