— 9:26:36
Nunca o trabalho foi um castigo de Deus. Mas é um castigo. E de uma incalculável violência. Foi-nos ele infligido pela própria decisão, insinuada pela Serpente, de fazermos a nossa própria criação, alternativa à de Deus. Foi a partir daqui que começámos a destruir, implacavelmente, o Paraíso.
Estamos agora em vias de atingir o apogeu desta Devastação. Eis o que fizemos com o nosso trabalho.
Por isso o trabalho nunca pode fazer parte de um Mandamento de Deus como um bem a preservar e a desenvolver; pode, isso sim, fazer parte do Sacrifício voluntário dos discípulos do Redentor para libertar a Humanidade do trabalho.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
6 — O ouvido da Fé
15/7/00 — 2:00
“Deuteronómio cinco, treze” — assim ouço, como ouviria os números do totoloto, se estivesse preenchendo o respectivo boletim. Mas porque Deus não me deu outro meio de ouvir, eu creio neste como absolutamente seguro e fidedigno. Na verdade, se Deus não achasse esta via segura, teria escolhido para mim uma outra, uma vez que não posso duvidar de que Ele gosta muito de mim e de que por isso de modo nenhum recusará falar comigo se me vê aqui ajoelhado com as minhas capacidades todas abertas ao contacto com Ele. Esta é a minha Fé, de que está escrita uma coisa espantosa: mesmo pequenina como uma semente, ela tem em si a força necessária para arrasar uma montanha. Isto é, não há obstáculo que não vença, mesmo que esse obstáculo seja a absoluta surdez.
É justamente a surdez do mundo que Jesus quer vencer com esta Fé que me deu. Ninguém, a partir de agora, pode dizer que não tem meios para ouvir Deus. Sou assim dado como Testemunha aos homens que durante anos e anos se fecharam ao contacto com o Céu e por isso até a lembrança dele perderam: se, mesmo na sua absoluta surdez acreditarem que Deus os ama com louco Amor e quer falar com eles, nesse mesmo instante estarão ouvindo Deus. A Fé é o mais seguro ouvido! — diz o nosso Mestre Jesus.
É por isso que com toda a confiança eu vou abrir o Livro onde Ele me indicou. Está escrito assim em
“Trabalharás durante seis dias e neles farás todas as tuas obras”.
— Não atinjo ainda o que me queres comunicar com estas palavras, Mestre. Ajuda-me a chegar aos teus sentimentos quando quiseste trazer-me até aqui.
— Acreditas em que são mesmo aquelas palavras que te quero comunicar agora?
— Inteiramente. Poderiam elas até ser-me trazidas pelo Demónio: desde que a minha Fé as assumiu, elas tornam-se a Tua Mensagem perfeita para o momento em que me encontro.
— Ainda nada nelas te impressionou?
— Ainda não: vi apenas que elas vêm no contexto da observância do Sábado como dia de descanso; aqui, no sétimo dia, ninguém deveria trabalhar, nem os escravos.
— E em que contexto vem a observância do Sábado?
— No contexto dos Dez Mandamentos. A observância do Sábado é um deles.
— Portanto o Mandamento não é trabalhar os outros seis dias da semana!?
— Não: o Mandamento diz apenas que se aproveitem esses seis dias para fazer tudo quanto houver a fazer, a fim de no Sábado se poder descansar.
— Não há, portanto, nenhum Mandamento que mande trabalhar!?
— Não. Mas certamente é pressuposta a necessidade de trabalhar…
— Sei que estás a pensar numa passagem da Bíblia…
— Sim, naquela onde está escrito “Comerás o pão com o suor do teu rosto”.
— E isso não é um Mandamento?
— De modo nenhum! Isto é o Anátema das Origens.
— Como entendes “anátema”?
— Como a consequência trágica do Pecado.
— O trabalho não seria necessário, se não fosse o Pecado?
— Não: o Paraíso teria sempre alimento abundante à disposição do homem, sem que ele precisasse de despender uma gota do seu suor para o conseguir.
— Se, portanto, o Pecado for removido, aquele Anátema deixará de ter razão de ser!?
— Assim entendo.
— Mas também os Dez Mandamentos deixariam de ser necessários, não?
— Os Dez Mandamentos apenas desdobram o Mandamento do Amor. E esse permanecerá para sempre.
— E o Anátema do trabalho desaparecerá para sempre?
— Sim, quando o Pecado tiver desaparecido da face da terra.
— Diz-Me: se Eu vim tirar o Pecado do mundo, não vim libertar, na mesma proporção, da necessidade de trabalhar?
— Vieste, certamente. Doutra sorte a Tua Redenção não seria eficaz.
— Os meus discípulos deverão deixar de trabalhar?
— Certamente que não, enquanto a Cidade se mantiver de pé.
— Mas deverão dar a Deus o que é de Deus!?
— É claro, Mestre.
— O tempo não é de Deus?
— É. O tempo é justamente a Dádiva que oferecestes ao homem, para que ele pudesse “cultivar e guardar” o Éden e, depois do Pecado, para que ele pudesse regressar ao Paraíso e, ultrapassando-o, pudesse entrar na dimensão da Eternidade como Filho de Deus!
— Deverão os homens, então, já neste mundo, dar a Deus todo o tempo!?
— Sim, todo quanto a Cidade não puder exigir por estrita recompensa pelo pão que, embora roubado, nos dá.
— Que gostarias então de propor à Igreja?
— Que, além do Sábado e do Oitavo Dia, desse também a Deus, integralmente, o Nono Dia, cujo esplendor se vai ver em breve.
São 5:07!
“Deuteronómio cinco, treze” — assim ouço, como ouviria os números do totoloto, se estivesse preenchendo o respectivo boletim. Mas porque Deus não me deu outro meio de ouvir, eu creio neste como absolutamente seguro e fidedigno. Na verdade, se Deus não achasse esta via segura, teria escolhido para mim uma outra, uma vez que não posso duvidar de que Ele gosta muito de mim e de que por isso de modo nenhum recusará falar comigo se me vê aqui ajoelhado com as minhas capacidades todas abertas ao contacto com Ele. Esta é a minha Fé, de que está escrita uma coisa espantosa: mesmo pequenina como uma semente, ela tem em si a força necessária para arrasar uma montanha. Isto é, não há obstáculo que não vença, mesmo que esse obstáculo seja a absoluta surdez.
É justamente a surdez do mundo que Jesus quer vencer com esta Fé que me deu. Ninguém, a partir de agora, pode dizer que não tem meios para ouvir Deus. Sou assim dado como Testemunha aos homens que durante anos e anos se fecharam ao contacto com o Céu e por isso até a lembrança dele perderam: se, mesmo na sua absoluta surdez acreditarem que Deus os ama com louco Amor e quer falar com eles, nesse mesmo instante estarão ouvindo Deus. A Fé é o mais seguro ouvido! — diz o nosso Mestre Jesus.
É por isso que com toda a confiança eu vou abrir o Livro onde Ele me indicou. Está escrito assim em
Dt 5,13
“Trabalharás durante seis dias e neles farás todas as tuas obras”.
— Não atinjo ainda o que me queres comunicar com estas palavras, Mestre. Ajuda-me a chegar aos teus sentimentos quando quiseste trazer-me até aqui.
— Acreditas em que são mesmo aquelas palavras que te quero comunicar agora?
— Inteiramente. Poderiam elas até ser-me trazidas pelo Demónio: desde que a minha Fé as assumiu, elas tornam-se a Tua Mensagem perfeita para o momento em que me encontro.
— Ainda nada nelas te impressionou?
— Ainda não: vi apenas que elas vêm no contexto da observância do Sábado como dia de descanso; aqui, no sétimo dia, ninguém deveria trabalhar, nem os escravos.
— E em que contexto vem a observância do Sábado?
— No contexto dos Dez Mandamentos. A observância do Sábado é um deles.
— Portanto o Mandamento não é trabalhar os outros seis dias da semana!?
— Não: o Mandamento diz apenas que se aproveitem esses seis dias para fazer tudo quanto houver a fazer, a fim de no Sábado se poder descansar.
— Não há, portanto, nenhum Mandamento que mande trabalhar!?
— Não. Mas certamente é pressuposta a necessidade de trabalhar…
— Sei que estás a pensar numa passagem da Bíblia…
— Sim, naquela onde está escrito “Comerás o pão com o suor do teu rosto”.
— E isso não é um Mandamento?
— De modo nenhum! Isto é o Anátema das Origens.
— Como entendes “anátema”?
— Como a consequência trágica do Pecado.
— O trabalho não seria necessário, se não fosse o Pecado?
— Não: o Paraíso teria sempre alimento abundante à disposição do homem, sem que ele precisasse de despender uma gota do seu suor para o conseguir.
— Se, portanto, o Pecado for removido, aquele Anátema deixará de ter razão de ser!?
— Assim entendo.
— Mas também os Dez Mandamentos deixariam de ser necessários, não?
— Os Dez Mandamentos apenas desdobram o Mandamento do Amor. E esse permanecerá para sempre.
— E o Anátema do trabalho desaparecerá para sempre?
— Sim, quando o Pecado tiver desaparecido da face da terra.
— Diz-Me: se Eu vim tirar o Pecado do mundo, não vim libertar, na mesma proporção, da necessidade de trabalhar?
— Vieste, certamente. Doutra sorte a Tua Redenção não seria eficaz.
— Os meus discípulos deverão deixar de trabalhar?
— Certamente que não, enquanto a Cidade se mantiver de pé.
— Mas deverão dar a Deus o que é de Deus!?
— É claro, Mestre.
— O tempo não é de Deus?
— É. O tempo é justamente a Dádiva que oferecestes ao homem, para que ele pudesse “cultivar e guardar” o Éden e, depois do Pecado, para que ele pudesse regressar ao Paraíso e, ultrapassando-o, pudesse entrar na dimensão da Eternidade como Filho de Deus!
— Deverão os homens, então, já neste mundo, dar a Deus todo o tempo!?
— Sim, todo quanto a Cidade não puder exigir por estrita recompensa pelo pão que, embora roubado, nos dá.
— Que gostarias então de propor à Igreja?
— Que, além do Sábado e do Oitavo Dia, desse também a Deus, integralmente, o Nono Dia, cujo esplendor se vai ver em breve.
São 5:07!
5 — A Menina sairá ao Pai e à Mãe
— 9:15:33
A Vitória de Jesus no Nono Dia é uma inabalável Esperança que me inunda todo o ser. Justamente porque Ele não vem agora renovar a Igreja, muito menos remendá-la: Ele vem desmoroná-la até às fundações e fazê-la levantar a partir de fundações novas. Deste modo está afastado o perigo de ser dividido do Seu Corpo num outro pedaço ainda; ao fazer renascer a Sua Igreja, Jesus dirá claramente às velhas instituições que nada mais tem a ver com elas: a Menina acabada de nascer trará tão carregados os traços do seu Pai, da Sua Mãe e os próprios traços do seu Irmão Primogénito, que todos a reconhecerão de Raça divina e, por contraste, todas as instituições a que hoje chamamos igrejas, imediatamente serão identificadas como construções simplesmente humanas, ao nível dos mostrengos vistosos mas de pés de barro deste nosso Deserto.
Tem vindo o Espírito a preparar no Silêncio as actuais igrejas para se deixarem morrer, ao mesmo tempo que está condensando no Novo Gérmen o Sofrimento inocente de Jesus suportado no corpo de biliões de discípulos Seus que no deserto das Instituições fielmente O seguiram. É, de facto, Obra do Espírito todo este inaudito Prodígio, porque Ele será o sustentáculo do Triunfo definitivo de Jesus, no Nono Dia. Por isso o Regresso do Senhor será, desta vez, realmente vitorioso!
A Vitória de Jesus no Nono Dia é uma inabalável Esperança que me inunda todo o ser. Justamente porque Ele não vem agora renovar a Igreja, muito menos remendá-la: Ele vem desmoroná-la até às fundações e fazê-la levantar a partir de fundações novas. Deste modo está afastado o perigo de ser dividido do Seu Corpo num outro pedaço ainda; ao fazer renascer a Sua Igreja, Jesus dirá claramente às velhas instituições que nada mais tem a ver com elas: a Menina acabada de nascer trará tão carregados os traços do seu Pai, da Sua Mãe e os próprios traços do seu Irmão Primogénito, que todos a reconhecerão de Raça divina e, por contraste, todas as instituições a que hoje chamamos igrejas, imediatamente serão identificadas como construções simplesmente humanas, ao nível dos mostrengos vistosos mas de pés de barro deste nosso Deserto.
Tem vindo o Espírito a preparar no Silêncio as actuais igrejas para se deixarem morrer, ao mesmo tempo que está condensando no Novo Gérmen o Sofrimento inocente de Jesus suportado no corpo de biliões de discípulos Seus que no deserto das Instituições fielmente O seguiram. É, de facto, Obra do Espírito todo este inaudito Prodígio, porque Ele será o sustentáculo do Triunfo definitivo de Jesus, no Nono Dia. Por isso o Regresso do Senhor será, desta vez, realmente vitorioso!
4 — Que as igrejas se deixem morrer
14/7/00 — 2:22
Se algum homem da Lei, enviado pela Instituição eclesiástica para me interrogar sobre esta Profecia, me pedir que lhe defina conceitos, eu responderei que não há aqui nenhum conceito a definir, que nem sequer há aqui um único conceito. Se ele insistir, a minha resposta será o silêncio.
Que ele espere pelos frutos, se para isso tiver paciência.
As igrejas não têm hoje mais paciência para esperar pelos frutos: quando em algum lado surge um novo rebento, confrontam-no logo com as plantas do seu quintal, que têm minuciosamente catalogadas e sistematizadas, tudo inteiramente sob controle; se a nova planta não trouxer as características das que estão no catálogo, logo a declaram erva daninha. Se tiver nascido dentro dos muros do próprio quintal, arrancam-na logo; se tiver nascido fora, tomam todas as precauções para que alguém, ou até o próprio vento, se não lembre de levar para dentro da respectiva propriedade a semente daninha. Aliás as plantas catalogadas sofreram já várias podas e enxertos, de modo a ocuparem o exacto espaço que convém ao proprietário e a adquirirem aquele sabor nos frutos que entretanto o gosto da moda foi consagrando através dos tempos. Foi assim que declararam: tudo já está na Bíblia; já está tudo revelado. É claro que cada uma fez a Bíblia dizer o que lhe convinha, segundo o gosto da moda e o espaço no quintal.
— Jesus, desculpa tratar assim a Tua Igreja…
— E porque a trataste assim?
— Porque me dói muito o que ela fez de Ti.
— Que fez ela de Mim?
— Retalhou-Te o Corpo e, como se se tivesse dividido em várias quadrilhas de ladrões, apropriou-se cada uma do seu pedaço e deu-lhe a forma e o uso que quis.
— Não será um exagero, isso que dizes?
— Esta foi a visão que se me foi formando à medida que Te deste a conhecer ao meu coração espantado.
— Mas tu sempre viste defeitos na Igreja…
— Pois vi. Mas julguei que era uma questão de se ir purificando lentamente.
— E como? Agora já te não parece possível purificar a Igreja?
— Não: agora ela tem que se deixar morrer simplesmente. Agora só renascendo.
— Olha que ao longo da História houve, como tu sabes, pregadores que disseram da Minha Igreja coisas tanto ou mais graves do que tu acabas de dizer. Eles chegaram a afirmar que ela é o Anticristo! E quiseram começar tudo de novo…
— É verdade, Mestre. E o que fizeram foi cortar mais um pedaço do Teu Corpo, fugindo com ele para o seu buraco…
— Contigo não será igual?
— Eu posso sempre tornar-me Lúcifer. Ele até era o Mensageiro da Tua Luz!… Mas tenho-Te pedido tanto que me não deixes cair em nenhuma tentação… E creio tanto em que Tu ouves os pedidos bons que Te faço…
— Como farás então agora, para que não surja uma outra igreja, ao lado das que já existem?
— Faço como Tu hoje me ensinaste: nunca definirei nenhum conceito.
— E isso evita que surja outra igreja?
— Evita: eu não oferecerei às pessoas nada de que elas se possam apropriar. A todos os que vierem ter comigo eu lhes direi apenas que se deixem apaixonar por Ti.
— Não lhes dirás mais nada?
— Não: eles depois farão tudo e apenas o que Tu lhes pedires que façam.
— Não deixarás assim as pessoas frustradas e confusas? Não lhes darás ao menos alguma indicação?
— Nem isso será preciso: se eu me mantiver no Teu Amor, as pessoas que vierem ter comigo é porque andam à procura de Ti. Por isso já nessa altura lhes terás aberto os olhos do coração. E é quanto basta: elas hão-de encontrar junto de Ti os seus Sinais orientadores, como aconteceu comigo.
— E será essa tua atitude suficiente para governares o Meu povo, conforme te tenho pedido?
— Em cada momento Te procurarei ouvir, como até agora, esperando as Tuas Orientações. Mas conceitos é que eu não definirei nenhum. Uma doutrina é que eu nunca estabelecerei. E leis hei-de varrê-las de todo o lado onde as encontrar, a não ser que em algum caso outra coisa me peças.
São 4:32.
Se algum homem da Lei, enviado pela Instituição eclesiástica para me interrogar sobre esta Profecia, me pedir que lhe defina conceitos, eu responderei que não há aqui nenhum conceito a definir, que nem sequer há aqui um único conceito. Se ele insistir, a minha resposta será o silêncio.
Que ele espere pelos frutos, se para isso tiver paciência.
As igrejas não têm hoje mais paciência para esperar pelos frutos: quando em algum lado surge um novo rebento, confrontam-no logo com as plantas do seu quintal, que têm minuciosamente catalogadas e sistematizadas, tudo inteiramente sob controle; se a nova planta não trouxer as características das que estão no catálogo, logo a declaram erva daninha. Se tiver nascido dentro dos muros do próprio quintal, arrancam-na logo; se tiver nascido fora, tomam todas as precauções para que alguém, ou até o próprio vento, se não lembre de levar para dentro da respectiva propriedade a semente daninha. Aliás as plantas catalogadas sofreram já várias podas e enxertos, de modo a ocuparem o exacto espaço que convém ao proprietário e a adquirirem aquele sabor nos frutos que entretanto o gosto da moda foi consagrando através dos tempos. Foi assim que declararam: tudo já está na Bíblia; já está tudo revelado. É claro que cada uma fez a Bíblia dizer o que lhe convinha, segundo o gosto da moda e o espaço no quintal.
— Jesus, desculpa tratar assim a Tua Igreja…
— E porque a trataste assim?
— Porque me dói muito o que ela fez de Ti.
— Que fez ela de Mim?
— Retalhou-Te o Corpo e, como se se tivesse dividido em várias quadrilhas de ladrões, apropriou-se cada uma do seu pedaço e deu-lhe a forma e o uso que quis.
— Não será um exagero, isso que dizes?
— Esta foi a visão que se me foi formando à medida que Te deste a conhecer ao meu coração espantado.
— Mas tu sempre viste defeitos na Igreja…
— Pois vi. Mas julguei que era uma questão de se ir purificando lentamente.
— E como? Agora já te não parece possível purificar a Igreja?
— Não: agora ela tem que se deixar morrer simplesmente. Agora só renascendo.
— Olha que ao longo da História houve, como tu sabes, pregadores que disseram da Minha Igreja coisas tanto ou mais graves do que tu acabas de dizer. Eles chegaram a afirmar que ela é o Anticristo! E quiseram começar tudo de novo…
— É verdade, Mestre. E o que fizeram foi cortar mais um pedaço do Teu Corpo, fugindo com ele para o seu buraco…
— Contigo não será igual?
— Eu posso sempre tornar-me Lúcifer. Ele até era o Mensageiro da Tua Luz!… Mas tenho-Te pedido tanto que me não deixes cair em nenhuma tentação… E creio tanto em que Tu ouves os pedidos bons que Te faço…
— Como farás então agora, para que não surja uma outra igreja, ao lado das que já existem?
— Faço como Tu hoje me ensinaste: nunca definirei nenhum conceito.
— E isso evita que surja outra igreja?
— Evita: eu não oferecerei às pessoas nada de que elas se possam apropriar. A todos os que vierem ter comigo eu lhes direi apenas que se deixem apaixonar por Ti.
— Não lhes dirás mais nada?
— Não: eles depois farão tudo e apenas o que Tu lhes pedires que façam.
— Não deixarás assim as pessoas frustradas e confusas? Não lhes darás ao menos alguma indicação?
— Nem isso será preciso: se eu me mantiver no Teu Amor, as pessoas que vierem ter comigo é porque andam à procura de Ti. Por isso já nessa altura lhes terás aberto os olhos do coração. E é quanto basta: elas hão-de encontrar junto de Ti os seus Sinais orientadores, como aconteceu comigo.
— E será essa tua atitude suficiente para governares o Meu povo, conforme te tenho pedido?
— Em cada momento Te procurarei ouvir, como até agora, esperando as Tuas Orientações. Mas conceitos é que eu não definirei nenhum. Uma doutrina é que eu nunca estabelecerei. E leis hei-de varrê-las de todo o lado onde as encontrar, a não ser que em algum caso outra coisa me peças.
São 4:32.
3 — O Poder da Luz
— 19:49:33
É tão luminoso, o Nono Dia! Não sei que mais possa anunciar dele senão esta luminosidade!
Não sei o que tu, meu irmão, sentes quando ouves a palavra Luz. Se imediatamente sentes Jesus presente, és meu irmão no ouvir e no sentir. Não é possível explicar o que seja a Luz. João, o Apóstolo querido de Jesus, não encontrou palavra mais exacta para definir o seu Mestre e Amigo do que esta: Luz! E eu posso testemunhar que a Luz é Tudo. Ela dá-nos uma felicidade que, daquela vez que a vi, caracterizei de “insuportável”. Já imaginaste o que seja sermos nós um Sol derretendo, com o seu calor, todos os nossos limites?
É tão luminoso, o Nono Dia! Não sei que mais possa anunciar dele senão esta luminosidade!
Não sei o que tu, meu irmão, sentes quando ouves a palavra Luz. Se imediatamente sentes Jesus presente, és meu irmão no ouvir e no sentir. Não é possível explicar o que seja a Luz. João, o Apóstolo querido de Jesus, não encontrou palavra mais exacta para definir o seu Mestre e Amigo do que esta: Luz! E eu posso testemunhar que a Luz é Tudo. Ela dá-nos uma felicidade que, daquela vez que a vi, caracterizei de “insuportável”. Já imaginaste o que seja sermos nós um Sol derretendo, com o seu calor, todos os nossos limites?
2 — A Liberdade é um Rio
— 9:28:26/7
Estranhei o Sinal 6 ao fim da vigília. Esperava, como imagem adequada ao que acabava de escrever, a imagem 5:55, que logo no início me chamou a atenção para a Presença da Plenitude de Deus na nossa carne.
Mas a Vida é assim: não tem pontos estáticos. Em cada fase de descanso ela introduz o gérmen de um novo despertar. Ela nunca faz confirmações conclusivas, de modo a arrumar um assunto. Ela nunca encerra as suas ondas em reservatórios fechados: se descansa num vale, no mesmo instante começa a procurar um desfiladeiro para se precipitar em direcção a um novo horizonte, permanecendo ao mesmo tempo naquele vale, provocando aí, onde porventura era deserto, uma sucessão de primaveras sempre diferentes.
Por isso quando Jesus me enche o coração com a expectativa do Novo Pentecostes, logo me recorda que a descida do Espírito traz em si o gérmen da tribulação, que sempre terá que procurar o ponto mais cavado do Vale do Descanso para aí abrir um novo desfiladeiro, por onde se projecte para mais além, sempre para mais além, como se, enquanto o bico sorve o ar puro, as garras estivessem já escavando a terra para abrir um novo caminho.
Não nos enganemos, portanto: a vinda do Espírito vai trazer a Liberdade, sim, mas ser livre não é ficar liberto de problemas e dores. A Liberdade é uma fúria em campo aberto. É ficar sem muros protectores; é, pelo contrário, arrombar todos os muros que cortem a paisagem isolando um campo de outro campo, uma zona de outra zona. A Liberdade é esta Vaga sem retorno que, perante um obstáculo, em vez de recuar, lhe vai direita aos alicerces, minando-os irremediavelmente, ou ali se acumula, até que o seu volume o derrube e o sepulte no leito lavado por onde a partir daí se estende.
Mas a Liberdade do Espírito não é um safanão momentâneo, apenas para alargar o seu recinto, onde logo a seguir se feche para de novo ali se sedentarizar; ela é um Rio que vem de uma Nascente inesgotável. Não há recinto que lhe sirva neste mundo. E quando tiver dado uma volta ao mundo, derrubando obstáculos, logo estará preparada para dar outra volta, a erguer a Primavera…
Estranhei o Sinal 6 ao fim da vigília. Esperava, como imagem adequada ao que acabava de escrever, a imagem 5:55, que logo no início me chamou a atenção para a Presença da Plenitude de Deus na nossa carne.
Mas a Vida é assim: não tem pontos estáticos. Em cada fase de descanso ela introduz o gérmen de um novo despertar. Ela nunca faz confirmações conclusivas, de modo a arrumar um assunto. Ela nunca encerra as suas ondas em reservatórios fechados: se descansa num vale, no mesmo instante começa a procurar um desfiladeiro para se precipitar em direcção a um novo horizonte, permanecendo ao mesmo tempo naquele vale, provocando aí, onde porventura era deserto, uma sucessão de primaveras sempre diferentes.
Por isso quando Jesus me enche o coração com a expectativa do Novo Pentecostes, logo me recorda que a descida do Espírito traz em si o gérmen da tribulação, que sempre terá que procurar o ponto mais cavado do Vale do Descanso para aí abrir um novo desfiladeiro, por onde se projecte para mais além, sempre para mais além, como se, enquanto o bico sorve o ar puro, as garras estivessem já escavando a terra para abrir um novo caminho.
Não nos enganemos, portanto: a vinda do Espírito vai trazer a Liberdade, sim, mas ser livre não é ficar liberto de problemas e dores. A Liberdade é uma fúria em campo aberto. É ficar sem muros protectores; é, pelo contrário, arrombar todos os muros que cortem a paisagem isolando um campo de outro campo, uma zona de outra zona. A Liberdade é esta Vaga sem retorno que, perante um obstáculo, em vez de recuar, lhe vai direita aos alicerces, minando-os irremediavelmente, ou ali se acumula, até que o seu volume o derrube e o sepulte no leito lavado por onde a partir daí se estende.
Mas a Liberdade do Espírito não é um safanão momentâneo, apenas para alargar o seu recinto, onde logo a seguir se feche para de novo ali se sedentarizar; ela é um Rio que vem de uma Nascente inesgotável. Não há recinto que lhe sirva neste mundo. E quando tiver dado uma volta ao mundo, derrubando obstáculos, logo estará preparada para dar outra volta, a erguer a Primavera…
1 — À espera da Hora
13/7/00 — 4:09
Os meus Sinais são hoje de uma intensa claridade; eles pedem-me que anuncie o Novo Pentecostes!
Jesus regressará porque, agora, o Consolador terá preparado os corações. Isto significa que o Espírito da Vida terá assumido de novo o comando do nosso ser. E seremos verdadeiramente livres. De facto a nossa sensação mais frequente é a de estarmos atados, prisioneiros de um emaranhado de amarras que de fora condicionam a nossa vida. O nosso cantito na Cidade tem que ser rasgado a pulso e sempre é preciso defendê-lo contra os muitos intrusos que à nossa volta circulam.
Mas como? O Espírito vem tirar-nos do nosso canto, vem arrebatar-nos deste mundo? Se nos conserva no lugar onde estamos, como poderemos, de prisioneiros, passar a ser livres? Não teremos nós sempre, onde quer que estivermos, o mesmo mundo opressivo à nossa volta limitando os nossos passos? Que mundo livre será esse comparado, por exemplo, com. o meu momento presente em que estou encerrado neste quarto e tão forte é o bloqueio no meu espírito, que até agora, 5:16, só isto escrevi?
Tenho agora muitas vezes entre mãos os primeiros Diálogos porque os preparo para saírem à rua. E verifico que uma das coisas mais salientes neles era a rapidez com que eu escrevia. Saíam-me, é verdade, coisas muito ingénuas, até ridículas. Mas sente-se ali que tudo em mim está liberto: eu avanço com infantil descaramento para lá de todas as normas do bom senso e até da boa educação. E isto não só em relação a mim próprio e aos meus semelhantes, mas até em relação a Deus! Ora isto deveu-se a uma visita inesperada do Espírito, que pouco tempo depois logo me arrebatou para o Deserto onde até agora tenho vivido, recebendo e registando o Ensinamento do meu Mestre e Companheiro Jesus. Isto é, depois daquela irrupção inicial na rotina da minha vida, abalando-a de alto a baixo, o Espírito recolocou-me na minha situação anterior.
Mas deixou depositado em mim algo de novo: uma paixão por Jesus. E foi quanto bastou para que, em seis anos, ficassem acumulados trinta e seis volumes manuscritos, de duzentas e oitenta páginas cada um. Dir-se-á que isto não tem nada de extraordinário: há gente que escreve muito mais; por exemplo, os jornalistas. Mas espere-se pelos frutos: se as pessoas os comerem, acontecerá na terra o maior abalo da sua História.
E as pessoas vão comê-los. Consistirá justamente nisto a descida do Espírito: Ele disporá os corações para receberem Jesus, que percorrerá a terra à velocidade do sol que de manhã se levanta e à noite tem cumprida a sua missão. Ele actuará nos corações como actuou no meu. Está só à espera da Hora da Terra, como esperou pela minha hora.
São 5:56!?
Os meus Sinais são hoje de uma intensa claridade; eles pedem-me que anuncie o Novo Pentecostes!
Jesus regressará porque, agora, o Consolador terá preparado os corações. Isto significa que o Espírito da Vida terá assumido de novo o comando do nosso ser. E seremos verdadeiramente livres. De facto a nossa sensação mais frequente é a de estarmos atados, prisioneiros de um emaranhado de amarras que de fora condicionam a nossa vida. O nosso cantito na Cidade tem que ser rasgado a pulso e sempre é preciso defendê-lo contra os muitos intrusos que à nossa volta circulam.
Mas como? O Espírito vem tirar-nos do nosso canto, vem arrebatar-nos deste mundo? Se nos conserva no lugar onde estamos, como poderemos, de prisioneiros, passar a ser livres? Não teremos nós sempre, onde quer que estivermos, o mesmo mundo opressivo à nossa volta limitando os nossos passos? Que mundo livre será esse comparado, por exemplo, com. o meu momento presente em que estou encerrado neste quarto e tão forte é o bloqueio no meu espírito, que até agora, 5:16, só isto escrevi?
Tenho agora muitas vezes entre mãos os primeiros Diálogos porque os preparo para saírem à rua. E verifico que uma das coisas mais salientes neles era a rapidez com que eu escrevia. Saíam-me, é verdade, coisas muito ingénuas, até ridículas. Mas sente-se ali que tudo em mim está liberto: eu avanço com infantil descaramento para lá de todas as normas do bom senso e até da boa educação. E isto não só em relação a mim próprio e aos meus semelhantes, mas até em relação a Deus! Ora isto deveu-se a uma visita inesperada do Espírito, que pouco tempo depois logo me arrebatou para o Deserto onde até agora tenho vivido, recebendo e registando o Ensinamento do meu Mestre e Companheiro Jesus. Isto é, depois daquela irrupção inicial na rotina da minha vida, abalando-a de alto a baixo, o Espírito recolocou-me na minha situação anterior.
Mas deixou depositado em mim algo de novo: uma paixão por Jesus. E foi quanto bastou para que, em seis anos, ficassem acumulados trinta e seis volumes manuscritos, de duzentas e oitenta páginas cada um. Dir-se-á que isto não tem nada de extraordinário: há gente que escreve muito mais; por exemplo, os jornalistas. Mas espere-se pelos frutos: se as pessoas os comerem, acontecerá na terra o maior abalo da sua História.
E as pessoas vão comê-los. Consistirá justamente nisto a descida do Espírito: Ele disporá os corações para receberem Jesus, que percorrerá a terra à velocidade do sol que de manhã se levanta e à noite tem cumprida a sua missão. Ele actuará nos corações como actuou no meu. Está só à espera da Hora da Terra, como esperou pela minha hora.
São 5:56!?
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