A partir do texto 1112,
as mensagens são retiradas do sexto volume destes “Diálogos do Homem com o seu
Deus no Tempo Novo”. Sempre tendo em fundo o Deserto por nós fabricado,
continua a revelação dos mais insuspeitados Mistérios…
É
quase nada aquilo que conhecemos de Jesus até que, aos trina anos, iniciou a
sua vida pública. E no entanto esses 30 anos de vida anónima são, na Incarnação
de Deus, porventura mais importantes do que os 3 anos finais que O tornaram
célebre.
17/2/96 – 2:38
– Mãezinha, que quer Jesus que eu faça assim
com as minhas faculdades todas diminuídas por causa deste sono? Eu deitei-me já
depois da meia-noite, Tu sabes…
– Ele só quer que escrevas o que se passa no
teu coração… Não é muito, pois não?
– Não, Mãezinha, não é nada, eu faço tudo o
que Ele quiser. Mas para que Lhe serve este lamento, por exemplo, esta
incapacidade de redigir, esta luta contra o sono e contra a lógica?
– Para tirar os pecados do mundo.
– Com
isto?
– Diz a todos os Meus filhos que sim, que é
com isto que Ele tira hoje os pecados do mundo.
– Então não é com a Sua Palavra?
– Isto é a Sua Palavra.
– Mas isto
é só um caso particular, o meu caso…
– Como o do Meu Filho Jesus: também foi só
um caso particular, o Seu caso.
– Ah, mas não, Mãe, não tem nada a ver…
Jesus reunia multidões, fazia milagres, anunciava, de facto, a Boa Nova de Deus
ao vivo, nas sinagogas, nas ruas.
– E sabes por acaso o que fez Jesus durante
trinta anos?
– Não. E é uma coisa que me intriga.
– Gostavas de saber?
– Gostava. É a parte da vida de Jesus mais
igual à nossa, uma vida anónima…
– Era bom que esse Evangelho da vida anónima
de Jesus fosse escrito?
– Acho que era.
– Tu estás escrevendo esse Evangelho.
– Como? Jesus passou por isto que eu passo?
– Não aceitaste ser Sua Testemunha?
– Sim, Mas eu…eu não tenho nada a ver com
Jesus. A minha vida é…
– Uma vida anónima como a d’Ele, até aos
trinta anos. É preciso escrever o Evangelho
da vida anónima de todos os Meus filhos, um Evangelho que Eu vivi com Jesus,
até que Ele completou trinta anos.
– Sim, Mãe, mas Ele…
– Ele é vosso Irmão em tudo, excepto no
pecado.
– Nas dúvidas também?
– Em tudo.
– Na aridez, na frieza…?
– Em tudo.
– Na descoberta progressiva do Mistério de
Deus?
– O Meu Filho é verdadeiro Homem!
– Até aos trinta anos Ele andou descobrindo,
entre dúvidas, o Seu Pai?
– Diz aos Meus filhos todos que não há
sofrimento que Jesus não conheça do o ter vivido.
– Jesus também teve que ter Fé?
– Uma Fé viva, com dúvidas.
– Sujeita a provas duras, como a minha?
– Jesus passou por todas as provas. Porque
vos custa tanto aceitá-Lo como verdadeiro Homem?
– E a Esperança? Ele conheceu a Esperança?
Só espera quem não conhece o futuro e…
– E Jesus só conheceu o futuro que o Pai Lhe
foi revelando. Como a ti.
– E o Amor? Também o Amor foi progressivo?
Também era assim intermitente o Amor de Jesus? Ele também Se distraía das
coisas de Deus? Ele também Se deixava seduzir pela Cidade…?
– É na Cidade que se sente palpitando mais
forte o Coração de Deus. Jesus não fugiu à Cidade: foi sempre lá que Ele amou
Deus e os homens. O Coração do Meu Jesus é um Coração verdadeiramente humano.
– Mas
não pecou…
– Querias que Ele tivesse pecado?
– Não! Eu quero o meu Jesus como Ele é.
– E Ele é todas as dores e todos os prazeres
que possas viver na Cidade.
– E podem viver-se prazeres na Cidade sem se
pecar?
– Pecado é só o abandono e a rejeição de
Deus.
– Ah, Mãezinha, tantas coisas o Maligno
conseguiu destruir no nosso coração!
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