Quando nos sentimos reduzidos a pura impotência, quando nem sequer orar
conseguimos, entra em acção o frágil e omnipotente Senhor Espírito Santo, tornando-Se
toda a nossa força e sentimo-Lo orar em nós.
28/1/96
– 10:00
O Sinal fala-me da Presença avassaladora do
Espírito em mim.
– Sê a minha voz, Espírito do Senhor.
Que todo eu seja vibração Tua dialogando com o Teu Jesus.
– Acreditas em Mim, Salomão?
– Em Ti, Terceira Pessoa da Trindade, em Ti,
Espírito Bom, Omnipotente, Três Vezes Santo? Tu sabes tudo, meu Senhor: Tu
sabes que acredito, acredito com todo o ser e toda a deficiência de que sou
feito.
– Dialoga então com o teu Mestre, que tanto
admiras e amas.
– Ficas feliz, meu Frágil e Fortíssimo
Senhor, quando falo com o Teu Jesus?
– Quando falas com Jesus, sou Eu que falo
com Ele.
– Mesmo quando digo asneiras?
– Na verdadeira oração nunca ninguém diz
asneiras.
– E como Te sentes assim revestido da rudeza
e incapacidade das nossas palavras, assim afogado quantas vezes na nossa
monstruosidade e podridão?
– Feliz, muito feliz!
– Porquê, meu Encanto subtil e fundo?
– Porque ao rezar Me chamastes.
– Vens sempre-sempre quando rezamos?
– Sempre que rezais, sou Eu que rezo em vós.
– Mesmo quando não “sai” nada?
– Sobretudo quando não sai nada: sou Eu
então toda a vossa impotência rezando.
– Rezando a oração da impotência?
– Sim. A melhor de todas as orações.
– Foi esta oração da impotência que rezaste
em mim na vigília de hoje, não foi?
– No teu vazio, nesse total vazio que Me
deste, fui Eu oração só, límpida e forte, subindo ao Pai.
– Não é, então, tempo perdido quando não
conseguimos rezar?
– É tempo cheio do Olhar do Pai e da Minha
Resposta silenciosa.
– Querido Amor! Tu és Amor só, não és?
– Eu sou oceano e torrente e fonte e gota de
água. Eu sou o contrário da aridez.
– Então porque está tantas vezes tão árida a
minha alma?
– Sentes-te bem nessa aridez?
– Não!
– Sentes-te mal?
– Muito mal!
– Desejarias muito que ela desaparecesse?
– Muito.
– Esse teu desejo está enchendo de água a
tua alma.
– Então porque não vira verdura e cor a
minha terra?
– Porque não é ainda Primavera!
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