Foi o Espírito que me conduziu a Jesus e Jesus conduziu-me a todos os Mistérios. Eu não conhecia, na verdade, por exemplo o Pai do Céu. Mas vede-O agora, vivo, dentro de mim.
16/2/96 – 1:34
– Olá, Abba, Paizinho, aí tão calado, no
fundo do Céu! Tenho saudades de Te ouvir.
– Eu sempre estive falando Contigo. Jesus é
a Minha Palavra.
– Queria justamente agradecer-Te Jesus, o
Teu Filho e meu Irmão-Deus: Ele é tão querido! E queria dizer-Te que estou
muito feliz pelo Teu Espírito, esta gigantesca Energia que sustenta o Universo
e este suave Veludo que nos encanta nas pétalas de todas as flores. E queria
hoje dizer-Te em especial a Ti que gosto muito desse Teu Olhar: atento, calmo.
Triste também, quando fixas o planeta Terra, tão pequenininho entre todos os
corpos celestes. Tu tens, aliás, desde toda a eternidade, o Coração amarrado a
esta esferazinha e para ela sempre olhaste com uma Ternura que os Anjos não
entendiam, até ao momento em que souberam que existia nela uma Virgem chamada
Maria, em que Lúcifer, o anjo mau, não tinha tocado. O Acontecimento que a
partir daí acompanharam tem-nos até agora enchido de assombro e tem-nos feito
esquecer todos os outros mundos que rolam no espaço. Agora entendem porque é
que esta esferazinha tão insignificante, tão perdida e tão frágil entre os
gigantes que povoam o céu prende assim o Teu Olhar e faz nele brotar, de vez em
quando, uma Lágrima enorme, lenta. É uma Lágrima feita ao mesmo tempo de
Ternura, de Pena e de Raiva e os Anjos rodeiam-Te, recolhem essa gigantesca
Lágrima e põem-se tensos à espera que lhes digas o que hão-de fazer da Tua
Lágrima. Mas a Tua Face tranquila diz-lhes que esperem. Há milhares de anos que
é esta a Tua Ordem: que esperem. E os Anjos não sabem que louca Esperança Te
mora no Coração. Não esperes mais agora, Paizinho. Dá-lhes a Tua Ordem fatal!
Abre as comportas do Teu Coração e diz-lhes que espalhem pela terra toda as
Torrentes das Tuas Águas. Afoga-nos no Dilúvio do Teu Amor, desta vez. Que
durante mil anos, pelo menos, não vejam os Anjos no Teu Rosto a Lágrima enorme,
lenta!
Nenhuma Voz do Céu me responde. Satanás
foi-me secando o coração à medida que rezava.
– Mãezinha, porque deixa o Pai do Céu que o
Demónio faça isto no nosso coração?
– Porque o quer forte.
– Quando é o fim do Deserto, Mãe?
– Quando o teu coração suportar todos os
embates do Inferno.
– Protege-o então, o meu coração. Não deixes
que ele se atrase, um pouquinho que seja, em relação ao Plano do Pai. Deixa-o
encantar-se mais e mais com as coisas do Céu, para que corte todas as amarras
que o prendem à carne. Traz-me o Teu Jesus, Mãe.
– Eu te abençoo, Meu filhinho.
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