Eu sou um Profeta e portanto estes Diálogos são um Profecia. Foi Jesus Quem mo disse, lentamente, no meio de dolorosas dúvidas. E eu acreditei. Não tenho, portanto, provas nenhumas de que sou um Profeta verdadeiro: a Fé começa e opera onde todas as provas falham. Temos todos, portanto, que esperar pelos frutos…
27/1/96 – 4:44!
É tão intenso o Sinal e eu fico perplexo:
não sei o que o Senhor me quer. Que divulgues estes Escritos! Que anuncies esta
Mensagem! – é a resposta que ouço. Mas eu, excitado e confuso, olhei já
novamente o relógio, à procura de novo Sinal, de nova Luz que me esclarecesse:
4:54! A nova imagem surpreendeu-me tanto, que olhei o meu relógio de pulso, a
confirmar. O que vi foram dois 27: o dos segundos e o do dia do mês. Traduzido
em palavras, todo este conjunto de Sinais diz-me isto: Anuncia-Me! Estes
Escritos são a Minha Mensagem! Sê Testemunha da Paz: tu és Salomão!
E que faço agora? Meus pobres Sinais que tão
alto falam e tão pouco dizem, na sua mudez! Até já a atenção me foge, até já a
excitação se foi. Expressa em palavras, a minha situação interior diz apenas
isto: Tudo bem, Jesus. Cá estou sempre às Tuas Ordens: quando quiseres… Como se
fosse só um aviso, dito de fugida, a confirmar o que eu já sei.
– Não tens pena de mim, Jesus? Não vês o
quanto já andei só guiado por estes mudos Sinais? Não sentes o que eu sinto
quando escrevo Palavras Tuas baseado só nestes mudos Sinais? Já contaste as
vezes em que o meu coração bateu mais forte, descontrolado, com medo de estar
apenas a macaquear a Tua Voz? Não Te comoves ao ver que é cada vez mais lenta e
pesada e penosa a escrita? Já reparaste nas condições em que escrevo, neste
interminável Deserto, de coração apertado pela secura e pelo gelo? Já me
olhaste para a cara sempre que tomo o peso a estes nove volumes de folhas já
escritas, cento e quarenta folhas, duzentas e oitenta páginas cada volume?
Abençoas isto tudo? És Tu mesmo que estás dando sentido e vida a cada uma das palavras
deste montão? Diz-me cá muito sinceramente: não Te parece isso uma
impossibilidade? Não? Foi só impressão minha, ou Tu disseste aqui dentro que
sentes verdadeiro carinho por cada uma destas palavras? Ah Mestre, Mestre, se
não tivesses esse Coração, já há muito tempo que eu teria desistido! Era fácil,
já viste?: metia os nove volumes no fundo do saco do lixo, ou fazia ali atrás
uma fogueirita com eles – só meia dúzia de pessoas sabe que escrevo e nenhuma
delas sabe das mirabolantes promessas e das heresias todas que aqui estão
escritas. Mas é que não consigo deitar isto fora! Acho que entrava em pânico se
uma única folha se perdesse! Porque será, Mestre? Espera aí; deixa-me dizer a
mim o que já disse uma vez: é que, se houver uma possibilidade, uma única
possibilidade num milhão, de isto ser Teu, eu cometeria um grande sacrilégio se
deitasse ao lixo ou ao fogo uma só destas folhas! Mestre bom, Mestre querido,
desculpa este meu falar: é do tempo de convívio que já passámos juntos neste
Deserto. Está-Te a custar mais que o outro, não está? O outro foi violento, mas
sempre foram só quarenta dias… Não me queres dizer o que significam aqueles
quatros todos?
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