29/1/96 - 2:01
Mt 9, 15
“Jesus respondeu-lhes: Porventura podem os
companheiros do esposo estar tristes quando o esposo está com eles? Dias hão-de
vir em que lhes tirarão o esposo e então jejuarão”.
- Assim
à primeira vista, Jesus…
- Que viste, à primeira vista?
- Agarrei-me àquela do jejum: que bom não
ter que jejuar agora! Mas verdadeira resposta àquilo que eu Te perguntava, não
vi.
- Que sou Eu, para ti?
- O meu único Mestre. Acho até que exagero:
aborreço todos os discursos, ainda antes de os ouvir; não posso com intelectuais
e eruditos!
- Como sou Eu então para ti, como Mestre?
- És o máximo! Não oprimes com a Tua
ciência, parece que cada Palavra Tua é um ser vivo, assim como um fruto
sumarento que se coma. E depois… Não sei como é: o Teu Ensinamento não vem de
fora; surge de dentro, como se mais um espaço se acrescentasse ao nosso
coração. Tu…Tu não és outro; és as minhas ânsias boas todas, desabrochando,
realizando-se! Não faço esforço nenhum para gostar de Ti.
- Sou como um esposo?
- Ah! Sim. O amor dos esposos deveria ser
este, deveria ser assim!?
- Que te diz o texto, Meu amor?
- Estou sentindo neste momento que me amas
muito. O texto diz isso mesmo: que o Teu amor é o de um Esposo que está comigo…
Ah, Mestre! Tu és Encanto puro! Vês? É mesmo isto que eu queria dizer: Tu
ensinas assim!… Não há aqui teoria nenhuma; o que dizes, é facto em nós…
sente-se dentro, realizando-se! Que lição, meu Mestre! Fica sempre assim
comigo!
- Preciso ainda um pouco de teoria, para
chegar a muitos corações. Continua escrevendo em palavras toscas o Meu
Ensinamento. Como anseio pelo Dia em que os corações do Meu Povo todos se
toquem, sem palavras!
- Que queres que eu faça, para que lá
cheguemos depressa, a esse Dia?
- Que escrevas, por enquanto. Conta tudo o
que vês onde os olhos da cara não vêem.
- Está bem, Mestre. Mas olha: aquela do
Esposo nos ser tirado… Ainda mal te tenho e já me falas em sair?
- Estão já às vossas portas os dias da
Grande Tribulação, de que tantas vezes vos tenho falado. Esses é que são os
dias da verdadeira tristeza.
- Então Tu onde estarás, nesses dias?
- Às vossas portas, para conquistar
definitivamente o vosso coração.
- E como aguentaremos nesses dias, sem Te
ver?
- Como Eu aguentei, na Minha Paixão, sem ver
o Pai.
- Jesus! Mas se demorares muito…
- Não tenhais medo: até no mundo da Ausência
o Meu Espírito vela. E o Olhar do Pai tudo sempre envolve, atento.
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