Deus chega ao ponto de fazer de nós Seus confidentes. É claro que eu não
sabia isto, muito menos que Ele ficaria triste por eu ainda nesta altura não o
saber.
16/5/96 – 3:48
Veio-me ao espírito o fenómeno inicial dos
movimentos rotativos, em cujo contexto o Senhor me pediu que reconstruísse a
Sua Igreja. E estava-me aparecendo aquele fenómeno como um referencial de
autenticidade relativamente ao especial chamamento e à especialíssima Promessa
que o Senhor me tem feito. E assim me vem Ele de vez em quando dar um alento a
esta frágil mas teimosa Fé. Grandes coisas está fazendo em mim, de facto, o
Omnipotente, tão grandes que se tornam sempre a razão das minhas dúvidas.
– Mãezinha, quem sou eu?
– O Meu querido filhinho.
– Que me quer o Teu Jesus?
– Que apascentes o Seu Rebanho.
– Às vezes ponho-me a imaginar situações,
cenários futuros… Faço mal, Mãe?
– Porque não deixas o território do futuro
inteiramente nas Mãos de Deus?
– Porque Ele próprio mo colocou nas minhas
mãos.
– Como assim?
– Não têm a ver com o futuro as promessas
todas que Ele me fez? Eu pareço todo um homem colocado no futuro! Estou com a
estranha sensação de que ofendo muito o meu Mestre ao fazer-Te a pergunta que
tenho aqui dentro, mas faço-Ta mesmo assim, para que Tu me expliques porque
tenho eu aquela sensação.
– Faz, Meu filhinho.
– Porque não realiza Ele em mim aquelas
coisas sem mas prometer?
– E não entendes porque é que essa pergunta
magoa o teu Mestre?
– Não, não consigo ver. Só tenho essa
estranha sensação.
– Repara: não significa ela um cruel
desprezo pelo Dom do teu Mestre e Senhor? Não vês o quanto te amou o teu Deus,
ao fazer de ti assim o Seu confidente, como se não pudesse calar o Segredo que
Lhe ia na alma? Não está aí a prova máxima do Amor com que o Meu Filho te ama?
– Sim, Mãe, agora vejo. É como se Ele
estivesse desabafando comigo todos os Seus projectos, todas as Suas ânsias,
toda a tensão enorme do Seu Coração, é isso, Mãe?
– Claro, Meu filho. Já viste bem o que
fizeste ao teu Companheiro do Deserto?
– Pois… E Tu, Mãe, vês como estou ainda este
trambolho insensível e rude? Que posso eu fazer, Mãe?
– Nada, tu sabes. A não ser deixar que Ele
faça.
– E Ele faz, eu sinto. Não deixes, Mãe, que
eu O impeça nunca de fazer em mim tudo o que Ele queira. Diz-me, Mãe: foste Tu
que me deste aquela sensação de que O iria ofender com aquela pergunta?
– Tudo o que é bom, vem d’Ele. Mas fui Eu
que ta trouxe, sim.
– Bem hajas, Mãezinha. De facto, foi como se
me dissesses: Não Lhe perguntes isso! Não vês que O ofendes? Mas advertiste-me
com tanta doçura… Que querida és!
– Vá, descansa, por agora. Tens que te
levantar cedo.
– Gosto tanto de Ti, Mãezinha!
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