Assim como Sexo, também Castidade é palavra que aponta para uma
realidade profundamente distorcida ao longo dos milénios. A mensagem seguinte é
só um leve toque apontando um dos grandes Princípios do nosso Mestre: tudo o
que implique destruição do Prazer é um grande pecado.
1/5/96
– 10:15
– O que é a castidade, Mestre?
– Sou Eu vibrando de prazer.
– Nunca tinha ouvido dizer assim. Ouvia era
o contrário: casto era aquele que tinha conseguido eliminar o prazer sensual.
Os cristãos mais “avançados” dizem que casto é aquele que “sublima” o prazer
dedicando-se inteiramente ao Teu Reino. “Sublimar” o prazer físico seria então
esquecê-lo na azáfama do trabalho pelo Reino de Deus. Significaria não ter
vagar para lhe dar atenção.
– Então diz-Me tu agora o que é ser casto.
– É ser corpo do Teu Corpo vibrando ao ritmo
do Universo.
– E isso é possível, agora, na carne?
– É tão possível como tudo o resto: só como
o feto sente e sonha o mundo exterior. Viver em plenitude, só quando nascermos,
na morte.
– Na morte morre-se, não?
– Só
se a nossa morte for um aborto: se morrermos como feto. Eu digo de outra
maneira: se a Tua criação for contrariada, interrompida, em nós, por nós, e
degenerar. Mas se a Tua Obra não for interrompida, a morte significa só o
desaparecimento da semente no milagre da árvore e do fruto com semente. Não há
morte autêntica para aqueles que se deixam moldar por Ti.
– Diz-me então agora de outra maneira o que
é a castidade.
– É sentir-Te vivo dentro absorvendo-me a
carne, como se a comesses com prazer.
–
Prazer físico?
– Sim. É físico
o corpo que dentro cresce. E cresce com fúria, no meio de intenso prazer. O
prazer do Teu feto em nós é um prazer primaveril: violento, estonteante.
– “Teu feto” que quer dizer?
– És Tu formando-Te em nós sob o Olhar
expectante do Teu Pai.
– Sou Eu formando-Me em vós?
– Que queres Tu, Mestre, que mais faça com
estas nossas toscas palavras? Cada um
de nós está nascendo filho do Pai do Céu, como Tu. Está melhor assim?
– Não sei. Deixa lá.
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