Maria, que, incompreensivelmente, é ainda factor de divisão entre os
cristãos, tornou-se, nas Profecias mais recentes, Aquela que Jesus nos
apresenta como um irresistível factor de Unidade não só para a Igreja, mas para
toda a Humanidade
29/4/96 – 1:48
– Fala do Pai e da Mãe – assim de repente
ouvi, perante aqueles algarismos.
– Já várias vezes me apeteceu dizer assim,
Mestre, como Tu disseste agora, mas tinha receio.
– Receio de quê?
– De estar a colocar o Teu Pai e a Tua Mãe
ao mesmo nível.
– E que importa o nível?
– A Tua Mãe não deixa de ser uma criatura,
ao passo que o Teu Pai…
– O Meu Pai já não Se lembra de que A fez
Criatura!
– Não Se lembra?…
– Sim. O Meu Pai olha para Ela e para Mim e
esqueceu já de como Eu era sem Ela, de como Ela era sem Mim!
– É como se A tivesse gerado, também a Ela,
desde toda a eternidade?
– E como se Me tivesse criado, a Mim também,
desde toda a eternidade!
– Não estou a escrever heresia, Mestre?
– Estás, se heresia significa ir além da Luz
que te alumiava, do limite que te limitava.
– Preferia que fossem pronunciadas
directamente por Ti as palavras que me estão vindo.
– Em Mim está o Pai sempre afastando o
Limite da Criação; na Minha Mãe está o Pai sempre afastando o Limite da
Divindade.
– Deus tem sempre mais de Criatura e a
Criatura tem sempre mais de Deus?
– Que toscas são as nossas palavras,
Salomão!…
– Que toscas são, Jesus!
Leve sempre, mas foi de puro Encanto a
sensação que me percorreu: Jesus disse mesmo “nossas palavras” e eu nem me lembrei de quem sou ao responder
daquela maneira! Tão ao meu nível Se me fez o Mestre e tão ao Seu nível me
colocou Ele a mim! Encanto puro, o Mestre: de repente nós éramos dois
companheiros e não consigo saber se foi Ele que desceu, se fui eu que subi; sei
que estávamos ao mesmo nível, sentindo em perfeita união a deficiência da
linguagem humana. A sensação é indefinível: ao pronunciar “nossas” foi como se
de repente Ele me tivesse curado do meu medo de O receber. Como se nos tivesse
de repente colocado aos dois no mesmo círculo afectivo! Ele é, em verdade, o
Arquitecto do Amor!
Admirável Mestre! Desta forma Ele acabou de realizar dentro de mim aquilo que as
palavras estavam tentando exprimir: a inexplicável união entre terra e Céu, que
pode colocar ao mesmo nível o nosso Pai e a nossa Mãe! Ui! Que toscas são as
nossas palavras, não é, Jesus?
E acaba o Mestre de nos mostrar outra
característica do Seu método de ensinar: para além de retornar ao Mistério em
ondas, em espiral, à maneira dos ciclos da Vida, Ele realiza o que ensina. E não se trata de uma exemplificação vazia:
Ele ensina moldando o coração!
Sem comentários:
Enviar um comentário