Disseram-nos que a Revelação terminou com a morte do último Apóstolo.
Mas esta declaração, feita dogma, traz consigo uma perversa consequência:
estamos assim afirmando que Deus ficou mudo há dois mil anos e para sempre. É
verdade que Jesus é a total e definitiva Revelação de Deus. Mas Jesus é Deus definitivamente
incarnado e vivo, falando a nossa linguagem através de todos os tempos, pela
acção do Espírito; tentar emudecê-Lo é cometer o pecado contra o Espírito Santo
que, como sabemos, não tem perdão.
4/5/96 – 4:33
– Ajuda-me agora a escrever o Mistério do
Teu Filho, Mãezinha: Ele vai continuar a revelar-Se até ao Fim do Fim dos
Tempos, não vai?
– Ele vai continuar a revelar-Se por toda a
eternidade.
– Mesmo depois de toda a História estar
consumada?
– Tu até já sabes que Jesus é contínua
surpresa para o próprio Pai.
– Sim, mas revelar-Se…
– Toda a revelação é uma surpresa e se o não
for não é revelação. Não sabes tu que Deus é Amor e que o Amor consiste na
Surpresa?
– Por isso aquilo que conhecemos de Deus é
ainda nada, comparado com o que há-de vir?… Espera aí, Mãe!
– Vá, diz o que estás vendo.
– Quando a Bíblia diz que Jesus é Aquele
que é, que era e que há-de vir, é a esta Revelação que se está referindo?
– A que outra coisa poderia ser?
– Mas não se trata de uma vinda especial,
espectacular, no fim de cada Tempo, no Fim do Fim dos Tempos?
– Só os corações podem receber Jesus. E a
vinda de Deus a cada coração é sempre espectacular.
– Mas não há momentos especiais na
História…?
– Há. Momentos de especialíssimos Sinais,
para que os corações dos homens mais facilmente possam abrir-se ao seu Deus.
Mas é sempre nos corações que acontece a Revelação de Deus. O resto são só
Sinais.
– O Teu Jesus no Teu ventre, em Nazaré,
percorrendo a Palestina, morrendo naquela Cruz, foi só Sinal?
– Jesus morreu sem que os próprios
discípulos O tivessem conhecido. Só Se revelou quando entrou nos corações.
– Quem faz o milagre de levar Jesus aos
corações é o Espírito Teu Esposo, não é?
– É. O Espírito é a Força que restaura Jesus
em nós.
Sem comentários:
Enviar um comentário