Não
sou muito de usar diminutivos no trato com as pessoas. Mas nesta Profecia
uso-os muitas vezes. São diminutivos de encantamento. É que não sei como de
outra forma possa exprimir tão inesperada proximidade do Céu comigo.
15/5/96 – 8:48:18
– É este um espectáculo de Sinais apontando-me
para Ti, Mãezinha. Queres falar comigo?
– Não estás doente?
– Não, Mãe; estou só curando.
– Meu querido filhinho… Acreditas mesmo que
estás só curando?
– Acredito, Mãezinha. Sei que não vou ficar
doido. Não vou, pois não?
– Responde tu, Meu pequenino: gosto tanto de
te ouvir…
– Gostas, Mãe? Tu és tão querida… Olha: para
que foram aqueles Sinais todos?
– Para não haver hipótese de passares sem os
ver.
– Precisavas assim tanto de estar comigo?
– Contigo estava Eu. Não Me sentiste esta
noite segurando-te a cabeça?
– Ah! Senti que em vez de me cansar, a
cabeça se me aliviava à medida que escrevia.
– Então já sabes porque é que não vais ficar
tolinho?
– Porque é com a própria Luz que o Teu Filho
me cura.
– Que quer isso dizer, filhote?
– Que todas as minhas células, curadas por
Ele, em vez de degenerarem, se tornam luminosas.
– Estás melhor, agora?
– Sabendo-Te assim à minha beira…
– Mas ainda tens dúvidas, não tens?
– Tenho, de fugida. Deve ser neste estado de
fragilidade que o Demónio aproveita para atacar mais.
– Exprime a tua dúvida.
– Que isto que escrevo pode justamente ser
uma invenção da minha fragilidade, para me agarrar à vida.
– E que aprendeste já acerca da “invenção”?
– Que nada inventamos que não exista já.
– Vá, mete aí o teu Latim.
– Inventar quer dizer, etimologicamente,
“chegar dentro”.
– E que concluis?
– Mãezinha, puxas-me sempre para conversas
muito intelectuais…
– Sabes porquê, não sabes?
– Para desfazer o nosso conceito de que
pensar é para os homens.
– E não é?
– É tanto como para as mulheres.
– E quanto é esse tanto?
– É nada: na Ordem Nova do Teu Filho não
existe pensar sem sentir, cabeça sem coração. Eu diria melhor…
– Diz melhor.
–
Existe só coração.
– E como conhece, o coração?
– Vivendo.
– Então a mente, o espírito, o pensamento, a
inteligência, o raciocínio…
– Tudo isso se chamará coração.
– Então vá: conclui agora com o coração o
que o conhecimento do Latim te disse.
– Que se a minha fragilidade Te inventou,
bendita fragilidade que assim me abriu os olhos.
– Te iluminou?
– Isso, Mãe, isso! Já sei onde queres
chegar: a fragilidade, como a humildade, como toda a consciência da nossa
absoluta incapacidade é o caminho que rasga as trevas e nos leva à Luz!
Sem comentários:
Enviar um comentário