Nos
Profetas mais recentes Jesus insiste em que se está cumprindo a visão do
profeta Daniel relativa à “abominação da desolação”.A mensagem seguinte é uma
actualização daquela profecia antiga.
26/4/96 – 3:46
– Vem, Senhor Espírito Santo, vem ser todo o
meu coração e a partir daí comanda todo o meu ser: põe definitivamente ao Teu
serviço este corpo velho, disforme e rude, de modo que ele, em vez de impedir,
favoreça a Tua Obra em mim. Faz dele expressão visível do Teu Jesus no mais
imperceptível movimento. Recebe esta lentidão e esta aridez, que são a única
coisa que eu tenho para Te dar. Recebe também esta pena que eu tenho de não ser
ainda inteiramente dócil aos Teus Impulsos e à Tua Vontade e leva-a até junto
do Pai, para que Ele a transforme em amor. Eu queria amar como Jesus amou.
Amen.
São hoje muito nítidos os Sinais da acção do
Demónio em mim. Nem sequer tenho propriamente sono: é o corpo todo dorido e é a
alma que me parece ter-se tornado pedra. Uma pedra colocada no centro de uma
praça enorme, geométrica, com edifícios altos, geométricos, à volta, e onde não
há uma única árvore ou sequer uma pequenina planta. Nem animais por aqui
passam: Está tudo frio e morto: as casas estão vazias e é terrível o silêncio.
E só agora um leve suspiro me veio dizer que o Espírito me não abandonou: só
Ele me mantém escrevendo nem sei como, porque da alma assim feita pedra nada me
pode vir. É bem a imagem da pura desolação o que sinto. E penosamente se
levanta em mim esta imagem como visão da desolação devastadora na Igreja de
Jesus, de que fala o profeta Daniel profetizando o nosso tempo. E é este o
jejum que o Senhor me está dando como participação na Sua Dor. Só me apetece
pedir a Alguém do Céu que me valha e é ao Coração da nossa Mãe que me dirijo, à
procura de algo vivo, à procura de um pouco de ternura, mas até este pedido
parece feito só do movimento dos átomos na pedra fria da minha alma.
– Onde estou, Mãe?
– No Inferno, conforme te foi dito.
– Ainda?
– Não queres estar Comigo e com o teu
Mestre?
– Quero, Mãe, quero. Mas nem mortos aqui há!
– É verdade: há só a obra dos mortos.
– E os mortos, onde estão eles?
– Enterrados debaixo das linhas geométricas
desta Cidade.
– E como se tiram eles de lá?
– E porque os havíamos de tirar de lá?
–Porque o Teu Filho desceu até aqui e Ele é
a Ressurreição e a Vida e deixa todos os vivos no Deserto para vir à procura de
um único morto na Cidade! Mas… Onde está Ele, o Teu Jesus?
– No teu coração.
– Sentindo o que eu sinto?
– Que sentes?
– Que não há nenhum morto para ressuscitar,
aqui.
– A Cidade é, toda ela, um sepulcro vistoso;
os mortos estão por baixo, em decomposição.
– Mãezinha, que horror! É preciso ainda
descer mais baixo?
– O Meu filho descerá até onde houver um
osso ressequido.
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