– Mestre, que caminhos tão estranhos são os que me destinaste! Quem os vai aceitar como Dom Teu?
– O Meu Reino não é deste mundo. Por isso tens razão: quem Me não seguir, nada do que te dou aceitará como Dom Meu.
– Ainda ontem a minha filha, que está contactando com estes textos ao passá-los a computador, me pôs imensas objecções, todas cheias de razão e de lógica… Embora ela mas apresentasse com todo o cuidado em me não magoar, Tu sabes como me abalou.
– Rebateste alguma das objecções que ela te apresentou?
– Não. Disse-lhe que tudo aquilo era verdade, que ela tinha muita razão.
– Queres apresentar uma das objecções, uma qualquer?
– Ela diz que as pessoas mais chegadas a mim, os meus mais próximos familiares, me vão olhar como alguém meio louco ou doente. Embora eu já o soubesse, foi esta a observação que mais me chocou.
– E que lhe respondeste?
– Que já estou contando com isso, porque é a vulgar reacção perante acontecimentos semelhantes.
– E nem o facto de estares contando com essa atitude das pessoas evitou que ficasses chocado?
– Uma coisa é eu saber ou imaginar o que me vai acontecer e outra coisa é viver o próprio acontecimento. Acho que vou sofrer muito, Mestre.
– Tu sabes há muito, Meu amigo, que assim vai ser – assim foi com o teu Mestre. Mas Eu conheço o teu coração e estou-o preparando na medida em que te dou a conhecer o Meu. Não tenhas medo. Mas gostaria que reproduzisses ainda aquela outra objecção da tua filha…
– Sim, já sei a qual Te referes… Ela diz que, no caso da Vassula, as linguagens são diferentes: a Tua linguagem é diferente da dela, enquanto que nestes Diálogos Tu falas exactamente a minha linguagem, que ela diz conhecer e conhece de facto muito bem. Não se distingue – diz ela – quando sou eu e quando és Tu que falas.
– E tu que lhe respondeste?
– Só lhe pude dar razão. A carta do M.O. dizia a mesma coisa: quando Tu falas, sou outra vez eu que falo. E também esta observação me está doendo, porque antevejo nela um dos grandes motivos, talvez o principal, para a rejeição desta Tua Mensagem.
– E como te imaginas respondendo às pessoas quando chegar a hora?
– Gostava que fosses Tu a responder-lhes.
– Com que linguagem Me imaginas respondendo-lhes?
– Ah! Certamente com a linguagem delas, para que Te entendam.
– E vês-Me respondendo a todas as pessoas?
– Talvez, mas não da mesma maneira. Àqueles que vierem a Ti de coração duro de soberba, responderás de forma que vendo não vejam e ouvindo não entendam; aos outros, àqueles que Te vierem procurar nesta Mensagem de coração sincero, falarás, com a Tua habitual ternura, exactamente a linguagem deles.
São 4:51.
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