Isto é, Jesus quer que eu anuncie esta mensagem. Isto é, a minha missão é também de denúncia.
Ainda não me atrevo a perguntar ao Senhor o que quer de mim, com medo de escrever uma resposta minha e não d’Ele. É falta de fé, certamente, mas sinto agora que pode também estar assim a minha fé amadurecendo com a prudência. Fé e Prudência não casam muito bem – diz uma voz provocadora em mim. E eu estou algo confuso, sem saber a quem hei-de atribuir aquela voz. Peço:
– Jesus, minha força e meu escudo, não permitas nunca que o Demónio se intrometa entre Ti e este papel, que o Demónio me desvie, um pouco que seja, de Ti! Dá-me a fé das crianças e não deixes nunca a Arrogância e a Presunção tomarem conta da minha alma. Dá-me, Jesus, a Prudência, a Prudência que robustece a Fé. És querido, Jesus: na minha dor e na minha solidão tens-me falado sempre com voz segura. És o meu único Companheiro. Dá-me companheiros que connosco (deixa-me dizer assim) partilhem a solidão da tua Cruz. Dá-me sempre um espírito disponível, inteiramente pronto a aceitar, por igual e por inteiro, a alegria e a dor como Dádivas Tuas! Diz-me claramente o que queres de mim, e eu executarei a Tua Vontade à letra, como um instrumento de precisão. É este o meu desejo profundo – Tu sabes! Que o Teu Espírito Consolador me assista em todo o momento. Hoje é o Dia da Paz e o meu nome inclui a palavra hebraica Shalom – Paz: dá pleno significado ao meu nome, o nome que eu creio dado por Ti. Faz de mim um instrumento da Tua Paz. Que mesmo denunciando, como creio que me pedes na leitura de hoje, mesmo denunciando os teus sacerdotes e os Teus príncipes, que eu esteja construindo a Tua Paz! Que tenha sempre a consciência de que o poder de julgar é só Teu.
– E teu. Escreve.
– Não escrevo, Jesus! Ai, Jesus, não escrevo…
– Escreve, Salomão, não tenhas medo! Estou-te dando o poder de julgar em Meu Nome!
– Só Tu sabes, Senhor, o que eu sinto ao escrever assim palavras Tuas, sobretudo palavras destas.
– Como “destas”? Não há, para Mim, palavras mais importantes que outras!
– Jesus, manda-me parar de escrever.
– Tem confiança, Salomão. Eu sou a Graça!
Não há ainda tranquilidade dentro de mim. Dá-me a sensação de que este diálogo é puro produto da minha imaginação e da minha ambição!… Não sei que faça. Mas dentro de mim, desde o princípio deste escrito, anda um impulso para ler a Vassula. É o que vou fazer. São 5:42: Jesus (5) pede que anuncie (4) e dê testemunho (2).
Deviam ser 5:44 quando comecei a ler 5/4/88: De todo este texto, que é longo, fixei sobretudo a voz carinhosa da Mãe a dizer-me: “A Sabedoria te ensinará; põe tudo nas Suas Mãos, que Ele não te abandonará”. E do que Jesus a seguir diz, ao interrogar-me qual seja, especificamente para mim, a Sua mensagem, acabo por me fixar no parágrafo em que Jesus chama por Pedro e o exorta a reunir todas as nações, a nutrir todas as Suas ovelhas que, segundo a linguagem aqui na Vassula e no contexto, são os sacerdotes, a não se deixar convencer pelos Cains e a permanecer decidido. Ora a verdade – devo dizê-lo aqui com toda a verdade, com toda a humildade, com toda a vaidade, com todo o medo! – é que eu admiti que estas palavras sejam dirigidas a mim. A mim, futuro Pedro!
Sem comentários:
Enviar um comentário