A Distinção! Foi esta uma característica do meu carisma que desde este mais estreito encontro com Jesus Ele sempre fez questão de realçar e desenvolver. Por isso me trouxe para este impressionante Silêncio acentuado pela solidão do Deserto. Por isso me não deu a visão, nem a locução interior: era necessário que eu me voltasse todo para dentro, numa vigilância tensa para, no absoluto Silêncio da minha intimidade, poder distinguir cada uma das Presenças e ouvir a respectiva Voz. Foi assim que me levou a distinguir claramente a Sua própria Voz da Voz do Pai, da do Espírito, da de Maria. E embora muito raramente ocorram, fui já conduzido a outras presenças do Céu, cada uma exprimindo-se numa voz bem distinta: Pedro, o Arcanjo Miguel, os meus próprios pais terrenos. Mas a mais inesperada sensação vivida neste Silêncio foi a presença de vozes não humanas, como foi o caso da voz do grande penedo, no Rossão, tão clara, que consegui mesmo reduzi-la a palavras humanas e gravá-la nestas páginas. O penedo falou verdadeiramente!
É claro que ouço também a voz do Demónio. Mas esse, ora se personaliza e claramente o identifico como Lúcifer ou Satanás, ora se me apresenta como conjunto de que capto, de facto, uma vozearia confusa, um som característico da Desordem infernal, mas sempre, mesmo assim, provindo de vozes personalizadas.
Também entre nós, na terra, a vozearia promíscua é sempre sinal de ausência de Deus. É preciso criar espaço e tempo para cada voz.
São 6:52!
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