A união matrimonial de Deus com a Sua Criação determinará, obviamente, a abolição de todas as fronteiras. Não mais haverá, distintos e separados, o Reino de Deus e o reino do Diabo, o Outro Mundo e este mundo. O Regresso de Jesus determinará o regresso de toda a Existência à Unidade e à Harmonia. E mais do que um regresso: tudo terá avançado, a partir da situação original e através de toda a Desgraça causada pelo Pecado, para uma Unidade substancialmente nova, em que a Carne da criatura se tornará Carne do próprio Criador!
Deste modo, também a fronteira da morte será abolida. Recordemos o que através de Paulo Jesus nos diz: a morte será o último inimigo a ser vencido. De facto, foi precisamente a morte o processo que iniciámos com o Pecado ao comermos aquele fruto, do qual Deus avisara que, se o comêssemos, morreríamos. Assim, operada a Redenção, de novo deixará de existir a morte; só a vida circulará em toda a Existência, numa Unidade mais íntima que a original.
Mas como será abolida a morte? Aceitando-a como caminho para a Nova Unidade. É preciso reconhecermos que escolhemos a morte e portando que a devemos assumir, com todas as suas consequências. Esta aceitação da morte será então uma entrega pura ao Amor de Deus, como uma criança se entrega, com confiança sem limites, ao colo protector e sábio dos pais. Sabemos que aí, nesse Colo, onde ondeia o Mar do Amor, renasceremos inocentes e connosco renascerá toda a Criação!
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