− Dirige hoje, Jesus, o nosso diálogo para onde estiver o Teu mais fundo desejo: sinto que é para Ti muito importante o Teu Pedro.
− Diz-Me antes então o que tens tu no espírito neste momento.
− Várias coisas que me intrigaram ao olhar casualmente a Profecia da Vassula: a confissão dos pecados, a incredulidade renitente de muitos, a distribuição dos vários carismas na Tua Igreja. E, agora, esta relação do Pedro com a Tua Mãe.
− Nomeia aquela dessas coisas que mais se te realça agora.
− Não consigo, Mestre. Realçam-se-me todas por igual. Parecem todas conter, escondida, uma grande novidade.
− Então começa pela primeira que referiste.
− A confissão dos pecados. Como todas as outras, vi-a relacionada com o Pedro e não estou a entender… A primeira e única vez que me confessei depois deste nosso Encontro foi quase logo no princípio e nunca mais senti que me quisesses levar àquele tipo de confissão. Explica-me estas coisas, Mestre. Que tem isto a ver com o Pedro?
− Lembras-te de como Eu Me sujeitei aos ritos da Sinagoga, no princípio? Viste como Me deixei baptizar pelo João? E não ficou claro nas Minhas atitudes que o Meu Caminho era todo outro, que até o Meu Baptismo era todo diferente daquele a que Me sujeitei? Perguntas que tem isto a ver com Pedro?
− Pedro deverá sempre pagar tributo à Instituição para com justiça a poder demolir com a Novidade que transporta?
− Eu quero o Meu Pedro sempre a amar-Me muito, para que Me ouça só a Mim! Não sou Eu o Pastor único da Minha Igreja? Não é só a Minha Voz que o Meu Rebanho deve ouvir?
− E que sentido tem, então, ele começar por se sujeitar à Instituição?
− Não sabes ainda? Não Me ouviste dizer que abandono noventa e nove ovelhas no deserto para ir à procura de uma única? Não sabes que os homens da Instituição Me são tão caros como tu? Não sabes que, mais do que qualquer outro Meu discípulo, o Meu Pedro não pode nunca condenar ninguém?
− E como demolirá a Instituição, como sei que é Teu desejo?
− Sujeitando-se a ela, para dizer aos homens que a sustentam que os não condena. Todo o mal só o Amor o pode demolir.
− Por isso queres que o Pedro Te ame com uma fidelidade inquebrantável, mais do que todos os outros?
− A Rocha é o Amor, não vês? Onde está a segurança das pessoas? Não é em amar e em saberem-se amadas? O que é que fabrica as instituições? Não é a ausência do Amor?
− Quanto menos Amor, mais Instituição?
− Vê se não é, Pedro. Não são todos os poderes instituídos manifestações claras da rejeição do Amor que no Princípio tudo unia e vivificava?
− Estou a ver, Mestre: se eu excluir alguém do meu amor, se eu não amar, por exemplo, os homens da Instituição, estou já a construir a minha própria Instituição!
− Viste bem. Foi por isso que até hoje todas as igrejas se tornaram instituições: elas sempre se ergueram sobre a rejeição dos homens das outras instituições.
− Vai ser muito difícil, Mestre: o caminho que assim o Teu Pedro seguir, há-de fatalmente provocar o ódio dos homens da Instituição.
− Eu nunca disse que o Meu Caminho era fácil. Só disse que era novo. E nenhum caminho fácil é novo. Vede se o Meu Mandamento de amardes os vossos inimigos não revelará, por si próprio, um Reino inteiramente de outro mundo, provocando por isso um demolidor conflito com este Mundo.
− Um conflito já dentro do próprio coração de cada um, Mestre!
− Pois claro! E não está, para cada um, o seu grande inimigo dentro de si mesmo?
− Olha, Mestre: vamos às outras coisas que me intrigaram? Os carismas, por exemplo. Ao lado dos Profetas Tu falas em apóstolos, sacerdotes e até “professores” (VVD, 2/4/89)… Não implica isto uma instituição?
− Porque havia de implicar uma instituição? Estabeleço Eu alguma hierarquia entre eles? Digo Eu que o apóstolo está acima do sacerdote, ou do professor, ou mesmo que o Profeta está acima destes?
− Não, de facto. Tu falas mesmo nos Profetas como aqueles que Tu formas “em tempos de rebelião”. Queres dizer que eles virão só de tempos a tempos?
− Em todo o tempo haverá rebelião. Mas se só o Amor comandar a Minha Igreja, será sempre e só a Minha Voz que ela ouvirá: toda a Minha Igreja será, em si mesma, o permanente Profeta para si própria e para as nações.
− E a Tua Mãe, Mestre? Que relação há entre Ela e o Teu Pedro?
− Ela é a Rainha da Paz porque muito Me amou. Eu quero que o Meu Pedro Me ame assim. Ele deve ser também a visualização do Amor da Minha Mãe.
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