Testemunham estes Diálogos uma intensa e bem especifica relação minha
com o Espírito do Senhor, a célebre Ruah da Bíblia: sempre que n’Ele fixo a
atenção, uma onda de lágrimas me pressiona os olhos e muitas vezes sai para
fora, abundantemente. Pela sua Força inexorável. E pela sua imensa Delicadeza…
4/11/96
– 9:00:21
O Nono Dia virá como uma Avalanche de Deus!
Anuncia, pelo teu testemunho, a Amor do Pai – assim me fala aquele Sinal.
E esta Avalanche – fenómeno que começa
pequenino e vai engrossando – arrombará todas as fronteiras, assumindo no seu
ímpeto “o resto de Edom”, isto é, os parentes e vizinhos e avançará sempre,
cobrindo “todas as nações sobre as quais o Meu Nome foi invocado” – diz o
Senhor, cuja Palavra nunca voltou atrás sem ter cumprido até ao fim o que um
dia pronunciou! E esta Palavra pronunciou-a ele um dia, através do Seu profeta
“menor” Amós. É, pois, da pequenina “cabana arruinada de David” restaurada pelo
omnipotente Senhor de todos os Exércitos, habitada por gente da montanha, pobre
e desprezível, que se desprenderá a Avalanche imparável, fatal. Tão prodigioso
será este fenómeno à vista de todos, que o julgarão uma segunda Criação, saída
do nada.
E porquê? É aqui que de novo o Mestre me
amarra ao Sinal do início da vigília. Verifico que ele é o mesmíssimo da
vigília de ontem. Parece, pois, vir carregado de uma especial mensagem, tanto
mais que hoje só acordei, ao que tudo indica, para o observar. Ele pede-me, com
uma veemência invulgar, que insira neste contexto a Senhora da Luz.
– De Ternura será feita a Avalanche – diz-me
agora de repente Jesus.
– Ahn? E de Fogo, não, Mestre?
Eu não largo o Fogo. O Fogo de Yahveh é uma
autêntica obsessão para mim. Parece-me que, se não vier o Fogo, não ficaremos a
conhecer como se dilacerou o Coração do nosso Pai por causa dos nossos pecados.
Mas Jesus nem me responde. Todo ele Se concentra na Sua Mãe, como se o Nono Dia
fosse Ela, apenas. Ela é o Segredo que Jesus guarda, para conquistar “as
nações” todas. Acho que estou adivinhando: Maria é, para Jesus, a Avalanche da
Ternura, que conquistará o mundo!
São 10: 05. Quero parar aqui a escrita, mas
não consigo: o Senhor impele-me, com muita delicadeza, mas justamente por isso
de forma irresistível, a inserir neste contexto também a Igreja. E ao falar de
Igreja nova onda ardente me percorre o corpo. A Avalanche não conhece divisões,
não há obstáculo que a trave, não sei em que órgão do meu corpo está passando:
só a sinto avançar sempre, multiplicando a sua energia na proporção do seu
avanço sem retorno! Mas é só Encanto que me submerge, esta prodigiosa força. E
é também Fogo que me queima sem me consumir, sem deixar de me encantar. Como se
me derretesse e ao derreter-me me transformasse em Ternura!
Espantoso: não distingo se esta Ternura
avassaladora se chama Maria, ou se chama Igreja! Sei que é a Noiva de Jesus e
que Ele A espera do outro lado do mundo para A abraçar, quando Ela chegar!
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