Foi
mesmo assim: no início da minha conversão e da fixação destes Diálogos,
colocado em frente à torre medieval do Mosteiro de Leça do Balio, Jesus pediu-me,
como a Francisco de Assis: “Reconstrói a Minha Igreja”.
14/10/96 – 4:12
A Igreja! Passo todos os dias pelo local
onde, frente à torre do Mosteiro, o Senhor me pediu que reconstruísse a Sua
Igreja. E o sítio onde me coloco para olhar a torre é sempre o mesmo e muito
exacto. Ali me fixo e ali rezo, pedindo ao Senhor que me manifeste a Sua Vontade
a respeito da Sua Igreja. A certa altura começou a intrigar-me o facto de me
colocar sempre naquele exactíssimo sítio, que identifico por estar rachado ali
o cimento da valeta. Sei que foi ali, naquele preciso lugar que, suspensos os
movimentos rotativos, se me realçou a torre do Mosteiro diante dos olhos e o
Senhor me pediu com muita veemência: “Reconstrói a Minha Igreja!”. Nem mais
para a direita, nem mais para a esquerda: sempre naquele exactíssimo sítio se
colocam os meus pés.
Há tempos entendi porquê: entre mim e o
Mosteiro começou a levantar-se um arbusto ou um conjunto de arbustos, não sei,
eu vejo aquele tufo de verdura como uma unidade. Actualmente é já uma pequena
árvore que quase me encobre a robusta torre medieval. Dentro em breve terá feito
desaparecer dos meus olhos o monumento de pedra, que só poderei ver saindo
daquele sítio. Então agora muitas vezes rezo: Cresce, pequenina Igreja de Deus!
Levanta-te, frágil Encanto do teu Senhor! Engrossa esse tronco e lança fortes
ramos em todas as direcções, de modo que desapareça dos nossos olhos e da nossa
mente a Igreja velha, de aparência robusta, mas que não mexe, não cresce,
porque é feita de matéria morta! Vem depressa, Pequenina, que já me não cabe no
peito a ânsia de poder mostrar ao mundo o teu irresistível Encanto!
Aqui está, pois, a razão porque não saio
daquele lugar. Aquela árvore tornou-se-me, assim, imagem da Igreja refundada,
com raízes enterrando-se nas fontes da vida e com seiva dentro, fazendo
espirrar continuamente novos ramos. Há-de crescer muito e dar sombra que
refresque os caminhantes cansados, folhas medicinais que curem todas as chagas,
frutos abundantes e suculentos que saciem todas as fomes do corpo e da alma. A
Igreja que Jesus está refundando não é feita de pedra, mas é viva como uma
árvore, que se alimenta da seiva da terra e da luz do sol.
– E da Igreja velha que faremos, Mestre?
– O mesmo que haveis de fazer da Igreja
Nova: deixar que o Meu Espírito tudo comande. A Ele só, pertence remover o que
está morto e alimentar e guiar toda a vida que surge. Nunca julgueis ninguém!
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