Nunca mais esqueci esta afirmação do Espírito Santo: Se o Livre Arbítrio
que vos demos quiser disparar uma seta…”. É esta uma revelação arrasadora:
nada, nem a maldade, existiria, se o Espírito não o segurasse na existência!
22/10/96
– 10:38:37
Está um tempo invulgarmente quente. E este
facto provoca uma acentuada “moleza” nos seres vivos, sentida em forma de
retenção da vitalidade, de inibição da acção. Em consequência disso, parece que
tudo fora de nós perde algum interesse e nem connosco nos sentimos bem. Isto
traduz-se numa generalizada má disposição. Mas para que escrevo eu isto? Que
interesse pode ter o Espírito do Senhor neste assunto, para que me assista no
seu registo? Não sei. Sei apenas que Lhe interessa este assunto. Porquê? Como
sei eu isso? Sei, porque ficou escrito e continuo escrevendo sobre o mesmo
assunto. E até aqui chega a minha Fé: o simples facto de eu escrever nestas
folhas é Sinal e garantia da assistência do Espírito! É que nada acontece por
acaso: o próprio impulso para escrever está, por isso, sob o domínio do
Espírito que tudo preenche e por Quem e em Quem tudo existe e subsiste. Então
porque não há-de estar Ele presente em qualquer outra coisa que qualquer outra
pessoa escreva? – objectar-se-á. E está – respondo eu e ao responder é
justamente esta mesma Fé na Presença do Espírito que comanda esta caneta. Está,
de facto, presente o Espírito do Senhor em toda a escrita que todo o ser humano
produza, como está nos rabiscos que uma criança acabou agora de fazer aqui à
minha beira num guardanapo de papel. Como está noutra qualquer acção que o
homem execute. Ele está em todo o movimento de todo o ser. Sem Ele, nada se
moveria. Mas então, está também numa acção perversa, numa escrita perversa, por
exemplo?
Está. Até aí Ele se encontra, o omnipotente
Espírito de Deus! Nada de perverso aconteceria, se Ele não sustentasse a coisa
ou o movimento perverso no seu ser! Como assim? O Espírito Santo é o autor de
toda a perversão?
– Responde Tu próprio, Espírito do meu
Mestre, Espírito querido do meu Pai do Céu. Explica-nos o que me fizeste
escrever.
– É verdade o que escreveste: nada,
absolutamente nada existe sem que Eu o segure na existência; caso contrário,
simplesmente não iniciaria a sua existência.
– Então quando começa a surgir qualquer
movimento perverso…
– Sou Eu que o mantenho em movimento.
– E quando esse movimento atinge uma
finalidade perversa, a mentira, uma crueldade qualquer, a morte por exemplo,
onde estás Tu, meu incompreensível Amor?
– Vê tu a chaga no Meu Ser quando acompanho
aquele movimento até à execução da sua finalidade perversa!
– Porquê, meu louco Amor?
– Porque o que Nós uma vez demos, nunca mais
o tiramos: se o Livre Arbítrio que vos demos quiser disparar uma seta contra o
próprio Coração do vosso Deus, sou Eu que sustento o movimento da seta até ela
se enterrar no Nosso Coração.
– Só a vontade de disparar a seta é que não
é Tua?
– Sim. E a finalidade que a seta leva. Essa
também não é Minha e forma uma só coisa com a vontade de a disparar. Essa coisa
é a maldade.
– Então diz-me agora, Palpitação querida
dentro de mim: que têm estes Escritos de especial para se tornarem Mensagem de
Deus sem erro nem desvio?
– A
tua Fé em que eles são Mensagem de Deus sem erro nem desvio.
– Deve-se a mim a importância destes
Escritos?
– Lembras-te da primeira frase que
escreveste?
– Lembro: “Escreve, meu Deus!”.
– Que vês nela?
– O momento em que o meu Livre Arbítrio se
ofereceu para ser caneta de Deus.
– E sabes a alegria que foi no Céu, nesse
momento?
– Não, não sei. Só sei da minha alegria,
que senti como um Dom do Céu!
– E entendeste agora porque é que nestes
Escritos se vence a “moleza” e todos os caprichos do clima?
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