Tenho uma pena dilacerante de que muitos cristãos não saibam que a Mãe de
Jesus é igualmente sua verdadeira Mãe. E que Mãe!
23/10/96 – 3:48
– Mãezinha, preciso muito de Ti.
– Que tens, Meu menino?
– Acho que estou doente.
– Porquê? Que sentes?
– Sinto-me todo caído, sem forças… E não me
apetece nada.
– Não é verdade; apetece-te pelo menos uma
coisa: ficares forte outra vez, não?
– Ah, pois… Mas como faço?
– Já estás fazendo, ao conversares Comigo: o
teu Remédio hoje sou Eu.
– É de ternura que eu preciso?
– É. Só precisas de uma festinha. Assim…
Vês?
– Gostas de mim, Mãe?
– Tu não vês que gosto, Meu tolinho?
– Vejo, vejo! Vi agora, com o coração.
– Que sentiste?
– Que me abraçaste… Que me apertaste muito
contra Ti… Eu estou no Teu colo.
– Não és grande demais para estares no Meu
colo?
– Não! Eu sou uma criança muito pequenina.
– Sem essa barba de palha de aço?
– Sim. Com cara de menino. Mas diz-me: não
gostas da minha barba de palha de aço?
– Gosto. É parecida com a do Pedro. Estou a
vê-lo… Ele ia lá muitas vezes a casa.
– Era um grande amigo do Teu Jesus, não era?
– Era. Também no coração era parecido
contigo.
– E olha, Mãe: não me queres dizer hoje nada
de novo?
– Não te sentes doente, filhinho? Os doentes
repousam, não é?
– E asneiras? Tenho feito asneiras que Te
ponham triste?
– Diz-Me: alguma mãe se lembra das asneiras
que o filho faz, quando o vê caído de cansaço e doente?
– Então não é das asneiras que estou doente?
– Todas as doenças se devem a asneiras.
– Então não me queres dizer as asneiras que
tenho feito? Se mas dissesses, talvez não voltasse a fazê-las.
– Até o justo cai sete vezes ao dia!,
lembras-te? Se soubésseis como o vosso corpo está deformado… Qual é o pai ou a
mãe que perante um filho deficiente, lhe ralha de ele mancar, de cair, de andar
torto, de se sujar? Não lhes basta, a estes pais, que o filho tente caminhar? E
não ficam enternecidos se o virem tentar fazer as coisas com perfeição, mesmo
que lhe saia tudo torto? E lembrar-se-ão eles porventura de alguma deficiência
do filho, quando o vêem fazer tudo quanto pode para lhes agradar?
– Eu tenho feito tudo quanto posso, Mãe?
Estás contente comigo?
A nossa Mãe só me deu um abraço muito
apertado e comprido. Sou outra vez criança e estou no Seu colo. E quando assim
acontece, nem sei onde me ficou o corpo disforme.
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