Ficava muito espantado e até chocado quando lia, nos Profetas actuais,
que eles, ao falarem do Amor de Deus lhe chamavam louco. Achava, como toda a
gente e como toda a lógica diz, que é absurdo falar de loucura em Deus. Mas
isto foi só enquanto não pude experimentar, eu próprio, até que ponto Deus
rompe todos os nossos conceitos e toda a nossa construção racional. Eis uma
pequena amostra:
Imagino agora qual terá sido a loucura do Seu Coração quando viu o Seu
Jesus do nosso tamanho, pequenino e indefeso como nós, na Sua lida diária! E
compreendo que Ele desfaleça de ternura por nós quando nos vê tentar ser como
Jesus!
E vejo Jesus ressuscitado, na plenitude do Seu Poder de Deus vivendo com
a Sua Carne gloriosa ao lado da nossa carne incapaz, dentro dela, órgão com
órgão, célula com célula, em todas as nossas sensações, sejam de dor, sejam de
prazer! E compreendo que se Lhe abrase o Coração de carinho por nós quando nos
vê aceitar esta nossa condição de deficientes profundos como fruto do nosso
Pecado que agora repudiamos!
Não é nenhum exagero quando eu escrevo, com todos os meus irmãos
Profetas, que Deus nos ama loucamente.
E que se Lhe derrete o Coração de ternura por nós quando finalmente
correspondemos, em toda a medida das nossas forças, a este Seu Amor. Não é
apenas força de expressão quando afirmo, movido pelo Espírito, que Deus nos ama
a cada um de nós como se mais ninguém existisse no Universo, como um verdadeiro
apaixonado, em toda a loucura da Sua paixão. Fica por isso encantado com todos
os passos que damos na nossa lida diária, na execução dos mais insignificantes
gestos da nossa vida. Como um apaixonado tal qual, em permanente situação de
amor à primeira vista. E dói-Lhe tanto a nossa situação de incapacidade e de
sofrimento, que só deseja estar no nosso lugar, como uma mãe, como um louco
apaixonado.
É preciso conhecermos este Deus assim enamorado e encantado connosco.
Urgentemente. Ah, como eu gostaria de O poder mostrar a todas as pessoas!… (Dl 28, 22/6/04)
Veja também o texto 211 (Outubro 2010)
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