Foi uma visão relativamente recente esta que
Jesus me mostrou: não há igrejas; há uma só Igreja e é esta que temos - mutilada,
dividida, desmembrada, moribunda. E é esta mesmo a Igreja de Jesus, em que Ele
sempre viveu, obviamente sempre em inaudito sofrimento, e vive agora
acompanhando-a neste seu irreversível processo de morte, depois de, durante
quase dois milénios, tudo ter tentado para a fazer regressar ao paradigma da
Igreja Primitiva. Agora basta - disse o Pai - acabaram-se
os avisos, não há mais remendo novo que se lhe ponha. Desta morte, que Ele
desejaria voluntária, renascerá uma Nova Igreja, tão inocente, tão corajosa,
tão apaixonada como a Primeira. Eis um esboço, ainda rudimentar:
Nada poderá substituir, na Igreja, a ligação directa dos corações a
Deus. E esta ligação sempre será feita através de Jesus e de Maria. Por isso
tanto têm insistido os Profetas nos Corações destes nossos Amigos do Céu. Em
Maria está presente todo o processo humano de religação a Deus; em Jesus está
presente todo o Caminho de religação de Deus à nossa Carne. Não se trata, pois,
de esquecer a importância do Pai, ou do Espírito; pelo contrário, só através
destes dois caminhos de unificação perfeita entre Deus e Homem poderemos abrir
os olhos do nosso coração ao Amor do Pai como nossa Segurança inabalável, e do
Espírito como nosso eterno Vivificador.
Que ninguém, pois, se apresente na Igreja de Jesus como detentor da
Verdade, muito menos Pedro. Que ninguém se atreva a organizar o Fluxo vivo do
Espírito no Povo de Deus. Que nunca mais o Povo de Deus seja conduzido por uma
doutrina ou por uma hierarquia, mas que cada membro deste Povo cuide
exclusivamente em ligar o seu coração ao Coração de Deus!(Dl 28, 18/5/04)
…
O Mandamento de Deus, no Tempo Novo, será o que cada um ouvir na sua
própria Alma. Os Mandamentos de Deus deixarão de ser dez, para que ninguém
possa contabilizar o seu mérito e vir depois declarar na praça pública ou até
mesmo para si próprio: Já cumpri os Mandamentos todos; já fiz tudo o que Deus
me mandou fazer.
O Mandamento do Senhor para cada um há-de vir-lhe exclusivamente da sua
Alma. E isto, que parece uma lei ou um princípio doutrinal, é o mais claro
exemplo, entre as orientações de Jesus, de que todo o princípio doutrinal, toda
a lei estará excluída do Plano de Jesus para a Sua Igreja: esta directiva revela
que haverá tantos Mandamentos de Deus quantas as Almas que se entregaram a
Jesus pela Fé. Dentro de cada um é que se situará a Fonte permanente do seu
comportamento. Esta será a mais sólida garantia de que ninguém governará a
Igreja, a não ser o Amor. (ibidem 19/5/04)
Sem comentários:
Enviar um comentário