Comemorámos a noite passada o Nascimento de Jesus. É por isto que existe
Natal e por nenhuma outra coisa mais. Porque este Menino iniciou a maior revolução
de toda a História da Humanidade. Lido de novo, agora com olhos
descondicionados, aquilo que d’Ele ficou escrito e que muitos de nós sabemos de
cor, dá isto: Este mundo que, praticamente desde que existimos, começámos a
levantar com tanta canseira e tanta dor, está todo assente sobre uma trágia
Mentira e portanto quanto mais o desenvolvemos, mais infelizes nos faz; o Mundo
que Eu vos venho anunciar - disse este
Menino mais tarde, quando andava pelos seus trinta anos - não tem nada a ver com este. Absolutamente
nada. Portanto este mundo deverá simplesmente desaparecer. Radicalismo? Fundamentalismo?
Para Jesus, não é; é simplesmente a Sua Revolução, que nunca parou de se realizar
e que falta só manifestar-se, quando menos esperarmos. Dela fala a mensagem seguinte:
Efectivamente esta Profecia desagrega completamente a Igreja e este
mundo. Duma e doutro não fica, de facto, pedra sobre pedra: esta Igreja é para
ser desmontada até às suas fundações; este mundo, a que aqui muitas vezes se
chama a Cidade ou a Civilização, é simplesmente para desaparecer de toda a
superfície da terra. E é este precisamente o fundamento da minha certeza, da
minha confiança e da minha Fé. Na verdade, não me sai do espírito a declaração
de Jesus, proferida no mais solene momento da Sua vida: “O Meu Reino não é
deste mundo”! E todas as palavras e atitudes do nosso Mestre conduziram a esta
tão estranha declaração. Pouco antes, dissera Ele aos Apóstolos: “Vós não sois
do mundo”. E ouçam-se agora com atenção as Suas palavras quando diz que Satanás
é justamente “o príncipe deste mundo”!
Julgo que não se pode ser mais claro: este mundo é, portanto, um reino
diabólico. E julgo também que ninguém poderá ter dúvidas de que “este mundo” é
a obra humana edificada e estabelecida como Sistema universal à superfície de
toda a terra. Está hoje à vista e publicamente reconhecido e proclamado que
toda a obra humana confluiu neste Sistema único que cada vez mais
ostensivamente se arvora em Alternativa à Natureza.
Por isso sempre de novo a minha Fé se reergue sobre a minha dúvida… (Dl 28, 21/4/04)
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