Quando, nesta Profecia (“Diálogos do Homem
com o seu Deus no Tempo Novo”), de onde são tirados estes textos, se fala da
Cidade, assim com maiúscula, entende-se sempre toda a obra do homem, sela
material, seja política, seja cultural, seja social, seja moral, seja mesmo
religiosa, numa palavra, entende-se sempre a Civilização no seu todo. É
certamente muito chocante o que dela se diz. Mas Jesus, aqui, é de uma intransigência
total. Veja-se, por exemplo, isto:
Dei comigo divagando… Mas desta vez fiquei surpreendido com os meus
pensamentos: eles não esvoaçavam pela Cidade, mas rodeavam a essência do Reino
dos Céus. Era como se fosse um sonho em que eu me via cercado de objectores, de
curiosos, de pessoas apenas esfomeadas e sedentas. Questionavam-me sobre a
minha pregação, dizendo que ela conduziria à permissividade e, pior ainda, à
promiscuidade. Todos estavam, porém, muito atentos à resposta que eu daria.
Então eles ouviram em silêncio estas minhas palavras: a Liberdade que
Jesus nos vem trazer agora no Seu Regresso é total. Todas as nossas dores se
devem ao facto de termos levado até hoje uma vida de prisioneiros e de
escravos. De tal maneira, que nunca pudemos conhecer a Liberdade. Somos hoje
todos um povo só, escravizado numa terra estrangeira: tal como o povo hebreu
prisioneiro no Egipto, tudo quanto fazemos é propriedade do rei que nos
escravizou e o que julgamos ter de nosso é ilusório, uma vez que o rei só nos
permite gozá-lo porque precisa de nós vivos e com força para trabalhar na sua
Construção. Jesus não vem melhorar as nossas condições de vida no Cativeiro;
Ele vem tirar-nos daqui para a Liberdade total. E mais: esta Liberdade será uma
Força tão poderosa, que inundará todo o reino da nossa antiga escravidão,
acabando por fazê-lo desaparecer por completo. Então a Terra será toda
inteiramente livre.
Quando dei conta desta divagação, adverti em que eu creio em tudo quanto
acabara de dizer com a segurança de uma testemunha ocular: eu já vi a própria
derrocada do reino que nos escravizou!
(Dl 27, 10/1/04) Veja também os textos
41 e 42, Março e Abril de 2010
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