- A mesmíssima imagem numérica de ontem, Maria! Será
porque a não interpretámos ontem?
- Não? Ora verifica, mais atentamente.
- O texto começa com um lamento, perguntando quando
serão finalmente estes Diálogos lidos com paixão.
- E não está, entre os algarismos, o Mensageiro destes
Diálogos?
- Ele e Tu, envolvidos os dois pela Paz.
- E já te esqueceste do que estou Eu a fazer aqui
contigo?
- Referes-Te ao que diz o Apocalipse, de que deverias
ser escondida no Deserto para seres alimentada?
- E alimentada por quem?
- Naturalmente por um alimento digno da Mãe de Deus e
Rainha do Céu. E esse só Deus To poderia fornecer.
- Mas o Apocalipse não diz que estarei acompanhada no
Meu esconderijo no Deserto…
- Estás sugerindo que o Alimento Te deveria ser trazido
por alguém?
- Não é óbvio?
- Poderia ser por Deus, directamente.
- Como tu sabes, não é essa a maneira usual de Deus
proceder; normalmente Ele honra um mensageiro Seu com determinadas missões,
partilhando-Se assim com os Seus amigos.
- Sou eu então o Mensageiro que, dia a dia, Te traz o
Alimento do Céu!?
- E queres Mensageiro mais adequado para esta missão do
que o próprio Adão?
- Aquele a quem Tu, Eva, levaste o alimento da
Rebelião!…
- Não faz tudo tão perfeito o nosso amoroso Deus? Não
faz sentido que seja agora Adão a levar a Eva o Alimento da Liberdade?
- E tudo envolvido pelas
ondas seguras da Paz!…
- Foi-nos dito também que este alimento seria doce como
o mel na boca, mas amargo como fel nas nossas entranhas. Podes dizer-Me onde
está o mel, no alimento que Me tens trazido?
- Não sei… em tanta coisa… Na Loucura do Amor de Deus?
- E o fel?
- Na Loucura do Amor de Deus.
- Como?
- Na Loucura. No inconcebível sofrimento que Deus
assumiu e abraçou, para nos salvar.
- Foi por isso que ontem falámos da Grande Desilusão!?
- Sim, num clima como aquele em que Jesus disse a
Judas: “O que tens a fazer fá-lo depressa”. A aproximação da Catástrofe! A
Batalha em que “morrerá a terça parte dos homens”.
- Foi então também o limento que Me tens trazido que
fez surgir perante os teus olhos a Minha Veste de Guerreira!?
- Não, nem tanto! Não pode ser! Tu já tinhas essa Veste
antes de vires para o Deserto…
- Sim? Então porque foi preciso Deus esconder-Me aqui?
- Como? A Tua Veste de Guerreira é aqui que se está
formando? Mas eu já a vi, há muito tempo!
- E nem imaginas como fiquei surpreendida ao ver-te
descrevê-la!
- Tu não sabias que a tinhas?
- Eu não a tinha ainda. A Batalha que exige aquela
Veste não começou ainda; só a Grande Desilusão despoletará essa Batalha.
- Mas eu escrevi aqui já várias vezes que a Batalha
está em curso.
- Esqueces-te do Tempo de Deus, em que aquilo que vai
ser já é…
- Mas acabas de dizer que foste surpreendida…
- Faltava-Me o espelho para eu Me ver a Mim mesma!
- E que tal? Ficaste empolgada, como eu?
- Até dava para ficar vaidosa, não?
- Dava, se não soubesses a que se destina essa Veste:
ela deverá valer por um exército inteiro em ordem de batalha!…
São 10:59!
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