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O Sinal que me fez desconfiar,
no início da vigília, de que o Diabo não iria gostar do que eu estava em vias
de testemunhar era o 26. Agora aparece-me o Sinal 52, que, rigorosamente,
significa Testemunha de Jesus, ou Jesus e a Sua Testemunha, ou Jesus testemunhado.
Isto é, do que o Diabo não gosta é do tipo de Testemunha que eu sou: de que eu
testemunhe Jesus e por isso Jesus me ame de forma tão especial. Sinto, de
facto, que é mesmo por me ver testemunhar com tanta entrega e fidelidade o que
n’Ele capto, que Jesus gosta de mim com tamanha ternura.
Ora na vigília parece nada se
ter dito deste testemunho fiel, mas o diálogo todos verificarão que se centrou
no tema da segurança. Segurança que é habitual todos considerarem que reside
mais no homem, enquanto a mulher é considerada mais volúvel, instável, e se lhe
atribuem prevalentemente as características da delicadeza, da ternura, da
beleza leve, do encanto fácil, e até é mesmo por isso que a sua sedução sobre o
homem é rápida e fulminante, provocando nele inseguras suspeitas, possessivos
ciúmes. Isto é, o homem é seguro mas, porque a mulher é insegura, precisa ele
de lhe fazer a ela uma marcação cerrada para manter sob o seu domínio a sua
propriedade - é esta a lógica da Ordem
que nós construímos aqui, a partir do Pecado. O nosso problema é sempre o mesmo
- a posse. E atenção: este
não é um problema do homem; é-o igualmente, e na mesma medida, da mulher. Os
meios de aprisionar e de tomar posse é que são diferentes: nele, é a bruteza;
nela, é a sedução, ambos igualmente violentos. Maria mostrou-nos esta noite que
nada seria assim se nos libertássemos deste desnaturado impulso da posse.
Só conseguiremos isso se
formos testemunhas fiéis de Jesus.
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