14/2/01 — 3:21
— Maria, onde estás, que te deixaste resfriar também no meu coração?
— Eu estou sempre no exacto lugar onde tu Me procuras.
— Basta então procurar-Te para Te encontrar?
— É claro, Meu pequenino! Como podes imaginar Deus afastando-Se ou ficando insensível a quem O procura?
— Todas as vezes que Te procuramos a Ti, é Deus que procuramos?
— Sempre que decididamente abandonais o lugar onde vos sedentarizastes e onde pretendestes fazer o cento do mundo apara irdes à procura do Centro Único de tudo quanto existe, estais já vivendo uma verdadeira vida em Deus.
— Este Deserto então…
— É Deus vivendo a rejeição do Seu Amor.
— Então logo que começamos a caminhar para Deus, estamos atravessando, incarnados com Ele, o Deserto que interpusemos entre nós e Ele!?
— Sim, sentir este mundo como um Deserto é justamente a maior prova da autenticidade divina do Caminho que segues, Meu pequenino.
— Ah, entendo agora porque pediu Jesus ao Pai que não nos tirasse do mundo!
— Pediu e pede. Não conseguirás abarcar nunca o Amor com que Ele acompanha esta vossa caminhada por entre os vossos irmãos, até à Morte e ao Renascimento!…
— Então todos aqueles que O seguem são a nossa carne humana invertendo o processo de decomposição em que nós a lançámos, até ao seu pleno Renascimento!?
— Sim, toda a conversão segue sempre o caminho incarnado de Deus.
— Por isso aquele que se converte é aquele que mais ama todos os homens!?
— Sim, seguir Jesus é converter-se ao mais concreto e verdadeiro Amor.
— Então todo o convertido tem que fazer o caminho do Deserto até ao fim dos seus dias sobre a terra!?
— É verdade! Parece-te muito? Demais?
— Compreendo agora que não pode haver outro caminho: convertendo-nos a Deus, convertemo-nos ao Amor verdadeiramente incarnado!…
— Naturalmente, até que a vossa vida na carne chegue ao fim!
— É claro, minha doce e sábia Irmã! Como é que eu não tinha visto isso?
— Já sabes então agora que o Deserto de Jesus não durou quarenta dias!?
— Já. Durou trinta e três anos! Ele viveu sempre em absoluto Deserto, que se foi intensificando até à total Solidão, que atingiu uma intensidade inimaginável a partir do Getsémani até à descida ao mais fundo dos Infernos.
— Diz então, Meu menino, o que significaram os quarenta dias de jejum de Jesus no deserto.
— Significaram só uma preparação para o embate mais violento da Sua vida pública. E foram um espectacular Sinal de rejeição do caminho fácil: o que o Diabo aí quis foi justamente que Jesus desincarnasse!
São 5:37/8!
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