13/2/01 — 4:07
Jesus está-me continuamente falando da urgência do anúncio desta Sua Mensagem, mas mantém-me ali fechados no armário praticamente todos os cinquenta exemplares da segunda edição do primeiro volume dos Diálogos. E, para grande surpresa minha, uma grande Paz me inunda. A minha preocupação é, apenas, estar atento ao mínimo Sinal, seja de que tipo for, venha ele de onde vier.
Assim, perante tão intensos Sinais de testemunhar e anunciar, faço só o que vou entendendo em cada momento. Estou, por isso, a preparar agora a edição do terceiro volume. E escrevo. Jesus parece ter um cuidado extremo em me manter escrevendo. Mesmo quando, como agora, atravesso fases em que o Mistério parece esgotado, eu ajoelho à porta da minha Alma esperando que ele se abra. E, penosamente às vezes, as páginas vão-se acumulando… Mais tarde, quando as releio, verifico que em todas elas há um qualquer sabor novo.
Não sei para que quer Jesus este mar de palavras, mas isso não é problema meu. Vejo agora que elas serão sempre poucas, comparadas com a imensidão do Mistério que pretendem exprimir. Mesmo quando relatam a devastação da terra e da minha Alma, elas estão falando do Mistério do Amor. Às vezes, como hoje, parece que escrevo só porque o Mestre pede para escrever. Relato então apenas aquilo que se passa, nem que seja frieza pura. E espero, espero sempre que estas mesmas palavras escritas com gelo virem fontes de Calor e de Luz. Já deu para entender que uma palavra, que a mim me pareceu fria, ou seca, ou ridícula, pode, justamente essa, despertar uma Alma e despoletar o caminho da sua conversão.
Deixei, por isso, de aplicar os meus critérios à Palavra e Deus, em especial àquela que escrevo. E entregar assim todas as coisas às Asas do Espírito transporta-me para um Mundo inebriante: tudo é diferente, tudo é novo, tudo é inesperado. É, em verdade, o Mundo do Amor, de que nós aqui em baixo, no estrondo e na correria da nossa Babilónia, já nada sabemos.
O fruto desta entrega à Iniciativa do Espírito é, entre outros muitos, um desejo enorme de nunca julgar ninguém. De aceitar as diferenças e os caminhos, por mais estranhos e até chocantes que me pareçam. De deixar as pessoas ser! Ser outras coisas, para além do que está estipulado nas normas, numa amplitude infinita. E isto acontece porque até hoje outra coisa não fizemos senão mutilar a individualidade de toda a gente, em nome da ordem.
Sei qual é a objecção que me ireis pôr: essa liberdade assim tão radical cariaria uma sociedade totalmente ingovernável. E tendes razão, porque falais do conhecimento que tendes da Cidade e não conheceis, como eu não conheço, sítio nenhum desta terra onde isto se possa ver realizado: a Cidade invadiu tudo, até ao âmago das igrejas, e nunca nos foi dado ver outra ordem senão a sua. Mas agora vai ser sobre a terra aquilo que nunca foi! Ah, se soubésseis a força com que eu acredito em Tudo Novo!…
São 6:07!
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