12/2/01 — 5:39
“Paralipómenos três, cinco, segundo livro”. Porquê tantas vezes este livro com um nome tão arrevesado? E Jesus responde-me de novo que Lhe basta uma só palavra para me curar a mim, para curar todas as chagas do mundo. Se, pois, foi este livro e não outro que me caiu no espírito quando à Bíblia quis ir buscar a Sua Palavra, porque não aceitar tranquilamente este livro, mesmo que a citação me tivesse sido trazida por Satanás em pessoa? Não pode Deus, justamente por ser estranho o material que usa, estar dando o toque perfeito na nova Construção que está levantando em mim?
O que importa verdadeiramente é estar atento ao que se passa dentro de nós, não à zona postiça dos nossos pensamentos, mas lá mais fundo, ao cerne da nossa intimidade, porque é daí que vimos, ao renascermos. É verdade que as coisas que ouço me parecem tantas vezes levianas, como folhas esvoaçando. Mas isso que importa, se a minha alma nelas se fixou e as assimilou? Porventura alguém melhor do que ela sabe o que lhe faz falta? Vede quantos tesouros já aqui o Mestre deixou gravados, servindo-Se dos mais leves e ilógicos pensamentos que me caíram no espírito!
Importa só que o meu coração esteja procurando Deus: Ele é o Senhor de todos os pensamentos esvoaçantes e de todos os sentimentos profundos. Nada existe fora de Deus. Por isso, se a Ele nos tivermos entregado, de tudo em nós Ele fará alimento da Construção divina que desde toda a eternidade anseia por levantar em nós. É preciso deixarmos Deus agir; se estivermos atentos, verificaremos que Ele age de formas sempre inesperadas. Porque Ele é a Surpresa.
É assim que vou, confiante, ler onde Jesus me indicou. E em
II Par 3, 5
leio isto:
“A grande sala foi forrada com madeira de cipreste; guarneceu-a de ouro puro nos lugares em que estavam esculpidas as palmas e as pequenas cadeias”.
— Maria, vem ajudar-me a entender estas palavras, que parecem tão frias…
— A que se referem elas?
— Ao espaço central do templo que estava sendo construído por Salomão.
— Para que servia esse espaço central?
— Era onde o povo se reunia e onde se celebrava o culto, segundo entendo.
— E como quis Salomão esse espaço?
— Um espaço muito precioso.
— Quem é Salomão, agora?
— Entendo que sou eu.
— Diz de novo porque assim entendes.
— Porque Deus é sempre vivo nas Suas palavras e aquela sala nem já no Teu tempo existia, segundo creio, e mesmo a sumptuosa construção que no Teu tempo estava levantada naquele lugar sabemos que foi arrasada setenta anos depois do nascimento do nosso Jesus, conforme Ele próprio profetizara.
— Diz quais foram as Suas palavras quando falou da destruição do templo.
— “Não ficará pedra sobre pedra”!
— E também estas Suas palavras continuam vivas?
— Sim.
— Mesmo depois de terem sido realizadas?
— Elas ainda não foram realizadas.
— Ah não?
— A sala grande, onde o povo se reúne para realizar o culto continua de pé, com o seu brilho nas “palmas” e nas “cadeias”.
— E continuam as palavras de Jesus dizendo que não ficará pedra sobre pedra?
— Sim, mais vivas que nunca.
— Mas olha: Salomão não és agora tu?
— Sim, as palavras que Jesus me traz são sempre para mim mesmo, pronunciadas agora como se fosse pela primeira vez.
— Mas elas não são contraditórias? Estás construindo um templo destinado à ruína?
— Parece difícil de entender o que Jesus me quer, sim e por isso Te pedi ajuda. Leva-me até ao fundo Sonho do Seu Coração, que há-de ser também o Teu grande Sonho, minha querida Senhora do Impossível.
— Olha: não te pediu Jesus que reconstruísses a Sua Igreja?
— Foi.
— E como te tem dito Ele que quer essa reconstrução?
— Como uma autêntica refundação: Tudo Novo.
— Terás então que cumprir aquela Sua palavra viva: não poderás deixar pedra sobre pedra do edifício do Salomão antigo, nem dos edifícios todos que sobre aquele se construíram…
— Sim… Mas porque me falou Ele na “grande sala”?
— Não é aí que está o Povo? De que pedras quer Jesus feita a Sua Igreja, Salomão?
São 8:13!
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