25/4/99 — 4:33
Apareceu-me hoje já por três vezes o algarismo 6 — 666! — o que me remete para Satanás e seus anjos. Estranhamente este algarismo, que em princípio tem tantas possibilidades de me aparecer como os outros, já há muito tempo que parecia ausente do mostrador dos meus relógios. Porque apareceu então agora de novo e logo três vezes?
Nitidamente, Jesus não quer que eu facilite, esquecendo ou menosprezando a acção do Diabo, em mim e no mundo, especialmente na Igreja. Então eu paro, sondando todo o território da minha visão, a ver se entendo a mensagem que assim o Mestre me quer comunicar, porque há sempre uma mensagem do meu Amigo em tudo o que me prende a atenção neste Silêncio em que com Ele me encontro. Olho, pois, para mim em primeiro lugar e custa-me sempre muito pensar sequer que Ele possa estar magoado comigo. A vaidade, sobretudo, é uma contínua cilada, em face da missão que o senhor me confiou e dos tesouros que sobre mim tem despejado de forma tão louca. Por isso ainda agora me pus a considerar, ao jeito de um teste: e se Jesus me retirasse esta missão e me colocasse num canto qualquer, entre os Seus discípulos anónimos? E a minha resposta interior, muito sincera, foi esta: não me importava nada, contanto que a paixão que por Ele sinto se mantivesse viva. Ora — considerei eu logo a seguir — esta é uma condição que nem se pode colocar: seja qual for o lugar que ocupemos, Jesus sempre nos ama com esta mesma louca paixão.
E fiquei feliz ao constatar este facto: desde que esta ligação se mantenha, não importa o que Deus faça comigo. Está-se tornando, pois, esta minha relação com Jesus um acontecimento que se sobrepõe a tudo o resto. Amar Jesus basta-me. Estar assim com Ele partilhando todas as Suas dores e sonhos, transportar com Ele até à Cruz e ao Túmulo todo o sofrimento da Humanidade para a ver, enfim, ressuscitada, é para mim agora tudo. Que importa a missão ou o caminho por onde transporto esta Esperança de ver restaurado aqui o Paraíso?
É claro que o nosso lugar no Reino de Deus sobre a terra não é “um qualquer”, nem a nossa missão é fazer “qualquer coisa”: o lugar de cada um está preparado na Harmonia cósmica desde toda a eternidade e a nossa missão sobre a terra está determinada antes que a nossa mãe nos trouxesse ao mundo. Por isso não devemos descansar enquanto nos não sentirmos executando com a máxima precisão a Vontade de Deus a nosso respeito, no lugar e na missão a que ele nos chamou. Mas aquilo que acaba por nos seduzir o coração, de modo a vencê-lo completamente, é este assombro de vermos Deus feito nosso Irmão.
A partir daqui estamos então aptos a obedecer-Lhe em tudo, na total capacidade das nossas forças em cada momento. É mesmo este amor sem condições que nos conduz à nossa vocação. De facto, o nosso maior desejo passa a ser executar todos os Desejos do Coração do nosso Apaixonado.
É piegas, não é, esta conversa? Se assim sentes, meu irmão, experimenta dar passos, lentos ou rápidos, conforme as tuas posses, em direcção ao Carpinteiro de Nazaré, chamado Jesus. Ouve o que Ele diz, sem preconceitos nem resistências. Afianço-te que saberás pela primeira vez na tua vida o que é o Amor. O Amor puro, sem sombra de pieguice, muito mais forte que a morte. Porque este Amor vai levar-te à Paixão e uma Paixão não há força que a trave!
Vejo agora qual foi a finalidade do Sinal 6, desta vez: ele pretendeu testar a solidez do meu amor ao Rei. Perante Ele, não há lugar ou missão a que me apegue como propriedade minha!
Sã0 7:44!
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