— 10:18:28/9
Esta imagem fala-me da importância de Maria de Nazaré no Regresso de Jesus. Ela será a Ternura de Deus derramada nos nossos corações, para que eles aceitem, agora, o Êxodo, sem retorno, da Escravidão.
— Mãezinha, vem falar comigo…
— Que Me queres hoje em especial, Meu pequenino?
— Queria que fizesses da minha Esperança uma autêntica fortaleza viva, inexpugnável.
— E que esperas tu, particularmente agora, Meu menino?
— Espero que os nossos corações reconheçam na Civilização o monstruoso Ídolo que nos esmaga de trabalho e sofrimento e consintam, serenamente, em deixá-lo cair.
— Julgas mesmo que toda a obra da Civilização deverá desaparecer?
— Sim, Mãe! Toda!
— Mas ela não manifesta a imensa riqueza de talentos depositada no homem?
— Sim, ela manifesta um pouco da grandeza do homem…
— Um pouco, apenas?
— Sim, só um pouco: a grandeza do homem aparece nela escondida debaixo de um mar de dor.
— Não seria possível uma Civilização sem dor?
— Não.
— Não?
— Não, Mamã: quando Deus disse “Comerás o pão com o suor do teu rosto”, isso não foi um castigo; foi só uma previsão do sofrimento que haveria de esmagar a criatura tornada rebelde. Deus estava só prevendo a Civilização como consequência do Pecado!
— Ena! Deus estava só prevendo que os talentos dados ao homem iriam ser utilizados contra si próprio provocando apenas canseira e dor?
— Assim vejo, minha querida Senhora. Foi assim que Jesus me ensinou.
— Que faria então o homem com tantos talentos, se não tivesse pecado?
— Se não tivesse pecado, o homem seria inteiramente comandado pelo Sopro da Vida, que o assemelharia ao próprio Deus. Seria, portanto, à Sua imagem, também criador.
— A Civilização não faz do homem um criador?
— Não; faz dele um destruidor: para fazer as suas obras, o homem destrói o que estava feito.
— Mas consegue assim condições de vida mais confortáveis, não?
— O conforto da obra humana é sempre falso e provisório.
— Falso porquê?
— Porque é conseguido com arremedos da Obra de Deus.
— Provisório porquê?
— Porque é feito de vida esterilizada: se não estiver sempre a ser vigiado, desfaz-se irremediavelmente, dentro de muito pouco tempo.
— Mas, Meu filho, se não fosse a Civilização, a vida do homem não seria um contínuo aborrecimento? Que faria ele, o dia inteiro?
— Faria o que Deus faz, a eternidade inteira: estaria sempre e só amando e sendo amado; ajoelharia, reverente, perante o Mistério de cada ser, numa contínua sedução, e estaria sendo permanente surpresa para todos os outros seres e para Deus…
— Quem te levará a sério, Meu amorzinho?
— Tu. Sei que Tu me levas a sério. Por isso Te peço para que prepares os corações para deixarem cair a Cidade.
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