— 20:29:19
— Maria, achas que o mundo vai finalmente reconhecer que em toda a sua existência todas as suas energias foram aplicadas a construir, a conservar e a ampliar a Mentira?
— E tu tens a certeza daquilo que afirmas?
— Tenho, Maria. Cada vez mais. Parece que, ao longo destes doze anos de Deserto, foi esta, estranhamente, a única revelação de que nunca duvidei; pelo contrário, a cada passo que dou ela se me confirma diante dos olhos como uma evidência tal, que muitas vezes me interrogo, sem encontrar resposta, como foi possível até hoje ninguém ter visto tão impressionante evidência.
— Ninguém?
— Além de Jesus, claro. Duvido mesmo se Tu própria, enquanto aqui viveste, chegaste a esta tão óbvia constatação. Chegaste?
— Eu era, fui sempre uma mulher anónima, como tu sabes, sem nenhum estatuto de privilégio face às outras mulheres. Tinha apenas a notícia de que o meu Filho Me fora dado pelo Céu e trazia uma missão muito especial a realizar neste mundo. Limitei-Me, por isso, a confiar inteiramente n’Ele.
— Não era, talvez, uma questão que fosse oportuno colocar, naquele tempo…
— E achas que este é o tempo de a Humanidade abrir os olhos?
— Tudo me aponta para aí. Basta um pequeno Toque do Espírito nos nossos olhos, para eles de novo se abrirem.
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