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Nunca mais a Igreja diga que Jesus viveu na terra incarnado há vinte séculos durante trinta e três anos. Este tem sido, excepto talvez para um ou outro coração crente, o resultado da pesquisa à volta do “Jesus histórico”. O que esta pesquisa nos diz é que o Jesus que viveu entre o ano 1 e o ano 33 da nossa era foi um homem sem importância histórica durante trinta anos, e durante os últimos três anos, por palavras e por atitudes, incomodou o Sistema, a ponto de por ele ter sido assassinado como criminoso, sem que para isso tivesse que fazer milagres, a maior parte deles, aliás, sem consistência histórica e aqueles que eventualmente a têm não são de facto verdadeiros milagres, mas fenómenos que a ciência explica, ou poderá vir a explicar naturalmente. O “Jesus histórico” torna-se assim um homem possuidor de um forte carisma como muitos outros, que soube ler as ânsias profundas de uma determinada época e que por isso deu origem a um movimento histórico que inteiramente O ultrapassa; o próprio Jesus, Esse, acabou com a Sua morte.
Foi por esta via que os nossos sábios teólogos conseguiram desincarnar Deus da nossa história quotidiana. Tudo em nome do rigor e de uma atitude mental sadia. Não entendem que rigoroso e sadio seria terem no seu corpo todo o Jesus histórico tão vivo, que O mantivessem incarnado, provocando hoje o mesmo incómodo ao Sistema que Jesus outrora provocou. Mas as suas pesquisas não provocam o mínimo abalo no Sistema; antes são por ele elogiadas como uma vistosa obra sua.
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