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É muito oportuna a pergunta de Maria na vigília: Como é que Deus, nada impondo, cria tantos inimigos? Veja-se este Deus agindo como homem, entre nós: que meios tinha Jesus para impor o que quer que fosse? Os discípulos que Jesus escolheu vieram todos do lado contrário ao poder estabelecido, a tal ponto que, quando chegou a hora de este poder Lhe lançar a mão, todos O abandonaram, transidos de medo: Jesus nunca teve do Seu lado qualquer tipo de poder com que pudesse impor os Seus pontos de vista.
A não ser que a Luz meta medo. A não ser que a Verdade provoque o pânico generalizado e as pessoas sintam a necessidade de se defenderem dessa Força que as aterroriza. Sabemos que Deus é a Luz. E sabemos da afirmação insólita que Jesus proferiu sobre Si mesmo: A Verdade sou Eu! Como Luz que é, não há em Deus um único canto escuro supostamente vedado aos olhares de outrem. E, incarnando, Ele chamou-Se a Si mesmo, com toda a naturalidade de quem está afirmando o óbvio, A Verdade! E o que Ele fez foi mostrar-Se, simplesmente, servindo-Se, para isso, do que de mais eficaz encontrou para Se fazer entender por todos nós: vivendo a mesmíssima vida que nós vivemos, falando a mesmíssima linguagem que nós falamos. Ele foi, portanto, Verdade pura brilhando quanto foi possível brilhar na nossa natureza conforme a temos. Para que a víssemos e a pudéssemos, receber, obviamente. Ele veio para Se mostrar, sem nada esconder. Só pode, portanto, provocar terror e criar inimigos, se a situação em que vivermos for de Mentira pura e dela tivermos consciência, como o ladrão tem consciência de que o seu acto foi um roubo.
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