A
marca da Presença de Deus em nós quando correspondemos de todo o coração ao Seu
Amor é tão forte, que se torna impossível afastarmo-nos definitivamente d’Ele.
Ninguém está à partida predestinado; só quando o nosso Livre Arbítrio, sem
qualquer reserva ou condicionamento, Lhe entrega o coração. Aí, sim, Ele vê-nos
Seus Filhos renascidos. Predestinados, obviamente.
19/6/96 – 4:16
– Porque me aparece a Besta entre os Teus
Sinais, Mestre? Que poder tem ela ainda sobre mim?
– Conserva sempre o poder de te desviar de
Mim.
– Mas não há uma altura em que o Pai nos
predestina ao Céu?
– Mas não toca no vosso Livre Arbítrio.
– E pode a Besta desviar-nos do Céu depois
de estarmos predestinados?
– Que sentes neste momento?
– Uma tremenda obstrução à Tua Voz.
– Desistirás, por isso, de a ouvir?
– Olha, Mestre, vou dizer: acho impossível
eu fugir-Te!
– Impossível?
– Sim, impossível. Posso distrair-me, cair
nalguma das armadilhas de Satanás, negar-Te até, sei lá, em qualquer situação
extrema. Mas eu haveria de regressar a Ti com redobrado amor: não é já possível
abandonar-Te para sempre.
– Porquê?
– Porque vi o Teu Coração.
– Já alguma vez fugiste de Mim, por mais
longo tempo?
– Já. Durante o serviço militar arrumei a
Bíblia no fundo da mala e nunca mais peguei nela até Setembro de 94. Foram
vinte anos em que deixei de Te ouvir, porque achava que deveria ouvir outras
coisas.
– Quais?
– Ouvir o mundo, de que eu parecia estar
desincarnado pelos anos que vivera no convento.
– E ouviste-o bem, o mundo?
– Creio que ouvi.
– E que te disse, o mundo?
– Que estava cheio de dores.
– Como te disse isso?
– Doendo-me a mim também.
– Como chamarias a esse tempo?
– Incarnação.
– Igual à Minha Incarnação?
– Acho que não: Tu não abandonaste o Teu
Pai.
– Mas abandonou-Me Ele a Mim.
– Como Tu me abandonaste a mim?
– Sim. Era necessário.
– Ah! Para que eu fosse mais igual a Ti?
– Sim. Eu quis que seguisses os Meus passos.
– Mas não fales assim, Jesus: a minha
incarnação foi, está sendo só uma sombra da Tua. E quanto ao pecado, Tu foste
sempre inocente e eu, não viste o que eu pequei?
– E vi também o que tu sofreste.
– É verdade que sofri muito, sobretudo no
casamento. Esse sofrimento lavou o meu pecado?
– Do teu pecado…já nada me lembra.
– Porquê, Jesus?
– Porque foste sempre Meu amigo.
– Tu é que foste sempre meu Amigo. O único.
Sem Ti, teria desesperado.
– Sê forte, Meu querido coraçãozinho. A
tribulação maior ainda não chegou.
– Sim, meu Herói. Mas agora eu vi o Teu
Coração. Tu mostraste-mo.
– O que é a Predestinação, Meu profetazinho?
– É ter visto o Teu Coração.
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