Os
homens de ciência e em geral os intelectuais gostam muito de pôr hipóteses.
Hipóteses demais, tantas vezes, que por isso acabam em tempo perdido,
esterilizado. Mas Jesus até desses que assim se perdem nos seus jogos mentais
Se quer aproximar, porque os ama como a todos os outros.
1/6/96
– 10:22:44
Interrogo-me muitas vezes: para que quererá
o Mestre tantas palavras? É que já escrevi onze volumes de duzentas e oitenta
páginas cada um e Ele continua a pedir-me que escreva. Disse-mo agora mesmo
outra vez através da Vassula: “Eu te abençoo. Trata-Me como teu amigo. Não
abandones nunca a tua missão, de que faz parte o escrever. Dá-Me tempo para
escrever” (23/7/94). E disse-mo muito claramente naqueles algarismos. Mas
aquela imagem está-se-me tornando espectacular de clareza e com esta clareza me
assombra! Estou lendo assim: a Escritura está sendo de novo semeada através das
Duas Testemunhas, anunciada através dos Dois Evangelistas do Tempo Novo! Nem
mais nem menos! E o escrever isto assim torna-se-me quase uma necessidade
inexorável: sinto que ofenderia o meu Senhor se o não escrevesse, uma vez que
me estaria negando a dar-Lhe o que Ele me pede. É claro que as Duas Testemunhas
e os dois Evangelistas logo os vejo no coração como a Vassula e eu próprio,
assim com todo este concretismo! Por mais hipóteses que eu ponha de presunção,
de soberba, de vaidade, por mais monstruoso que eu me veja sempre que estas
hipóteses me surgem no espírito, eu continuo a escrever coisas assim com um
desplante que só num espírito infantil se pode explicar! Ou então num espírito
refinadamente perverso. Está-se-me pondo agora outra hipótese: eu sou um
espírito extremamente deficiente que, sem do facto ter consciência, está
preenchendo a sua funda deficiência com uma correspondente construção
fantasmagórica, através da imaginação. Eu não seria, neste caso, nem vaidoso,
nem muito menos perverso, mas apenas um doente, cuja deficiência se traduziria
justamente nesta infantil capacidade de inventar.
Meu Deus! Que mais hipóteses inventarei eu
ainda para não aceitar sem reservas o Dom do Senhor? Que mais hipóteses terei
de inventar para satisfazer a razão humana e todos os nossos sábios que assim o
Senhor está respeitando de forma tão encantadora? Eu sou assim, também com as
minhas dúvidas, Luz oferecendo-se a todos os escuros recantos que a soberba
humana construiu para se esconder do Senhor, como Adão no Paraíso. Sinto-me
também, por esta via, dom do Senhor aos nossos sábios, como se através de mim
Deus lhes viesse dizer: Ponde, ponde todas as vossas hipóteses, não tenhais
medo, Eu não vos condeno por isso, Eu amo-vos na vossa maneira própria de
caminhar, mas por favor não vos escondais de Mim, deixai-Me sentar à vossa
mesa, Eu comerei da comida que Me servirdes, por vosso amor Eu alterarei o Meu
estômago para que ele goste do que vós gostais mas, por favor, deixai-Me
entrar!…
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